Cap.2
Fiquei verdadeiramente preocupado, porque não conhecia aquele rapaz, não sabia quem ele era. E se ficasse com raiva e quisesse fazer algo de mal comigo ? Ele não demorou muito para levantar, e levantou limpando o corpo. E então eu pude olhar para ele melhor. Ele era realmente bonito. Não parecia ter um corpo enormemente atlético, mas o rosto era bonito. Boca grande, pele branca, cabelo e olhos castanhos. Tinha um rosto que parecia ter sido desenhado a mão. E tão logo meus olhos entraram em contato com aquele rapaz, parecia que o meu ar havia sido roubado. Eu não conseguia falar, nem respirar direito. Só conseguia olhar pra ele.
-Está, está tudo bem sim... - falou ele, me olhando também. Me sentia perdido com aquele olhar dele.
-Desculpa por ter te atropelado.
-Tudo bem... A culpa foi minha – quase que imediatamente quando ele falou isso, começou a andar, em direção a sala dele. Eu virei a cadeira, o observei caminhar. Sentia como se tivesse visto uma estrela. Uma estrela que agora roubava toda a minha atenção.
-Porquê você está parado aí ainda ?? - Marcela perguntava, me olhando
-Eu acabei de ver uma coisa que me tirou a atenção - falei, olhando pra ela.
-Ah é, o quê ?
-Uma beleza humana...
MINUTOS DEPOIS
Não parei mais de pensar nele em nenhum momento durante aquele tempo que eu estive dentro daquela escola. Ele não estudava na minha sala, era aluno do segundo ano. Mas mesmo assim, eu não conseguia deixar de pensar nele. Na beleza que ele portava no rosto, no charme, na voz. Entretanto ao mesmo tempo que eu pensava nele, ficava triste. Porquê sabia que o máximo que iria existir era o interesse da minha parte. Mesmo que ele curtisse, dificilmente iria ficar com alguém como eu, que nem andar posso.
-Porque isso teve que acontecer comigo ? - me perguntava, enquanto me olhava pelo espelho. Eu não me achava feio. Tinha uma boa aparência. Cabelos pretos, pele branca, um bom desenho de rosto, nariz afilado, olhos castanhos claros, boca normal... Mas, tinha um defeito que eu achava que se sobressaia a todas as qualidades. Enquanto lavava as mãos na pia que era própria para quem tinha menos estatura, notei a porta do banheiro se abrindo. Tudo normal até aí. Exceto no momento que eu notei quem adentrava por ali. Era ele, ele mesmo. Assim que me viu, parou. Me olhou por uns poucos instantes, e logo seguiu o seu caminho. Entrou num box. Enquanto ele esteve lá dentro, eu fiquei tenso. Não sei porquê, mas ele me deixava tenso. Minha vontade era sair, mas ao mesmo tempo queria ficar. Esperei passar alguns instantes, e logo vi ele saindo de lá. Veio, lavou as mãos, e logo nosso olhar se cruzou de novo. E então eu pude ouvir a sua voz pela primeira vez.
-Tá tudo bem contigo ? - perguntou, atraindo minha atenção.
-Tá. Porquê a pergunta ?
-Você está parado aí sem fazer nada... - falou – qual é o teu nome ?
-Giovani... E o teu ?
-Daniel... - falou, sorrindo. Imediatamente ele veio na minha direção, mas passou por trás de mim para pegar o papel que estava ao meu lado, para secar a mão - prazer, Giovani... - e então ele começou a andar para longe daquele banheiro, me deixando com o coração na mão. Agora eu sabia o seu nome, Daniel.
MINUTOS DEPOIS
Voltei para a sala meio que com os pensamentos perdidos. Marcela não demorou para perceber
-Que cara é essa ??
-Eu descobri o nome dele – falei, sorrindo
-Dele quem ?
-Daquele rapaz de mais cedo... É Daniel... - ela sorriu, me vendo daquela forma.
-Ah é ? Me disseram que ele joga vôlei na quadra,a gente podia ir lá ver... - falou ela, sorrindo
-Acho que não... É melhor nem nutrir esperanças de nada... Depois eu quebro a cara e vou sofrer que nem um condenado...
-Vamos logo lá rapaz, o que custa ir lá ver o garoto ? Arrancar não tira pedaço ! - falou ela, sorrindo...
O dia de aula foi passando, e quando a aula terminou, como se fazia todos os dias, havia a reunião dos alunos que gostavam de esportes na quadra. Eu nunca ia lá. Afinal, eu gostava de esportes, e me sentia mal não podendo praticar. Mas naquele dia eu fui, para ver aquele rapaz. Meio tímido, com a companhia da Marcela, eu fui naquele lugar, e fiquei lá num canto, observando eles jogarem. Minha primeira atitude foi procurar ele por ali, e não demorou muito para eu encontrar. Estava lá, em meio a aqueles marmanjos, ainda vestido com o uniforme da escola, jogando volei. Ele até jogava bem, tinha reflexos bons. Enquanto se mexia, eu conseguia observar cada centímetro daquele corpo se mexendo, e só me encantava ainda mais com aquele rapaz bonito.
-Nossa, eu não tinha reparado que ele é bonito mesmo – Marcela dizia, o olhando.
-Mas ele não é pra mim – dizia, olhando pro chão... Ao mesmo tempo em que eu pensava isso, não conseguia deixar de pensar um instante nele. E de reparar nele. E em como ele se movia. E no corpo dele. E no rosto dele... Ele realmente me chamava muita atenção...
HORAS DEPOIS
Eu fiquei ali por um bom tempo somente o observando. Sei lá, pela primeira vez não tive vontade de sair correndo. Quis ficar ali, estava me sentindo bem ali. Mas foi apenas isso... Eu apenas o observei. Não tive coragem de me aproximar, de dizer uma palavra. Apenas o observei...
-O que você está fazendo ? - Marcela me perguntava. Eu já estava em casa, mexendo no computador
-Nada demais... Só estou procurando saber mais daquele rapaz...
-Ah é ?
-É....
-Gostou mesmo dele, não ? - foi rápido que eu o encontrei nas redes sociais. Como qualquer interessado, começei a procurar fotos dele. E me encantei como o que vi. Ele era realmente muito bonito, e aquilo estava me preocupando. Eu não podia me apaixonar... Não queria sofrer mais.
CONTINUA
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