Boa noite pessoal como vão?
Finalmente estamos próximos do fim, acredito que o conto tenha mais uns 5 capitulos.
Regi1069, pois é ela poderia sofrer mais na cadeia, mas ela é rica, tem curso superior e ainda não foi julgada e no Brasil uma pessoa como ela dificilmente sofreria na cadeia.
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Geomateus, Então, a Alice vai fazer uma coisa muito baixa, irá atingir algumas pessoas, principalmente esse três que você citou.
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VALTERSÓ, mas perto de tantos desencontros que eles tiveram, esse nem faz cocegas, e na verdade o Fabio e o Lucas nunca foram pedra no sapato dos dois.
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Guigo, bom essa brincadeira de ser o homem aranha não vai ser nada perto do que os dois vão aprontar no próximo capitulo, eles irao é precisar do supermam pra tirar eles da enrascada que irão aprontar, rsrs.
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Plutão, pois é o homem aranha vai se ferrar, mas criança que não se esborracha pelo menos uma vez na vida, não é uma criança com infância, rs. Sobre os irmãos, já esta chegando o desfecho deles.
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Nesse momento Sidney entrou na sala, surpreendendo Alice.
Sidney – Não é impossível não.
Sidney – A partir de hoje todas as minhas ações pertencem a Rodrigo Santarem, meu representante.
Alice – O que???
Rodrigo se aproximou de Alice, que estava sem chão.
Rodrigo – Eu disse pra você que eu estava apenas começando.
Rodrigo – É bom você sair da minha frente porque eu vou atropelar você, irmãzinha.
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Capítulo 84
Rodrigo e Alice se encararam, um mergulhando dentro dos olhos do outro, transformando a energia daquele momento em puro ódio.
Alice – Isso é o que veremos.
Alice – Eu sou muito mais esperta que você.
Rodrigo – Mais esperta que eu?
Rodrigo – Você acabou de sair de uma cadeia, será que você ainda não percebeu que seu castelinho de areia esta desfarelando?
Rodrigo começou a dar risada, ironizando Alice.
Rodrigo – Você achou que conseguiria enganar todo mundo a vida inteira?
Rodrigo – Todo mundo já sabe a bisca que você é.
Alice – Eu ainda sou a presidente dessa empresa.
Alice – E você seu cretino, achei que odiava ele.
Sidney – Odeio sim, mas odeio muito mais você.
Sidney – Convenci todos os outros acionistas a promoverem o Rodrigo como seu representante, vou adorar ver vocês dois se matando aqui dentro.
Rodrigo – Meu sogrinho é tão espirituoso, não acha maninha?
Rodrigo – Ah, ainda tem mais uma surpresa.
Simone entrou na sala toda elegante, ficando cara a cara com sua inimiga.
Rodrigo – Creio que não preciso apresentar vocês duas.
Alice – Mas o que essa desclassificada esta fazendo aqui?
Simone – O Rodrigo me convidou para ocupar um cargo de assessora e eu aceitei.
Alice – Mas não vai mesmo.
Sidney – Isso quem decide não é você. Enquanto você estava na cadeia, de onde nunca deveria ter saído, o corpo de acionistas aprovou alguns projetos do Rodrigo, entre eles a contratação da Simone.
Simone – Obrigado Sidney, a Alice ainda deve estar sobe os efeitos da prisão, mas tenho certeza que seremos grandes amigas.
Alice deu um sorriso de indignação, tentando manter o controle.
Alice – A liga da justiça acha que pode comigo? Tenho pena de vocês.
Alice – Você Rodrigo, enrolei a vida inteira. Já você Simone, não passa de uma morta de fome que até hoje acha que vai subir na vida usando minha família.
Alice – E você Sidney? Você, é só mais um idiota, tão idiota quanto a fútil da sua filha.
Sidney foi para cima de Alice, mas Simone o impediu de agredi-la.
Alice saiu da sala cuspindo fogo.
Sidney – Ordinária!!!
Simone – Calma, ela só esta desesperada pois sabe que os dias dela estão contados.
Sidney – O Márcio tinha razão quando me deu a ideia de nomear você Rodrigo como meu representante. Vai ser um prazer ver a Alice sendo contestada em tudo aqui dentro dessa empresa.
Sidney saiu da sala deixando os amigos sozinhos.
Simone – Não vai ser fácil aturar essa sua irmã.
Rodrigo – Não entendi. Porque o Márcio disse para o Sidney dar as ações dele pra eu administrar? Achei que o Márcio me odiava.
Simone – Ah Rodrigo, será que você ainda não entendeu?
Rodrigo – Entendeu o que?
Simone – Esqueça, depois você conversa com o Márcio, você vai se surpreender.
Rodrigo tentou esquecer aquele assunto e mostrou-se feliz por Simone estar ali.
Rodrigo – Obrigado por ter me perdoado de todas as injustiças que cometi com você.
Simone – Tudo bem, já é passado. Vamos passar uma borracha em todas as mágoas do passado e seguir em frente.
