Lucas me empurrou de cima dele com as mãos ao mesmo tempo que falava, sério:
- Mano, sério, chega...
Eu deixei que ele me afastasse. Lucas sentou, os cotovelos apoiados nas coxas nuas e a cabeça escondida nas mãos. Sentei do seu lado e esperei que ele dissesse alguma coisa. Pelo tom de voz que usara, tinha ficado bem claro que não estava brincando. Mas pude perceber que ele estava realmente angustiado, por isso não forcei. Fiquei só ali, estirado no sofá e esperando por alguma reação dele. O tempo foi se prolongando e resolvi arriscar. Ergui a mão e lentamente toquei em seu ombro. Foi instantâneo: Lucas pulou do sofá e se afastou, passando a mão pelo rosto.
- Gabriel... isso... isso que aconteceu aqui... - então olhou para mim.
- Tudo bem - respondi - não sai daqui, velho.
- Não, mano, cê não tá me entendendo: ninguém pode saber disso, falow?
Balancei a cabeça concordando e esperei. Ele parecia um tanto mais calmo, mas apesar de toda a cena, não fizera nada para se cobrir. Em vez disso, sentou novamente do meu lado e ficou olhando para a imagem parada da TV.
- Eu não sei onde eu tava com a cabeça, velho... - ele começou.
- Lucas, na boa cara, relaxa, mano - eu disse.
- Relaxar, vey? - Lucas se virou para mim - Relaxar como? A gente... eu não... mano, eu não sou viado, porra!
Foi a minha vez de perder a paciência.
- Tá bom - eu falei. Levantei do sofá e comecei a recolher minha roupa e vestir, peça por peça.
- Que cê tá fazendo, mano? - Lucas perguntou confuso.
Continuei me vestindo sem responder. Faltava só a camiseta quando senti a pressão no meu pulso e vi que ele estava de pé, me segurando.
- Gabriel, vey, para com isso...
- Mano, você acabou de dizer: tu não é viado. Depois do que acabou de acontecer, tu tá preocupado em me falar isso - nem eu entendia porque estava reagindo daquele jeito, só sabia que ver o Lucas, de novo, procurando justificativa ou desculpa para que acontecera me irritava. Não que eu fosse assumidamente gay ou quisesse ser ou quisesse que ele fosse. Era que, de todos os caras com quem tinha ficado, nenhum deles tinha problema com aquilo. O Lucas, pela segunda vez, me fazia sentir mal, como se eu fosse eu tivesse feito tudo aquilo sozinho e, pior, como se fosse errado.
- Gabriel, vey, vamo conversar, pô, cê tem que me entender... - o Lucas insistiu.
- Mano, não tenho não. Falow aí - acabei de vestir a camiseta e saí, deixando o Lucas estupefato e pelado na sala.
Durante todo o caminho até em casa só conseguia pensar nele me deixando no banheiro na festa e agora a pouco se afastando de mim. Sabia que estava reagindo de uma maneira exagerada e fui me acalmando aos poucos. Quando cheguei em casa, já tinha resolvido o que fazer.
No outro dia de manhã, me atrasei e cheguei tarde no colégio, perdendo a primeira aula. Fiquei no corredor esperando para entrar na troca de aula. Por coincidência, quase no final da aula o Lucas saiu da sala. Ele levou um puta de um susto quando me viu ali no corredor. Colocando em prática a minha nova tática, cumprimentei ele como se nada tivesse acontecido:
- Fala, Lucão - eu disse em tom de brincadeira.
- E aí, Gabs, tranquilo? - ele respondeu meio confuso. Virou as costas e foi até o banheiro no meio do corredor. Antes de entar, porém, ele olhou para trás e apertou o pau por cima do uniforme. Ignorei minha rola dando sinal de vida e contnuei sentado. O Lucas demorou todo o restante de aula para sair do banheiro, ponto em que o sinal já havia tocado e o corredor estava cheio com os outros alunos. Quando ele chegou na sala, eu já havia sentado no meu lugar e conversava com o resto dos meninos.
