Histórias da Minha Vida - Parte 188

Um conto erótico de Phabiano
Categoria: Homossexual
Contém 1625 palavras
Data: 30/07/2017 22:33:23
Última revisão: 30/07/2017 22:53:14

Esperei ele chegar para podermos conversar, mas naquele domingo ele não voltou, não me ligou e muito menos deixou recado, também não ligou para a Laura, que estava desesperada para saber notícias de como ele estava.

Eu fiquei bravo sim! Não! Não fiquei bravo! Eu tive um ataque interior de irá, ódio. Eu queria esganar ele, por ser tão mesquinho, tão burro e tão egoista. Se quer pensou ou se colocou no lugar da própria mãe.

Achei que seria o fim, que entraria num buraco sem fundo e sem saída, mas era apenas mais uma das provas que Deus coloca em nossas vidas, para deixar nos mais espertos e mais fortes.

Os amigos iam chegando aos poucos, Iago e Raul, Vick, Lili, Luiz, Carlos, Renato e Renan, todos com suas crianças. Rick e Jorge dormiram aqui em casa e ficaram pra continuar com a nossa reunião de velhos amigos.

- Cadê o William?

- Cadê o magrelo?

- Quem vai cantar pra gente hoje?

Tantas perguntas se referindo a ele, que eu fiquei até sem graça por um tempo, lógico que eu queria que ele estivesse lá, mas a escolha era dele e eu não podia e nem mudaria isso!

Bebi algumas caipirinhas, sem notar que o álcool já estava me deixando alegrinho e logo estava sentado ao lado do Renato. Sim, eu era como um imã que ainda atraia a atenção do Renato.

Ele não parava de me olhar com aqueles olhos bem vivos, um azul claro, olhos de gato, na espreita, na surdina, a espera do bote rápido.

Ele sorria com o canto da boca, passava a ponta do dedo em volta do copo, esperando que eu lhe respondesse a pergunta que me fizera mais cedo. E eu respondi;

Ele continua lindo, ombros largos, peito definido e peludo, sorriso perfeito, barba cheia por fazer e aquela cara de peão de rodeio, com seu jeans apertado.

- Ele foi pra casa do pai, conhecer o homem que o abandonou quando ainda era criança!

Ele me olhou espantado;

- Oque Binho? Mas o pai dele é vivo?

- Ressuscitou, mas não quero falar disso, vamos mudar de assunto, ok?

- Hummm! Estou solteiro Binho e ainda sinto tesão em você, sinto saudades dessa boquinha me beijando, me chupando e gemendo a cada vez que eu socava meu pau com força dentro de você.

Eu virei pra ele e fiquei sem o que dizer, apenas ri, comecei a gargalhar, enquanto ele me encarava com cara de bocó. Mas era um sorriso falso, de aparência, e logo esse riso deu lugar a ansiedade, e dela as lágrimas.

Ele se levantou e me segurou entre os braços, tentando me acalmar.

- Calma Binho, ele sempre foi cabeça dura, teimoso, mas sempre volta pra você com o rabinho no meio das pernas. Ele ama você, só quer entender os motivos do pai o ter abandonado, conhecer a outra família. Ele vai voltar, logo logo! Não fique chateado por algo que todos aqui já sabem como termina.

A voz do Renato, mesmo sussurrando em meu ouvido, era grossa e potente. Eu não tinha percebido, mas enquanto enxugava minhas lágrimas eu notei que todos os meus amigos estavam em volta da mesa, me olhando com olhos tristes e concordando com as palavras do Renato.

Isso me fez respirar fundo, levantar e ir ao banheiro, lavei meu rosto, me olhei por um instante no espelho e voltei pra cozinha, peguei algumas travessas com comidas, saladas e porções e as levei para fora.

Minha mãe saiu logo atrás de mim chamando o Raul.

- Cadê a minha caipirinha Dr. Raul? Já tem vinte minutos que eu e a Laura estamos esperando essa bendita caipirinha chegar na cozinha, você já foi mais atencioso com a terceira idade.