Simone – E agora temos um objetivo em comum.
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Cris – Como assim adotada?
Shirley – Uma família mostrou-se interessada.
Shirley – E você sabe o quanto é difícil uma criança com a idade da Ritinha ser adotada.
Cris – Sim... mas assim, de repente...
Shirley – É um casal do interior, ela vai ter um grande futuro.
Cris não conseguiu disfarçar seu desapontamento e sua tristeza.
Shirley – Você parece que não gostou, eu sei o quanto você é apegada as crianças daqui, em especial a Ritinha, mas elas precisam de uma família.
Cris – Eu sei, mas é que não esperava isso.
O papo das duas foi interrompido por Stela, que chegou com seu motorista, carregando um monte de caixas.
Cris ficou novamente surpresa ao ver a socialite naquele lugar.
Stela – Consegui algumas roupas, estão nessas caixas. Também consegui uma doação de colchões novos, devem trazer hoje a tarde.
Shirley – Meu Deus, que maravilha!!! Noticia maravilhosa.
Cris realmente achou que estava diante de uma gêmea boa de Stela e aproveitando a empolgação de Shirley saiu de fininho, indo a procura de Ritinha.
Ritinha – Tia Cris!!!
Cris abraçou a garota, beijando seu rosto.
Ritinha – Você está triste?
Ritinha – Tia, a tia Shirley falou que achou um pai e uma mãe pra mim. Eu não quero ir embora.
Cris – Ah meu amor...
Ritinha – Eu nunca mais vou ver você? O tio Tonio? Tio Bruno? Tio Romeu?
Cris não sabia o que dizer, e abraçou a garotinha, deixando cair uma lágrima.
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Rodrigo se trancou em sua sala e deu graças a Deus não botar mais os olhos em cima da irmã. Estava concentrado digitando um e-mail e nem percebeu que Antônio havia entrado na sala.
Rodrigo – Antônio!! Nossa, que surpresa boa.
Rodrigo levantou-se e antes de ir até o irmão notou que tinha algo errado. Ele já o conhecia de mais para entender que algo não estava bem.
Antônio – É..eu..
Rodrigo – O que foi? Aconteceu alguma coisa?
Antônio tentou falar, mas Rodrigo o atropelou com um monte de perguntas.
Rodrigo – Aconteceu alguma coisa com a mãe?
Antônio – A mãe esta bem...
Rodrigo – Os meninos, o que aconteceu com eles...
Antônio – Calma!!! Calma....
Antônio tentou falar e Rodrigo parou tudo que estava fazendo e no mesmo instante saiu do prédio com o irmão.
Em poucos minutos já estava em um hospital e todo aflito entrou no quarto, encontrado Rafael em uma cama, com Arthur e Maria ao seu lado.
Rodrigo – O que aconteceu filho?
Rafael estava com alguns arranhões no rosto, na perna e todo risonho exibia seu braço mobilizado por um gesso.
Maria – Ele deu um susto na gente.
Rodrigo beijou o filho, passando a mão em seu rosto, todo aflito.
Antônio – Agora já esta tudo bem. O médico já examinou, foram só uns arranhões e uma luxação no braço, mas ele achou melhor engessar pra poder curar mais rápido.
Rodrigo – Você quer matar seu pai do coração filho?
Rodrigo realmente estava com o coração acelerado, suando só de imaginar que algo pior pudesse ter acontecido.
Arthur – Abraça eu também papai.
Rodrigo botou Arthur no colo e ficou examinando os esfolados do corpo de Rafael.
Rafael – Eu não chorei papai.
Antônio – Não chorou?
Maria – Abriu um berreiro, mas também é arteiro.
Maria – Não tinha nada que subir nas coisas.
Rodrigo – Não faz mais isso filho, se acontecer algo com você, o papai tem um treco.
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Quem aprecia que ia ter um treco era Cris, ao chegar em casa ela foi direto para o quarto e caiu no choro.
Bruno – O que foi?
Cris contou sobre Ritinha, Bruno também ficou triste, mas no fundo sabia que aquilo poderia ser o melhor pra ela.
Romeu – Não fica assim meu amor.
Romeu – Eu vou dar um jeito.
Cris – Dar um jeito como?
Romeu ficou olhando sério e pensou em falar qual era sua ideia, mas até ele se assustou.
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Rodrigo realmente tinha se transformado em um paizão. Ele botou Rafael na cama e ficou contando história para o filho até ele cair no sonho.
Rodrigo – Você ainda esta acordado? Vem pra cama.
Arthur – Eu não quero. Eu quero um braço igual do irmão.
Antônio – Vai com seu pai Arthur, já esta tarde.
Arthur – Mas eu não quero.
O garoto ficou fazendo birra e nervoso Rodrigo tentou pega-lo, mas Arthur correu chorando para o quarto de Maria, subindo em seu colo.
Maria – O que foi?
Arthur – O papai quer bater em mim, ele é feio, o tio também é feio.
Maria – Não chora, eu também sou feia?
