Boa noite pessoal.
Tive que parar por esses meses mas disse que voltaria. Essa semana conquistei algo muito importante, algo que custou muito esforço, luta, dinheiro, mas que valeu muito a pena.
Bom, vamos ao conto, ja faz 2 anos que comecei a escrever essa história e nem imaginava que seriam tantos capítulos assim, mas prometo que ja esta no final, isso se alguém ainda lembrar da história, rsrs
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Alice – Era só o que me faltava!! Se você veio aqui pra...
Alice nem teve tempo de terminar a frase.
Rodrigo fechou a mão e com toda sua força acertou um soco no rosto de Alice.
Stela – Meu Deus!!!
Carlos – Rodrigo!!!!
Alice voou para tras, caindo sobre uma mesa derrubando um monte de coisas sobre seu corpo.
Sentindo o gosto de sangue na boca ela não teve tempo de agir.
Como um touro, Rodrigo montou sobre seu corpo, segurando na alça do seu vestido.
Rodrigo – Enquanto você estava se metendo comigo tudo bem...
Rodrigo – Mas agora que você ousou a se meter com os meus filhos eu vou fazer você se arrepender do dia que nasceu.
Rodrigo – Eu vou acabar com você!!!
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Capítulo 82
Com o gosto de sangue na boca, Alice olhava assustada para Rodrigo, sentindo o peso do irmão sobre seu corpo.
Rodrigo – Eu vou acabar com você sua vagabunda, ordinária!!!
Carlos e Stela estavam tão chocados que nem sabiam como agir, ficando paralisados.
Rodrigo – O que você pensou? Que iria me enganar a vida inteira?
Carlos – Largue ela Rodrigo.
Stela – Que loucura é essa?
Alice – Você esta louco?
Rodrigo puxou Alice pelo vestido, suspendendo seu corpo, jogando com força contra a parede. Alice se desequilibrou voltou a cair sobre uma estante, derrubando tudo.
Rodrigo não deu trégua e voltou a segurar a irmã.
Carlos – Chega Rodrigo.
Rodrigo – Você não se meta, ninguém se meta.
Rodrigo – Meu assunto é com essa vagabunda.
Antônio – É melhor ouvir o seu filho, seu Carlos.
Antônio – A Alice tem muita coisa pra se explicar.
Rodrigo encurralou Alice contra a parede, a deixando apavorada.
Rodrigo – Você achou que ia me enganar a vida toda?
Rodrigo – Eu fui até o sítio e descobri tudo.
Alice arregalou os olhos, sentindo que a situação era pior do que poderia esperar.
Carlos – Que sitio, do que você esta falando?
Rodrigo – Eu fui até la, eu descobri tudo. Era você que estava com a Elisa no dia do acidente.
Rodrigo – Você se passou pela Simone...Você envenenou a cabeça da Elisa só para desestabilizar meu casamento e me ver longe da empresa, dessa casa.
Rodrigo – Você mandou cartas anônimas para a Elisa.
Rodrigo tirou o papel do bolso e esfregou na cara da irmã que começou a se debater.
Rodrigo – SEU MARIDO TEM UMA AMANTE!!!
Rodrigo – Não era isso que você escrevia?
Stela só chorava mas ao ouvir aquilo sentiu um clarão em sua cabeça e no mesmo instante lembrou-se das cartas anônimas que também recebia.
Sem ter como fugir, Alice começou a chorar, numa tentativa desesperada de comover os pais.
Com a roupa rasgada correu até Carlos, fazendo seu número de pobre coitada.
Alice – Pai ele esta louco. Ele só pode estar drogado.
Antônio – Pare com esse teatro Alice.
Antônio – Já sabemos de tudo.
Antônio – Eu vi você entregando dinheiro para o Marcelo, eu tirei foto do encontro de vocês dois.
Alice não parava de ser surpreendida. Carlos olhou sério para a filha mas foi Stela que a enfrentou.
Stela – Que cartas são essas... Você que me mandava aquelas cartas?
Stela – Responda Alice!!!
Alice – É um complô não é? Vocês todos contra mim!!!
Alice – Tudo por causa da presidência da empresa.
Rodrigo não suportou ver a irmã fazer o jogo de coitadinha e novamente foi pra cima dela.
Rodrigo – Pare com esse joguinho.
Rodrigo segurou novamente Alice pelo vestido e colando seu rosto ao dela começou uma sessão de xingamentos.
Rodrigo – Você matou a Alice, se aliou ao Gustavo e ao Marcelo.
Rodrigo – Você envenenou o Sidney para ele tirar meus filhos de mim.
Rodrigo – Você começou a namorar o Márcio só para conseguir o dossiê que ele tinha contra mim.
Rodrigo – Mas você conseguiu se superar...
Rodrigo – Você teve a coragem de soltar um animal indefeso na rua só para ser atropelado.
Rodrigo – E depois ficou tripudiando ao ver os meus filhos chorando.
Rodrigo – Que espécie de monstro é você?
Rodrigo – Você é muito ordinária, muito vagabunda. Eu tenho nojo de você.
Rodrigo – Você não passa de um monte de lixo, invejosa, pobre de espirito.
Alice fechou o rosto e mesmo estando quase sufocada por Rodrigo sentiu o peso daquelas palavras.
Alice – E você acha que é melhor que eu? Seu bastardo.
Alice – Seu viado nojento.
