Laços Do Destino - Capítulo 2: Passado e presente

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 2937 palavras
Data: 21/01/2018 02:37:54

— Ei primo me espere!

— Corre Vítor, você é muito lerdo.

Os dois primos corriam juntos para o campo. Vítor estava com as pernas dormentes, os dois fizeram uma caminhada de cinco quilômetros em linha reta. Mas Pablo não parecia cansado.

— Pablo, onde vai me levar? — Perguntou Vítor ofegante e cansado, mas com um tom de curiosidade.

— Você já vai saber. — Respondeu Pablo. — Você é muito devagar, vem sobe nas minhas costas. — Pablo se abaixou para que Vítor subisse. O garoto não exitou nem um pouco, tomou força e subiu nas costas do primo.

Pablo correu e Vitor jogou seus braços para o alto e sentiu o vento beliscar seu rosto! O vento bagunçava seu cabelo.

Vítor era mais novo, então Pablo cuidava dele como se fosse seu herói, e de fato ele era. Pablo se sentia na obrigação de Proteger Vítor do que fosse, até dos valentões da escola, esses quais sempre apanhavam de Pablo.

— Pronto, chegamos! — Falou Pablo.

Eles estavam eu uma clareira cheia de flores amarelas, era possível ouvir o som de uma cachoeira se misturando com os cantos dos pássaros, um lugar que tinha muito verde e muitas árvores em volta, tinha um formato redondo perfeito. Um lugar magnífico, as flores amarelas e roxas se misturavam formando um efeito único. A primavera tinha sido generosa com tudo nessa clareira afastada de todos. Mas agora Pablo e Vítor a conhecia.

— Que lindo Pablo. — Falou Vítor, seus olhos brilhavam deslumbrado com o cenário.

— Esse é o nosso lugar secreto ninguém vem aqui, eu encontrei ele a alguns meses atrás, estava louco pra que você o visse também. — Comentou Pablo excitado. — Me promete que não vai falar pra ninguém sobre esse lugar?

— Eu prometo! — Respondeu Vítor não prestando muita atenção no primo, o garoto olhava para as flores encantado com tudo aquilo. Pablo se abaixou e pegou algumas flores e as entregou para Vítor que sorriu e ficou corado.

— Obrigado.

Pablo pegou uma pequeno alfinete que sempre carregava em sua camisa.

— Me de sua mão Vítor!

— Pra quê?

— Você confia em mim?

— Sim! — Vítor estava muito desconfiado mas mesmo assim deu sua mão para Pablo.

Pablo com muito cuidado furou o dedo de Vítor e depois furou o seu.

— Vamos fazer uma promessa de que nunca vamos nos separar!

— Eu prometo não te deixar nunca Pablo! — Prometeu Vítor.

— Eu prometo nunca te deixar Vítor!

E juntaram seus dedos e a promessa foi selada com o sangue! A promessa nunca foi esquecida por Pablo. Mas talvez para Vítor, ela nunca tenha existido.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Acordei no outro dia, não com minha mãe gritando, como de costume, mas com meu despertador. Isso era estranho, minha mãe nunca perdia uma chance de berrar nos meus ouvidos para que eu acorde. Ela só não faz isso quando está no trabalho.

Então levantei da cama em um salto, olhei no relógio e era quase dez horas, eu tinha esquecido do trabalho. Quando não estou na escola, eu tenho que trabalhar os dois turnos. Sai correndo pro banheiro ainda cambaleando.

Me vesti e desci, não parei pra tomar café nem nada. Na rua nenhum carro parou pra mim, parecia que hoje não era meu dia de sorte. Tive que correr, eu não me dava bem com corridas.

Depois de uma hora eu já estava na frente da loja, eu mal conseguia respirar, meu coração estava acelerado demais, e por um instante achei que ia morrer.

— Vítor, tudo bem? — Pablo apareceu, ele parecia preocupado.

— Eu não estou bem, eu vim correndo, acho que foi um erro! — Falei com esforço.

— Você é maluco mesmo, por que não me ligou? Eu iria te buscar!

— Eu não sei. — Então eu vi tudo ficar preto a minha volta, só me lembro de Pablo ter me pegado antes que eu caisse no chão.

Quando voltei a mim, eu estava no depósito deitado em algo mácio. Pablo estava do meu lado segurando um copo d'água. Ele me entregou.

— Obrigado! — Me levantei, eu ainda estava um pouco tonto. — Eu pensei que você não me ajudaria, você nunca gostou de mim, achei que você não ia se importar, e se eu morresse você ia ficar feliz.

— Sabe, eu não sou um monstro.

— Até parece.

— Isso não é verdade e você sabe disso, éramos muito unidos na infância! — Falou ele segurando meu rosto com as mãos.

— Não toque em mim. — Falei mal-humorado.

