CAPÍTULO 7
ATENÇÃO
ESSE É O SÉTIMO CAPÍTULO DA FASE 2 DA SÉRIE “A PIZZARIA” . ANTES DE PROSSEGUIR COM A LEITURA, LEIA, NESTE MESMO SITE, A FASE 1 DA SÉRIE ORIGINAL (A PIZZARIA), DO MESMO AUTOR. OBRIGADO.
DE VOLTA À PIZZARIA
CAPÍTULO 7
Após transarmos, acabamos adormecendo nus. Ao acordarmos, tomamos banho, e fomos conversar acerca do programa do dia seguinte.
Então, eu pedi à Denise:
—Bem que você poderia ligar pra Vera, e ver se marcamos dela ir conosco à pizzaria, amor.
—E, depois você liga para o Bruno. Encerrei.
Mas, ela me advertiu:
—Ligar pro Bruno, tudo bem, Edu
—Já que você que é o meu marido tá pedindo.
—Posso convidá-lo na boa, e falar da pizzaria.
—Mas pra Vera não podemos dizer que iremos à pizzaria, porque senão ela pode comentar com a vagabunda da Kátia, e aquela piranha vai desconfiar, entende?
—É mesmo.
—Putz. Iria dar o maior rolo se a Kátia soubesse. Argumentei.
—Mas eu tenho uma ideia, Edu.
—Qual?
Ela foi respondendo:
—A Dona Cida sabe que ela é minha irmã, e que está prestes a se mudar a qualquer momento pra nossa cidade.
—Sim. E daí? Perguntei-lhe.
Denise foi me explicando:
—Então, Edu.
—A Dona Cida está sozinha com a Silvana naquele casarão, e pediu-me pra convidar a Vera pra morar junto com a Ticiane na casa dela, até as duas se mudarem pra nova morada que irão comprar.
—Hummmm.
—E a Vera está sabendo disso, Denise?
—Está sim, Edu.
E foi dizendo:
—Mas primeiro ela queria ter certeza sobre a venda do terreno em Coxim.
—E agora tá acertado né?
—Sim, Denise. Só falta o comprador, pois tá tudo liberado.
—Mas o que você pretende fazer, Denise?
—Vou ligar pra Vera, e lhe dizer que a Dona Cida quer falar com ela amanhã.
—E daí nós vamos buscá-la logo cedo, e aqui em casa eu a convido pra irmos lá.
—Lá onde, Denise?
—Ah, Edu. Na pizzaria!
E, brincando, pergunta-me:
—Ou você desistiu?
—Claro que não, Denise.
—Ligue agora pra ela. Pedi-lhe.
Então, Denise ligou e acertamos de pegá-la no portão da casa da Kátia, no dia seguinte pela manhã. Embora a Denise e a sobrinha não fossem mais inimigas, amizade íntima não mantinham, pois só falavam o estritamente necessário.
Assim, raramente, uma ia à casa da outra, mas se cumprimentavam de maneira civilizada. Dessa forma, quando marcamos de pegar a minha cunhada no portão da casa da Kátia, alegamos pressa, e como a Vera era a maior interessada em vir logo, para conhecer a Dona Cida, de nada desconfiaria, caso não entrássemos na residência da sua filha.
E, desse modo foi resolvido: buscamos a Vera na cidade vizinha, e a levamos para conversar com a Dona Cida, sobre morar lá juntamente com a sua filha Ticiane, até que ela, Vera, comprasse sua moradia em nossa cidade.
Minha cunhada simpatizou-se com a idosa, porém não deixou nada certo quanto à morar na sua casa, pois tudo dependia da sua filha, Ticiane, que parecia estar gostando de ficar com a irmã, Kátia, e da pequena sobrinha, na cidade vizinha.
Mas, não descartou o convite. Apenas alegou que deixaria para a Ticiane resolver essa questão, até porque, seria uma moradia provisória para as duas, muito embora a Dona Cida desejasse muito a companhia delas, ainda mais sabendo que eram parentes da Denise.
Depois, quando nos dirigimos à nossa casa, eu e Denise a convidamos para irmos à noite à Chaparral, alegando que o Bruno seria um primo meu, que reside fora, e que desejava conhecer o lugar.
Vera nos fez algumas perguntas sobre o local, pois, não sendo moradora da nossa cidade, nunca ouvira falar da Pizzaria Chaparral. Mas gostou da ideia quando lhe explicamos que além da comida e do bom vinho, era um local com boa música para dançar.
