Amolecendo o coração do bad boy. (Clichê) XI

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3143 palavras
Data: 07/12/2017 14:42:40
Última revisão: 07/12/2017 15:14:13

- eu topo. – falei sem medir as palavras que saiam de minha boca.

Junior me olhou com cara de espanto; Olavo sorriu.

- aqui mesmo ou la na casa? – perguntou Olavo.

- Edu? Tu não precisa fazer isso, mano.

- cala a boca Junior, vai querer mandar na vida do cara agora? Bora Edu. Deixa esse cuzão aí. – disse Olavo me puxando pelo braço.

Ali, parado, Junior me olhou serio e fez um sinal negativo com a cabeça.

Olavo juntou o facão que ainda estava cravado no chão, e depois voltamos para a casa.

- hey. Eu sou de boa ta!? – dizia ele enquanto caminhávamos.

- ahan.

- O Junior me contou sobre o lance de vocês, mas eu juro por Deus que nunca comentei sobre isso com ninguém.

- ta bom.

Eu tentava parecer tranquilo, não queria aparentar afobação. Esforçava-me para parecer uma pessoa normal, e não um cuzão dramático fazendo escanda-lo por ter sido descoberto.

Antes de entrar na casa, Olavo e eu tomamos uma chuveirada ao lado da piscina. Tava tudo escuro, o único clarão era a lua.

Olavo ensaboou o corpo, e em seguida abaixou sua sunga, ficando completamente nu. O cara olhou pra mim e sorriu.

- tem problema eu ficar assim pelado? – perguntou.

- não, de boa!

O que estava acontecendo comigo? Aquele cara ali não era eu, parecia mais um pervertido usando meu corpo.

- da aqui tua mão. – pediu Olavo.

Estendi minha mão, e ele a levou de encontro ao seu membro.

- pode pegar, precisa ter vergonha não. – falou com um sorriso no rosto.

Comecei a punhetar Olavo de leve.

- Tu ta tremendo? – perguntou.

- to com frio. – respondi.

- melhor a gente entrar né!?

- ahan. – falei.

- vem. – disse ele desligando o registro do chuveiro e apanhando sua sunga do chão.

Entramos na casa, nos enxugamos, trocamos de roupa e nada do Junior aparecer. Eu começava a me preocupar.

Olavo me levou para o quarto, e pediu que eu o chupasse.

O cara deitou na cama e colocou sua rola para fora pela parte de baixo do short.

- faz ele crescer na tua boca. – pediu.

Eu fiquei ali procurando ar, e tentando entender o que eu estava fazendo da minha vida.

Olavo passou a mão em minha nuca, e delicadamente foi puxando meu rosto para próximo do seu pau. A pica dele pulsava.

Antes que eu pudesse encostar, se quer, no Olavo, Junior entrou no quarto, e me tirou para fora.

- pega tuas coisas e vamos embora. – disse com muita autoridade.

- o que tu pensa que ta fazendo? E nosso acordo? - disse Olavo.

- que acordo? – perguntei.

- Tu não acha que já fez estragos demais não? Olavo, pra gente preservar nossa amizade, vamos fazer um novo acordo: Fica quietinho na tua.

- te considero pra caralho, Junior, mas tu não manda em mim não irmão. – disse Olavo.

- já pegou tuas coisas? – perguntou Junior.

- já. – respondi.

- então vamos.

- tu vai mesmo com esse mané, Edu?

Junior soltou a mochila, e mais uma vez, partiu pra cima do amigo.

- tu ta doido meu irmão? Ta maluco ta? Só não te meto a mão, porque tenho muita consideração por você ainda.

Junior parecia um cachorro faminto saindo de cima do amigo. Peguei minha mochila, coloquei nas costas, e saí daquela casa.

- espera Edu. – disse Junior vindo em meu encalço.

Continuei andando ate ele me alcançar.

