Voltei! Melhor, maior e em chamas

Um conto erótico de Crafel
Categoria: Homossexual
Contém 2111 palavras
Data: 10/07/2017 04:21:29

Olá meus queridos e divas, não posso dizer que está tudo bem, mas quem é que pode? Kkkkkkkkkk vocês acompanharam o início dos meus caminhos tortuosos e a minha espiral de decadência daí então eu simplesmente desapareci, acreditem fiz isso de forma geral. Lidar com tudo e todos ficou muito complicado naqueles dias e optei por uma formidável fuga da minha vida para tentar me redescobrir. Poucas semanas após aquela imersão no Cine República acabei me encontrando com um amigo que eu meio que passei a negligenciar por conta do meu namoro fracassado (o Jonathan).

- Nossa, quase não te reconheci Craff, virou nóia algo assim?

- Meio que algo assim.

- Que bosta, mas tá na boa agora ou ainda preso nessa?

- Não sei, acho que preciso de alguma coisa para me tirar de vez dessa, me fazer esquecer do passado recente, alguma coisa que me faça voltar a ser eu mesmo.

- Não faço ideia do que você tá passando, mas eu e uns amigos do tempo da facu estamos ajudando em um projeto de construção de moradias pra pessoas carentes pelo Brasil. Não é nenhuma ida ao shopping, mas se quiser tento te incluir.

- Kkkkkkk não é muito minha cara fazer algo de útil, mas se puder mesmo... Por que não?

Coisa de um mês depois estávamos todos enfiados em um ônibus, rodando por várias cidades montando casas de emergência e participando de mutirões de construção. Era tanto trabalho e tantas pessoas que eu não tinha tempo para pensar em outras coisas além daquilo, mas em uma noite depois de um dia muito puxado, um amigo do Jonathan veio puxar conversa:

- Tô morto kkkkk tá afim de uma jujuba?

Sério, eu parecia um louco naquela época, não falava com ninguém além do Jonathan e mesmo com ele eu só falava o básico. Estava a tanto tempo no piloto automático que devo ter olhado; melhor dizendo, devo ter encarado ele com a cara mais rude do mundo, porque ele meio que engasgou e disse:

- Desculpa, só queria puxar conversar, você deve ser o único aqui que nós não conhecemos e achei que era hora de mudar isso.

Ele levantou para voltar para o ônibus, e meio que as palavras só saíram da minha boca:

- Desculpa, aceito a jujuba.

Naquele mesmo minuto eu me arrependi de ter aberto a minha boca, porque ele virou, me encarou espantado por meio segundo e começou a rir.

- Então você fala? Já estava achando que só o Jon te entendia ou algo assim.

Na mesma hora fechei a cara e comecei a andar em direção ao ônibus, hoje voltaríamos para a estrada para continuar rumo ao interior.

- Foi mal, não fica irritado. Toma a jujuba, tava falando sério.

- Que seja, não quero mais.

- Como não, são JUJUBAS.

Ver o modo como ele olhava para o saco de jujubas foi... Estranho, parecia que ele estava segurando todas as soluções do mundo na mão, então eu acabei pegando algumas.

Mais tarde, já a caminho de outra cidadezinha eu acabei falando com o resto do pessoal, já estávamos a pouco mais de um mês na estrada e nunca antes eu tinha falado com qualquer um dos outros além do Jonathan, como o Danilo tinha dito antes de sairmos naquele dia (é, foi desse jeito meio torto que comecei a falar com a pessoa mais importante da minha vida hoje.). Eram pessoas fantásticas com histórias loucas e bizarras, tanto que acabei fazendo outra coisa que não fazia a tempos: eu ri.

Depois daquilo, passamos por várias cidades. Dia dormiamos em alguma pensão, dia dormiamos em barracas. E em algum momento no meio disso eu passei a olhar pro Danilo de uma forma diferente, até que em um dia difícil depois de muito trabalho, acabamos dividindo a mesma barraca, já que o parceiro dele acabou arrumando companhia pra noite.

- Se eu me mexer muito durante a noite, pode me dar dar um soco que eu paro, agora se eu começar a falar dormindo, espero que você tenha um sono pesado, porque eu não paro por nada.

- Tá, só vê se cala a boca agora Danilo, tô quebrado e vou tentar dormir antes que você comece com tudo isso aí.

- Te faço uma massagem, assim você relaxa mais rápido e dorme de uma vez.

