Como disse no conto anterior, fui a uma festa com o pessoal do colégio: Matheus, Gustavo, Breno e o Lucas. Os quatro são meus amigos mais próximos na sala, sempre os parças do fut no intervalo, dos rolês na casa um do outro, enfim. Eu e o Breno somos muito tranquilos, os mais quietos do grupo. Em compensação, o Matheus, o Guga e o Lucas tocam o terror. Naquela semana, nas aulas, fomos armando o rolê para o fim de semana - uma festa na casa da Bárbara, uma guria podre de rica que estudava no mesmo colégio que a gente.
Na sexta, combinei com o Lucas de dividirmos um Uber, já que ele morava só a algumas quadras da minha casa. O Lucas era o palhaço do grupo. Enquanto o Matheus e o Guga eram os carinhas disputados pelas gurias, os que comiam todas e tudo o mais, o Lucas era o que ficava a cargo dos comentários aleatórios na sala e das brincadeiras de mal gosto, típicas entre caras: abaixar as calças do cara, encoxar o piá que ele tá marcando no fut, enfim. As encoxadas, principalmente, eram marca registrada. Ele era da minha altura, do mesmo tipo físico, branco, cabelo topetinho e corrente de prata no pescoço.
Ouvi o carro bosinando em frente de casa, dei tchau para a minha mãe e saí. O Lucas estava sentado no banco da frente, do lado do Uber. Quando eu entrei, ele me cumprimentou:
- Fala, viado!
- E ae, Lucas - respondi.
- Cara, tu sabe se a piscina vai 'tá liberada? - Lucas perguntou.
A casa da Bárbara era bem grande. Os pais estavam viajando, só estava ela e o irmão. Ela tinha convidado metade do colégio, mas típico de quem tem psicina em casa e já está acostumado, não tocou no assunto. Nós, típico de quem não tinha piscina em casa - eu nem tanto por nadar toda semana - ficávamos muito interessados na ideia de uma pool party mas ninguém tinha a cara de pau de perguntar.
- Vei, não ouvi ninguém comentando nada...
Era óbvio que, na metade da festa, alguém acabaria na psicina, puxando a fila para o resto entrar. Ainda assim, o Lucas estava bastante interessado.
- Porra, eu só lembrei disso quando saí de casa...
O Lucas estava uniformizado: calça jeans, polo branca e um New Balance. Eu não estava muito diferente: camiseta cinza, jeans claro e um new balance também.
Continuamos conversando sobre a festa por todo o caminho. Em certo ponto da conversa, o motorista do Uber entrou no meio e o Lucas já fez amizade com ele. Era um loirinho barbudo, um delícia. Quando o cara encostou o carro na frente do sobrado, o Lucas pegou o cartão dele, dizendo que ligaria quando estivéssemos saindo. Depois de pagar, entramos pelo portão aberto e passamos pelo jardim imenso. As luzes da sala estavam acesas e já dava para ver uma galera ali.
O resto do pessoal já tinha chego e estava na sala. Havia gente espalhada por todo o canto, dentro e fora da casa, bebendo, um ou outro fumando e eu tive certeza de sentir o cheiro de um beck quando entrei. A noite foi seguindo normalmente. Via um ou utra guria dando mole, mas não estava com ânimo para ageuntar toda a enrolação pela possibilidade mínima de uma delas dar para mim logo na primeira vez que nos víamos. O Lucas, por outro lado, chegava em todas, com o jeito inconveniente dele. Já estava um pouco alterado pela bebida, todos nós, e eu desconfiava que ele fazia aquilo principalmente para chamar atenção no rolê.
Como previsto, escolheram o coitado para jogar na piscina. Metade do pessoal que estava acompanhou os meninos que carregavam ele - Lucas, entre eles. A outra metade já havia debandado - dado PT, achado um canto para se pegar, sentado para chorar e filosofar sobre a vida. Acompanhei o cortejo. Feita a primeira vítima, outros foram sendo escolhidos, jogados de roupa e tudo. Tentei ficar meio escondido, evitando ser feito de alvo, mas não teve escapatória: assim que o Lucas me percebeu sentado numa espriguiçadeira, rindo da zoeira toda, ele pulou da piscina e, antes que eu tivesse tempo, estava me carregando para dentro dela.