Entramos no carro, e ele saiu pela estrada em alta velocidade. Às vezes, Junior tentava puxar assunto, mas eu estava chateado demais pra trocar qualquer palavra com ele.

Devido à chuva ter engrossado, Junior resolveu encostar o veículo em um posto de combustível.

Ficamos, acho, que uns dez minutos em silêncio. Junior estava impaciente.

- Edu? – ele falou tocando em meu ombro.

- fala nada não Junior. – disse com a garganta travada. Meu estomago doía muito, as lágrimas insistiam em querer cair.

- eu te devo desculpas né!?

Tentei achar graça, mas não consegui. Acho que eu era muito fraco pra lidar com aquela situação.

- eu achei que você fosse diferente. – falei calmamente.

Junior suspirou fundo.

- eu não fiz por mal, juro que não fiz. Desculpa Edu.

- pra ti é muito fácil né, Junior!? Você me sacaneia direto, diz que vai mudar e depois vem com pedidos de desculpas? Morre de vergonha de alguém saber da gente, mas é o primeiro a contar. Eu não te entendo velho.

- as coisas não são como você ta pensando. O Olavo me pressionou e eu só assumi pra ele desencanar.

- e pra que você me levou la hoje?

- que?

- pra que você me levou naquele sítio? Qual era o acordo que você e o Olavo tinham?

- esquece isso.

- responde Junior.

Mais uma vez Junior deu uma respirada profunda, como se aquele assunto o incomodasse.

- você já deve imaginar o motivo né!?

Neste momento eu não consegui segurar o choro, e as águas começaram a rolar do meu rosto. Tentei sair do veículo, mas as portas estavam travadas.

- hey, aonde você vai?

- tem mais condição de a gente continuar no mesmo lugar não. – falei com as lágrimas escorrendo pela lateral dos lábios.

- ‘’qualé’’ Edu? Foi só uma brincadeira. – ele tentou me afagar em seus braços, mas eu o empurrei.

- sério mesmo que tu ainda vai tentar minimizar as coisas? Velho, eu tava curtindo passar o dia com vocês. Eu me diverti pra caralho, tentei não ser chato, e o mais importante eu confiei que vocês estavam ali comigo por amizade. Ai eu descubro que foi só um joguinho de interesses, e você vem me dizer que foi só uma brincadeira?

- Edu... – mais uma vez ele tentou me acariciar.

- precisa falar nada não Junior. Nós não somos amigos né mesmo!? Mas eu vou te pedir pela ultima vez: Segue com a porra do plano e para de fingir que somos chegados. – o choro era tanto, que eu soluçava.

- desculpa, Edu. Você viu que eu tentei evitar, pedi pra você ficar sempre perto de mim, mas você é muito cabeça dura.

- isso não justifica Junior. A merda já tava feita mesmo.

- mas eu tentei consertar. Lembra que eu te chamei pra ir fazer as compras comigo? Eu não queria te deixar só com ele.

- e porque não me falou a verdade Junior? Era tão mais fácil cara.

- não.. Não era não! Como eu ia falar pra você, que eu e meu melhor amigo estávamos planejando te comer?

- Na moral Junior, o que vocês pensam de mim? Isso não se faz não po, nem comigo nem com ninguém. Eu sou um ser humano pô, e esse plano de vocês é humilhante. Eu não quero mais papo com você não cara, só destrava a porta e me deixar sair e a gente esquece tudo isso.

- ta... Eu prometo não te incomodar mais. Vou te deixar em casa, e tu ta livre de mim.

- não precisa me deixar em casa. Eu vou pegar uma lotação que me leve ate a cidade.

- há essa hora e com esse ''toró'' que ta caindo, o máximo que tu vai conseguir vai ser um assalto. – ele sorriu.

Olhei sério para Junior e mais uma vez pedi que ele destravasse o automóvel.

- não insiste, Edu. Não vou te deixar aqui. Eu te levo em casa, e... e a gente encerra nosso trato.