Arthur – Você também é feia, todo mundo é feio, eu não gosto mais de ninguém, e eu vou fugir, e eu estou nervoso e estou triste e eu não vou ser mais o menino bonzinho.
Arthur estava sentado no colo da avó e chorava abraçado a ela.
Maria – Mas quanta coisa que você vai fazer, não chora.
Rodrigo – Esses dois me deixam loucos.
Rodrigo sentou-se exausto ao lado de Antônio.
Rodrigo – Será que eu sou um bom pai? Esses dois as vezes parece que não conhecem limites.
Antônio – Ei, claro que você é um bom pai.
Rodrigo – Será mesmo?
Rodrigo olhou para Antônio, que tocou seu ombro, passando a mão carinhosamente em sua barba.
Antônio – Você é um ótimo pai e eu tenho muito orgulho de você.
Antônio ainda estava com a mão no rosto do irmão. Rodrigo tocou sua mão na dele, dando um beijo.
Os dois se encararam mas despertaram ao escutar Maria chamando.
Maria – Ele dormiu.
Rodrigo pegou Arthur no colo e ao passar pela sala viu que Antônio já havia ido para o quarto.
Rodrigo ficou ao lado dos filhos e sem conseguir pegar no sono saiu do quarto.
Sem fazer barulho, entrou no quarto de Antônio e ficou ainda mais perturbado ao ver o irmão dormindo com um short minúsculo, exibindo seu corpo peludo, coberto por aquela penugem negra.
Rodrigo se aproximou e ficou olhando para Antônio, ele esticou a mão e quase tocou seu corpo, fazendo um esforço monstruoso para não deslizar suas mãos por aquele corpo.
Antes de se arrepender de algo que poderia fazer, Rodrigo saiu do quarto e voltou para a cama.
Maria – Bom dia Antônio.
Antônio – Bom dia.
Antônio – Nossa, você acordou cedo hein.
Rodrigo – Pois é, fui resolver uma coisinha ai.
Rafael e Arthur foram para a cozinha. Arthur já foi logo subindo no colo do pai enquanto Rafael exibia seu “braço de ferro”.
Rodrigo – Nós precisamos ter uma conversa hein rapaz, ontem você fez birra.
Com a chupeta na boca, Arthur olhou sério para o pai e segurou seu queixo.
Arthur – Papai, não precisa ficar bravo, eu já perdoei você.
Antônio – Mas que moleque cara de pau hein.
Rafael – Tio, escreve no meu braço.
Rodrigo pegou um embrulho e tirou um outro braço de gesso e colocou em Arthur.
O garoto ficou eufórico, dando risada sem parar.
Rodrigo – Pronto, agora você tem um braço igual do seu irmão.
Rodrigo – Ah mas tem uma coisinha, vocês dois estão de castigo.
Rafael – De novo?
Rodrigo – Se continuar assim vocês vão ficar de castigo até morrer.
Rodrigo – Eu devia comprar duas jaulas e deixar vocês dois trancados o dia todo.
Arthur – A gente vai ficar preso igual macaco papai?
Rafael – Eu vou achar maior legal.
Maria – Rodrigo!!! Não fala assim, eles podem ficar traumatizados.
Rodrigo – To vendo, olha a cara de traumatizados dele Dona Maria.
Rafael e Arthur foram para o quintal brincar com Chico, rabiscando um o gesso do outro.
Antônio – Você hein!!! Não cansa de surpreender.
Antônio – Bom, vou tomar um banho e ir para o trabalho.
A sós com Rodrigo, Maria aproveitou para puxar um assunto que queria conversar a algum tempo.
Maria – Estou muito orgulhosa do jeito que você tem cuidado deles.
Rodrigo – Quero que eles tenham tudo o que eu não tive, um pai presente.
Maria – Rodrigo, o Carlos foi um bom pai pra você.
Maria – Ele sempre cuidou de você.
Rodrigo achou estranho, pois Maria sempre referia a Carlos pelo nome, e não por pai.
Rodrigo – Você nunca se referiu a ele como meu pai.
Maria – Eu sei, mas acho que esta na hora de buscarmos algumas mudanças.
Maria – Agora que você voltou para a empresa, tenho visto que você e ele se aproximaram.
Maria – Filho, todos nós erramos, eu por esconder que era sua mãe, o Carlos por me obrigar a esconder isso e a Stela por ter adotado você mesmo sabendo que você tinha uma família.
Rodrigo – Eu não quero superar isso, só quero cuidar dos meninos, de você e do Antônio.
Maria – Ah meu filho, mas você já superou, só precisa admitir isso pra você mesmo.
A manhã ia ser ainda mais agitada do que eles pensavam. O papo foi interrompido pela campainha que começou a tocar sem parar.
Antônio também foi para a sala preocupado e ao abrir a porta Sidney quase atropelou Rodrigo, invadindo a casa.
Telma – Calma Sidney, por isso não queria ter lhe contado.
Sidney – Cadê o Rafael?
Rafael apareceu já mostrando seu braço, quase fazendo o avô ter um ataque.