No início, Bruno recebeu com desconfiança o convite da minha esposa para sairmos à noite, talvez por causa dos seus outros interesses na Denise, ainda mais sabendo que ela estaria na companhia do marido.
Todavia, esperta, Denise soube conduzi-lo na conversa, dizendo-lhe que desde que a sua irmã ficara viúva, andava tristonha e deprimida, e que nós apenas desejávamos sair à noite, para que ela se divertisse.
E, quanto a mim, ela lhe disse que eu não era ciumento, e pediu-lhe apenas que dissesse à Vera que ele, Bruno, seria meu primo. Dessa forma, estaríamos todos em família curtindo uma diversão sadia num final de semana, como tantos outros.
Evidentemente, já interessado na Denise ele aceitou seus argumentos e marcamos nossa ida para logo mais à noite.
Daí, eu combinei com a Denise que, quando decidíssemos vir embora, para que ela saísse da pizzaria primeiro, em companhia do Bruno, e que depois eu levaria a Vera para a casa da Kátia, na cidade vizinha, como a sua irmã queria.
Vera imaginava que, da mesma forma que eu e Denise fomos buscá-la, na casa da sua filha, que a levaríamos de volta.
Até então, ela não sabia que o desfecho poderia ser outro, até porque, a Denise estava doida de vontade de dar para o Bruno, e não estava se sentindo nem um pouco incomodada de eu de me aproximar da cunhada.
Desse modo, por volta das 21:30hrs já estávamos os três na sala de casa assistindo ao noticiário da TV, apenas aguardando a chegada do Bruno, para sairmos.
Vera estava deslumbrante, com par de brincos grandes e um lindo colar dourado. Usava saia escura, que contrastava com o tom claro da sua pele. Vestia blusa em tom amarelado, de botões grafite e calçava sandálias abertas, com fivelas douradas.
Por sua vez, Denise trajava saia mais curta do que a irmã, mas em tom claro, blusa bege, e sapatilhas combinando com a tonalidade da saia.
Decidimos ir os três no nosso carro, enquanto o Bruno nos seguiria com a Chevrolet Zafira, pois ainda não conhecia o caminho.
Vera exalava um perfume suave, adocicado, e pelo retrovisor ainda pude fitá-la nos olhos, pois as luzes dos postes clareavam levemente o interior do automóvel.
Em algumas vezes, ela desviava-me o olhar, saindo do campo de visão do espelho, mas, em outras, sentava-se no meio do banco, e trocávamos flertes.
Finalmente, chegamos.
O garçom nos indicou uma mesa, e como sempre, pedimos o vinho, e a pizza.
Após bebermos a primeira jarra de vinho, a orquestra começou a tocar, e Vera estranhou quando a Denise me pedira para dançar com o Bruno.
Eu lhe falei:
—Sem problema, amor.
—Se o Bruno quiser sua dança, pode ir.
Tímido, Bruno levantou-se, e eles foram.
Agora a sós na mesa, de frente para a minha cunhada, lhe perguntei:
—E então, Vera.
—Você está gostando do lugar?
—Sim, Edu.
—Eu queria mais um pouco de vinho. Está delicioso. Pediu-me.
Então a servi, e também coloquei mais vinho na minha taça, e fizemos tim tim, nos brindando.
Como a sua mão esquerda estava sobre a mesa, aproximei-me com a mão direita até ela, e quando lhe encostei levemente, ela afastou a mão.
Percebi que seria difícil, pois ela mostrava-se muito arisca.
Então eu a convidei, para dançar, lhe dizendo:
—Vamos dançar um pouquinho, Vera.
—Ah, Edu. A sua mulher está aí.
—Pode não pegar bem pra nós.
—Imagina, Vera.
—Nada a ver.
—Ela está dançando com o meu primo na boa.
—Vamos? Convidei-a novamente.
Então, sem dizer nada, ela levantou-se da cadeira e fomos.
Chegando à pista, não vimos a Denise e o Bruno no meio dos casais. Ao abraçá-la para dançarmos, timidamente, ela colocou suas mãos sobre os meus ombros, e fomos. As luzes do salão se refletiam nos seus enormes brincos, dando-lhe enigmático colorido no rosto. Senti um tesão imenso ao acariciar lhe as costas, puxando-a levemente ao meu encontro.