- ok! – falei secando as lágrimas.

- tu quer tomar alguma coisa? – ele perguntou.

Eu apenas fiz uma negativa com a cabeça.

A chuva sessou e voltamos pra cidade em silencio.

Junior me deixou na porta de casa, e ficou esperando eu falar algo. Apenas pedi que ele pegasse nossa maquete com o Olavo, e trouxesse pra eu concluir a parte do motor. Ele concordou e depois pegou seu rumo.

Encontrei meus irmãos na sala assistindo a um filme, e minha mãe já estava dormindo. Fui ao quarto, tomei um banho, troquei de roupa, bebi um café quente e depois deitei para descansar.

Na manha seguinte, acordei com uma ressaca da porra. Tomei apenas do café preto, enquanto levava uns esporros da minha mãe, depois calcei um tênis e fui correr no calçadão próximo à universidade federal da cidade.

Comecei uma caminhada leve, e depois dei uns tiros até, literalmente, começar a suar. Cansado, sentei em um banco de frente para o mar, enquanto me refrescava com uma água de coco. Olhei as mensagens no celular, respondi algumas, ignorei outras, e depois retornei para casa.

O tempo foi passando, e Junior cumpriu a promessa de me deixar em paz. A ultima vez que tive contato com ela foi no ultimo domingo do enem quando ele apareceu pra me entregar uma grana.

- ta preparado pra prova? – ele perguntou sem sair do carro.

- to. – respondi colocando o envelope com o dinheiro no bolso da calça.

- vai fazer aonde?

- la no Oswaldo cruz.

- muito longe. Quer carona?

- não, não, o Rafael vai passar aqui pra mim pegar.

- os dois nerds juntos.

- nerds esquisitos. – completei.

- eu não falei isso.

- nem pensou?

- pensei dele. – disse sorrindo.

Eu ri.

- deixa eu ir pro local que combinei com ele, se não vamos chegar tarde. Boa sorte.

- valeu. Pra você também. – disse ele abaixando o vidro e voltando ao trânsito.

Ver Junior partir foi muito doloroso. Parece exagero, mas quando a gente ta no ensino médio tem mania de se apaixonar e achar que é o fim da vida. Todo mundo diz pra gente que é só uma fase, e hoje eu sei que é, mas antes não tinha esse pensamento tão independente.

Ao terminar a prova, combinei com o Rafael, Pádua e Ana de tomarmos açaí e aproveitar para debatermos as questões no enem. Acho que não fomos os únicos, pois o estabelecimento estava lotado de outros estudantes.

- ain, eu acho que vou tomar bomba. Meus pais vão me desertar! – lamentou-se Ana apoiando-se no meu ombro.

- dramática. – satirizou Pádua.

- eu acho que fui ate bonzinho oh! – disse Rafael. – mas pra medicina, acho que esse ano não da não.

- medicina? Pensei que tu fosse tentar engenharia civil. – comentei.

- não, não. Quero mesmo é medicina, mas acho que não vai rolar.

- uai. Tenta ué. – falei.

- vou tentar mano, mas acho que vou ficar longe, e tu?

- vou tentar agronomia. Acho que minha nota vai ser suficiente, por não ser um curso tão concorrido.

- amigo, mesmo que fosse uma vaga já seria tua. Você merece por tudo o que fez durante o ano.

- modéstia a parte, eu mereço sim amiga. Esse ano me dediquei cem por cento a essa prova.

- Vai conseguir amigo, e vamos comemorar lá em casa – disse Pádua.

- opa. To dentro hen!? – disse Rafael.

- falando nisso, vamos mesmo fazer um bota fora de final de ano!? Ano que vem vai ser cada um pro seu rumo.

- quem disse que iremos nos distanciar amapô? Eu não irei dar esse desgosto a vocês. – gabou-se Pádua.

Nós rimos.

- também acho que não iremos nos distanciar, mas seria bacana se fizéssemos uma festinha de despedida.