Sidney – Meu Deus, o que você fez com meu neto, seu irresponsável.
Antônio – Calma seu Sidney, o...
Sidney – E você não se meta, isso é um assunto de família.
Sidney começou a apalpar o garoto, contando todos os seus esfolados, sacudindo o Rafael de um lado para o outro.
Sidney – Olha o estado do menino!! Esta todo debilitado, mutilado.
Rodrigo – Menos Sidney.
Sidney - Você é um irresponsável que não sabe cuidar nem de você, o que dirá de duas crianças indefesas.
Sidney – O Rafael e o Arthur são meninos sensíveis, delicados, frágeis, que precisam de atenção em tempo integral.
Antônio – O Rafael e o Arthur são tudo isso?????
Arthur apareceu na sala e todo eufórico exibiu seu braço para o velho.
Arthur – Oi vovô, olha meu braço.
Sidney – Meu Deus!!! Mas o que é isso? Você quer matar meus netos.
Sidney – Estou passando mal Telma, não estou me sentindo bem.
Telma – Calma Sidney, olha o coração.
Rodrigo – Era só o que faltava esse velho começar a dar chilique a essa hora da manhã.
Rodrigo - O velho chato!!!
Maria – Rodrigo!!!
Rafael – O vô esta tendo chilique.
Os garotos começaram a dar risada, achando graça de tudo.
Coube a Antônio botar um fim naquela confusão.
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Rodrigo foi trabalhar só na parte da tarde e seguindo a risca seus objetivos se opôs ferozmente contra Alice durante uma reunião.
Mesmo sendo a toda poderosa da empresa, Alice sentia cada vez mais que estava perdendo seu espaço, principalmente por não ter nenhum aliado para equilibrar aquela guerra.
Ao contrário de Rodrigo que saiu do trabalho e foi direto para a casa, Antônio foi visitar os amigos e ajustar os detalhes do domingo solidário que ele e Cris promoviam no orfanato.
Antônio – Está tudo em cima?
Cris – Esta.
Antônio – Dessa vez o Rodrigo também vai, a mãe está um pouco melhor, vai ser bom pra ela sair um pouco de casa.
Cris – Legal.
Antônio – Que desanimo é esse?
Romeu – Ela está assim por causa da Ritinha.
Cris – Vão adotar ela.
Antônio – Poxa Cris, você se apegou mesmo a ela né.
Cris – Nem eu tinha me dado conta disso, mas aquela baixinha mexe comigo.
Antônio – Eu também gosto muito dela. Aliás gosto daquela garotada toda.
Cris – Vou perder minha baixinha metida, não sei o que fazer.
Romeu abraçou a noiva, tentando consola-la.
Antônio deu um sorriso para os dois, não entendo o porquê de nunca terem pensado naquilo antes.
Antônio – Cris, porque você não faz o que já deveria ter feito?
Cris – Como?
Antônio – Cris, esta tão na cara.
Antônio – Porque você não adota a Ritinha?
Antônio – Se a questão é ela ter uma família, você acha que ela poderia ter pais melhores que vocês dois?
Cris – Eu adotar ela?
Cris olhou para Romeu, que deu um sorriso, concordando com a ideia de Antônio.
Cris deu um pulo sobre o amigo, o beijando sem parar.
Antônio – Me larga sua louca.
Cris – Tônio, eu te amo!!!
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Embora tivesse voltado para a empresa, Rodrigo não tinha esquecido sua paixão pela cozinha.
Fabio ficou aguardando na sala, enquanto Rodrigo terminava o jantar.
Rafael – Tio Fabio, vem!!!
Rafael começou a puxar o rapaz, tentando tira-lo do sofá.
Fábio – O que foi?
Rafael – O irmão fez coco, você tem que ir limpar ele.
Rodrigo deu um grito da cozinha.
Rodrigo – Fábio, estou ocupado aqui, dá uma ajuda com os meninos.
Fabio foi até o quarto e ficou chocado, Arthur estava sem roupa, sentado em um troninho de plástico, balançando as pernas, dando risada.
Rafael – Anda logo tio, limpa ele, se não ele vai ficar gritando e eu fico nervoso.
Fábio não sabia como agir, ficando sem ação. Ele não tinha o menor jeito com criança, na verdade ele era engomadinho demais e nunca lhe passou pela cabeça trocar uma fralda na vida.
Para sua sorte Antônio apareceu e dominou toda a situação.
Antônio – Eita, vamos aproveitar e tomar um banho hein garotão.
Rodrigo esperou a mãe retornar da missa e serviu o jantar. Antônio apareceu na sala com os sobrinhos no colo, de banho tomado.
Primeiro ele deu comida para Rafael e depois para Arthur.
Maria conversava com Fabio, mas o rapaz olhava atentamente tudo ao seu redor.
Fábio – Parece que ele dormiu.
Rodrigo – O Arthur agora está com essa mania de todo dia dormir no colo do Antônio.
Fábio – Seus filhos são lindos.
Fábio – Bom, já está na minha hora.