— É assim que você paga o favor que eu te fiz?

— Eu não quero sua ajuda, vindo de você nada é bom!

— Ah é um viado mesmo!

— É sou mesmo e dai?

Ele não falou nada apenas virou as costas e se afastou.

Eu não estava nem ai, por mim ele podia ir para o raio que o parta.

Voltei para a loja, ele estava sentado no sofá quando me viu fez uma cara feia. Eu ia dizer alguma coisa mas senti uma tontura tão grande que me desequilibrei e cai. Pablo estava me levantando, seu rosto demonstrava preocupação.

— O que está acontecendo com você?

— E eu vou lá saber, não sou médico. — Ele revirou os olhos, eu odiava aquela reação das pessoas, me irritava.

Pablo me levou para o depósito novamente. Ele segurou meu rosto seu toque me fez ir para outro lugar fora de mim, ele me olhava profundamente nos olhos, eu me perdi nos seus olhos verdes, fui chegando mais perto como se existisse um imã me puxando a ele e então o barrulho dos sinos da loja me tirou do transe.

— Acho que alguém chegou!

— É! — Disse Pablo vizivelmente chateado. — Vou lá atender.

— Tá!

Pablo me deixou ali, eu nunca tive tanta aproximidade com ele antes, nunca nos demos bem. Mas nem sempre foi assim,me lembro do dia que ele me levou para a campina dos sonhos (sim foi o nome que colocamos naquele lugar). De todas as vezes que brincávamos lá na cachoeira, da vez que eu quase o matei afogado, foi um dia muito horrível pra mim, eu achei que o havia de fato o matado,mas ele me pregou uma peça.

Ele era meu primo herói, éramos inseparáveis.

Quando ele me levou a primeira vez na campina lembro de ter me cansado muito, mas valeu muito a pena. Mas eu nunca mais voltei lá.

— Por que tudo mudou? — Perguntei pra mim mesmo desanimado. Era uma pergunta bastante interessante mas que eu não tinha resposta. Ou talvez eu tivesse a resposta, Pablo estragou tudo com esse preconceito e a ira dele, ele não é mais o primo que eu conhecia.

— O que mudou? — Levei o maior susto da minha vida cheguei a cair. Ele estava parado na soleira da porta com os braços cruzados e depois que me viu cair ele começou a rir muito.

— A cala a boca. — Falei levantando, eu estava bravo e ele continuava rindo.

— É que você não viu a sua cara,não me aguento de rir. — Ele respondeu caindo na gargalhada.

Era o suficiente pra mim eu não ia ficar ali vendo ele rir, passei pela porta onde ele estava, e o empurei mas ele segurou meu braço e puxou pra perto dele.

— Me solta,agora. — Eu falei tentando me soltar mas ele era muito forte.

— Desculpa eu não queria rir de você! — Falou ele olhando nos meus olhos.

E outra vez eu estava hipnotizado pelos olhos dele, eu estava tão perto do seu rosto que podia sentir o hálito de menta dele, oque me deixou louco, mas não louco de raiva eu queria beijar ele naquele momento,e se ele não me soltasse era o que eu ia fazer.

Mas que diabos está acontecendo comigo?

E então ele me soltou eu levei alguns segundos pra me recompor.

— Vem eu vou te levar pra sua casa. — Falou ele dando um sorriso tão lindo, sua expressão denunciava que ele estava adorando tudo isso.

— Ah mas não vai mesmo, não confio em você, vai que você bate o carro de propósito só pra me matar!

— Você é muito absurdo sabia, acha que eu ia me matar? Eu não, no máximo eu te jogaria na frente de um carro!

— Ai que doce você é, mas de todo o caso não precisa me levar!

— Claro que precisa sim, não vou deixar você ir andando.

— Ah que bonitinho ta com medo de eu morrer e você ficar com a consciência pesada!

— Na verdade vou sim, o único que pode matar você sou eu! — Ele falou sério, mas um sorriso brotou em seus lábios.

— Eu prefiro morrer na rua do que ir embora com você. — Cruzei os braços, eu era muito manhoso e dramático mesmo!

Ele veio para perto de mim e segurou minha mão.

— Nunca mais diga isso! — Ele me puxou pra fora da loja.

— Vítor ou você entra nesse carro ou não me responsabilizo pelos meus atos.

Já fazia dez minutos que eu estava fazendo birra pra não entrar no carro dele. Eu não quero que ele se sinta obrigado a nada da minha vida.

— Eu não vou Pablo já disse! — Falei cruzando os braços

— Ok então!

Ele veio pra cima de mim e me pegou nos braços como se eu não pesasse nada.

— Me solta Pablo. — Falei gritando e me debatendo no colo dele.

— Não, só quando você estiver dentro do carro. Você não pesa nada. — Ele começou a rir.