Carlos – Parem vocês dois com isso agora.
Rodrigo soltou a irmã, pois o que ele mais queria tinha acontecido, sua máscara havia caído.
Alice – Eu sempre odiei você.
Alice – Maldito o dia que os meus pais lhe pegaram de uma lata de lixo qualquer e te trouxeram pra ca.
Rodrigo – Isso sua cadela, estou gostando de ver, tire essa máscara de vez.
Carlos ficou atônito ao ver a transformação de Alice, enquanto Stela só chorava. Antônio ficou calado assistindo tudo.
Alice – Você acha que é melhor que eu?
Alice – Vamos listar as qualidades do Guilherme Pereira, afinal é esse seu nome não é?
Alice – Ladrão, drogado, burro.
Alice – Gay.
Nesse momento Alice caiu na gargalhada, não fazendo a mínima questão de esconder todo seu rancor.
Alice – Você acha que é melhor que alguém?
Alice – Você é um egoísta, um idiota que acha que o mundo gira em torno do seu umbigo.
Alice – Vai tentar me convencer que esta com raivinha por causa do vira lata do seus filhos?
Alice – Você nunca deu a mínima para aquelas duas pragas, até perdeu as pestes na rua e agora vem querer me dar lição de moral.
Carlos – O que você esta dizendo Alice!!!
Alice – Vocês dois sempre preferiram o Rodrigo. Quanto mais ele aprontava mais vocês o bajulavam.
Stela – Não é verdade Alice, nós amamos vocês dois.
Carlos – Nós nunca diferenciamos o amor que demos a vocês, meus filhos.
Alice – Meus filhos??? Eu sou sua filha, só eu.
Alice – Vocês só tiveram um filho, eu.
Rodrigo – Você sempre me odiou não é?
Rodrigo – Você sempre soube que eu era adotado...
Alice – Saia daqui, você não vai estragar minha festa.
Alice – E pode esperar que muito em breve vou lhe devolver o soco que você me deu.
Alice – Vou devolver nos seus filhos.
Alice caiu na gargalhada, mostrando um olhar de maldade.
Rodrigo inflou o peito e foi pra cima da irmã, a agarrando pelo pescoço.
Rodrigo – Eu ainda não terminei, a sua festa acabou.
Rodrigo – Vem comigo!!!
Rodrigo arrastou Alice pelos braços, rasgando parte de sua roupa.
Carlos tentou impedir mas Antônio foi mais rápido, trancando a porta.
Carlos – Saia da minha frente Antônio.
Antônio – Não Seu Carlos.
Antônio – Cansei de ser bonzinho e me ferrar, você não sabem da história a metade.
Carlos – Antônio, saia da minha frente, ele vai matá-la.
Antônio – O senhor vai ter que passar por cima de mim.
Rodrigo arrastava Alice pelo corredor, que se debatia, tentando se soltar.
Rodrigo – Você achou que ia me fazer de otário a vida toda?
Rodrigo – Sua piranha ordinária, verme. Eu vou acabar com você sua vagabunda.
Alice se soltou e foi pra cima de Rodrigo.
Alice – Não admito que você fale assim comigo.
Perdendo a paciência Rodrigo deu um tapa no rosto de Alice.
Alice – Não toca em mim!!!
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Todos na parte de baixo da mansão já estavam em polvorosa com o barulho que vinha de cima.
Sidney – Está acontecendo alguma coisa.
Telma – É melhor você ir la em cima ver o que está acontecendo.
Simone – Olá pessoas, acho que o tempo está fechando la em cima hein. O que será que está acontecendo??
Telma – Não esta acontecendo nada.
Telma – E mesmo que tivesse, não é da sua conta.
Simone – Certo, vamos fingir então que está tudo bem!!
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Rodrigo – Rodrigo deu outra tapa em Alice, que caiu no chão.
Antes que a irmã se levantasse, Rodrigo a puxou pelo cabelo e foi arrastando pelo corredor.
Rodrigo – Vamos pra sua festa!!!
Já havia uma plateia na sala e todos ficaram chocados quando Rodrigo apareceu no topo da escada arrastando Alice pelo chão.
Alice tentou fugir mas Rodrigo a segurou forte, puxando seu corpo que debatia nos degraus.
Telma – Meu Deus, ele vai matá-la.
Simone arregalou os olhos não acreditando no que via, ao contrário de Cris que se divertia ao ver Alice se ferrando.
Sidney – Eu vou chamar a polícia.
Rodrigo arrastou Alice até Sidney e Telma. Alice estava no chão, com a roupa toda rasgada e o rosto sangrando.
Rodrigo – Fale o que você fez pra filha deles.
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Antônio não conseguiu manter Carlos e Stela presos por muito tempo. Carlos foi pra cima do rapaz e conseguiu sair do quarto. O casal correu até a sala a tempo de ver Rodrigo contando todos os podres de Alice.
Rodrigo contou tudo sobre o dia do acidente, deixando Telma e Sidney apavorados.
Rodrigo – Foi essa ordinária aqui que causou a morte da sua filha. E tudo só pra me ferrar, porque achava que eu ameaçava tirar tudo que era dela.
Simone se sentia vitoriosa mas o melhor ainda estava por vir.
Rodrigo puxou a cabeça da irmã, a fazendo encarar Sidney e Telma.
Rodrigo – Olha para os dois, você é responsável por tudo de ruim que aconteceu em nossas vidas.