- Sério? Tá esperando o quê?

Eu não esperava por aquilo e naquele momento eu tive certeza que ele estava afim de mim. Aquelas mãos tão grandes, aquele toque pesado e firme, aquele calor que eu não sabia se era dele ou meu. Depois de alguns minutos daquilo, eu me virei e beijei ele.

- Velho. Eu sou hétero.

Só poderia ser brincadeira, como eu pude errar tanto? Olhar para a cara de perdido do Danilo depois do que eu fiz me deixou perdido.

- Foi mal, não entendi bem o que tava rolando. Muito tempo sem praticar. Fica com a barraca, vou dar uma volta.

Eu era mesmo um estúpido, como pude me enganar? Tá certo que não era o mais experiente com interação tendo um único namorado no histórico, mas esperava que todas aquelas experiências com estranhos tivessem me desenvolvido em algum aspecto.

Depois de talvez uns 20 minutos de caminhada, acabei na barraca do Jonathan:

- Fiz merda, acho que tá na hora de voltar pra casa não tem mais condições para continuar com vocês.

- Licença também se usa e não, eu não estava ocupado com nada aqui.

Só então me dei conta do que ele estava fazendo. Fones no ouvido, uma coberta jogada as pressas por cima das pernas: interrompi os 5x1.

- Merda, desculpa Jon, tô saindo.

- Nada, já atrapalhou agora fala. O que rolou pra empatar minha bronha?

- Beijei o Danilo.

- Mas ele é hétero!

- Meio que eu sei agora.

- E aí?

- E aí que eu tô aqui te atrapalhando e dizendo que vou pra casa por não ter como encarar ele depois de uma dessas.

- Kkkkkkkkkkk para de drama, foi nada demais.

- Nada demais porque não foi você. Não vou ficar mais um mês com vocês depois de uma dessas, como vou olhar pra ele? E pro resto do pessoal?

- Se fosse comigo não precisaria de todo esse show, teria deixado rolar e quem sabe agora não estaríamos nesse papo sem sentido.

Eu não entendi o que ele disse, mas o modo como ele falou, como me olhava e o volume que começou a se formar sob a coberta me despertaram.

- Que foi Crafel? Vai dizer agora que nunca percebeu?

- Eu... Eu...

- Olha, falta só mais um mês. Não precisa correr por conta disso. Posso não ter o 1,95 do Danilo, mas também sou grande.

Eu não sabia o que fazer, não me mexia, não falava, eu estava em choque. Ele se aproximou e beijou meu lábio inferior. Só posso acreditar que foi instintivo, no segundo seguinte eu já estava me dispondo. Eu não era a minha versão apaixonada é muito menos a minha versão garoto das zonas, era algo que eu não conhecia. Era algo entre aquelas minhas versões. A língua dele explorava minha boca e meus lábios tinham fome dos dele.

Eu me ouvia ofegar, e não queria parar. Eu comecei a descobrir o corpo dele com as mãos, o peito, o abdômen, a bunda, as coxas e finalmente o pau. Eu estava entregue. Em transe. Mas quando toquei seu pai eu voltei a consciência. Eu devia estar segurando o pulso dele, aquilo não era possível.

- O que foi?

- É... Eu... Como?

- Eu disse que também sou grande. A minha própria forma.

Puxei o que ainda havia da coberta sobre ele e tomei um susto. O pau dele não era só grande. Era grosso de um jeito que não parecia possível, mesmo depois de tantas aventuras com desconhecidos sem nome eu nunca tinha encontrado um tão grosso.

- Não vai dizer que se assustou.

Não tive tempo de responder, ele me puxou pra outro beijo e mais uma vez eu estava preso naquele feitiço. A cada beijo eu me sentia derretendo, não sabia mais onde encontrar às partes do meu corpo, tanto, que quando dei por mim já estava montado nele com seu pau apontando pra entrada do meu cu quando ele parou.

- Pera, preciso de uma camisinha e tenho certeza que você vai agradecer se eu achar um lubrificante.

Eu estava em outro plano, não consegui registrar muito daquilo, mas fiquei grato por ele ser tão rápido a ponto de não me deixar perder aquele estado de espírito.

Assim que ele colocou a camisinha, eu consegui registrar o toque gelado do lubrificante no meu cu e ao toque eu urrei.