- que dia ficaria bom? – perguntou Ana.

- poderia ser na ultima semana de aula né!? – respondeu Pádua.

- Aula vai ate quando? – perguntou Rafael.

- parece que ate dia quinze de dezembro.

- deixa eu ver aqui que dia da semana vai ser. – falei olhando o calendário do celular.

- vai cair numa sexta, amigo. – disse Ana. – podemos marcar para o sábado seguinte. O que ‘’cês’’ acham?

- por mim pode ser. – falei.

- não sei se vou está por aqui ainda. – disse Rafael.

- ta pensando em ir embora? – perguntou Pádua.

- vou sair de férias com a família.

- poxa mano, mas será que vai ser antes dessa data? – interroguei.

- não sei ainda brow, mas eu vou ver com meus pais e aviso a vocês. – respondeu o rapaz.

- certo, e quanto aos meus dois boys magia? – perguntou Ana.

- eu topo né!? Não tenho pra onde ir mesmo nessas férias. – falei.

Pádua riu.

- que dó amigo. Leva ele na tua mala, Rafa. – sugeriu Pádua.

- bem que eu gostaria. – brincou Rafael fazendo com que eu corasse.

Meu celular tocou, e eu agradeci aos céus. Pedi licença e sai da mesa para atender.

****

- alo. – falei quando já estava afastado.

- opa, é o Eduardo?

- isso.

- tudo bem?

- tudo sim. Quem ta falando?

Ouvi um riso do outro lado da linha.

- não está lembrando de mim?

- desculpa, mas eu não to reconhecendo a voz.

- poxa. – sorriu mais uma vez. – sou o Miguel, amigo do Pádua. Lembrou agora?

- da festa né!?

- exatamente.

- agora lembrei, velho. Como é que você ta?

- tranquilo. Está fazendo o que?

- eu to tomando um açaí com os amigos, e tu?

- estou aqui na praia. Não quer dar um pulo aqui?

- hoje não da oh. Acabei de fazer a prova do enem e to morto.

- entendo. Pode ser no próximo sábado então. O que me diz?

- pode ser, pode ser.

- ainda tem interesse em aprender a surfar?

- ourra, tenho mesmo.

Ele riu.

- então sábado você vai aprender.

- fechado... Hen Miguel, sábado você não quer almoçar lá em casa não?

- almoçar contigo? – ele perguntou com ar de segundas intenções.

- sem maldade. – falei. – é que sábado minha mãe vai fazer um almoço pra comemorar meus dezoito anos.

- então quer dizer que sábado voce já vai ter 18?

- depois de meia noite de sexta. – sorri.

- interessante. – disse ele. – e como fica nossa aula de surf?

- depois do almoço a gente desce pra praia.

- beleza! ‘’Me manda’’ o endereço por mensagem?

- mando, mando sim.

- ta certo, vamos nos comunicando então.

- beleza.

- falou Eduarrdo.

- flw Miguel.

****

Desliguei o telefone e voltei à mesa.

Após pagarmos a conta, cada um foi pra sua casa.

Na manha seguinte, acordei cedo, coloquei meus fones no ouvido, e fui pra aula escutando música. Estava feliz e ia investir no Miguel pra tentar esquecer o Junior.

Fui um dos primeiros a entrar na sala de aula, e pouco tempo depois entrou o Junior. O rapaz me cumprimentou com o olhar e caminhou ate sua cadeira, que ficava no outro lado da sala.

A semana foi toda assim. Nos víamos pelos corredores, no entanto mal nos falávamos.

Na sexta, véspera do meu aniversário, fui à biblioteca entregar alguns livros e encontrei Olavo.

- e aí ‘’Duduzinho’’. – brincou o rapaz.

- e aí Olavo. – falei devolvendo os livros à funcionária.

- nunca mais quis aparecer la pelo sitio?

- é... to na correria.

- eu to ligado.

- não quer ir domingo la não?