A aula era de sociologia. O professor passou um trabalho sobre Durkheim e pediu que fizéssemos uma discussão em grupo, o que era uma desculpa para todo mundo conversar e fazer absolutamente nada. Os meninos se reuniram no canto da sala e ficamos ali conversando. Em certo momente, me levantei com a desculpa de jogar uma folha amassada no lixo e voltei para perto do grupo, me posicionando do lado da carteira do Lucas. Ele estava sentado, os dois braços esticados segurando a lateral da carteira enquanto a levantava encostada no peito - coisa de muleque em sala de aula. Aproveitei a chance e agindo com mais entusiasmo do que seria o normal, comecei a participar da conversa com o corpo todo - sacudia os braços, cutucava os caras, me inclinava e em uma dessas inclindas apertei a minha mala contra o antebraço do Lucas. Ele congelou e me olhou de canto de olho. Fingindo que não tinha percebido, continuei daquele jeito, encoxando o seu braço.
Eu sabia que ele não seria louco de falar nada ali na roda, mesmo sentindo minha rola endurecer contra a sua pele a cada encoxada, até que ele tirou os braços da posição em que estavam e colocou sobre o colo. Imaginando a ereção que ele tentava esconder, comecei a encoxar, mais discretamente, o seu ombro. Ele não tinha escapatória. Senti os olhares que ele me lançava vez ou outra e acabei cruzando os olhos com os dele em certo momento. Fiz questão de sorrir e encoxar mais forte.
O sinal bateu e fomos para o intervalo. Infelizmente, não consegui outra oportunidade de sarrar o Lucas. Mas, quando o sinal bateu novamente, cheguei no Matheus e no Guga e chamei os dois para zoá-lo. A brincadeira estava fora de moda desde a oitava série, mas sendo os dois quem eram, era só eles começarem para o resto da galera aderir. Assim, subindo as escadas para o nosso andar, enquanto o Guga e o Matheus ficavam lado a lado do Lucas, eu cheguei por trás e abaixei seu calção até os joelhos. Vi aquela bunda coberta por uma boxer vermelha apertada por alguns instantes antes de um Lucas irado puxar o shorts para cima. Acompanhei os guris nas risadas e fomos para a sala. O Lucas tentou me puxar de lado para conversar antes de entrarmos, mas soltei o braço da mão dele e entrei rápido.
A última aula era de Educação Física, o que signficou que, lá pelo final dela, os garotos começaram a se trocar. Era uma delícia de ver: dezzoito adolescentes, de todos os tipos e tamanhos, tirando da mochila meião e chuteira e vestindo, trocando a camiseta do uniforme pela do time, tirando a bermuda de cima do calção... era ótimo que todos ali estivessem na mesma fase e ereção involuntária - ou nem tão involuntária assim - não fosse novidade.
Na aula de Educação Física, a partida de fut foi a mesma que do dia anterior, com uma diferença: fiz questão de marcar o Lucas do mesmo jeito que ele tinha me marcado, esfregando meu caralho duro por cima do shorts, apertando a rola dele que a cada contato com a minha mão ficava maior e mais firme, puxando a camiseta dele, dando um tapinha na bunda dele quando era conveniente. Provoquei tanto que quando o professor apitou eu não sabia se ele estava mais excitado ou mais bravo comigo.
O Lucas sentou na arquibancada, todo suado, enquanto o pessoal arrumava as coisas para sair. Um a um foram saindo e ele continuou ali. Resolvi sair e percebi que ele me seguia. O sinal tocou e, em vez de acompanhar o fluxo da galera que saía, fiz o caminho contrário em direção aos banheiros próximos a quadra. Não entrei. Esperei até que as fiscais de pátio fechassem as grades das escadas e o pátio em si ficasse mais vazio. Lucas estava sentado há pouca distância de mim sem me olhar, mas me seguiu quando levantei e entrei bo banheiro.
- Que porra é essa, Gabriel? Hein? - Lucas jogou a mochila no chão, me empurrou contra a parede entre as pias e os mictórios e me imobilizou com o braço na minha garganta.
- Calma, cara, do que cê ta falando? - eu provoquei.