Ter o Jonathan forçando caminho rumo ao interior do meu cu me despertou, não vou mentir, foi um ardor terrível. Era como se estivessem tentando entrar com um ferro em brasa intestino a dentro, mas ele é muito bom nisso, depois de um instante eu senti os pêlos do seu saco encostando na minha bunda. Estava feito e meu grito seco já havia saido.

- Cala a boca, vai acordar todo mundo kkkkkk

Eu não soltei mais nenhum grito depois daquele. Eu estava queimando mas não queria que aquele fogo acabasse. Comecei a rebolar. Ele também não disse mais nada, estávamos entregues. Enquanto eu ardia ele era a imagem do controle. Depois de alguns minutos ele saiu de mim e falou no meu ouvido:

- Não leva a mal, mas gosto de ficar no controle.

Me jogou no colchonete, que não era muito mais macio que o chão, e meteu de uma única vez. Eu gemi.

Gemi como a muito não gemia, pra falar a verdade, gemi como NUNCA fiz em toda a vida. Depois disso tudo queimava, ele metia com tanta força e habilidade que eu poderia virar um monte de cinzas e não ligaria.

- Queria isso a tanto tempo.

- Caaala a BOooooOca, mais rápido.

Ele atendeu ao meu pedido, ele tinha fome e eu fogo, eu senti cada centímetro tomando conta do meu interior e queria mais. A cada estocada meu pau pulsava quase que em sincronia.

- Queria o Danilo?

- Que? MaaaAaaaais FoOOoooorte. Rapido, aSSsssSIiiim...Ssim!

- Não queria? Ou queria aquele puto do seu ex?

Aquilo me irritou, agarrei os cabelos dele com força e puxei:

- Cala a boca e continua, quem se importa com o que eu queria? Eu quero mais disso, quero você.

Devo ter dito a coisa certa, ele sorriu como o Coringa e o seu pau pareceu inchar um pouco mais:

- Isso que eu queria ouvir.

Eu voltei a arder, mais fogo, mais dele em mim. Eu sentia ele pulsar e meu pau latejar.

- Então toma Craff.

-AaaaaAAAaaaaAaaah!!! Tá me rasgando!!! ISsoooooooOOOo!!

- Kkkkkkk Tá gostando? Tá gozando!!!

Aquilo foi demais pra mim, enquanto ele me arrebentava e queimava por dentro eu gozei, gozei tanto que melei seu peito, meu queixo e foi acumulando no meu peito. No meu abdômen.

- Gostou né. Agora é minha vez.

Eu estava esgotado, mas ele tirou energia de sabe Deus onde, ele aumento a intensidade das estocadas e eu senti o pau dele inchar. Ele metia com força e vontade, e depois do que pareceu uma vida:

-AaAaaaaaAaaaAh!!! Vô goza!!!

Sem diminuir o ritmo, e me senti preencher. Ele continuava a meter com força e rápido enquanto eu sentia a camisinha enchendo. Em seguida ele despencou por cima de mim.

- Nossa! Que isso, nunca gozei assim. Tá até vazando.

- Digo o mesmo. Não tô nem sentindo minhas pernas.

- Não achei que você fosse aguentar.

- Acho que não aguentei. Devo ter morrido no começo e agora tô no céu.

- Kkkkkkkkkkk para de ser besta Crafel kkkkkkk

- Vou enfiar meu braço no seu cu pra você ter uma ideia do que passei kkkkkkkkkk

- Não gostou?

- Já que devo ter morrido em alguma fogueira mesmo, aguenta mais uma?

- Me dá um minuto que te mostro quantas aguento.

Ele tirou a camisinha, que de tão cheia vazou, e voltou a me beijar.

Aquela noite foi muito longa, mas o que realmente importa é que finalizamos o mês seguinte do projeto, eu e Jonathan não nos deparamos mais desde aquela noite, Danilo virou o melhor amigo que eu jamais poderia esperar depois da minha confusão e hoje vivo meio período ao lado do tarado mais lindo que sempre fez parte da minha vida, já que moramos no mesmo condomínio.

Kkkkkkkkkk então é isso. Estou feliz ao lado de alguém que, sempre foi meu amigo, no momento. Tenho um novo melhor amigo que é o melhor dos melhores e não vivo mais atormentado por conta do passado problemático.

Espero que gostem, e agora se me derem licença, vou voltar para o meu sonho de comercial não convencional de margarina.

XOXO

Crafel.

P.S.: espero que consigam encontrar o sonho molhado de vocês.

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