Telma tentou ir pra cima de Alice, mas Sidney a conteve.
Sidney – Eu vou lhe botar na cadeia.
Marcio também olhava com ódio, pois sempre acreditou que Rodrigo era o responsável pela morte da mulher que sempre amou.
Simone – Pra vocês verem, ela jogou toda culpa dos crimes dela em mim.
Simone – Mas se vocês estão espantando com tudo que ouviram, vão ficar ainda mais chocados quando virem e ouvirem o que tem naquele pen drive.
Alice não tinha a mínima ideia da existência daquele pen drive, que seria a facada final em seu peito.
Simone – Desculpa Antônio, esse pen drive era seu mas eu merecia isso.
Antônio se aproximou de Simone e Bruno, grudando os olhos no telão.
Simone apertou o play e todos pararam para ouvir. Era uma conversa entre Gustavo e Alice.
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Gustavo – Eu não estou sendo ingrato, eu nunca vou esquecer que você que me ajudou a sair do prédio.
Gustavo – O Antônio estava transtornado e com razão, afinal eu fiz ele acreditar que eu era o Guilherme.
Alice – Que bom que você reconhece isso. Se não fosse eu você estaria preso agora.
Gustavo – Eu não quero mais seguir com esse plano, deu tudo errado. Eu e o Marcelo vamos ser presos mais cedo ou mais tarde.
Alice – Só vocês mesmo que acharam que poderiam dar um golpe na minha família.
Alice – Você ainda pode ganhar se me ajudar.
Gustavo – O que mais você quer de mim?
Alice – Quero que você infernize a vida do Antônio e do Rodrigo.
Alice – Quanto mais o meu irmãozinho estiver ocupado, mais longe ele fica da minha casa, da minha empresa, da minha família.
Gustavo – Eu não quero mais participar disso.
Alice – Você tem que ficar do meu lado. Eu tenho dinheiro e posso ajudar você e esse seu cumplice, o Marcelo.
Alice – Aliás já está na hora de eu conhece-lo, apesar da burrice dele, com certeza ele deve ser mais ambicioso que você.
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Alice – O que é isso???
Alice – É uma montagem!!!
Antônio – Que nojo!!!
Bruno – Então era isso que tinha no pen drive.
Simone – Calma, ainda não acabou.
Simone apertou o play e começou a exibir o arquivo de vídeo.
A imagem de Gustavo apareceu no telão, chamando a atenção de Marcelo que estava escondido no jardim.
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Gustavo – Antônio, quando você ver esse vídeo e escutar esse áudio eu já estarei muito longe.
Gustavo – Eu queria lhe pedir desculpas pessoalmente por todo mal que lhe causei mas não consigo lhe encarar.
Gustavo – Eu sempre fui contra esse plano que o Marcelo inventou com a ajuda do Anselmo. Deu tudo errado, pois na verdade você nunca foi o herdeiro dos Santarém.
Gustavo – Eu tentei cair fora mas a cada minuto que passava eu só ia me afundando nessa lama imunda.
Gustavo – Eu pedi pra você vir aqui agora pois eu ia lhe contar que era o Marcelo que estava por trás de toda essa armação. Mas o mais importante que você precisa saber é que é a Alice a grande inimiga de vocês.
Gustavo – A Alice odeia o próprio irmão e ela vaia acabar lhe atingindo só para ferir o Rodrigo.
Gustavo – Eu gravei uma conversa com ela e ameacei abrir o jogo pra todo mundo. Ela está vindo aqui trazer o dinheiro pra calar minha boca.
Gustavo – Eu vou sumir no mundo mas não vou deixar você sem as respostas que merece.
Gustavo – Me desculpa Antônio, eu me arrependi.
Gustavo – O Guilherme é sortudo por ter um irmão como você.
Gustavo – Adeus!!!
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Marcelo já estava na sala e olhou para Alice, que estava no chão.
Antônio – Você esteve lá naquela tarde?
Antônio – Você!!! Foi você que matou o Gustavo!!!
Antônio se ajoelhou sacudindo o corpo de Alice.
Antônio – Fale sua desgraçada!!!
Rodrigo – Mas ela vai falar, pode ter certeza disso Antônio.
Cris – Ela é bem mais perigosa do que pensávamos.
Marcelo chorou ao ver o vídeo, sua vontade era pular em Alice, mas se controlou para não ser visto.
Antônio – Ele estava lhe chantageando e você matou ele, não é?
Antônio – Fale sua desgraçada?
Alice – Saiam todos da minha casa.
A sala se encheu de gente e mesmo no chão Alice tentou manter a pose.
Carlos – Saiam todos da minha casa.
Rodrigo – Não vai falar sua cadela? Tudo bem, então vou levar você pro lugar que você merece, sua cadela.
Rodrigo grudou no cabelo de Alice e com toda sua força a arrastou para fora da casa.
Alice – Me larga seu covarde!!!
Rodrigo – Você está pensando que acabou? Só esta começando sua vadia, sua pilantra.
Alice – O que você vai fazer.
Rodrigo foi para o jardim e abriu a porta do canil, atirando Alice no chão de cimento.
Em seguida pegou uma corrente e passou no seu pescoço, deixando apertando, quase lhe sufocando.
Aqui é seu lugar, feito um cão sarnento, no chão.
