Capítulo 40
Aquilo me deixou tremendamente possessa. Quem ela pensava que era pra me dizer isso?
Eu pensei em lhe dar um outro tapa no rosto e mandá-la para o inferno, mas acabei pensando e tive uma ideia melhor. Me aproximei dela, parei bem à sua frente, e sussurrei em seu ouvido:
-Está com ciúmes? -Perguntei me sentindo no direito de desafiá-la, já que ela estava fazendo o mesmo comigo.
Depois da surpresa inicial pelo que falou, ela olhou no fundo de meus olhos e respondeu:
-Ciumes? Eu? Acho que você tá se achando demais pra uma pirralha inexperiente. -O sorriso nos seus lábios era puro deboche, mas isso não me abalou. Eu não ia deixar isso barato. Não ouviria a mais nada calada como sempre fizera.
-Bem, isso pode até ser verdade, mas você bem que quis me levar pra um motel. Aliás, acho que vc tá se achando demais pra uma coroa tarada. -Lancei meu melhor sorriso irônico a ela. Essa noite ela não iria dormir sabendo que me fez de boba.
Assim que cheguei a grade da cela, que ela já havia destrancado enquanto eu chorava, para abri-la, ela soltou mais uma, após a surpresa inicial do que eu havia falado a ela:
-Então é isso? Pois saiba que muitas querem essa coroa tarada. - falou me observando, enquanto eu a escutava com a porta da cela já aberta.
-Eu não tenho mais nada para falar com você, delegada. Se vc quer me irritar, desista. Se tem mulheres assim atrás, então não é preciso que eu saia com vc. -Falei sem a encarar. E depois mirei seus olhos. -Passe bem. Tchau.
Sai da cela o mais rápido que pude e fui até o saguão da delegacia. O recepcionista estava ao telefone e assim que me viu, falou:
-A doutora Ferreira deu ordens para entregar seus pertences. -Falou o rapaz gordinho atrás do balcão, me entregando minha bolsa. Assim que a peguei, procurei meu celular e fui para o lado de fora do prédio esperar tentar ligar pra um táxi. Assim que vi as horas, percebi que já passava da meia noite.
-Droga! -Soltei irritada. Estava tarde e eu havia combinado com Léo que dormiria na casa dele, mas com aquela de ter ido embora sozinha da boate, ele deve ter pensado que dormiria em casa. O problema é que eu também não tinhas as chaves de casa e minha mãe a esta hora já devia estar dormindo o décimo sono.
Num desespero, sem saber muito bem o que fazer, me sentei num canto, encostada no prédio e passei a chorar novamente.
"Chorona" apontou minha consciência. Acho que ela tinha se dado conta de que eu não tava chorando apenas por isso...
-Olha quem tá aqui... -Olhei pra cima e vi a policial, vestida com outra roupa, que não era sua farda.
Continua...
Boa noite galera... Espero que tenham gostado das duas partes que postei hoje (39 e 40) e logo postarei a 41. Comentem e digam o que estão achando.
Um grande beijo pra minha nova leitora Gabreu e também pras minhas antigas leitoras May e Miiily, que comentaram no último. E as demais, espero por vcs e pela suas sentenças rsrs
Beijos
Lollitta...