— Me solta seu ogro!

— Não solto.

— Então eu vou gritar!

— Faça oque quiser.

— SOCOR... — Então ele fez algo que eu nunca pensei que ele ia fazer, ele me beijou. Quando seus lábios tocaram os meus, senti meu corpo se arrepiar todo e algo passar por mim, eu me calei na hora.

— Desculpa. — Ele estava arrependido. Eu não consegui ter nenhuma reação só olhava quase horrorizado pra ele. Não foi um beijo ruim pelo contrário, eu senti a adrenalina percorrer meu corpo.

— Eu...eu...

— Ei solta ele agora! — Falou uma voz cheia de autoridade.

— É? e se eu não soltar?

— Então eu vou ter que quebrar a sua cara! — Respondeu Carlos, seus olhos demonstravam uma furia que eu nunca tinha visto nele.

— Você e quantos? — Pablo estava desafiando Carlos.

Carlos era forte e da mesma altura que o Pablo, mas Carlos não era tão forte quanto Pablo.

— Eu sozinho, não preciso de ajuda pra quebrar sua cara.

Eu vi na tv uma matéria sobre ursos pardos e como eles defendem seu território. Algo nos olhos de Carlos queimava como fogo, ele parecia que tinha invadido o território de Pablo, que estava com a mandibúla contraida.

Pablo me colocou no chão com cuidado.

— Carlos o que ta fazendo aqui? — perguntei tentando amenizar a situação.

— Eu vim buscar você pra festa da minha mãe, esqueceu?

Me lembrei que hoje era a festa de aniversário da Rebecca a mãe de Carlos, droga terei que me desculpar com ela mais tarde.

— Putz eu esqueci.

— Claro tava ocupado com seu primo ai, você quer da pra ele né seu filho da puta! — Falou Carlos aos berros.

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ele nunca foi rude comigo na verdade ele nunca levantaria a voz pra mim se não estivesse muito irritando.

— Carlos você me respeite. — Falei muito bravo, ele não ia me tratar como um qualquer.

— Respeitar um sem vergonha igual você? Me poupe. — Suas palavras pareciam facas afiadas.

Nesse momento Pablo foi pra cima de Carlos e desferiu um soco na cara dele, Carlos caiu no chão tonto.

— Não Pablo. — Eu corri e fiquei entre os dois porque Carlos levantou e foi pra cima de Pablo. A boca de Carlos estava sangrando.

— Parem!

— Eu vou te matar seu merda!

— Pode vir!

— Não, por favor parem de brigar.

Então Carlos deu um soco em Pablo, mas como eu estava no meio acabei sendo acertado em cheio, eu cai no meio fio, o soco de Carlos acertou minha boca, eu senti o gosto metalico do sangue.

— Vítor. — Falou os dois ao mesmo tempo.

— Eu não queria eu...você tava na frente. — Carlos estava aflito.

— Tudo bem Carlos!

— Olha só oque você fez seu babaca. — Pablo empurrou Carlos.

— VOCÊS DOIS PAREM DE BRIGAR SEUS IDIOTAS E ME AJUDEM A LEVANTAR!

Pablo me ajudou a ficar de pé.

— Carlos é melhor você ir agora, sua mãe deve estar te esperando! — Falei em um tom mais alto que o normal.

— Mas e você? — Perguntou Carlos muito mais aflito.

— Eu vou ficar bem.

— Eu vou levar ele pra casa! — Disse Pablo.

— Mas não vai me...

— Chega Carlos, eu vou com o Pablo, depois eu te ligo.

Carlos nada disse apenas virou as costas e foi embora.

— Vem, eu vou te levar pra casa.

— Eu já disse que não precisa!

— Vítor por favor,seja bonzinho e entre no carro!

Eu acabei aceitando não queria correr o risco de ser arrastado pra dentro do carro.

No caminho Pablo se mostrou muito preocupado comigo, sempre me perguntando se eu estava sentindo dor.

— Eu não vou morrer sabia. — Falei meio irritado com a preocupação dele.

— Aquele seu namorado tem uma mão bem pesada. — Senti meu rosto queimar.

— Ele não é meu namorado!

Carlos era apaixonado por mim, eu gosto dele, mas não quero namorar com ele. Muito menos agora que descobri que ele é agressivo. Não preciso virar saco de pancada de homem nenhum.

— Não é? — Pablo parecia aliviado. — Mas ele te defendeu como se fosse.

Qualquer pessoa que olhasse eu gritando no meio da rua e vesse Pablo me carregando acharia que ele estava me sequestrando. Foi uma reação comum.

— Ele só agiu por impulso.

— E com a mão. — Pablo falou rindo.

Eu nunca reparei nele, pra mim Pablo era como um primo que eu odiava muito. Mas vendo ele ali fazendo palhaçada rindo, minha opinião sobre ele ia mudando.

