O Menino da Casa Abandonada Cap. 14
Mansão Miller narração Mateus.
Lentamente Mateus foi aproximando seu rosto do de Eduardo, enquanto uma de suas mãos acariciavam sua bochecha levemente, até que seus lábios tocaram os dele, dando um selinho que levo virou um beijo, tímido de início, mas logo se tornou um beijo apaixonado.
O rosto de Mateus foi se aproximando do rosto de Eduardo, lentamente. Uma de suas mãos ainda acariciavam o rosto seu rosto, até que seus lábios tocam os dele, dando um selinho, que logo virou um beijo de início tímido, mas que foi se tornando um beijo apaixonado.
-Desculpa, eu... Eu...
-Mateus... Eu gostei...
-Eduardo... Bem eu tenho que ir, tenho que cuidar daquele assunto, promete ficar bem?
Mesmo depois do beijo ter acabado, Mateus não tirou a mão do rosto de Eduardo, continuando a fazer carinho em sua bochecha.
-Claro Mateus, eu te entendo... Obrigado por tudo, mas tome cuidado, por favor, pelo pouco tempo que estou aqui, e que conheço essa família, sei que é muito perigosa. Tenho medo que eles te façam algum mal, e assim irei ficar sozinho nesse lugar horrível.
-Ei, calma, vou tomar cuidado prometo, e não vou te deixar nesse lugar sozinho, vou estar aqui sempre, vou te proteger e te levar para o lugar que merece. Agora apenas tente ser o melhor Juliano que você poder.
-Eu prometo.
Eduardo dá um selinho rápido em Mateus, que é pego de surpresa, mas retribui rapidamente
-Fica bem... vou indo. Beijinhos.
-Se cuida Math.
Mateus saiu rapidamente, indo apenas dar um rápido bom dia para sua mãe, e logo pegou sua moto, para entregar a última encomenda para Juliano, pessoalmente.
Apartamento Pedro Henrique.
As horas se passaram e os dois seguiram, mesmo depois de comer aquela bandeja cheia de coisas deliciosas, preferiram sim continuar abraçados na cama aproveitando o momento para verem um filminho, com Juliano deitado no peito de Pedro Henrique, que fazia carinho no cabelo de seu amado. O filme era um qualquer que estava entrando no catálogo da Netflix, já que o filme não importava tanto como importava aproveitar aquele momento entre os dois. Mas claro nada dura para sempre, mesmo que eles quisessem, infelizmente Juliano tinha aula de recuperação do tempo que ele ficou sem ir na escola, e já estava quase na hora.
-Pronto amor, já estou pronto para mais um dia de luta
Juliano falava, já vestido, secando seus cabelos com o secador.
-Humm, estou com medo de te perder para alguém da sua sala. –Pedro levanta abraçando Juliano por trás beijando seu pescoço –Estou com medo.
-Besta, isso não vai acontecer, agora para, por que sabe que sou viciado em seus beijos, e hoje eu necessito ir na aula se eu quiser me formar logo.
-Tudo bem, quer que eu vá contigo? Para que esta de chuva.
Pedro Henrique estava preocupado com Juliano, e com o tempo que estava um pouco armado, mal sabia ele eu esse mal tempo poderia ser responsável por algo que poderia mudar suas vidas novamente.
-Não amor, não é necessário, vou pegar o seu guarda-chuva, se chover na volta eu o uso. –Fala Juliano pegando a mochila e também o guarda-chuva que estava ao lado da porta- Te amo amor, se comporta, já, já eu estou de volta para te incomodar.
Enquanto caminhava em direção a escola, aconteceu o que eu não previa, uma tempestade, eu tinha visto que iria chover, estava bem armado, mas não pensei que fosse uma tempestade. Era relâmpago para todo o lado e é logico, um aguaceiro desgraçado. Sai correndo como um louco em busca de algum lugar para me abrigar por que era tanto vento que o guarda-chuva não aguentaria, foi aí que vi uma enorme casa que visivelmente estava abandonada, e foi depois quando eu entrei lá dentro que eu percebi onde eu estava.
-Quem diria que eu voltaria para esse lugar, mesmo que seja para me abrigar da chuva...
-Quem diria... O bom filho a casa torna...