Fábio se despediu de todos, Rodrigo o acompanhou até o carro.
Rodrigo – A gente se vê amanhã?
Fábio – Amanhã não vai dar, a gente se fala.
Rodrigo foi abraça-lo, mas Fábio se despediu com um aperto de mãos.
Ele colocou os filhos na cama e ao passar pelo quarto de Maria escutou uma conversa do irmão com a mãe.
Maria – A Stela?
Antônio – A Cris que me contou, eu também fiquei surpreso.
Maria – Que mudança.
Antônio – Parece que ela não sai mais do orfanato, cada dia consegue doação de roupa, alimentos, materiais de construção.
Antônio – A Cris disse que nem parece a Stela Santarém de antes, que era fútil e esnobe.
Rodrigo sentia saudade de Stela e ouvir aquilo fez com que esse sentimento se aflorasse ainda mais.
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Já fazia dois dias que Fabio não dava sinal de vida, embora Rodrigo não fosse apaixonado por ele, nutria um sentimento bom por ele. Sem retornar suas ligações Rodrigo decidiu que iria procura-lo.
Já era quase fim de expediente, já cansado de tanto revisar alguns contratos, sentiu uma mão delicada tocar seu ombro.
Ao virar-se deu de cara com Stela.
Stela – Desculpe, não quis te atrapalhar, você estava tão concentrado.
Rodrigo – Tudo bem!!!
Stela – Eu não resisti filho.
Stela – Seu pai está hospedado la em casa. Ele está muito preocupado com sua irmã.
Rodrigo – Ela não é minha irmã.
Stela – Eu vim ver como vocês estão, sei que o ambiente aqui não deve estar fácil.
Stela – Dói ver vocês dois nessa guerra.
Stela ficou olhando para o rapaz e sem conseguir se controlar o abraçou, apertando seu peito junto ao seu corpo.
Stela – Eu sinto tanta saudade de você meu filho.
Rodrigo foi pego de surpresa e ficou estático, mas antes de conseguir retribuir o gesto de carinho, Stela se afastou.
Stela – Eu tenho que ir, ainda vou falar com a Alice.
Rodrigo ficou incomodado, pois queria continuar nutrindo sua raiva e magoa, mas não conseguia. No fundo ele tinha adorado aquele abraço.
Sem conseguir se concentrar novamente em suas atividades encerrou seu trabalho e antes de ir pra casa foi ao restaurante de Fábio.
Ele não estava com saudade do rapaz, mas sim com uma certa obrigação de fazer uma presença.
Sem muitos rodeios Fábio foi direto ao ponto e botou fim na relação que os dois nunca chegaram de fato a ter.
Rodrigo – Porque você esta agindo assim?
Fábio – Rodrigo, eu te amo de mais, mas você nunca me amou e nunca irá me amar.
Fábio – Eu achei que poderia dar certo, mas isso é impossível.
Rodrigo – Do que você está falando?
Fábio – Você é apaixonado pelo Antônio e nunca vai deixar de ser.
Fábio – Eu não tenho como competir com isso.
Rodrigo – Me desculpa.
Fábio – Tudo bem, somos adultos, acho que podemos lidar com isso.
Fábio – Mas será que você sabe lidar com o que sente? Você ama seu próprio irmão.
Rodrigo – E você acha que eu escolhi isso?
Fábio – Não estou te julgando, só quero que você seja feliz, mesmo não sendo comigo.
Fábio – Só não sei como você vai fazer pra conseguir ser feliz.
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Antônio chegou em casa e achou estranho encontrar a mãe deitada.
Antônio – Você está bem mãe?
Rafael - A gente está cuidando dela tio.
Antônio – Você está sentindo alguma dor?
Maria – Nada, só dei uma deitada e acabei perdendo a noção do tempo.
Maria mentia para o filho, pois a última coisa que queria era lhe dar algum tipo de preocupação.
Rodrigo chegou um tempo depois e se juntou a eles. Mesmo não estando muito disposta, Maria conseguia deixar a dor de lado e curtir o momento de família, com todos reunidos.
Após o jantar Antônio aproveitou que estava fazendo muito calor e foi dar uma volta com os sobrinhos e com o cachorro.
Antônio – Nós vamos tomar um sorvete.
Arthur – Eu vou querer dois.
Rodrigo- Dois nada, você já está muito gordinho.
Rodrigo ficou deitado no sofá aproveitando os poucos momentos de paz que tinha em casa. Maria aproveitou e sentou ao seu lado, colocando a cabeça do filho em seu colo.
Rodrigo – O Antônio adora meus filhos né mãe?
Maria – Ah, ele é apaixonado pelos garotos e nem tinha como ser diferente né, parece que ele conhece eles desde que nasceram.
Rodrigo – Mas ele é muito bundão, os dois fazem ele de bobo.
Maria – Não chama seu irmão de bundão, ele só é diferente de você.
Rodrigo – Bundão sim, deixa aquelas duas tripas fazer ele de gato e sapato.
