— O que você acha que está fazendo Vitor? — Pablo se levantou nervoso.
— Não vou deixar você casar com essa dai.
— Você está louco! — Gritou Katarina.
— Você que é Katarina, ou melhor Fabíola! — Ela ficou ereta como se tivesse levado um soco no estômago, sua cara não era a das melhores.
— Do que você está falando?
— Essa senhoras e senhores é Fabíola Santos, ladra, furtadora e psícopata, nossa Fabíola que currículo brilhante!
— Vítor,essas são acusações graves. — Disse Pablo.
— Mas o melhor foi quando você usou uma criança inocente pra colocar no seu plano sujo!
— É melhor você calar a boca. — Katarina me olhava com raiva. — Você não sabe do que está falando. — Eu cheguei perto dela, agora irritado, como alguém consegue continuar mentindo quando a verdade já veio a tona?
— STELLA NÃO É SUA FILHA. — A igreja entrou em um silêncio profundo. — Você comprou aquela criança para dizer que era filha de Pablo, você não presta.
— Não liguem para esse garoto, ele é um viado que se apaixonou pelo meu filho e esta ressentido! — Meu tio falou. As pessoas começaram a fofocar entre elas.
— Olha só quem se manifestou, veio defender sua amante? Você é o amante dela! — Eu apontei para Katarina. — Como é saber que tem um pai canalha em Pablo? — Meu tio me deu um soco e eu cai, senti o gosto de sangue, meu pai partiu pra cima do meu tio enquanto o pabre gritava para todos paracem. Quando a algazarra parou eu percebi que Katarina havia fugido.
— Droga! — E sai correndo da igreja com a esperança de achar ela, foi perda de tempo. A polícia havia chegado.
— Vocês chegaram atrasados demais, a noiva fugiu. Mas o comparsa dela está lá dentro.
— Senhor Vagner Lemos o senhor está preso, por formação de quadrilha e sequestros de crianças. — Pablo olhou para meu tio com pena, seus olhos estavam tristes, isso me deixou mal.
— Como assim pai?
— Cala a boca seu imprestável!
— Não fale assim do meu filho! — Minha tia estava perto de Pablo.
— E cala a boca você também. A culpa é toda sua Pablo. — Ele foi colocado na viatura sobre protestos.
— Eu sinto muito Pablo. — Disse.
— O que mais você quer aqui Vítor? Você acabou com meu casamento, e colocou meu pai na cadeia, quer aplausos por isso? — E ele foi embora junto com minha tia. E eu fiquei com a maior cara de taxo. Além de salvar a vida dele eu ainda sou culpado pela sua disgraça? Quem vai entender.
— Você pode explicar tudo o que falou? — Minha mãe estava na minha frente.
— Eu não tenho nada pra explicar, tudo que eu falei é verdade.
— A onde você vai?
— Eu vou ver Pablo, eu preciso fazer ele me escutar.
Fui andando até a casa dele, isso me ajudou a pensar nas coisas. Quando cheguei na frente da casa eu entrei, ninguém aparentemente estava mas eu sabia da chave reserva. Sempre falei para ele tirar ela daqui, alguém poderia achar e roubar a casa.
Tudo estava silêncioso, eu me senti em um filme de terror, onde o monstro está esperando lá no andar de cima. Subi os degraus da escada em passos silêciosos.
Quando cheguei no quarto Pablo estava de costas segurando algo que parecia uma foto.
— Pablo?
— O que faz aqui?
— Vim ver você, não importa o que aconteceu naquele casamento eu preciso esclarecer as coisas.
— Ela levou a Stella Vítor! — Ele me abraçou.
— Calma! — Ele me abraçou mais forte. Eu fechei os olhos inando seu cheiro.
— Você não entende Stella era a única coisa que eu tinha!
— Pablo, ela não é a sua filha, Katarina fez um acordo com a mãe daquela menina. Ela sabia que se voltasse sem ter um motivo realmente forte, você não ficaria com ela. — Ele entreguei a certidão de nascimento original para ele. — Leia, ai está tudo que você precisa saber!