Todos riram e começaram a vaiar o Raul, ele deu com os ombros e entregou dois belos e cheios copos de caipirinha pra dona Nita e pra Laura que estava meio tristonha.

Eu também não conseguia disfarçar a saudades e a falta que eu sentia dele, mas não podia condenar um domingo envolvido com minha família e meus amigos maravilhosos de longa data, era raro reunirmos e eu não ia deixar passar em branco.

O Rick saiu correndo chamar a Laura, pois o William estava no telefone e enquanto ela corria para dentro para falar com o filho dela, Rick veio ao meu encontro e me disse.

- Ele pediu para dizer que está bem, que está feliz, que tem um irmão mais velho que ele, e dois mais novos! Disse também que não vai falar com você, porque sabe que você vai brigar, ele quer brigar na cama, vem embora amanhã e o pai vem junto, o nome do seu sogro é André.

Eu fingi que tudo aquilo não me abalou, continuei rindo e bebendo, mas minha cabeça já estava longe. Eu não estava entendendo os comandos que meu cérebro enviava para meu coração. Hora bravo e com ódio, hora triste e com saudades.

A Laura estava melhor, mais alegre e viva, começou a brincar com o pessoal e confirmou as palavras que o Rick tinha falado, completando com: - Ele disse que te ama.

O Renato estava certo, o William fazia tudo sem pensar, mas com uma grande certeza de que eu sempre estaria esperando por ele.

E eu sempre estava!!!

O Iago sentou - se ao meu lado e agradeceu pelos anos de amizade, pela forma que eu me atrevi a entrar na vida dele, de ajudar, de brigar por ele e por nunca o deixar de lado.

- Você peitou meu pai e meu irmão Binho, você me deu o prazer de poder te conhecer intimamente, de poder te amar, de colocar seus filhos em minha vida, me apresentar aos seus amigos, agora meus também, e o período que namoramos, por mais que fossemos felizes juntos, você nunca desistiu do William, acho que se não fosse a presença viva dele em sua vida, quem sabe poderíamos ter dado certo juntos. Mas eu já fico feliz de ter vocês todos em minha vida, de ter o Iguinho e a Laurinha que são como filhos e também se não fosse por intermédio de vocês, eu não teria conhecido e me apaixonado pelo ranzinza do Raul. O que quero lhe dizer Binho, é que, você precisa cuidar mais de você, se doe mais a você mesmo, tire uns dias de descanso, pense em sua vida, reflita um pouco e em tudo que perdeu ou que conquistou, sofrer por antecipação adoece as pessoas e é isso que vai acabar acontecendo com você. Você cresceu sem pai, quer que o Igor e a Laura cresçam sem um também? Todos aqui nessa casa, te amam incondicionalmente e não pensariam um segundo se quer, para lhe doar a vida, você fez muito por cada um dos aqui presente, mas acho que agora, você precisa fazer por você mesmo.

E lá estava eu, fim de tarde do domingo, com um dos melhores amigos que a vida me deu, que se mostrou preocupado com minha saúde e me deu um sermão daqueles, e realmente eu senti que era hora de jogar a toalha e pedir um tempo.

Esperei que todos fossem embora, limpei toda a bagunça da festa, levei a Laura pra casa dela e naquele domingo eu fiquei na casa dela, dormi no antigo quarto do William, pude olhar alguns porta retratos com fotos dele com o tio policial, outras com a mãe, roupas com seu cheiro, cada detalhe do quarto me lembravam ele. As crianças ficaram com minha mãe, com o Rick e o Jorge.

Naquela noite eu desmaie e dormi um sono como a muito não dormia.

Segunda-feira acordei com os gritos que vinham da sala, o pai do William e a Laura discutiam ferozmente, quase que se agredindo. Eu corri para a cozinha e no caminho até lá eu ouvi as palavras que sairam como flechas da boca do André.