Os dois começaram a dar risada mas Maria mudou o tom da conversa.
Maria – Filho, você tem os pais que te criaram, tem seus filhos...
Maria – Quero que você me prometa uma coisa, se um dia eu faltar... quero que você cuide do seu irmão, não deixe ele sozinho.
Rodrigo levantou-se no mesmo instante, ficando cara a cara com a mãe.
Rodrigo – Porque esta dizendo isso? Não gosto desse assunto.
Rodrigo – Mãe, eu estou com dinheiro, o Antônio já falou com o Dr. Alexandre e você vai fazer o melhor tratamento...
Maria sorriu, passando a mão no rosto do filho.
Maria – Não estou falando por esse motivo, mas pela ordem natural das coisas uma mãe parte antes dos filhos.
Maria – Seu irmão já ficou sozinho por muitos anos, se um dia eu não tiver mais aqui eu quero que você prometa que irá cuidar dele.
Rodrigo – Não fique preocupada, eu nunca vou deixar o Antônio sozinho.
Rodrigo falava com a mãe mas era perceptível em seus olhos o amor que sentia por Antônio.
Maria – Me prometa isso, prometa que sempre irá cuidar do seu irmão.
Rodrigo – Eu prometo. Nunca vou abandonar meu irmão.
Antônio voltou com as crianças fazendo uma bagunça.
Antônio – Esse dois me lambuzaram inteiro.
Rodrigo – To falando que você é um bundão mesmo.
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Disposta a conseguir mais um aliado Alice não pensou duas vezes e foi atrás de Márcio. O que era pra ser um simples encontro acabou com uma transa inesperada.
Nua na frente do rapaz Alice começou a jogar todo seu charme.
Alice – Nossa, como você esta voraz.
Alice – Me arrependo tanto de ter terminado com você.
Márcio vestiu uma cueca e pegou uma bebida.
Márcio – Você também está diferente, está mais..
Alice – Mais ousada?
Márcio – Eu diria mais vadia.
Alice ficou séria mas logo sorriu, tentando dominar a situação.
Alice – Acho que podemos nos entender Márcio, ainda mais agora que você está trabalhando na empresa.
Completamente nua, Alice começou a alisar o corpo de Márcio, que teve uma atitude surpreendente.
Márcio a segurou pelos pulsos e afastou seu corpo, a empurrando para tras.
Alice – O que foi?
Márcio – Matei minha curiosidade.
Márcio – Você sempre foi a recatada, dai você surge toda diferente, confesso que fiquei com vontade de provar.
Márcio – Mas sabe que eu esperava mais?
Márcio – Você se vende mais do que realmente vale. Já peguei muita puta bem mais barata, mas em compensação bem melhor de cama.
Nua em frente do rapaz, Alice sentiu-se humilhada ao ouvir aquelas palavras.
Márcio – Agora que já provei o que eu queria, pode puxar seu carro.
Alice – Desgraçado!!!
Alice foi pra cima do rapaz, mas Márcio a dominou.
Márcio – Não reclame não. Você deveria me agradecer pois te trouxe pra minha casa, normalmente quando saio com putas vou pra um motel qualquer.
Alice – Seu nojento.
Alice colocou rapidamente a calcinha e o sutien mas Márcio nem esperou ela terminar de vestir o resto da roupa e a colocou pra fora do apartamento toda descabelada, jogando suas roupas no chão.
Alice – Você me paga.
Márcio bateu a porta na cara dela mas abriu em seguida, jogando uma nota de vinte reais sobre ela.
Márcio – Acho que dá pra um taxi.
Alice se sentiu ainda mais humilhada, sozinha no corredor, vestindo sua roupa, sendo descartada como uma vagabunda.
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Rodrigo – Posso entrar?
Antônio – Está sem sono também?
Rodrigo – Não, estou com saudade.
Antônio arregalou os olhos, pois Rodrigo disse o que ele também sentia, mas não tinha coragem de falar.
Rodrigo – Estou com saudade dos nossos papos. Desde que voltei a trabalhar na empresa tenho ficado sem tempo e você está sempre enrolado com os trabalhos da faculdade.
Antônio – Pois é, pena você ter que ter trancado seu curso.
Antônio – E no seu tempo livre você ainda tem que dar atenção aos meninos, ao seu namorado.
Rodrigo – Não tenho mais namorado.
Antônio sentiu uma felicidade ao ouvir aquilo, embora por fora tentasse se manter indiferente.
Rodrigo – Fui ao restaurante do Fábio e ele pôs um ponto final em tudo.
Antônio – Você está triste?
Rodrigo – Não, no fundo eu nunca amei ele. Ele só era uma grande amigo, foi um erro tentarmos sermos namorados.
Os dois ficaram sentados na cama e logo o papo mudou. Ficaram conversando sobre várias coisas, bobagens, futilidades, dando risada.
Enquanto Antônio falava Rodrigo tocava seu cabelo, acariciando seus cachos. Antônio nem se importava, a felicidade que sentia era maior que qualquer proibição ou medo.
