Todo dia a mesma coisa. Acordar, vir para a faculdade, ter aulas chatas, me estressar com o grupo do seminário, me preocupar com a próxima semana de provas. Ir para casa. No outro dia, de novo. E de novo. E de novo. Estou mortalmente entediada. Preciso de algo que quebre minha rotina, e tem que ser agora.
Cinema? Parado demais. Um show? Talvez. Mas lá no fundo da minha mente, escondida até de mim mesma, está a resposta certa. Quero uma boa foda. Não, não tô a fim de passar por todo o processo de flertar, ir pro barzinho, conversar, e só então, talvez, ter um bom momento. Quero agora, aqui mesmo. Quero ir para um banheiro, ou para uma sala deserta, já cheia de expectativa. Quero chegar lá e me atracar com ele em beijos famintos enquanto nossas mãos exploram o corpo um do outro. Eu segurando a cabeça dele, lhe arranhando a nuca. Ele me apertando contra si com uma mão, enquanto a outra puxa minha coxa. Quero explorar o pescoço dele, com minha boca, com meus dentes, enquanto ele faz o mesmo comigo, me fazendo sentir sua respiração pesada em meu ouvido, me dando arrepios e aumentando minha excitação. Quero que ele me imprense na parede, tire minha roupa com pressa, e use sua boca quente e faminta em meus seios. Com fome, mas com delicadeza, a língua úmida brinca com meus bicos, primeiro dando voltas, e em seguida sugando, me fazendo gemer baixinho, e agarrar sua cabeça.
Eu vou empurrá-lo para baixo, fazendo com que desça beijando minha barriga, passando as mãos em minha cintura, e abaixando minha roupa. Vai passar a mão na minha bunda, e depois agarrar minha coxa, colocando-a no ombro. Vai beijar e morder de leve toda a extensão da coxa até chegar perto, muito perto. Levantar a cabeça, e me olhar nos olhos uma última vez, antes de me beijar lá embaixo, lá onde estou tão úmida e tão quente. Vou sentir sua língua percorrendo toda a entrada, e subindo até o clitóris, exigindo toda a minha concentração para não gemer alto. Vou senti-lo me penetrando com a língua, extraindo de mim todo o sabor que conseguir. Vai me beijar e sugar com cada vez mais vontade, fazendo com que eu me equilibre em seus ombros para não cair, e perca o ar enquanto contenho meus gemidos.
Vai tirar minha coxa do ombro e se levantar, mais uma vez beijando todo o meu corpo, as mãos nas minhas costas, me trazendo para seu rosto, enquanto sobe pelo meu colo e me beija o pescoço. Eu vou te virar e te jogar contra a parede, assumindo o beijo, enquanto suas mãos vem, safadas, apertando minha bunda. Vou tirá-las, e brigar com você de brincadeira, enquanto me ajoelho. Coloco “ele” pra fora, deixo que finalmente respire, tremendo de tesão. Olho para cima, encontro sua expressão cheia de expectativa. Apesar de ajoelhada, sou eu que mando aqui, você depende da minha boa vontade. Mas serei uma boa menina. Mantendo meu olhar no seu, coloco apenas a cabeça inchada na boca, e fico assim paradinha, as mãos na sua calça, e a língua furiosa fazendo enlouquecer. Vejo-o trincar os dentes de tesão, e vou abocanhando pouco a pouco, deixando bem babado, e fazendo pressão forte com os lábios. Sei que tô fazendo direitinho porque logo sua mão vem afastando minha cabeça. Me ajuda a ficar de pé, e me imprensa mais uma vez na parede. Puxa minha coxa, me deixando pronta para recebê-lo. E então vem, devagar, me fazendo sentir cada milímetro. Enquanto isso, vai respirando forte em meu pescoço, falando em meu ouvido o quanto sou gostosa, o quanto meu boquete é incrível, o quanto adorou meu sabor… Eu cravo as unhas em suas costas, gemendo, concordando, mordendo os lábios para controlar meus gemidos enquanto começamos a nos mover, vagarosamente, evitando fazer barulho. Mas nossa empolgação não pode ser controlada, logo me segura pela bunda, me levantando, e vem cada vez mais depressa. Mordo seu ombro, desesperada, meus gemidos surdos numa crescente, e lá embaixo eu me contraio, deixando-o louco também. Suas mãos apertam minha bunda mais forte, e correspondo mordendo seu pescoço. Juntos, ofegantes, suados, e fazendo de tudo para conter um gemido alto, atingimos um orgasmo fenomenal, ambos curtindo a sensação de dar e receber prazer.
Diminui a velocidade, nossos corpos colados sentindo a respiração e o pulsar do coração um do outro. Espera a adrenalina baixar e então me desce ao chão. Nos vestimos sem trocar palavra, enxugamos o suor e saímos. Na pia, trocamos sorrisos e olhares através do espelho enquanto arrumamos o cabelo e lavamos o rosto.
É isso que eu quero. E quero agora.