Notei que ela tremia em meus braços, e então, dela me aproximei. Quando os nossos rostos se tocaram, suas mãos que até então estavam sobre os meus ombros, enlaçaram me o pescoço.
Ficamos assim algum tempo, até que eu avistei, atrás dela, a minha mulher toda enroscada e entregue nos braços do Bruno. Os dois estavam quase totalmente parados na pista.
Então, aos poucos fui virando nossos corpos, até que a Denise e o Bruno ficaram de costas para mim, e de frente para a minha cunhada.
Rapidamente, ela afastou o seu corpo do meu, e me disse baixinho:
—Não acredito que a Denise esteja fazendo isso, Edu.
Fingindo ingenuidade, lhe pergunto:
—O que a Denise tá fazendo Vera?
—Está dançando sem modos com o seu primo.
—Não tem problema, Vera.
—Vamos curtir nossa dança também, querida.
Após dizer-lhe isso, puxei-a ao meu encontro. Ela tentou repelir-me, mas, quando sentiu o meu pau duro dentro da calça roçar nas suas pernas, cedeu suspirando, quase se entregando.
Porém, quando viu a irmã beijando o Bruno, bem ali na nossa frente, pareceu-lhe cair a ficha, e então ela me perguntou:
—Que loucura é essa que vocês estão fazendo, Edu?
—Vamos lá na mesa que eu te explico, Vera.
Incrédula, ela me perguntou:
—Você vai me explicar o que, Edu?
—É a sua mulher que está com ele! Exclamou.
—E agora é você que está comigo, Vera.
—Mas eu não estou com você, Edu.
—Deixe os dois aí, e vamos lá, Vera. Pedi-lhe.
Ela aceitou.
Daí, eu a peguei pela mão, e a puxei para sairmos da pista.
Chegando à mesa, solicitei outra jarra de vinho e novamente nos servimos. Ficamos calados, parecendo deixar as coisas se acalmarem.
Então, ela me disse:
—Não estou entendendo nada, Edu.
—O que você não está entendendo, Vera?
—Você vê a sua mulher daquele jeito com o primo, e não faz nada, homem?
Daí eu lhe expus a nossa situação:
—Eu e a sua irmã temos uma relação aberta, Vera.
—Aberta como assim, Edu?
Daí eu lhe expliquei tudo, ou seja, em resumo, que a minha mulher saía com outro homem quando ela gostasse de alguém e, da mesma forma, eu poderia sair com outra mulher.
—Nossa. Que loucura! Exclamou.
—E o que eu estou fazendo aqui, Edu?
—Eu desejo você, Vera. Respondi-lhe.
—Você é louco, Edu.
—Ela é minha irmã: jamais a trairia!
—Ela sabe que eu te quero, Vera.
—E a minha intuição diz que você também me deseja, querida.
Ela voltou a repetir:
—Mas você é meu cunhado, Edu.
—Não podemos fazer isso!
Insisti novamente:
—Mas eu sei que você também me quer, Vera.
—Isso é você quem está dizendo, não eu. Respondeu-me.
Então, eu fui sentar-me ao seu lado na mesa e, em silêncio, peguei sua mão. Dessa vez, ela não me evitou, e pela primeira vez, ficamos de mãos dadas.
Porém, passados uns instantes, quando Denise e Bruno chegam até nós, rapidamente, ela me solta a mão. Nesse momento, também chega o garçom, e a pizza é servida.
Denise nada nos disse, mas também não se importou em sentar-se ao lado do Bruno, inclusive lhe passando a mão nos braços e pernas, bem na nossa frente.
Atônita, Vera apenas nos observava, até que, terminada a refeição, Denise avisou-nos que ela e o Bruno iriam sair.
Em seguida, despediram-se de nós, minha mulher seguiu na frente, e ele atrás. Ambos foram em direção ao carro do Bruno.
Vera apenas comentou comigo:
—Então é mesmo verdade!
—Sim, Vera.
—E ela já sabe que eu te desejo muito.
Daí, sentado ao seu lado, peguei-lhe novamente a mão, e ficamos, de forma sutil, nos acariciando. Até que, criando coragem, coloquei sua mão por sobre a minha calça, em cima do meu pau duro.
Ela deu um suspiro, e me apertou devagar.
E assim, sentados lado a lado na mesa, nos beijamos pela primeira vez.
Quando a soltei, ela me disse:
—Vamos sair logo daqui, Edu.
Então, paguei a conta, e fomos.
Continua no próximo conto...
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