Rodrigo – Quando a mãe sarar de vez e as tripas crescerem mais um pouco nós vamos viajar, mas só eu e você.
Antônio – Ah é e vai ser o que agora? Escalar o Everest? Ou nadar com tubarões? To fora.
Rodrigo – Deixa de ser medroso e bundão.
Rodrigo o empurrou, abraçando seu corpo, em seguida deslizou sua cabeça, deitando no peito do irmão.
Antônio estendeu o braço e segurou Rodrigo em seu colo, olhando para baixo, encarando seu rosto.
Rodrigo não parava de falar, fazendo mil planos.
Rodrigo – Quero te levar para Las Vegas, você vai adorar la.
Rodrigo – Tem tanto lugares no mundo que quero te apresentar.
Antônio – Nossas vidas foram diferentes mesmo, eu nunca havia saído de São Paulo.
Rodrigo – Trocaria tudo isso por...
Antônio – Por?
Rodrigo – Por ter te conhecido antes.
Antônio tocou a barba de Rodrigo fazendo um carinho de leve com a ponta do dedo.
Antônio – Nós já nos conhecíamos.
Rodrigo deu risada e ficou olhando para o irmão. Antônio fez o mesmo, o encarou, sorrindo de leve.
Rodrigo – Lembro tão pouco de quando éramos crianças, na verdade é quase nada. São só imagens desconexas, algumas situações que nem sei se são reais ou fruto da minha imaginação.
Antônio – Mas eu me lembro de muita coisa e vou sempre contar pra você.
Os dois caíram no sono e dormiram na mesma cama. Maria acordou mais cedo e viu os filhos na mesma cama, mas os dois estavam vestidos, deitados de bruços, cada um de um lado, bem afastado um do outro.
Ela preferiu voltar para seu quarto e não fazer nenhum comentário. Rodrigo acordou com Rafael o chamando, fazendo com que Antônio também despertasse.
Rafael – Acorda papai, acorda, o irmão fez xixi na cama.
Embora não tivesse rolado nada os dois se deram conta que tinham exagerado um pouco na noite anterior.
==
Rodrigo ficou o dia todo pensando na noite que teve com Antônio, nem mesmo as provocações de Alice conseguiram lhe tirar do sério.
Simone – Você hoje está com a cabeça na lua.
Rodrigo – Está dando tanto na cara assim?
Simone – Quer conversar? Desabafar?
Rodrigo – Não, acho que não. Pelo menos não agora.
Simone – Tudo bem, vou voltar para o trabalho.
Simone – Ah, só uma coisa. Você é um cara de sorte.
Rodrigo – Porque está dizendo isso?
Simone – Quem tem um Antônio na vida pode se considerar um cara sortudo, não perca isso não.
Antes mesmo de Rodrigo dizer qualquer coisa, Simone fechou a porta o deixando sozinho.
Rodrigo sacou seu celular e ficou vendo as fotos da época que estavam juntos, dos inúmeros momentos felizes que tiveram.
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Antônio – E ai, quais as novidades mamãe?
Cris – O Romeu já foi atrás de um advogado pra poder ver sobre a adoção.
Antônio – Confesso que estou com um pouco de invejinha de você. Queria ser pai também, mas acho difícil de um dia isso acontecer.
Cris – Mas você já é, pai de dois terroristas mirins.
Antônio – Estou falando sério Cris.
Cris – Eu também Tonio.
Antônio – Pois é, eu amo aquelas duas tripas mais do que minha própria vida. Não sei viver sem aquelas duas criaturinhas.
Cris – Eu tenho certeza disso.
Antônio – Só tenho medo de um dia o Rodrigo ir embora por algum motivo e eu ficar longe daqueles dois.
Cris completou a frase.
Cris – E ficar longe do Rodrigo também.
Antônio – Sim, do meu irmão.
Cris – Do amor da sua vida.
Cris – Até quando você vai ficar negando isso?
Antônio – Eu não estou negando, só não tem nada a ser feito.
Cris – Como não Antônio?
Cris – Vocês dois se amam, moram na mesma casa. Não entendo como vocês conseguem se torturar dessa maneira?
Antônio – Eu não quero magoar minha mãe, não quero que um possível relacionamento meu com ele seja combustível para o Sidney tirar os filhos dele...
Cris – Mas você só pensa nos outros, está na hora de pensar em você.
Antônio – Quando penso nisso só consigo recordar o que aquela cigana macumbeira falou, que eu teria que escolher entre ter um irmão ou um grande amor.
Cris – Então saia de cima do muro e faça a sua escolha. Mas escolha o que o seu coração mandar e não o que você acha que vai agradar o resto do mundo.
Antônio foi embora e durante o caminho para casa ficou pensando sobre sua vida, sobre as escolhas que tinha feito e as que ainda teria que fazer.
==
Carlos – Com licença Alice.
Alice – O que foi?
Carlos – Você não faz mais as refeições conosco.
Alice – E pra que? Pra ouvir críticas de vocês dois? Não estou disposta.