Rodrigou passou o cadeado de um jeito que Alice ficou obrigada a ficar deitada no chão para não ser enforcada.
Alice – Me solta daqui.
Cansado, Rodrigo ficou ajoelhado, vendo a irmã amarrada no chão feito um animal, mas o melhor ainda estava por vir.
Rodrigo virou o rosto e ao ver um monte de merda dos cachorros no chão não pensou duas vezes. Enchendo a mão com a merda, esfregou na cara de Alice que se debateu feito uma louca, sentindo o ar lhe faltar.
Rodrigo – Isso é o que você é, um monte de merda.
Rodrigo – Abre a boca!! Abre a boca porra!!!
Rodrigo apertou o nariz de Alice que sem alternativa abriu a boca, dando um grito. No mesmo instante um tolete de fezes de cachorro invadiu sua boca.
Rodrigo pressionou a mão na cara dela, a deixando sem ar.
Rodrigo – Engole!!!
Rodrigo – Engole ou morre sem ar.
Para contemplar a plateia já havia se formado ao redor do canil.
Sem forças, Alice abriu a boca para respirar, engolindo a bosta dos cães que fazia a segurança da mansão.
Rodrigo não deu trégua e enchendo a mão novamente esfregou mais bosta na cara da irmã a obrigando a comer mais.
Alice sentia aquele gosto de merda na garganta e com náuseas começou a vomitar sobre o próprio corpo, ficando em um estado deplorável.
Rodrigo ficou em pé, olhando para a irmã, que mais parecia um bicho, preso com aquelas correntes, toda suja.
Rodrigo – Agora sim, você está parecendo o que é de verdade, um bicho.
Rodrigou saiu do canil e passou o cadeado na entrada, fazendo questão de quebrar as chaves.
A essas alturas quase todos os convidados já haviam ido embora.
Rodrigo foi andando sem rumo e parou em uma parte afastada do jardim.
Antônio apareceu, colocando o braço sobre seus ombros.
Antônio – Acabou!!
Rodrigo – Não, ainda estou com muito ódio.
Rodrigo deu um murro na parede, quase quebrando a mão.
Antônio o abraçou, lhe confortando.
Antônio – Vai passar.
Antônio levou Rodrigo até a garagem e o ajudou a se limpar, ficando o tempo todo ao lado do irmão.
Sidney e Telma ficaram encarando Simone, mas no momento não conseguiram dizer nada.
Cris – Miga sua lokaaaaaaa, as festinhas na sua casa estão cada vez mais bafonicas hein!!! Mal posso esperar pela próxima.
Stela olhou para Cris e não disse nada, subiu as escadas e foi para o quarto.
Bruno – Simone, me perdoe.
Simone – Um pouco tarde pra você me pedir perdão não acha.
Bruno – É só o que eu posso fazer agora.
Simone – Estou cansada.
Simone deu as costas a Bruno.
Romeu – Fica na boa cara, depois você procura ela e dai vocês conversam.
Bruno – Eu fui muito injusto com ela.
Romeu – Acho que está na hora de irmos embora.
Cris – Sim, mas antes tenho que fazer uma coisinha.
Cris foi até o canil e olhando Alice destruída no chão sacou o celular, gravando a cena.
Cris – Queridinha, dá um sorrisinho pra câmera.
Com o rosto inchado e todo machucado, Alice olhou para Cris, que se divertiu com a situação.
Cris – Nossa, você está péssima. Parece que uma jamanta lhe atropelou.
Cris – Vai, da um sorrisinho, mas antes limpe esse coco no canto da sua boca.
Cris caiu na gargalhada, chegando a ficar sem ar.
Aos poucos a mansão ficou vazia. Stela tinha ido para o quarto e Carlos ficou sentado na sala, no escuro, olhando para o nada.
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Maria ficou acordada esperando os filhos chegarem. Antônio contou tudo o que aconteceu, deixando Maria muito triste.
Antônio – Vai dormir mãe. Já passou da hora de você estar deitada.
Maria – Não ia conseguir dormir enquanto vocês não chegassem.
Maria – Os meninos custaram a dormir, eles estão muito abalados ainda.
Antônio – Deixa que eu cuido do Rodrigo, dos meninos, de você.
Maria se despediu do filho e foi para o quarto.
Rodrigo ficou um tempão debaixo da ducha, deixando a agua quente cair sobre seu corpo.
Rodrigo trocou de roupa e foi direto para o quarto, sentando na beira da cama, acariciando os filhos, que dormiam profundamente.
Antônio – Durma também, você deve estar cansado.
Rodrigo – Estou preocupado com eles. E se o Chico morrer?
Antônio – Vamos ter fé.
Rodrigo – Nunca imaginei que ver os meus filhos sofrendo pudesse me doer tanto.
Rodrigo – Eles são tão inocentes pra sofrer com as maldades daquela louca.
Antônio abraçou Rodrigo, ficando ao lado dele na cama.
Antônio – Amanhã vai ser um novo dia e aconteça o que acontecer eu vou estar aqui ao seu lado, ajudando a cuidar deles.
Antônio puxou a cabeça do irmão até o seu peito, dando um beijo em seguida.
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Já estava quase amanhecendo quando finalmente um segurança da mansão conseguiu estourar os cadeados do canil e da corrente amarrada no pescoço de Alice.
Mesmo solta, ela ainda ficou por um tempo deitada no meio daquela sujeira até conseguir arrastar seu corpo para dentro de casa.