Aos poucos, as pessoas foram saindo, fosse porque queriam mais bebida ou porque estavam com frio. Ficamos eu e os meninos ali, bebendo e conversando. Então, um a um, o Matheus, o Guga e o Breno saíram também e sentaram nas espreguiçadeiras. Ficamos conversando, eu apoiado na borda da piscina e o Lucas, ora ou outra, brincando de me encoxar. Até que a Bárbara chegou na gente.
- Galera, 'ceis tão de carro aí?
- Eu tô - o Matheus respondeu.
- Ah, Ma, ce não faz um favor? Vamo comigo buscar gelo? Tô com medo de acabar...
- Oh, claro, bora lá - disse prontamente o Matheus, levantando. O Breno e o Guga levantaram também.
- Espera aí que eu vou também - o Lucas falou, falhando miseravelmente em sair da piscina.
- Po, cê tá loco que eu vou deixar você entrar no carro todo molhado desse jeito...
Os dois inciaram uma discussão mas o Lucas acabou perdendo. Os meninos e a Bárbara saíram e ficamos nós dois ali.
- Velho, acho melhor a gente saí, como que o Uber vai levar a gente todo molhado assim depois? - eu disse.
- Ah, vei para, tá bom aqui mano...
- Lucas, cara... - eu comecei, percebendo que ele estava alterado demais para pensar direito.
- Vei, não. Olha - ele disse, então tirou a camiseta colada no corpo e estirou na espreguiçadeira próxima. Então, com dificuldades, tirou a calça jeans e jogou também, mas essa caiu toda embolada no chão molhado.
- Porra! - o Lucas apoiou a mão na beira da piscina e ergueu o corpo. Nisso, a boxar branca que ele estava usando pesou e desceu, deixando quase metade do rabo dele de fora - um rabo branquinho, pequeno mas perfeitamente redondo, todo liso. Eu, já alterado também, senti meu pau dando sinal de vida, mas não consegui tirar os olhos. Ele saiu da piscina, ajeitou a cueca - não adiantava muito, porque estava colada no corpo - e depois esticou a calça. Quando ele virou, vi o volume meio transparente da sua rola mole por um breve instante antes dele pular de novo na piscina.
- Pronto, mano! Vai, tira aí também!
- Ah, cara, é foda...
- Pô, viado, larga de ser fresco, cara! Tira, vamo... - o Lucas insistiu.
Não conseguindo pensar em uma desculpa para recusar, saí da piscina, tirei a camiseta, estirei em outra espreguiçadeira, depois tirei a calça. O Lucas assoviou, tirando sarro, quando a barra da calça ficou presa no meu pé e tive de abaixar, empinando a bunda, para tirar. Fiquei de costas para ele o tempo todo, tentando esconder o pau meia-bomba. Quando estirei a calça, corri e pulei na piscina, sem dar tempo dele ver o volume ali.
- Poxa, cara, não acredito que não vou ficar com nenhuma mina aqui hoje... - o Lucas falou apertando a rola debaixo d'agua. A piscina era, logicamente, iluminada em toda a lateral por spots de luz verde.
Eu só ri, mergulhando, tentando me controlar. Não podia ficar de pau duro perto do Lucas, conhecendo ele do que jeito que conhecia, sabia que ele iria tirar sarro disso - em público - para o resto da minha vida. Atravessei a piscina e saí da outra borda. Quando tirei a água do rosto, vi que o Lucas estava mergulhando na minha direção. Porra. Encostei as costas na borda da piscina enquanto ele saía da água e sentava do meu lado, as pernas abertas. O Lucas continou falando das garotas com quem tinha ficado, apertando o pau vez o outra por cima da cueca. Eu cruzei as pernas debaixo d´água e coloquei a mão sobre a minha mala, o pau visivelmente duro já. A situação piorou quando ele, ainda com as perna dentro da água, deitou e notei o volume na sua cueca.
