Todos já estavam divididos em Grupos quando o dia amanheceu,por sorte ou desgraça eu fiquei no mesmo grupo que Felipe.
— Então turma,o grupo que achar tudo que tem nas lista sera o grupo ganhador. — As coisas na lista eram confusas. E impossíveis.
— O senhor acha mesmo que podemos achar diamante por aqui? — Perguntou Betania do Grupo três,o grupo do Gustavo.
— Se souber a onde procurar sim.
— Professor argila,temos que ir até o rio,e é muito longe. — Miguel do grupo dois comentou,ele era do Grupo do Ivan.
— Vocês teram o dia todo. O grupo campeão vai ganhar nota dez em todas as disciplinas da escola e um troféu de melhores caçadores. — Todos pareciam muito excitados agora. — O jogo começa agora e vai terminar quando o pôr do sol chegar. Valendo. — Ele apitou.
Nós corremos para pegar o equipamento,isso aqui parecia jogos vorazes,não ia me impressionar se a gente tiver que matar nossos concorrentes,eu ia amar matar Felipe. Pena que somos do mesmo time.
— Somos em dez,se nos dividirmos em cinco pares de dois vamos poder achar mais coisas. — Beth era a líder do grupo,ela era a menina mais durona da sala e ninguém ia contra a vontade dela. — E é melhor que vocês achem alguma coisa porque eu não quero perder para o idiota do Gustavo Lemos.
Todos se separaram em pares,só sobrou eu e Felipe.
— Acho que fiquei sem par. — Falei.
— O esperto faz par com o Felipe,vocês são tão burros.
Cada par foi para uma direção,deixando eu e Felipe sozinhos.
— Só estou fazendo isso pela nosso grupo. — Falei.
— Tudo bem. — Felipe começou a andar.
°°°
— Vai mais devagar porque eu não sou o flash.
— Você reclama de tudo em Ewerton.
— A cala a boca.
Ficamos horas andando pela floresta eu já não aguentava mais minhas pernas,eu estava todo suado e cortado.
— Você está bem? — Felipe estava rindo de mim. Eu estava escorado em uma árvore.
— Não, minha cabeça está doendo.
— Você parece um riquinho mimado Ewerton.
— Que engraçado. — Comecei a andar ele ficou atrás de mim. Estávamos perto de um riacho.
— Graças aos céus. — Felipe apenas ria de mim. — Não vamos achar nada com você sentado ai. — Eu estava sentado em uma pedra.
— Hmm!
Um brilho intenso vinha ta água,era uma pedra branca muito bela e brilhante,fiquei um tempo olhando para ela.
— Você e meu primo estão juntos? — Me espantei com a pergunta de Felipe.
— Isso não é da sua conta.
— Então estão.
— Não. Somos amigos.
— Não foi oque pareceu ontem e…
— Aquilo não devia ter acontecido,seu primo se aproveitou da situação.
— Ele sempre faz isso. — Ele estava pensativo.
— Ele já fez isso com você?
— Sim, um dia ele…ei o que é isso?
Felipe apontou para a minha mão,eu estava segurando a pedra.
— Eu não sei,é bonita né?
— Ewerton, isso é um diamante!
Eu olhei para a pedra outra vez, eu nunca vi um diamente de perto, parecia mais um pedra de gelo sólida e trasparente. O entreguei para o Ewerton.
— Você achou a coisa mais importante da lista.
— É toda essa dor valeu a pena. — Felipe riu. — Eu achei que você não quisesse mais falar comigo,você disse aquele dia que era melhor a gente se afastar. — Eu queria falar sobre isso,preciso saber o que ele sente por mim.
— Oque eu posso fazer se você parece um imã,sempre me atraio pra você! — O grupo havia nós encontrado.
— Ai então vocês,nós só estávamos esperando vocês dois,achamos tudo na lista menos o diamante. — Falou Beth desanimada.
— Bom,aqui está. — Felipe ergueu o diamante no alto um brilho intenso saiu dele.
— Vocês encontraram,agora eu quero ver aquele idiota do Gustavo se gabar. — Beth dançava,era bom que alguém do grupo estava feliz.
**
Já era de noite todos estavam na varanda falando sobre a competição,Beth e Gustavo tiveram uma briga horrível,ele veio para cima de mim quando Beth falou que graças a mim eles tinham achado o diamante. Felipe me defendeu,ele até bateu em Gustavo, e eles são grandes amigos, no fim todos estavão calmos e rindo,menos eu que estava afastado de todos.
— Foi um bom jogo não foi? — O professor Juliano estava atrás de mim.