- Tu sabe bem, Gabriel, tu sabe do que eu to falando... é assim agora? Vai ficar brincando comigo?
- Ué, cara, não fiz nada que tu não fez ontem... Qual é o problema? - eu desfaiei.
O Lucas estava bufando, ainda suado do futebol. Eu sentia o cheiro leve do suor, sentia o calor dele perto de mim. Ignorando a minha decisão de só provocá-lo, me aproximei mais dele, desencostando da parede. Ele forçou mais o braço na minha garganta mas não se mexeu. Lentamente, fui cheganod mais perto e o braço dele foi cedendo também, aos poucos. Estavávamos a dois centímetros um a da boca do outro, as rolas duras tocando-se de leve, quando Lucas tiou o braço da minha garganta, me empurrou de novo contra a parede e me beijou.
Era um beijo diferente. Não tinha medo. Não tinha dúvida. Só o tesão da sua língua úmida e quente deslizando na minha boca, das suas mãos segurando o meu rosto, do nossos corpos - do peito até os cacetes - colados um no outro. Minhas mão desceram pelas costas dele e foram parar em cima da sua bunda. Por um momento, fiquei com medo de que ele se afastasse mais uma vez, mas pelo contrário, ele pareceu se apertar mais contra mim. Enfiei então as mãos dentro da sua cueca e do shorts, abaixei e apertei sua bunda, erguendo-a.
Quando paramos de nos beijar para recuperar o fôlego, me abaixei, peguei sua mochila e o puxei pela mão, a bunda ainda de fora. Entramos no cubículo de deficientes, tranquei a porta, joguei as mochilas - minha e dele - no canto escondido da visão de fora pelas divisórias e o beijei de novo, encostando-o contra a parede. Passei as mãos pela sua barriga, subindo até seu peito, enquanto beijava o seu pescoço ainda suado e o ouvia gemer baixo. Ergui sua camiseta e comecei beijando seu peito, lambendo e chupando os mamilos, descendo pela barriga fazendo-o estremecer. Mas não me demorei ali. Puxei o restante do seu calção e da sua cueca e comecei a chupar a sua rola melada. A visão daquele machinho, de meião e chuteira e com o uniforme todo revirado era de enlouquecer.
Foi a vez então do Lucas me surpreender mais uma vez. Ele me levantou, trocou de lugar comigo e repetiu meus movimentos: meu peito, meu pescoço, minha barriga, calção e cueca abaixados, minha rola melada. Enquanto ele me mamava eu via sua bunda empinada e só coneguia imaginar minha rola entrando naquele rabo apertado. Com aquele imagem na cabeça, avisei:
- Vou gozar...
Primeiro, achei que ele fosse parar de mamar. Ele tirou a boca e começou a me punhetar, mas não levantou. Lucas, quando viu que eu estava prestes a esporrar, abocanhou o meu caralho novamente até a última gota de porra escorrer para a sua boca. Ele correu cuspir no vaso, mas, bem, coitado, tentou pelo menos. Foi a minha vez então e toda a porra daquele machinho eu senti descer pela minha garganta enquanto ele batia com o pau duro na minha cara para fazer graça. Então ele sorriu. Sorriu e me puxou para cima, me beijando novamente. Agora com mais calma, mas ainda assim cheio de tesão. Ficamos nos beijando, os dois com os calções arriados, as rolas ainda duras e todos suados...
Pelo menos até ouvirmos a porta de uma cabine bater e pularmos de susto. Nos vestimos, esperamos o barulho da torneira seguido de passos e então saímos, um de cada vez, do banheiro. Lucas não iria para casa, o que me deu toda a viagem sozinho para pensar e relembrar - perigosamente, no ônibus lotado - que tinha acontecido ali. Cheguei em casa ainda anestesiado, me joguei na cama e toquei uma punheta, só de meião, imaginando o Lucas daquele jeito ali comigo. Gozei todo no meu peito e corri para o banho antes da natação. Quando cheguei no quarto, o celular com notificação.
13h23
Lucas
Ce é uma delícia, Gabs
Não evitei sorrir. Não era nada, mas vindo do Lucas, valia mais do que um eu te amo.