Alice – E se a reclamação é essa então já está registrada, podem ir, obrigado, de nada!!!
Stela – Escuta seu pai Alice.
Carlos – Andei falando com o advogado, a polícia conseguiu provas que ligam você a cena do crime, no caso do Gustavo.
Alice – Eu não matei ninguém.
Carlos – Você tem ideia das acusações que pesam sobre você? A morte da Elisa, a morte do Gustavo e sabe Deus o que mais você deve ter feito e ainda nem sabemos.
Alice ficou preocupada, pois sentia o cerco se fechando.
Carlos – Nós queremos te ajudar filha.
Alice – Pai, se as coisas apertarem eu preciso ir embora. Embora desse país.
Stela – Seu pai vai arranjar um advogado criminalista, mas o que você fez é muito grave.
Carlos – E ainda tem o processo para devolver as ações do seu irmão e da sua mãe. É questão de tempo até o juiz anular a procuração que você tem.
Alice começou a rir com raiva.
Alice – Entendi tudo, então é isso? Eu achando que vocês estão preocupados comigo e na verdade só estão interessados nas minhas ações.
Carlos – Não é nada disso Alice.
Alice – E tudo por causa do Rodrigo, você não vai descansar enquanto não ver ele ocupando seu lugar não é?
Alice – Ele nem é filho de vocês, mas eu sim, eu sou filha legitima.
Alice – Eu sim sai dessa família e não o Rodrigo, que ninguém sabe de onde veio.
Alice – Saiam daqui!!!
Alice expulsou os pais do seu quarto, trancando a porta. Sua raiva era tanto que ela destruiu um travesseiro com as próprias unhas.
Alice – Bastardo, filho de chocadeira, você não vai tirar o que é meu. Seu lugar é no lixão de onde você veio e de nunca deveria ter saído.
Alice limpou os olhos e ficou por alguns segundos séria. De repente começou a dar risada, mostrando uma face diabólica.
Alice – Meu Deus!! Como não pensei nisso antes?
Alice – Sua burra. Alice sorria e ao mesmo tempo esbofeteava a própria cara.
Alice – Como não pensei nisso? Como deixei passar uma coisa como essa em branco???
Alice – O jogo ainda não está perdido. Eu vou conseguir atingir todos eles, todos, com uma única cartada.
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Quando chegou em casa, Antônio não encontrou a mãe e nem os sobrinhos, mas achou estranho a ausência de Rodrigo, já que o carro do irmão estava na garagem.
Ao entrar em seu quarto e acender a luz viu o irmão sentado em sua cama.
Antônio – Que susto, achei que não tinha ninguém em casa.
Antônio – A mãe foi a igreja com as crianças?
Rodrigo ignorou totalmente as perguntas de Antônio.
Ainda vestido com um lindo terno azul escuro, Rodrigo olhou com tristeza para Antônio.
Rodrigo – Estava aqui lhe esperando.
Rodrigo – Eu não aguento mais Antônio. Por mim eu ia embora dessa casa ainda hoje, mas eu não quero abandonar a mãe nesse momento difícil.
Antônio – Rodrigo...
Rodrigo – Como você consegue ser tão indiferente assim ao que eu sinto por você?
Rodrigo – Me ensina, eu juro que estou tentando mas sinceramente eu não consigo.
A essas alturas Rodrigo já estava em pé e mesmo sendo uma baita de um homenzarrão, Rodrigo parecia uma criança desesperada, pedindo ajuda.
Rodrigo – Eu trabalho e fico o dia todo pensando em você, fico com medo de você conhecer outro cara e se apaixonar por ele...
Rodrigo – Me ajuda a ser como você...me ajude a te esquecer.
Rodrigo praticamente suplicava diante do irmão.
Antônio – E você acha que eu sou muito diferente de você?
Antônio – Você acha que eu não sinto tudo isso que você está falando?
Antônio – Você acha que quando eu lhe toco eu não sinto vontade de te abraçar? Não como irmão, mas como homem.
Antônio – Eu morro de medo de você um dia ir embora, de me deixar mais uma vez.
Rodrigo percebeu que seu sofrimento era o mesmo do irmão e ficando em pé em sua frente, perguntou?
Rodrigo – E como eu faço pra não te amar mais?
Antônio também já estava sem forças pra continuar lutando e só de imaginar não ser amado mais por Rodrigo o deixou em, desespero.
Sem pensar duas vezes, Antônio segurou o rosto de Rodrigo, sentindo sua barba áspera arranhar suas mãos e em seguida aproximou seu rosto, beijando sua boca.
Rodrigo o abraçou, fechando seus olhos enquanto invadia a boca de Antônio com sua língua.
Antônio – Eu te amo.
Ofegantes, um se declarou para o outro, mantendo-se abraçados.
Sem dizer mais nada, um foi tirando a roupa do outro, mantendo suas bocas coladas o tempo todo.
Rodrigo e Antônio caíram sobre a cama, esfregando seus corpos nus, um sentindo o gosto do outro, se amando intensamente.
Continua...