- não vai dar, eu vou correr la no calçadão.

- sei... e não vai ver teu amor sendo surrado?

- não entendi o que tu quis dizer com isso.

- o Junior não te falou nada?

- não estamos nos falando.

- serio? O Junior é muito otario né!?

- não sei Olavo. Explica melhor sobre essa tal surra.

- ah sim, certo! Domingo agora nós vamos fazer um treino la no sitio. Pessoal da academia vai ta todo la, e tu é meu convidado.

- e por que vocês não treinam na própria academia? No sitio não tem estrutura nenhuma.

- sabe o que é? – ele falou quase cochichando. – ninguém pode saber. Os caras mais antigos vão nos testar pra saber se temos condições ou não de participar da equipe.

- e por que tu falou que o Junior vai ser surrado?

- porque os caras vão massacrar ele. O Junior é muito gaiato, e vai apanhar no ringue.

- mas isso deve ser ilegal. – falei.

- só seguimos as regras da academia.

- ele já sabe disso?

- claro que sabe.

- e mesmo assim ainda vai?

- O Junior não é covarde.

- ta certo. Vocês são grandes pra tomar suas próprias decisões. Quem sou eu pra opinar em alguma coisa.

- hey, mas você vai né!?

Neguei com a cabeça.

- eu realmente tenho compromisso, mas boa sorte.

- valeu. – disse ele sorrindo.

Saí da biblioteca aterrorizado com aquilo. Será que realmente estavam aprontando surrar o Junior? Como ele aceitava isso assim numa boa? O cara só podia ter o ego muito inflado.

Peguei o telefone, e por varias vezes tentei digitar o numero dele, mas meu orgulho foi maior.

- que se phoda. – pensei alto.

No sábado, acordei cedo, minha mãe já estava pegada na cozinha.

- bom dia mãe. – falei lhe dando um beijo no rosto.

- bom dia meu amor. – ela virou-se e me deu um abraço forte. – meus parabéns, agradeço todos os dias a Deus pela sua vida.

- obrigado mãe.

- te amo muito viu!? – ela disse ainda abraçada a mim.

- eu também. Você sempre foi mãe e pai aqui dentro de casa.

- faço tudo por vocês. – disse ela com a voz fanhosa.

- cadê os meninos? – perguntei mudando de assunto pra não fazer minha mãe chorar.

- foram lá no boteco do seu Joaquim, pra ver se ele arruma uns dois jogos de mesas pra gente colocar no quintal.

- ah sim, e a senhora vai fazer o que pro almoço? – perguntei sentando à mesa.

- vou assar um frango, e fazer um estrogonofe.

- quer ajuda?

- quero sim, mas tome seu café, quando terminar você me ajuda.

- ta bom mãe. – respondi.

La pelas onze horas meus poucos convidados começaram a chegar. Eu ia os recepcionando e os conduzindo ate a parte traseira do quintal.

Minha mãe fazia questão de cumprimenta-los e deixa-los bem à vontade.

- Sintam-se em casa. O almoço vai já ser servido. – ela dizia a todos.

Liguei o som e coloquei pra tocar algumas modas sertanejas. Sentei na roda junto dos meus amigos, e ficamos conversando coisas sobre a vida escolar e sobre o nosso futuro.

Meu celular tocou, e era o Miguel dizendo que estava com o carro parado em frente da minha casa.

- tem problema se deixar o carro aqui? – disse ele estacionando-o na calçada.

- não, aqui é bem tranquilo. – falei.

- vim preparado. – ele apontou para o teto do carro.

- já trouxe as pranchas. – sorri.

- já sim. – disse ele. – tu acha que tem perigo de alguém roubar?

- rapaz, Miguel. Melhor não confiar muito não.

- me ajuda a tirar?

- na hora. – falei.

Apresentei o Miguel pra minha mãe, que foi muito simpática com o rapaz.

Pádua ficou surpreso ao ver Miguel ali.