— Vítor? Ela…ela não é minha filha! — E começou a rir e chorar e me pegou no colo. Nunca vi um homem tão feliz por descobrir que não é pai.
— Me coloca no chão! — Falei rindo. Eu estava feliz por estar nos braços dele.
— Você me deu a notícia mais feliz do mundo e triste, eu gostava de Stella!
— Então você não se importa mais com elas?
— Não necessariamente, a polícia vai encontrar Katarina não é?
Eu estava um pouco receoso com isso.
— Acho que sim! — Ele não havia me soltado ainda. Ele me beijou com tanto desejo me deixou sem ar, eu fiquei tonto. Eu pulei em seu pescoço e o beijei ferozmente, minha língua invadiu a boca dele. Ele me jogou na cama e passou sua mão pelo meu corpo abaixando minha calça um pouco!
— Calma Pablo! — Eu empurrei ele.
— Desculpe! — Ele se sentou na cama comigo beijando meu pescoço me fazendo arrepiar. — Eu quero tanto sentir seu corpo de novo Vítor, eu sinto falta.
— Eu também, você nunca devia ter saído do meu lado! — Eu sentei no colo dele, seu membro parecia uma barra de ferro de tão duro apertando minha bunda. Seus lábios tão macios, tão perfeitos e agora meus.
— Espera! — Ele me tirou do colo dele e foi na gaveta e tirou de lá uma caixinha de veludo vermelha! — Eu tenho que te devolver uma coisa que nunca devia ter saído de você. Lá estava o anel de ouro branco com a pequena amestista. Eu odiava jóias mas eu tinha uma queda por aquele anel.
Ele o colocou no meu dedo e o observei. Me lembrei de momentos bons da minha vida. Agora minha felicidade estava completa de novo. Não fizemos nada aquela noite, apenas ficamos olhando um para o outro.
No outro dia ele me levou para a casa.
— Obrigado lindo! — Eu agradeci!
— Tudo pelo homem que salvou a minha vida!
— Eu só fiz oque era certo, mas ainda acho que você não está seguro! — Eu tenho que lembrar de manter minha boca fechada.
— Como assim?
— Tá eu vou te contar, um dia eu fui até a loja e lá no escritório do seu pai havia três pessoas planejando liquidar alguém, acho que você! — Pablo não demonstrou nenhuma reação, a calma dele me assustava.
— E quem eram essas pessoas?
— Agora eu tenho certeza, Katarina e seu pai, mas o outro não sei quem era o terceiro.
— Você está dizendo que meu próprio pai quer me matar?
— Sim, pra quem sequestrava crianças né Pablo, ele pode fazer oque quiser!
— Tem alguma coisa a mais que você não me falou?
— Um dia seu pai tentou me agarrar a força! — Agora os punhos de Pablo estavam rígidos ele tinha uma expressão de ódio.
— Por que você me escondeu isso?
— Ah eu ia chegar em você e falar "Pablo seu pai tentou abusar de mim mas não se preocupe"!
— Não seja idiota!
Estava um clima difícil agora. Eu desci do carro!
— Aonde você vai?
— Pra casa. — Ele me abraçou e eu comecei a chorar.
— Eu sinto muito pelo que meu pai fez! — Eu não falei nada. — Eu nunca vou te abandonar de novo, por isso eu quero que você venha morar comigo, quero te proteger,enquanto Katarina não estiver presa, eu não vou ficar em paz.
— Mas e os meus pais? Eu não posso abandonar eles assim. — Disse preocupado.
— Não se preocupe, eu vou cuidar para que eles fiquem seguros. — Ele me abraçou mais forte.
— Tudo bem, eu vou pra sua casa. — Sorri.
— Venho te buscar a noite, tenho que resolver umas coisas!
— Tá, eu estarei te esperando aqui. — Abracei ele e lhe dei um último beijo!
Entrei em casa e subi para meu quarto, por sorte minhas coisas estavam todas arrumadas por causa da minha suposta mudança. Eu estava feliz pelas coisas terem se resolvido de uma vez. Estava contente por que enfim estarei com Pablo de novo.
E então eu fui atacado, um pano foi colocado no meu rosto, eu só me lembro de que vi um vulto na minha frente e apaguei.