O meu algoz não estava brincando, alguma coisa Caleb tinha descoberto. Uma nova mensagem apareceu no meu celular.
“Se quer seu amigo vivo, nós vamos brincar. Lá fora tem um carro para lhe buscar. Vice vai seguir nas coordenadas que tiver nele. Siga calado e certifique-se que ninguém vai atrás de você, quanto tempo será que seu amiguinho aguenta? Você tem 1:30 contando.”
O relógio apareceu em meu celular. 1:29, 1:28. Sai da casa me certificando que ninguém me seguiu, quando sai da casa tinha um carro parado fora da casa, era o carro de Caleb. Corri até ele e entrei, o carro por dentro estava intacto e não tinha sumido nada, até os documentos dele estavam no carro.
Uma voz criptografada apareceu no monitor da tela.
- Olá vaca, como está? Acho que deve estar bem, vamos dar um passei na cidade? Vou te levar para um passeio.
- Onde está meu amigo? – perguntei para a voz.
- Siga a seta, vocês está a 5km de distância de seu destino. – disse agora a voz do gps.
Liguei o carro e fui atrás de onde ele me levava. Meu coração estava acelerado que estava com medo do que me esperava, o caminho foi longo e a cada esquina que virada eu pensava em ligar para o Murilo e dizer o que estava acontecendo.
Quando ia ligar para ele, meu celular trava.
- Mas...
- Não vamos trapacear vaca, quer jogar? Vamos jogar. As minhas regras o meu jogo.
Meu celular trava apenas no relógio, agora. O sol estava ficando escuro, a tempestade estava cobrindo o céu azul, com um cinza escuro e denso. Já tinha se passado mais de trintas minutos até eu chegar no local.
Era o cemitério da cidade, ele não era reto, tinha algumas elevações de terra subindo um pouco, colina a cima. A chuva a qualquer momento poderia cair e eu ficaria ilhado.
Sai do carro e comecei a andar pelo cemitério, varias rosas cresciam em alguns túmulos e outras foram posta pelos ententes ainda vivos. O cheiro não cheirava a morte, o aroma que exalava era bom.
Não sabia ao certo por que ele tinha me levando ao cemitério, ele era agora com a tempestade iminente um cenário de medo. Meu relógio estava marcando 20 minutos.
"Se eu fosse você vaca, procurava rápido pela lapide do pai de Caleb, a família Marrin tem muitos segredos que você mesmo vai revela-los. É um dos familiares está debaixo de 7 palmos. Você tem 15 minutos."
Uma foto anexada veio junto com a mensagem, era a foto do Caleb deitado num caixão e sua cabeça sangrando.
Meu coração não só falha uma batida como meu acesso a adrenalina do corpo dispara. Meu celular dispara novamente e recebo coordenadas de onde estava o garoto enterrado vivo.
Corro em sua direção, devo ter tropeçado em algo que não lembro, que só percebo depois que minha camisa estava rasgada e tinha um arranhão no braço.
A lapide do pai de Caleb era simples, estava abandonada a muito tempo e as flores muchas.
Tinha apenas 10 minutos contados no relógio, comecei a cavar com as mãos e só esforço em vão, peguei uma pá que tinha perto da lapide e me esforcei.
- Meu Deus, Caleb aguenta firme. Estou quase terminando.
Não sei ao certo quanto tempo demorei para cavar tudo, mais usaria até minha última gosta de suor para tira o garoto de lá. Cheguei no caixão, para abri tive quebra os lados deles para subi. Abri aquele caixão o mais desesperado que pude, olhei para o Caleb, ele estava machucado, a parte de trás da cabeça e algumas parte do corpo.
- Caleb acorde. Caleb acorde.
Balançava o corpo do garoto. Estava chorando, ele não acordava. O que tinham feito com ele?
Consegui tira ele do buraco, mesmo assim o garoto não acordou. Feri os pulsos dele. Ufa ele ainda está vivo.
"Muito bem. Consegui tira o garoto antes que ele morresse asfixiado. Agora tenho um segredo para te contar vaca, esse aí é meio irmão do Murilo, a mãe de Murilo teve um caso fora parte e deu para o pai de Caleb seguir com o filho, o garoto sabe dessa verdade. Agora você também.
Agora tenho um novo nível para você. Será que consegue fugi da polícia?"
Não tinha entendido, mais quando dei por mim já era tarde demais. As sirenes tocaram mais perto, e ouço uma voz conhecida.
- Como pode fazer isso? - perguntou Murilo saindo da escuridão
Ele estava olhando para mim incrédulo. As sirenes de polícia soavam mais perto. A chuva começou a cair.
- O que? Eu salvei ele, eu não fiz isso. Murilo você acredita em mim né? - perguntei não acreditando no que estava acontecendo.
- Eu confie em você. Porque fez isso comigo? - perguntava indignado.
- Murilo.
- Não me toca. O que você fez foi imperdoável! Você chantageou minha mãe, sequestrou meu meio irmão, e ainda por cima ia mata-lo.
Minha cabeça deu uma volta de 360 graus, não entendi mais nada do que ele falava.
- O que, como assim?
- Minha mãe estava recebendo mensagens anônimas de uma pessoa que estava a chantageando. - Disse ele gritando. - Ela teve que transferi uma boa quantia para manter essa pessoa calada. Ela começou a receber quando eu disse para todos que queria você.
- Mais eu não fiz isso.
Agora nós dois estávamos gritando, tentando sair mais alto do que a chuva caia pesadamente. Um relâmpago rasgou o céu.
- Eu não fiz isso.
Só dizer aquilo não ia me levar a nada. Olhei para meu celular. As mensagens. Peguei ele. Só tinha uma mensagem.
"Vamos começar do zero. Beijos"
Meu celular apagou todas as mensagens que recebi do meu Algoz. Me deixando sem provas. Sem nada para me defender. Ele agora tinha ganhado. Isso tudo foi uma armação, tinha caído direitinho no plano dele. Deixe ele me manipular e nesse jogo de cão e gato, o gato ganhou do cão.
- Nao. Não. Não. Eu estava recebendo mensagens de alguém me ameaçando também. Ele disse que ia se vingar de mim por ter tomado você dele. Você é o Caleb.
Eu tentava desesperadamente ver se conseguia explicar para ele.
- Pare com isso. Foi você que pôs meu irmão nessa e queria mata-lo. Não bastava ter pego o dinheiro da minha mãe, agora tem isso.
As sirenes chegaram perto. Os guardas apareceram com lanternas. Eu no desespero tentei corre. Mais fui pego por Murilo, com um soco na minha Costa.
Cai tentando tomar ar. Quando ouço um policial perto dele.
- Sai do caminho, senhor Sollath.
Vejo a mãe de Murilo pegando seus dois filhos no colo, uma ambulância chega logo atrás. Minha visão fica fora de foco, mais vejo uma pessoa atrás de uma árvore, usando um casaco vermelho, me observando. Não consigo ver seu rosto direito. Agora já era tarde demais para contar sobre as chantagens que recebia.
- Senhor Drummond, você está preso, por sequestro e tentativa de assassinato.