Juliano, que estava concentrado olhando o entorno da casa, não havia percebido um grupo de meninos se aproximarem por traz, e quando percebeu, foi tarde demais, um dos meninos o golpeou com um pedaço de madeira, o fazendo desmaiar na hora, se chochando contra o chão duro e empeirado daquele lugar.
Na casa de Pedro Henrique:
Algum tempo depois de Juliano sair de casa para a escola, Pedro percebeu que uma tempestade tinha começado, mas achava que havia dado tempo de Juliano chegar na sua escola, mesmo assim quis tirar a prova e o ligou para o Celular, que o havia dado a pouco tempo, porém o mesmo caia na caixa postal, o que deixou Pedro preocupado, e seguiu tentando ligar, no entanto o resultado sempre era o mesmo, caia na caixa postal, foi então que teve a ideia de telefonar para um amigo que trabalhava na escola, que logo atendeu o celular.
Conversa no celular:
-Eai Henrique, tudo bem? Precisa de algo?
-To bem sim, na verdade mais ou menos. Viu se o Juliano chegou ai na escola?
-Olha eu estou cuidando o portão hoje, e eu não o vi chegar, e as aulas já começaram a algum tempo... Aconteceu alguma coisa?
-Ele saiu para ir pra escola, mas ai começou essa tempestade e eu fiquei preocupado, no entanto eu ligo e ligo para ele, e cai na caixa postal... Obrigado Luiz, se souber de algo ou ele chegar ai, me avisa por favor?
-Claro com certeza, me de notícias se souber de algo... Até mais.
-Até!
Fim da conversa.
-Que merda, será que aconteceu algo? Não, melhor eu manter a calma, com certeza ele apenas pegou a tempestade no caminho da escola, e deve estar abrigado em algum lugar, não deve ser nada que eu tenha que me preocupar...
As horas começaram a passar, e nada de respostas, nem do telefone de Juliano, nem do seu amigo que estava na portaria, o que deixava cada vez mais preocupado com o que talvez poderia ter acontecido com o seu amado. Sua vontade era de sair no meio da tempestade e procura-lo, mas era muito arriscado e poderia trazer ainda mais problemas, então ainda se conformava em continuar a ligar para Juliano, que não atendia, e seu amigo que sempre tinha a mesma resposta, que ele não tinha passado por ali.
Segundos após desligar a chamada, o seu telefone toca, identificando ser Juliano.
-Amor? Já estava ficando preocupado, onde está? Como você está? Pegou a tempestade?
-Oi, eu estou bem, obrigado, apenas liguei para falar... –Sussurro de Juliano (사랑아 나를 도와줘 - salang-a naleul dowajwo – Amor, me ajuda) –Que não quero mais saber de você, -Sussurro de Juliano (버려진 집 - beolyeojin jib – Casa Abandonada). Deus!
Fim da chamada
-Como assim? Amor? Amor? Merda desligou. Não pode ser, estávamos bem, o que ouve? O que era aquilo que ele sussurrou?
Pedro ficou com aquilo encucado, mas não tinha o que fazer, ele poderia ter fugido e a essas horas estar a quilômetros do apartamento. Mesmo sabendo que não ia conseguir dormir, se deitou na cama, ainda em pratos e sem saber o motivo que poderia ter dado para que tudo isso acontecesse.
-Por que não consigo esquecer aquelas palavras?
Pedro adormeceu, depois de horas e horas com os pensamentos naqueles sussurros quase inaudíveis, de Juliano naquela ligação, mas foi logo de manhã cedo, que o som da campainha tocou, que uma chama de esperança que tudo aquilo fosse apenas um sonho, ou uma brincadeira de Juliano, o que o fez sair apenas de cueca e abri a porta rapidamente, sendo desapontado.
¬-Então é você que traz essas coisas para cá?
Pedro olhava serio para aquele menino, que deveria ter uns 19 para 20 anos, tinha um corpo forte, e cabelos pretos com luzes, que ele não tinha a menor ideia de quem era.
-Sim, sou eu. Eu sei que tem muitas coisas para mim explicar para você, mas onde está o Juliano?
-Bem, você não vai encontra-lo aqui, e nem eu sei onde está. Entre e sente-se ali na cozinha, vou colocar uma roupa, e já volto e te explico o que aconteceu.
-Obrigado.