Com o corpo todo dolorido, Alice entrou debaixo do chuveiro e mesmo se lambuzando com o sabonete o cheiro e o gosto de merda de cachorro não saiam de sua boca.
Mas o pior de tudo era a humilhação que tinha sofrido no dia que deveria ser o dia de sua gloria.
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Ainda era bem cedo quando Rafael acordou e pulou da cama, correndo até o quintal.
Antônio – O que foi meu querido?
Rafael – Cade o Chico?
Arthur apareceu logo atrás, também assustado.
Rafael – Ele não voltou ainda?
Antônio abraçou os sobrinhos, tentando acalma-los.
Antônio – O Chico ainda está dodói, ele está no hospital de cachorro pra sarar a patinha dele.
Rafael e Arthur estavam uma tristeza só e por mais que Antônio tentasse acalma-los, não conseguiu tirar um sorriso do rosto deles.
Rodrigo tinha saído bem cedo e voltou fazendo muito barulho.
Maria – O que foi?
Rodrigo – O Chico vai voltar amanhã.
Os meninos deram um pulo abrindo um sorriso enorme.
Antônio – Deu tudo certo?
Rodrigo – Falei com o veterinário, conseguiram arrumar a patinha dele.
Maria - Que noticia maravilhosa.
Antônio – Viu meninos, eu falei que ia dar tudo certo.
Rafael e Arthur ficaram eufóricos e não deram mais sossego ao pai.
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Carlos – Achei que você iria ficar até mais tarde na cama.
Stela – Uma hora ia ter que sair daquele quarto, dessa casa.
Stela foi pegar o jornal mas Carlos a impediu.
Carlos – Melhor você não ler.
Stela pegou o jornal e leu o título em letras garrafais.
Stela – Festa de 50 anos do Grupo Santarém acaba em pancadaria.
Stela – Herdeira do grupo Santarém está ligada a assassinatos e crimes misteriosos.
Stela – Meu Deus que vergonha.
Carlos – Isso tudo vai passar
Stela – Não vai passar não. O que vamos fazer com a Alice?
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Sidney e Telma também acordaram muito cedo e acionando todos seus advogados, começaram a traçar um plano para botar Alice na cadeia.
Sidney – Faça o que for preciso, mas quero essa assassina na cadeia.
Telma – Dinheiro não será problema.
- Bom, primeiro vamos precisar do depoimento do caseiro, confirmando que a Alice estava com sua filha no dia do acidente.
Sidney – Já cuidei disso, já mandei traze-lo pra São Paulo e ele estava disponível pra depor assim que o delegado mandar.
- Ótimo, creio que tudo será mais fácil do que pensávamos.
O advogado deu todas as instruções, deixando Sidney e Telma animados.
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Rafael e Arthur ficaram uma sarna em cima de Antônio, não dando sossego, toda hora perguntando de Chico.
Antônio – O que eu faço com essas duas tripas hein mãe?
Rafael – O tio, mas está demorando.
Antônio – O papai disse que amanhã que ele volta, vocês vão ter que esperar.
Arthur – Eu não gosto de esperar.
Maria – Vocês dois estão muito folgados hein.
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Rodrigo foi trabalhar e chegando no restaurante recebeu o apoio do namorado.
Fábio – Fiquei sabendo do que houve.
Rodrigo – Te contaram?
Fábio – Está em todos os jornais, sem contar o vídeo da sua irmã amarrada num canil.
Rodrigo – Ela não é minha irmã.
Fábio o abraçou, beijando sua boca.
O clima entre os dois estava estranho, por mais que Rodrigo tentasse, não conseguia sentir algo a mais pelo rapaz, apesar de suas inúmeras qualidades.
Rodrigo – Melhor eu pegar no batente, só assim vou conseguir distrair a cabeça.
Fábio – Claro, vai sim. E fique sabendo que vou estar aqui, sempre pronto pra te ajudar.
Fábio – Eu te amo!
Rodrigo deu um sorriso e foi para a cozinha.
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Carlos – O que? Você esta deixando essa casa?
Valdir – A dona Alice me demitiu quando eu não atendi a ordem dela e levei o cãozinho dos meninos no carro, até o veterinário.
Carlos – Isso é um absurdo, e quem contrata e demite alguém nessa casa sou eu.
Carlos – Ignore tudo que a Alice lhe disse e pode retomar suas atividades.
Carlos – Você sempre foi um excelente motorista, adora meus netos e estou satisfeito com seu trabalho.
Valdir – Obrigado Seu Carlos. Com licença.
Carlos agia como se ainda morasse na mansão. Stela apareceu e não se opôs a postura do marido.
Alice ficou o dia todo trancada no quarto. As dores que sentia no corpo e o gosto de merda que insistia em permanecer em sua garganta só alimentava seu ódio.
Já era noite quando finalmente conseguiu sair da cama, ficando chocada ao olhar sua imagem no espelho.
Seu rosto estava cheio de hematomas e o corpo todo dolorido. Sem ter comido nada o dia todo, desceu as escada e deu graças a Deus da casa estar toda escura, pois não queria ver ninguém.
Ao passar pela sala, se assustou quando ouviu a voz de seu pai.
Carlos – Que bom que você saiu do quarto, precisamos ter uma conversa.
Stela estava ao lado do marido, com cara de poucos amigos.