Ele é alto, quase do meu tamanho uns 1,80, pele clara, cabelo louro e olhos verdes, um verde bem intenso, quando eu vi ele de novo achei que estava usando lentes, já que a cor dos olhos se tornou mais forte.

Ele era sim muito bonito, covinhas e aquele furinho no queixo, seu rosto não tinha nenhuma imperfeição. A genética dele é bem diferente da minha, mesmo sendo primos de primeiro grau. Enquanto ele se parecia um modelo, eu parecia um gato molhado.

— Por que?

— Por que o que? — Perguntou ele confuso ainda prestando atenção no trânsito.

— Por que você esta sendo legal comigo?

— Eu não sei. Mas estou arrependido por tudo que eu fiz pra você!

— Está?

— Estou, eu não devia te tratar mal, não sei, desde que eu te vi de novo depois de tanto tempo, você não era mais o Vítor de oito anos que tinha medo do escuro, você não era mais meu Vítor! — A última frase ele disse baixinho.

— Eu cresci, mudei, e você também mudou, você não é mais exatamente meu primo protetor, você se tornou meu inimigo.

— Eu sei!

— Acho que o problema foi que perdemos contato! — Falei olhando para fora, ia chover.

— Sim, talvez esse foi nosso problema.

Ficamos calados então,me sentia mal, eu queria que ele voltasse a falar comigo, eu queria ouvir a voz dele. Apertei meus dedos com tanto nervosismo.

— Você se lembra da campina dos sonhos? — Ele quebrou o silêncio, sua voz encheu o carro e me trouxe de volta.

— Como eu poderia esquecer? Lá era nosso lugar mágico. — Ele sorriu.

— Temos que voltar lá uma hora! — Eu me alegrei com a ideia.

— Sim. — Falei um pouco excitado demais.

— Você podia me contar mais de você sabe!

— O que você quer saber?

— Você ainda é virgem? — Na hora que eu ia responder ele com grosseria, dizendo que isso não é da conta dele, meu celular começou a tocar.

EU: O que é?

Taís: Nossa que forma mais fria de atender o telefone.

EU: Ah mãe é a senhora, desculpe.

Taís: Onde você está? Eu voltei pra casa,vai chover.

EU: Já estou indo mãe, Pablo está me levando! — Olhei para ele e revirei os olhos.

Taís: Uau, quem diria.

EU: Sem graça mãe, já estou chegando! — Desliguei o celular.

— Era a tia Taís?

— Sim, ela esta preocupada apenas.

— Ah! — Respondeu ele. Eu não falei mais até chegar na frente da minha casa.

— Obrigado por me trazer, mesmo.

Pablo tocou no meu rosto, e eu o senti dormente me lembrando do soco.

— Eu acho que é bom você colocar gelo nesse roxo porque ele pode inchar.

— Eu vou fazer isso! — Tirei sua mão do meu rosto e abri a porta do carro. Uma pingo de chuva caiu no meu rosto.

Corri pra casa, Pablo não falou nada, quando eu desci ele tinha ido embora, me senti mal por não ter me despedido dele da forma correta.

— Oi filho. — Minha Mãe estava na sala. — O que foi isso no seu rosto?

— Ah,nada, eu cai e bati a boca, que coisa horrível meu tio usa no piso da loja, super escorregadiu. — Mesmo estando com raiva de Carlos, ele não merecia ser xingado pela minha mãe. — Posso subir? Estou um pouco cansado.

— Claro! — Eu acho que ela não engoliu minha história de ter "Caido", mas não falou nada.

Subi para o meu quarto, corri para o banheiro e vi meu rosto, minha boca estava inchada com uma cor roxa horrível, tinha um pequeno corte. Derrepente eu senti uma raiva tão grande de Carlos, ele me paga.

Tirei as minhas roupas e tomei um banho, depois eu me deitei na cama com meu roupão, fiquei pensando no beijo que Pablo me deu hoje, era estranho eu pensar nele, acho que no fundo ele é um cara bom. Mas ainda consegue me irritar, mas eu acredito que sim, eu posso ser amigo dele. E sermos tão unidos quanto éramos quando crianças, e brincávamos na campina dos sonhos.

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MINHA NOSSA, NUNCA VI UM CARA TÃO IGNORANTE QUANTO VITOR. CHAMA PABLO DE OGRO MAS NA VERDADE ELE SIM QUE É UM OGRO. ME SIMPATIZANDO MUITO COM PABLO. TORÇO POR ELE. CARLOS AGIU FEITO IDIOTA. MAS COMO DISSE TRIÂNGULO AMOROSO NÃO FUNCIONA. ALGUÉM VAI SAIR MACHUCADO, MAGOADO, COM RAIVA E MUITO SOFRIMENTO. AQUI ANSIOSO...

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