- como assim Brasil? O que foi que eu perdi? – disse ele cumprimentando o amigo. - voês já são contatinhos?

Miguel e eu sorrimos envergonhados.

Meus amigos tomavam algumas latinhas de cerveja, até que minha mãe chamou todos à mesa para comunicar que o almoço estava pronto.

- alguém pode puxar uma oração? – perguntou ela.

- O Pádua. – disse Ana. – O Pádua ora lindamente.

- tu ta sendo irônica né ampô!? Pois vou mostrar a você que sou uma boa ovelha do senhor.

Todos nós rimos.

Antes que pudéssemos orar apresentando o alimento, alguém tocou a campainha.

- vai la Edu, deve ser algum amiguinho seu. – disse minha mãe.

- ta bom. Esperem por mim. – falei.

Quando abri a porta tive uma surpresa inesperada. Junior estava parado ali com uma pequena caixinha em mãos.

- Junior? - realmente fiquei espantado.

Ele estava cheiroso pra caralho. Usava uma bermuda jeans preta, uma gola polo rosa, e um par de havaianas brancas.

- eu não podia deixar o aniversário do meu melhor professor passar despercebido. Feliz aniversário, Edu. – disse ele me entregando o presente.

Continua...

♫♫♫

Os nossos corpos se completam mesmo estando longe

Em pensamento eu vou te buscar

Dá calafrio, um arrepio ao lembrar seu cheiro

Pela porta do quarto entrar.

♫♫♫

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Comentários

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Berg, você ainda pretende continuar a publicar. Gostava muito das suas histórias aqui.

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Fico triste em não saber notícias suas Berg espero que esteja bem.Se vc por acaso ainda tiver acesso a essa conta apareça pelo menos pra dizer se está bem.

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Será que Berg morreu? Estou preocupado com o desaparecimento dele. Volta meu chará, por favor!

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Berg, cadê você rapaz???? Esperando por notícias.

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Cadê vc Berg? Lhe acompanho a bastante tempo e estou com saudades de suas belas histórias vê se volta ou pelo menos nos dê notícias. E vc tem conta no wattpad ? Já procurei vc lá e não encontro.

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Mano cadê a continuação desse conto? Tô desesperado já kkkk

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Cadê tu Berg? Tô aqui ansioso pelos novos capítulos...

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Krak, ja passou as festas, cafe vc?rsrd

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Conto nota 1000 super bom. Estou ansioso pelo próximo capítulo não demora

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Nossaaa eu to amando mtmtmtm seu conto. Por favooor não faça igual os outros escritores que abandonam a série

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Júnior gosta do Edu mas não tem coragem de assumir. Merda na vida todos fazem mas estas merdas devem servir de estímulos para crescermos e nos tornarmos melhor e Jr não tem aprendido com seus erros. Está na hora de Edu deixar Jr e Olavo de lado e viver sua vida. O que Jr fez de combinar com Olavo pra foder Edu é imperdoável se Edu perdoar é pq ele é tão babaca qto Jr.

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Maravilhoso! O Eduardo é apaixonado pelo Júnior e a gente faz muita merda quando está apaixonado. Torço para que fiquem juntos, mas vou continuar lendo o conto qualquer que seja a continuação, porque a história não é minha e eu não tenho dúvidas de que o autor sabe o que está fazendo. Seus contos anteriores mostram muito bem isso. Parabéns, Berg, você é um excelente contador de histórias e sabe fazer a gente ficar ansioso pela próxima.

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O muleque ta na fase de fazer merda que nunca teve uma paixonite de adolescencia escrota. Mas eu gosto de ve los juntos mesmo o junior sendo um escroto. Nao demora a postar.

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Eu queria que ele ficasse com Junior, mas que ficasse com Miguel e com Rafael! Tô confuso

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PERCEBO QUE JUNIOR NÃO PRESTA, OLAVO NÃO PRESTA MAS EDU TB NÃO COOPERA.

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