Acampando com papai – Volume 10 – Final
Visão do Bruno
Só podia ser sacanagem, eu não estava acreditando que o Igor tinha enganado e usado todos nós.
Bruno: Porra Igor, qual é moleque?? Por isso você inventou essa parada de aposta??
Os coroas me olhavam sem entender nada e o Igor fazendo que nem era com ele. O Marcelo estava tão puto quanto eu.
Marcelo: Sacanagem moleque. Ia contar para a gente quando?
Otávio: Acho que merecemos uma explicação, que conversa é essa de aposta??
Agora já era, teríamos de contar tudo e o safado do Igor ainda calado. O tio Jorge e o papai só observavam.
Bruno: Quando eu contei a eles do acampamento o Igor nos propôs deixar as coisas mais interessantes fazendo uma aposta. Nós provocaríamos vocês para ver quem cairia primeiro. No início eu rejeito a ideia, mas passei a observá-los com outros olhos e a curiosidade falou mais alto, acabei topando.
Marcelo: Comigo também foi assim. E quando demos o sinal verde para o Igor ele nos passou todo o plano. A provocação no campo de futebol e depois no carro e a partir daí as coisas tomaram rumos próprios. Até os casais foi o Igor quem dividiu.
O Igor era muito dissimulado e continuava ignorando a todos nós. Até o tio Jorge se manifestar.
Jorge: Desembucha garoto, conta tudo.
Tio Jorge estava sério e olhava fixamente para Igor, sem alternativa ele teve de contar.
Igor: O senhor sempre exagera na bebida e eu que acabo te dando banho, café e colocar para dormir. Numa dessas bebedeiras, enquanto te dava banho, o senhor começou a me contar tudo o que tinha rolado na cabana entre vocês e como mantiveram o contato sexual por muitos anos. Eu fiquei muito excitado assim como o senhor e até batemos uma punheta juntos.
Tio Jorge franzia a testa e parecia tentar lembrar dos fatos, mas pela expressão no rosto dele não conseguiu. Igor continuou.
Igor: Aquilo ficou na minha cabeça, principal porque o senhor falou todo sentido a falta que sentia da amizade colorida que vocês tinham. Então eu só uni o útil ao agradável quando fiquei sabendo acampamento. Até pensei que essa já era a ideia do tio Gui. As recordações que o ambiente traria, vocês três juntos de novo e agora nós também faríamos parte dessa história. Ninguém precisa ficar puto comigo, não obriguei vocês a nada. Só dei uma força para o que estava
dentro de vocês aflorasse.
Todos ouviam as palavras dele com atenção e eu até concordava com ele, só aconteceu o que a vontade permitiu e se não fosse isso jamais aconteceria.
Visão do Jorge
Esse garoto realmente tinha puxado a mim, pelo menos na safadeza. Eu realmente me excedia na bebida as vezes, mas muito esporadicamente não sou nenhum alcoólatra. O mais impressionante é ele nunca ter conversado comigo, sempre tivemos uma boa relação, conversávamos sobre tudo. Tenho de concordar que a ideia dele foi ótima. Precisa muito reviver esses momentos e sentir um prazer tão bom de novo. A expressão nos rostos do Gui e do Otávio mostrava que eles concordavam comigo. Uma dúvida agora pairava no ar, será que rolou algo mais que uma punheta entre nós?
Jorge: Filho, desculpe por você ter de aguentar meus porres, vou maneirar na bebida. Eu esperava que você tivesse conversado comigo sobre isso e principalmente jogasse limpo com seus amigos.
Igor: Talvez se eu falasse tudo de início nada teria acontecido. Esse final de semana deveria ser especial e nos aproximar e assim aconteceu. Eu pelo menos me lembrarei sempre desses dias.
As palavras dele eram sinceras e não conseguia mais ficar zangado.
Otávio: Bom, os fins justificam os meios, de uma maneira torta o Igor ajudou a todos nós.
Otávio afagava os cabelos do meu garoto enquanto falava. A relação deles estava bem intima.