Alice – Eu não tenho nada pra falar.
Stela – Ah tem sim.
Carlos – Quem é você? Meus Deus eu não consigo acreditar que você é a filha que criamos.
Alice – Vocês me criaram? Vocês criaram o Rodrigo.
Stela – Não Alice, você foi muito esperada. Antes de você nascer eu perdi dois filhos.
Alice – Não sejam hipócritas.
Carlos – O que você fez. Você tem ideia da gravidade dos seus crimes?
Carlos – Você causou a morte da Elisa.
Alice – Eu não matei ninguém, ele caiu sozinha naquele barranco.
Carlos – Não interessa, mas quem provocou tudo isso foi você.
Carlos – E você ainda está metida com aqueles dois bandidos que tentaram dar um golpe em nossa família.
Alice – Já estou entendendo tudo. Vocês estão ofendidinhos porque o queridinho de vocês foi atingido pelas maldades da bruxa aqui.
Stela – Porque você coloca as coisas dessa maneira?
Alice perdeu a paciência e começou a chorar.
Alice – O Rodrigo sempre foi o queridinho de vocês.
Alice – O Rodrigo vai fazer faculdade de administração ou economia pra poder comandar a empresa, já a Alice pode fazer o que quiser. Não era assim que você falava papai?
Alice – Ah, o Rodrigo aprontou essa noite, mas coitado, ele esta se sentindo pressionado porque vai ter um filho. Não era esse tipo de desculpa que você dava pra acobertar as molecagens dele, mamãe?
Carlos – Meu Deus minha filha, como você é rancorosa. Você guardou tudo isso de ruim dentro de você?
Alice – Eu sempre fiz tudo que vocês quiseram e o que ganhei em troca?
Alice – Eu fiquei 5 anos estudando psicologia, aquela merda, só pra agradar vocês e o que você fez no dia da minha formatura, paizinho querido?
Alice falava chorando, mas ao mesmo tempo com sarcasmos, ironia.
Alice – Você teve que sair no meio da festa pra ir a uma delegacia, porque o Rodrigo passou o dia todo enchendo a cara, se drogando e armou confusão na rua.
Alice – No meu dia, eu tive que dançar o baile com um estranho, porque o meu pai me deixou sozinha pra ir atrás do bastardo marginal que ele pegou pra criar.
Alice – O Rodrigo sempre entrou no meu caminho, sempre pegou o que é meu.
Alice – Quando não era ele, era aquelas duas pragas insuportáveis, que só de escutar a voz já me embrulha o estomago.
Carlos – Minha filha, me desculpe se eu negligenciei dessa maneira.
Carlos tentou abraçar a filha, mas Alice se retraiu, impedindo qualquer contato.
Alice – Você me fez separar do seu pai, com suas cartas anônimas.
Alice – Você ultrapassou de todos os limites. Você não esta bem, talvez seria o caso de procurarmos ajuda...
Alice cessou o choro, e arrumando o cabelo, mudou completamente seu comportamento.
Alice – Eu estou ótima, vou voltar a empresa e darei a volta por cima.
Carlos – Você não vai voltar pra empresa. Você não tem a menor condição de...
Alice gritou com o pai, mostrando sinais de loucura.
Alice – Eu sou a presidente do Grupo Santarém.
Alice – Eu tenho as minhas ações, a do Rodrigo e a suas mamãe.
Alice – Se pensam que acabaram comigo, estão muito enganados.
Alice – Eu vou voltar e vou me vingar, vou acabar com todos, vou me vingar de um por um.
Alice voltou para o quarto, deixando os pais chocados. Carlos abraçou Stela, se aproximando ainda mais da ex mulher.
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NO dia seguinte Rodrigo saiu com Antônio e voltou com Chico nos braços. Ao ver os garotos, o cachorro saltou dos braços de Rodrigo e pulou nos garotos, derrubando eles no chão, lambendo seus rostos, esfregando o focinho neles.
Rodrigo – Mas que coisa, a pata dele ainda esta machucada.
Antônio – Você não vou poder ficar pegando ele, se não ele vai demorar pra sarar.
Os garotos nem prestaram a atenção, a alegria deles era contagiante.
Maria – Finalmente esses dois vão sossegar.
Rodrigo e Antônio ficaram felizes ao ver os garotos daquela maneira, e também curtiram aquele momento em família.
No dia seguinte Rodrigo acordou bem cedo e contando sempre com o irmão, foram até a delegacia.
Antônio – Será que eu vou conseguir ser inocentado de vez?
Rodrigo – Vai sim meu irmão, eu lhe prometo isso.
Os dois chegaram até a delegacia e se encontraram com o advogado, mas surpresa maior foi encontrar Sidney, Telma e Márcio, que foram até la com o mesmo propósito, denunciar Alice.
Com os hematomas mais amenos, Alice botou uma roupa nova e se arrumando toda foi até a empresa.
Ao chegar, sentiu uns olhares, uns buchichos mas se sentia superior a todas aquelas pessoas.
- Dona Alice, tem uma pessoa lhe aguardando.
Alice – Na minha sala, sua idiota. Eu odeio que entrem na minha sala, sua vaca.
Alice ignorou a secretária e ao entrar na sala levou um susto ao ver Marcelo.
Alice – Você? O que está fazendo aqui?
Marcelo – Eu tentei falar com você no dia da festa.