- Eita, Lucão, vira pra lá senão vai furar meu olho - eu soltei, sem conseguir controlar.
O Lucas riu e levantou. Ficamos tempo demais nos escarando. Vi o sorriso dele se desfazer, ele olhar para dentro d'água onde eu cobria meu pau, ele não sabia, duro, e então olhar para mim de novo. Algum coisa parece fazer sentido. Ele então sorriu de novo, desviando o olhar para o céu e coçando a cabeça.
- Porra, mano...
- Que foi? - eu perguntei, sério, ainda olhando para ele.
Ele me encarou de volta, depois sorriu de novo e balançou a cabeça. Preocupado que tivesse entendido errado tudo aquilo e que tivesse acabado de me entregar, pulei rápido para fora da água e fui em direção ao banheiro externo, na área coberta da churrasqueira atrás da psicina. Acendi a luz e entrei, sem em dar ao trabalho de fechar a porta, ficando extamente de costas para ela. Com o pau duro, demorei para começar a mijar. Quando estava acabando, percebi uma luz se apagando atrás de mim e, antes que tivesse tempo de me virar para ver, ouvi a porta do banheiro fechando e o barulho da chave virando. Me virei e, ainda com o pau na mão, para fora da cueca, o Lucas me beijou.
Fiquei sem reação por um momento e senti ele se afastando, mas antes que ele fizesse isso, agarrei sua bunda e puxei seu corpo mais perto do meu. Encostei-o contra a porta trancada e correpondi ao beijo, sentindo sua rola endurecer cada vez mais presssionada contra a minha. Não durou muito. Logo ele se desvencilhou e foi até a pia, nós dois sem fôlego. Ele abriu a torneira, jogou água gelada no rosto e ficou olhando no espelho.
- Lucas... - eu comecei a falar, mas ele levantou a mão.
- Isso não sai daqui.
Como não respondi, ele virou e me encarou.
- Entendeu?
Balancei a cabeça, acenando que sim e coloquei meu pau, já mole dentro da cueca. Lucas desviou o rosto e veio na minha direção. Percebendo que ele queria sair, saí do caminho. Ele abriu a porta e sumiu. Ainda em choque, fiquei ali, até que ouvi a conversa dos meninos que voltaram com o gelo e percebi que era melhor sair.
O Lucas já estava vestido e conversava com o resto do pessoal, rindo como se nada tivesse acontecido. Quando cheguei perto deles, ele virou para mim e, na maior naturalidade, começou a me zoar por estar de cueca. Ignorei as brincadeiras e me vesti também. Passei o resto da festa aéreo, sem beber e conversando pouco. Aos poucos a galera foi indo embora, até que sobramos nós e mais um grupinho na sala. Fui ao banheiro e, no caminho, ouvi o Matheus, o Gustavo e o Breno falando de ir embora. O Lucas se prontificou a ir mas então o Matheus perguntou se ele não ia me esperar. Apressei o passo para não ouvir mais nada e subi as escadas. No caminho do banheiro, podia jurar ter ouvido o barulho de alguém transando em um dos comodos de portas fechadas: pelas vozes sussuradas, era dois caras.
Fiquei surpreso em encontrar, sentado no sofá sozinho, o Lucas. Quando me viu, ele levantou, disse que os piás já tinham ido e perguntou se eu queria ir também. Respondi que sim e, enquanto ele ligava para o Uber, fomos para a frente da casa. Esperamos em silêncio e assim ficamos durante o caminho de volta. Pelo retrovisor, podia ver que ele não parava de lançar olhares para o banco de trás, onde eu estava. No começo, eu devsiei o olhar, mas comecei a encará-lo e passamos todo o trajeto desse jeito, em silêncio, nos encarando. Desci do carro, dei tchau o mais rápido que pude, entreguei a minha parte da corrida e entrei para casa. No quarto, tirei toda a roupa molhada e deitei na cama. Ouvi o barulho de uma mensagem no celular, mas ignorei e me forcei a dormir sem pensar no que tinha acontecido.