— Foi sim professor. — Sorri para ele.
— Não me chame de professor, me chame de Juliano. — Ele se sentou no chão comigo.
— Ok Pr…Juliano!
— Eu pensei que você não falasse,é sempre muito calado nas aulas,e da pra ver que é um brilhante aluno,você gosta de biologia não é?
— Sim muito, é minha matéria favorita.
— A minha também. — Nós rimos.
— Você tem namorada? Um rapaz bonito assim deve ser um pegador,dizem que os calados são os piores.
— Professor eu sou gay,e não tenho nenhum relacionamento. — Juliano mordeu os lábios e olhou para mim.
— Então você é um safadinho,adora dar né safado. — Eu me levantei com raiva.
— Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Você é só meu professor não dei intimidade pra você, e do jeito que você fala é como se eu fosse um garoto de programa.
— Mas não é isso que todo gay faz? É a unica coisa que eles sabem fazer. — Juliano ficou bem perto de mim.
— Nossa,é estranho um professor que eu tanto estimava ter a cabeça tão pequena. — Eu fui para meu quarto,todos me olhavam espantados devem ter escudado meus gritos porque estavam todos calados.
Fiquei no meu quarto andando com raiva para todo o lado. Felipe entrou no quarto mas não olhei para ele.
— O que foi?
— Não chega perto de mim,você não se importa,não era você que queria distância então não fale comigo. — Ele apenas me olhava.
— O que você acha de mim?
— Quer mesmo saber? Você não passa de um riquinho mimado que não se importa com ninguém alem de você, você sempre está feliz mesmo fazendo os outros infelizes,você me fez infeliz quando se afastou de mim. — Eu estava perto dele agora. Acho que a raiva me tomou por completo. — E sabe o que mais você é… — ele me beijou eu tentei me soltar mas ele me abraçou,eu então parei de tentar fugir. Ele se soltou de mim.
— Eu não sou nada disso que você falou. — Ele estava ofegante. Eu me joguei para cima dele e o beijei ele me empurrou na parede,ele estava roçando em mim,passando sua mão que era aspera pelo meu corpo me deixando arrepiado. Era um pouco bruto, mordia meus lábios como se fosse arrancar eles,eu puxei seu cabelo,mesmo desfazendo o topete perfeito dele.
Estávamos ofegantes,ele parou de me beijar e ficamos nos olhando tomando fôlego,ele não me soltou,ficou abraçado comigo. Eu poderia ficar nos braços dele por muito tempo.
— Eu cansei de ficar longe de você, eu não posso mais fugir disso,você não sabe o quanto é irresistível e convidativo,te quero só pra mim.— Ele fez uma pausa — Eweton eu estou perdidamente apaixonado por você. — Ele me abraçou mais forte.
Naquele momento eu não sabia oque eu sentia por ele,era um mistura de desejo e paixão algo que eu nunca senti por ninguém, quando ele me beijava era como se todo o mundo desaparecesse e só tivesse eu e ele ali.
— Eu também gosto de você Felipe, eu te amo. — Ele me olhou e sorriu. Ele colocou a mão no meu rosto e disse:
— Eu nunca vou machucar você Ewerton, vamos esquecer de tudo que aconteceu antes e vamos começar de novo. — Eu peguei na sua mão.
— Tudo bem. — Ele voltou a me beijar só que agora com mais calma,eu joguei meus braços no ombro dele e me deixei levar.
Fui tomar banho,eu queria gritar,estava sentindo um frio na barriga,milhões de borboletas estavam no meu estomâgo. Eu sorria na frente do espelho, tomei um banho demorado por estar com medo de voltar para o quarto.
— Oi. — Falou ele sorrindo para mim,ele estava sentado na cama.
— Oi!
— Você está cansado?
— Muito. — Meus olhos já estavam pesando.
— Ótimo, vamos deitar vem!
Eu pulei em cima dele fazendo ele cair deitado na cama,o beijei.
— Seu ladrão de beijos.
Ele conseguiu me empurrar e ficou em cima de mim.
— E agora? — Ele estava me desafiando!
— Vai me castigar por ter te beijado?
— Nunca, eu amo quando eu toco nos seus lábios,é como um explosão,é bom. — Ele me beijou e eu sorri feliz. Ele se deitou comigo me abraçando. — Se algo duro de incomodar a noite por favor não fique bravo. — Ele estava me provocando.
— E o que seria? — Perguntei mordendo os lábios.
— Nada,apenas durma.
E era oque eu quero fazer,dormir sorrindo e feliz,quem diria que eu ia acabar apaixonado pelo meu maior inimigo.
— Tá bem.