Alice – Saia daqui, já lhe dei dinheiro suficiente pra você sumir do mapa.
Marcelo – Eu não tenho mais aquele dinheiro. O Antônio nos flagrou, ele jogou toda aquela grana pela janela.
Alice – O que? Então era verdade daquela bicha?
Alice – O que está acontecendo comigo? Eu Alice Santarém, sendo ameaçada por esse bando de viado, você, o Rodrigo, o Antônio, a anta do Gustavo.
Alice – Se você perdeu tudo, azar o seu, fora daqui.
Marcelo mudou seu olhar e andando lentamente até Alice, foi a encurralando num canto da sala.
Marcelo – Não vim só por dinheiro. Eu escutei tudo que o Antônio lhe disse na festa.
Marcelo – Escutei a gravação e vi o vídeo do Gustavo.
Marcelo – Foi você, não foi?
Alice – Eu o que?
Enquanto isso, Rodrigo, Antônio, Telma, Sidney e Marcio chegavam até a empresa com a polícia.
Antônio – Tem certeza que ela ta ai?
Rodrigo – Tenho sim, acabei de confirmar.
- Vamos subir. Disse o investigador.
Alice – Do que você esta falando?
Marcelo – Você matou o Gustavo.
Marcelo – Não foi o Antônio, foi você.
Alice ficou séria e Gustavo a segurou pelo braço, voltando a acusa-la.
Alice – Responde!!!
Olhando nos olhos de Gustavo, Alice começou a recordar daquela tarde.
==
Carlos - Bom dia!!!
Alice - Aonde você vai pai?
Carlos - Tenho um compromisso.
Alice - Você não pode sair e o Valdir nem esta aqui.
Carlos - Eu vou sozinho.
Alice - Mas pai!!! O médico lhe proibiu.
Carlos - Já estou de saco cheio de ficar dentro daquele quarto e tenho uma coisa muito importante pra fazer.
Alice tentou impedir o pai, mas Carlos nem deu bola. Ainda na garagem, Carlos fez uma ligação no celular.
Carlos - Maria? Sou eu.
Carlos - Esta combinado então nosso encontro. Você anotou o endereço?
Maria - Sim, eu tenho que resolver algumas coisas na rua e lhe encontro mais tarde.
Carlos pretendia convencer Maria a contar que era a verdadeira mãe de Rodrigo.
Alice esperou o pai sair e saiu logo em seguida.
Já era hora do almoço quando Gustavo ligou para Antônio.
Antônio - O que você quer? Acho que já falamos tudo que tínhamos para falar.
Guilherme - Antônio, preciso lhe encontrar.
Guilherme - Você esta certo, tem sim uma pessoa por trás de tudo isso.
Antônio - Me deixe em paz Guilherme!!!
Guilherme - Eu preciso do seu perdão, eu não aguento mais isso.
Guilherme - Antônio, você precisa me encontrar.
Antônio - Me deixe em paz, eu...
Guilherme interrompeu o irmão, falando alto.
Guilherme - Eu preciso lhe encontrar, eu vou lhe contar toda a verdade, tudo que você quer saber.
Antônio - O que?
Guilherme - Você não foi escolhido por acaso.
Guilherme - Eu não tramei nada disso, eu entrei de gaiato nesse plano, mas você nunca conseguiu cair nele.
Antônio - Que plano? Porque isso? Não estou entendendo nada.
Antônio - Fale Guilherme, fale tudo.
Guilherme - Por telefone não. Eu estou num prédio aqui no centro, venha até aqui e eu lhe conto tudo.
Antônio ficou com receio de ser mais um golpe do falso irmão, mas a curiosidade e a vontade de acabar logo com tudo aquilo falaram mais alto.
Antônio - Me passe seu endereço.
Guilherme - Eu vou passar sim e como prova da minha sinceridade, vou ficar aqui lhe aguardando. Nada impedira você de chamar a polícia para me prender.
Guilherme - Mas fica a seu critério, eu vou lhe contar toda a verdade.
Guilherme - Eu tenho um compromisso daqui a pouco e logo depois eu lhe passo uma mensagem com o endereço.
Antônio - Tudo bem, vou aguardar.
Guilherme - Eu vou te esperar e quem sabe até ter o seu perdão.
Guilherme - Antônio, eu estou a ponto de fazer uma loucura.
Guilherme - Mais uma vez me desculpe.
Antônio ficou muito agitado, pensou em desistir do encontro, mas mudava de ideia a todo o momento.
O falso Guilherme ficou agitado e ficou questionando se tinha feito a coisa certa.
-Será que ele vai chamar a polícia? Será que eu vou ter coragem de olhar nos olhos dele?
Um dia antes o rapaz gravou um vídeo confessando seus crimes e colocou em um pen drive, junto com a gravação que incriminava Alice, em seguida foi ao aeroporto e deixou em uma caixa postal.
Antes de mandar a mensagem para Antônio, o falso Guilherme pegou a chave do guadra volume que tinha sua confissão e as provas contra Alice e entregou para um moto-táxi, que deixou o envelope na antiga casa de Antônio.
Um tempo depois...
Guilherme - Alô, sou eu.
Guilherme - Eu não estou fugindo de você Marcelo. Estou aqui no centro.
Guilherme - Eu liguei para o Antônio, eu vou contar toda a verdade a ele.