Pedro não sabia o motivo de estar fazendo aquilo com uma pessoa que ele nem conhecia, no entanto esse podia ser o único modo dele encontrar Juliano e saber o que havia acontecido. Depois de vestir rapidamente uma roupa confortável, ele explica para aquele menino o que tinha acontecido, desde o momento da saída de Juliano até a ligação.
-Tome seu Café. –Diz Pedro o entregando uma xicara que ele havia preparado, e pegando outra para si-.
-Obrigado. Mas você disse que isso foi de repente, será que ele não foi obrigado a fazer aquilo, será que pode estar acontecendo algo com ele, não tens menor ideia do que ele havia sussurrado?
-Eu sei, isso não sai da minha cabeça, não, não faça a mínima... Espera... Era algo tipo, sarangue, sargue...
Pedro se levanta e pega uma pasta cheia de folhas, um livro e uma apostila.
-O que é isso? –Pergunta Mateus-
-Bem, nós gostamos muito de cultura oriental, coreia do sul, e K-pop, são nossas paixões, então começamos um curso online.
-Você acha que o que ele sussurrou talvez fosse em coreano? Ele já tinha esse domínio?
-Não digo domínio, mas algumas frases, talvez até de músicas... Tipo salang eu acho que significa algo relacionado ao romance, amor...
-E o resto? Lembra?
-Esse o problema, foi muito rápido, lembro de pedaços, tipo... Salang-a naluu... Salang-a naleul... Para, isso é uma música.
Pedro começa a cantarolar, tentando lembrar o nome.
-Merda... Amor, me salve... essa é a tradução. –Diz Pedro pegando o Celular com a música e a tradução- O que vamos fazer?
-Te acalma, temos que procurar, ele sussurrou mais alguma coisa que consiga lembrar, e possa traduzir?
-Sim, ele sussurrou algo em coreano que na hora pensei ter ouvido, mas não dei bola, para mim era um ruído qualquer, coisa de eu ouvir muita música coreana.
-Tudo bem, o que era? –Diz Mateus que se levanta da cadeira, e olha as anotações de Juliano, em coreano-
-Algo que tenha haver com casa... Mas o resto impossível lembrar... –Pedro tem um lapso, e acaba ligando a pista com a Casa abandonada, onde tudo começou- Casa abandonada! É isso.
Pedro levanta correndo, pegando suas coisas, indo até Mateus.
-Vamos, vamos logo, ele pode estar correndo perigo...
-Temos que chamar a polícia então...
-Logico que não, não temos tempo para isso, acho que sei o que pode ter acontecido com Juliano, e se não chegarmos a tempo, pode ser tarde.
Pedro já corria pelas escadas do prédio com Mateus pelo braço que não entendia o que podia ter nessa casa abandonada.
-O que tem haver essa “tal” casa abandonada com tudo isso? –Pergunta Mateus, que corria junto-
-Foi lá que eu conheci ele, foi lá que eu encontrei ele quase morto.
Pedro Henrique e Mateus continuaram em direção ao lugar onde tudo havia começado, lugar onde Pedro pensava que nunca mais iria voltar, mas com o seu amor correndo perigo, ele faria qualquer coisa.
-Chegamos, é aqui, a casa é essa, fica perto, tu é muito mais forte, se aparecer aqueles moleques de novo...
-Me explica Pedro Henrique, o que acontecia aqui?
-Não temos tempo, mas o básico é que depois de acontecer tudo aquilo dele com a sua família, ele acabou achando esse lugar e parando por aqui mesmo, pensando ser apenas mais uma casa abandonada, no entanto tinha mais outros meninos maiores morando aqui, e logico, ele sendo menor acabou sendo explorado por esses meninos, que o obrigava a pegar comida para eles, e ainda o batiam. Como quando eu o encontrei, poucos dias depois que eu comecei a trazer comida para ele, ele estava muito mal, desmaiado, e quando abria os olhos, não falava nada com nada, sem falar que estava apenas de cueca, e imundo, deitado no meio de um monte de sujeira, tempo depois ele me contou que eles o bateram depois de descobrir que ele escondia parte da comida que eu levava para ele. Acho que isso é o suficiente para que entenda tudo que aconteceu, agora precisamos encontrar ele antes que esses meninos o machuquem ainda mais, não vou suportar perde a única coisa que eu amo, e que me ama.