Igor: Espero que possamos levar essa relação que surgiu aqui para nossas vidas. Não deixar de sentir prazer com vocês.
O garoto tinha tocado em um assunto delicado que com certeza já havia passado pela cabeça de todos ali.
Bruno: Concordo Igor, não podemos deixar esse sentimento morrer. Podemos manter esse contato mais íntimo, não sei, nos ver pelo menos uma vez por semana e gozar juntos.
Esses moleques estavam sentindo o mesmo que nós sentimos anos atrás. Não queria de forma alguma desiludi-los. Só não seria fácil manter um relacionamento desses por muito tempo.
Jorge: As portas da minha casa estão sempre abertas para você Bruno. Quiser passar o final de semana comigo, viajar, ou só assistir um filme e conversar.
Os olhos do garoto brilharam e um lindo sorriso se formou no rosto dele. Meu coração se aqueceu.
Visão do Otávio
Estava me sentindo com vinte anos de novo. Coração disparado e a ansiedade de início de um novo relacionamento. Só que já tinha mais de quarenta anos e as rédeas da minha vida. Então decidi dividir com eles algo que já vinha pensando.
Otávio: Igor, quer passar um tempo morando na minha casa?
A pergunta caiu como uma bomba em todos, até para mim pareceu muita ousadia, porém o tempo das dúvidas e medos havia passado. Eu precisava viver aquilo que me fazia bem, feliz. Ele olhava para o Jorge como se buscando algum tipo de consentimento, aprovação. Assim que o Jorge assentiu com a cabeça, Igor me respondeu.
Igor: Quero sim tio Otávio!! Mas e os vizinhos??
Otávio: Garoto eu cuido dos vizinhos. Só quero dormir e acordar com você todos os dias.
O Igor aparentava ser seco, mas ele ficou com olhos marejados. Seria uma experiencia incrível ter esse moleque em casa, todo dia.
Jorge: Está moderno hein Otávio! Gostei da ideia!! E você Bruno?
Bruno: Ah, gostei também!!
Estávamos nos entendendo. Gui e Marcelo eram os mais tímidos, ficaram calados durante a conversa mantendo apenas contato visual e dessa forma se entendendo.
Visão do Gui
A ideia de ter o Marcelo morando era algo altamente estimulante. Algo que eu nunca vivi e com um garoto com tantas coisas em comum. O olhar dele para mim deixava claro que tinha gostado da ideia. Eu sabia que fazer o convite ali em meio a todos o deixaria sem graça. Esperei até seguirmos de volta a cabana e abraçado a ele durante o caminho conversamos.
Gui: Você aceita ficar comigo, na minha casa?
Marcelo: Claro que aceito tio!!
Nos beijamos selando aquele pedido. Chegamos a cabana e agora cada casal voltou aos seus afazeres e a estreitar os laços desse novo relacionamento. À noite, pela primeira vez eu e Marcelo fizemos amor, não era apenas sexo, havia um sentimento mutuo em cada toque, cada beijo, cada gozo. Acredito que o mesmo tenha acontecido com os outros. O sorriso estampado nos rostos de todos ao acordar no outro dia era a prova incontestável disso. Eram as últimas horas naquele lugar incrível e inesquecível. Aproveitamos a cachoeira, ajeitamos a cabana, comemos e partimos de volta a rotina. Rotina essa totalmente diferente de quando saímos. Chegamos a casa do Otávio e de lá cada um pegou suas coisas e partiu para sua casa. Marcelo veio comigo e ao chegarmos em casa, arrumamos as coisas e fomos ao quarto. Queria mostrar ao garoto a cama que dividiríamos daquele momento em diante e fazer o possível para deixa-lo à vontade. Afinal ele estava em casa. O Bruno foi com o Jorge e pelo grude que estavam no carro eles fariam amor assim que chegassem. Otávio e Igor já tinha planejado fazer um lanche e também desfrutar desse excitante e revigorante relacionamento. O que viria a seguir era desconhecido, mas com certeza estávamos dispostos a descobrir vivendo.
Fim