Guilherme - Para de gritar comigo. Será que você não percebeu que deu tudo errado?
Guilherme - Alias não tinha como esse plano dar certo, desde o começo já estava fadado a dar errado.
Guilherme - Você e o Anselmo não perceberam isso ainda?
Guilherme - Não adianta você pedir, insistir, eu já tomei minha decisão. Eu vou me encontrar com o Antônio essa tarde, vou contar tudo.
Guilherme - E espero que ele e o Rodrigo possam ser felizes juntos, depois de todo mal que causei.
Guilherme - Me desculpa!!!
Guilherme desligou o celular e em seguida passou uma mensagem para Antônio, informando seu endereço.
Minutos depois tocaram sua campainha. Ele olhou pelo olho mágico e ficou sério ao ver quem era.
Guilherme – Entre.
Alice entrou no quarto, tirando os óculos escuros que usava.
Guilherme – Trouxe o dinheiro?
Alice – É muito ousadia sua me ameaçar.
Guilherme – Cadê o dinheiro.
Alice – Está aqui na minha bolsa, mas antes quero a gravação.
Guilherme – Você vai receber ela quando eu estiver bem longe.
Alice – Não foi isso que combinamos.
Guilherme – Quem dá as cartas aqui sou eu.
Alice – Tudo bem, não quero brigar.
Alice – Andei descobrindo algumas coisas sobre você. Seu nome é Gustavo não é?
Gustavo – Sim, meu nome é Gustavo, mas gostaria muito de ser o verdadeiro Guilherme.
Gustavo – O Antônio é a melhor pessoas que já conheci na vida. Ele não merece tudo isso que fizemos com ele.
Alice – Fique tranquilo, não vou tocar em um fio de cabelo do Antônio, meu problema é o bastardo do meu irmão.
Alice abriu a bolsa e entregou o dinheiro para Gustavo.
Gustavo – Muito bem, você cumpriu o que prometeu. Eu garanto que você nunca mais vai me ver na vida.
Alice – É o que eu espero.
Alice – Mas já que todo mundo vai se dar bem, vamos comemorar.
Alice tirou uma garrafa de champanhe da bolsa, deixando Gustavo confuso.
Gustavo – O que é isso?
Alice – Vamos comemorar, você tem ideia de quanto custa uma garrafa dessas?
Alice encheu dois copos e fez um brinde com Gustavo, que em seguida deu uma golada.
Alice só molhou os lábios e voltou a falar.
Alice – Beba mais, aproveite que é de graça.
Gustavo se recusou e Alice ficou nervosa, pois ele tinha dado apenas um gole.
Ficando alterada, Alice arregalou os olhos quando Gustavo tropeçou, tentando se apoiar em um móvel.
Gustavo – Nossa, que tonteira!!
Gustavo colocou o copo ainda cheio em cima de um móvel e em seguida caiu deitado de bruços em cima da cama.
Gustavo nem havia percebido que a garrafa já estava sem o lacre. Vendo o rapaz caído sobre a cama, Alice caiu na gargalhada e não perdeu tempo.
Sem saber onde procurar, foi direto para o bolso do rapaz e para sua sorte achou o pen drive com a gravação.
Alice – Garota, você é sortuda!!
Alice lavou seu copo e colocou o dinheiro de volta na bolsa. Antes de sair parou ao lado da cama e ficou olhando para Gustavo, que dormia.
Alice – Você esta certo seu idiota, nunca mais pretendo lhe ver na vida.
Algumas horas depois Antônio já estava próximo a região central da cidade, mas com dificuldade para achar o endereço que Gustavo havia lhe dado.
Gustavo acordou se sentindo um pouco zonzo e sentou-se na cama até firmar o corpo. Olhando o relógio, achou estranho já ser tarde e foi até o banheiro e ligou o chuveiro.
Gustavo – Onde eu coloquei o dinheiro?
Gustavo – O Antônio já deve estar chegando.
Gustavo desistiu de procurar o dinheiro e vendo o copo com a champanhe, bebeu tudo em uma única golada, indo para a ducha em seguida.
Ele ficou em pé na banheira, que já estava cheia mas aos poucos voltou a sentir aquele cansaço, só que de uma maneira muito mais forte.
Gustavo sentou-se na banheira, tentando apoiar as mãos na borda. Seus olhos insistiam em fechar e seu corpo relaxava absurdamente.
Sentindo o corpo relaxar por completo, foi deslizando até sua cabeça ficar submersa. Tentou retomar o folego algumas vezes, mas já não dominava mais sua consciência, até que seu corpo relaxou de vez naquela banheira, afundando sua cabeça por completo.
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Um tempo depois...
Antônio apertou a campainha algumas vezes, mas ninguém atendia.
Forçando a fechadura, constatou que a porta não estava trancada.
Antônio - Guilherme!!! Sou eu, Antônio.
Antônio - Você esta ai?
Antônio entrou no apartamento, dando pequenos passos, enquanto chamava pelo falso irmão.
Antônio - Recebi sua mensagem. Você esta ai?
Antônio passou pela cozinha e depois pelo quarto, encontrando uma garrafa de bebida aberta.
Antônio - Guilherme, você esta ai?
A entrar no banheiro, Antônio levou um susto.
Antônio - Meu Deus!!!!
Guilherme estava morto dentro de uma banheira velha, com o corpo todo submerso.
Antônio - Guilherme!!!
Continua...