- Você é mesmo uma ótima mãe Laura, olha oque você deixou acontecer com nosso filho! Deixou ele se relacionar com um sem vergonha, um viado, transformou nosso filho, fez lavagem na cabeça do William. Meu filho é homem Laura, tem que gostar de buceta e não ficar comendo cu de viado desgraçado e filho da puta.

Eu não esperei ele terminar os xingamentos e entrei na cozinha.

- Você pode me chamar de viado o caraio a quatro, mas a minha mãe você não insulta, seu demônio, lava sua boca pra falar da minha mãe.

Fui pra cima do homem que era alto como o William, mas era gordo, dei um tapa em sua cara e um soco no queixo.

Ele me segurou pelo braço, me deu um safanão e me lascou outro tapa de encontro.

- Tu vai apanhar muito agora viadinho.

Foi aí que ele me jogou no chão e me esbofeteou de tudo que é jeito, minha cara ficou enorme e toda roxa. A Laura começou a gritar e ligou pra polícia, pulou por cima dele e tentou tirar ele de cima de mim, mas, não conseguiu.

Eu apanhei muito, como nunca havia apanhado em toda a minha vida, me chutou, socou, tapas e ainda cuspiu em mim.

- Você vai sumir da vida do meu filho, seu baitola do caraio, viado, desgraçado, vai estragar outro moleque, mas meu filho você não vai ver mais, se não eu acabo com sua raça, eu te mato! Ta ouvido, raça dos inferno? Eu mato você!

Ele levantou e saiu da cozinha da Laura que ligou pro Ricardo vir correndo me buscar pra levar até o hospital.

O Jorge veio me buscar e o Rick ficou acalmando minha mãe.

O William estava com a minha mãe quando o Rick contou sobre a briga.

Eu fui para o hospital e só acordei 12 horas depois.

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Comentários

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Esse André tem que ser encurralado numa viela e apanhar até não aguentar mais e pedir para morrer

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Nossa Binho, que situação constragedora, não acredito que esse homem mal chegou e já fez eu ficar com ódio dele

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Se ele (William) ficar do lado daquele pedaço de bosta, eu espero que os dois morram.

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A gente achava que você estava vivendo um conto de fadas, aí aparece esse homem pra estragar o amor de vocês

Aí Binho, que dó!

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Que Deus me perdoe, mas eu nem pensava duas vezes antes de enfiar uma faca no peito desse verme ou um tiro no meio da testa, mesmo que eu me arrependesse depois, não é a raiva do momento e sim para evitar que outras pessoas se deparem com esse inútil. Sobre o William, ele errou feio, mas eu entendo o lado dele de sentir falta da ausência de um pai, mas se tratando desse tipo de pai, é melhor não ter um. Se ele (William) ficar do lado daquele pedaço de bosta, eu espero que os dois morram.

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Não acredito que você voltou? Que bom, nossa que pena que esteja acontecendo isso com você, espero que esteja bem, e que tenha tomado a melhor decisão com relação ao magrelo Beijos Binho

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Não acredito que você voltou?

Que bom, nossa que pena que esteja acontecendo isso com você, espero que esteja bem, e que tenha tomado a melhor decisão com relação ao magrelo

Beijos Binho

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Meu Deus, que esse homem morra no inferno, espero que o William não fique ao lado desse desgraçado

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Se ele (William) ficar do lado daquele pedaço de bosta, eu espero que os dois morram.

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Que Deus me perdoe, mas eu nem pensava duas vezes antes de enfiar uma faca no peito desse verme ou um tiro no meio da testa, mesmo que eu me arrependesse depois, não é a raiva do momento e sim para evitar que outras pessoas se deparem com esse inútil. Sobre o William, ele errou feio, mas eu entendo o lado dele de sentir falta da ausência de um pai, mas se tratando desse tipo de pai, é melhor não ter um. Se ele (William) ficar do lado daquele pedaço de bosta, eu espero que os dois morram.

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