Estou há horas aqui estudando, batendo cabeça com um trabalho da faculdade. Já são quase duas da manhã, e eu simplesmente não estou rendendo. Ele, como sempre, está a meu lado, e se recusa a ir dormir e me deixar passando sono sozinha.
Solto um suspiro de frustração, bem baixo, mas era óbvio que não passaria despercebido por ele:
-Vem dormir, estudar com sono não tá te levando a lugar nenhum.
-Eu preciso terminar isso aqui hoje, vou só passar um café bem forte e...
Ele me cala com um beijo, me amolece inteira. Coloca a mão por baixo dos meus cabelos, na minha nuca, e me faz olhar para ele.
-Você não me entendeu. Não foi uma sugestão.
Se levanta e me pega no colo, me levando para o quarto. A janela ao lado da cama, ainda aberta, deixa que a brisa noturna venha até nós. Me coloca na cama com cuidado, e passeia a mão por todo o meu corpo. Se senta com meus pés no colo, e começa uma massagem.
-Feche os olhos, relaxe.
Obedeço, e recebo seu carinho. Fica nos pés por um bom tempo, até que suas mãos sobem mais, massageando minha panturrilha. Abro os olhos, fitando-o. Tinha que ser, lá está ele com seu sorriso sacana, me olhando. As mãos nas minhas coxas, levantando minha camisola, ele sobe até perto, muito perto, nunca tocando. Seu olhar me desafia. Se eu quiser, vou ter que pedir.
Dou a ele um olhar de súplica, mordendo os lábios, lá embaixo já estou molhada. Ele pousa a mão lá, por cima da calcinha, aperta e me olha de novo.
-Não faz isso comigo cara...
-Não?
Ele aperta de novo, e afasta a mão. Arranha a parte interna das minhas coxas. Se inclina e começa a me beijar, muito suave, desde os joelhos, vem subindo, subindo, quando está quase no lugar onde quero, onde preciso, ele volta. Já estou ofegante, não aguento mais.
-Vem, me pega de jeito, por favor...
Ele avança com as mãos por baixo da camisola até perto dos meus seios, mas sem tocá-los. Volta devagar, alisando minha cintura, pega a calcinha e desce, lentamente, vai beijando minhas pernas, até que tira fora. Segura apertada na mão, e cheira, de olhos fechados. Amo vê-lo assim, curtindo cada detalhe meu.
Ele abre os olhos, e beija meus pés. Vem dando leves mordidas nas minhas pernas, coxas, até que finalmente me beija, certeiro no clitóris, me deixa toda arrepiada, e eu gemo baixinho. Vai me beijando suavemente, enquanto acaricia minha barriga. Muda de posição, ficando completamente deitado, e começa a me penetrar com a língua. Tateia até encontrar minhas mãos, pousando-as na cabeça dele. Mexo meu quadril de encontro a sua boca, e pressiono seu rosto contra mim. Sua língua quente está cada vez mais rápida, e ele judia ainda mais, introduzindo dois dedos. Faz com eles movimentos de penetração, e até mesmo giratórios. Eu gemo muito alto, aperto sua cabeça, isso, assim, estou quase...
Ele se levanta de súbito. Me conhece bem demais, sabia a hora exata de parar. Vem com os dedos em minha boca, e eu me provo neles, ainda respirando profundamente, olhando-o fixo, sei que isso o enlouquece. Desce sobre mim, a boca dele ainda brilha com minha umidade, e vem me beijando, nos seios, dá a volta nos dois, e então abre bem a boca e suga o quanto pode de um deles, sua língua umidecendo meu bico duro, e no outro ele simplesmente pousa a mão, me sentindo. Eu mesma aperto sua mão em meu seio. Ele reage colocando mais pressão, e sugando o outro com mais força. Agarro sua cabeça e puxo pra mim, não aguento mais esperar. Ele, porém, faz um gesto de ainda não.
Suga meu outro seio agora, e suas duas mãos vem por baixo do meu cabelo, na minha nuca, e me fazem um cafuné suave, em contraste com sua boca enérgica e molhada, que me suga, me beija, raspa os dentes. Sobe pelo meu colo, e mordisca meu pescoço. Suas mãos na minha nuca agora agarram meu cabelo, puxando, fazendo que eu exponha meu pescoço. Ele aproxima a boca do meu ouvido, ouço sua respiração excitada por mim. Minhas mãos descem, buscando nosso encaixe, eu quero tanto...
Ele percebe e não deixa. Pega meus pulsos, e trás minhas mãos para o alto da cabeça. Vem beijando desde a bochecha, até nossas bocas se reencontrarem. Lá embaixo, ele está latejando, perto, tão perto. Mantém meus pulsos firmes com uma só mão, e vai com a outra até lá. Fica passando a cabeça na entrada, no clitóris, de volta na entrada, mas nunca entra. Não aguento mais esperar, cruzo as pernas em torno dele e puxo pra mim de uma vez.
Ele está respirando muito rápido e eu também. Ficamos paradinhos, nos sentindo por inteiro. Ele passa os braços por baixo do meu corpo, e abraça minhas costas. Faço o mesmo com ele, o quero assim, bem perto. Alternando entre elogios e sacanagens ao meu ouvido, ele começa a se mexer. Bem devagar, assim, sinto-o todo, entrando e saindo, quando está quase fora eu o puxo com as pernas pra dentro de novo.
Ele agora beija meu pescoço, se move mais veloz. As mãos voltam para meus cachos que ele gosta tanto, apertando, puxando com vigor. Está muito rápido agora, o vento noturno entra pela janela e nos deixa arrepiados. Eu gemo alto em seu ouvido, arranho as costas, do jeito que ele gosta.
Me puxa para um beijo, um último, as estocadas violentas, o que começou com carinho agora é selvagem, não estamos mais transando, estamos fodendo, mais, mais, mais, muito forte. Falo em seu ouvido, peço que goze pra mim, e ele faz isso, com um grito surdo no travesseiro, sem parar de se mover. E eu também gozo, gozo muito, senti-lo dentro de mim, pulsando, é meu nirvana, cravo as unhas nas costas dele e dou um berro, muito alto, acompanhado de uma gargalhada. Minhas mãos passeiam por suas costas.
Nos beijamos de novo, cansados, e ele sai de cima de mim. Me puxa pro seu abraço, fazendo cafuné. Até que o sono bate. Estou quase adormecendo, quando ele diz simplesmente:
-Boa noite.
Fecho os olhos e adormeço relaxada, sentindo seu calor, sua respiração, e sua mão em meu cabelo fazendo carinho.
Acordo antes dele. O dia está amanhecendo, vejo pela janela ainda aberta. Me inclino no parapeito de quatro, fico olhando o raiar do dia. O vento frio da manha deixa meus bicos arrepiados. E eis que sinto sua mão apertando minha bunda. Olho para trás, meio de lado, vendo ele me contemplando inteira, e digo, simplesmente:
-Bom dia.