ME ENTREGANDO AO MEU EX
"Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento..."
O ceular vibrava em cima da minha mesa. Na tela apareceu "Professora Júlia" e eu me preocupei.
— Alô? Algum problema com o Gustavo? — perguntei apressado, antes que ela falasse qualquer coisa.
— Calma, Márcio, o Gustavo está com um pouquinho de febre, você pode vir buscar ele? — informou ela.
— Tô indo aí agora.
— Não precisa ficar tão preocupado, acho que não é nada demais. Ele já estava tossindo esses últimos dias... — eu quase não conseguia mais entender o que ela dizia, peguei minhas chaves e calcei o sapato. Saí do meu apartamente andando rápido e lembrei então de ligar para o Yan. Busquei o número dele na agenda, ainda fingindo pra mim mesmo que não mais lembrava, mas a urgência do momento me fez desistir.
— Márcio? Que surpresa você me ligar, você está bem? — perguntou ele, depois de muito tempo, o que me irritou. Eu já estava saindo com o carro quando ele finalmente atendeu.
— Yan, o Gustavo está com febre, a professora dele me ligou e eu estou indo pra lá agora — respondi, ignorando seu jeito cafajeste e conquistador com que sempre falava comigo.
— Mas ele está bem? O que ele tem? — perguntou aparentando preocupação.
— Não sei, ela acha que não é nada demais, mas vou levar ele ao médico pra ver.
— Você acha que eu preciso ir com vocês?
— Claro que sim, nem acredito que está perguntando uma coisa dessas. Ele está doente por culpa sua! É sempre assim quando ele vai pra sua casa, sempre volta com alguma coisa — eu disse irritado.
— Tudo é minha culpa, não é, Márcio? Caralho! Me diz pra onde você vai levar ele que eu chego lá.
Cerca de meia hora depois estávamos eu, Yan e Gustavo, que dormia com a cabeça no meu colo e as pernas no colo de Yan, ouvindo o médico nos acalmar: era uma simples gripe. Ele passou um remédio para baixar a febre e recomendou a ingestão de líquidos.
— É só ter o cuidado necessário que em alguns dias ele já estará completamente bem — disse o médico, um senhorzinho de cabelos completamente brancos e bigode farto, após nos dar dicas de como prevenir o contágio.
Saímos do consultório, Yan carregando nosso filho apoiado em seu ombro, conversando educada e civilizadamente, como não fazíamos há tempos. Yan se mostrava menos irresponsável e mais centrado, o que me agradava. Tinha realmente se preocupado com nosso filho e foi o primeiro a perguntar ao médico as melhores maneiras de cuidar dele.
— Talvez eu não tenha tido cuidado suficiente e por isso o nosso filho está gripado agora, me desculpa, Márcio — disse ele aparentando sinceridade e eu me senti mal por tê-lo julgado mais cedo.
— Essas coisas acontecem, Yan, não foi culpa sua. Eu estava nervoso quando te acusei, sou eu quem te deve desculpas.
— Posso passar a noite com vocês? — pediu ele e quando me viu esboçar uma careta de descontentamento, acrescentou: — Pra ajudar a cuidar do Gustavo, eu não vou conseguir dormir sem saber como meu filho está…
— Não sei se é necessário, Yan… — eu estava relutante. A nossa separação tinha sido um período difícil e eu estava começando a me recuperar completamente. Não me faria nada bem ter o Yan passando a noite no meu apartamento.
— Por favor, Márcio…
— Tudo bem, você pode ir — permiti, me arrependendo no segundo seguinte. Coloquei na cabeça que fazia aquilo pelo meu filho. Yan colocou o Gustavo na cadeirinha, no banco traseiro do meu carro e se virou para mim.
— Vou passar em casa, pegar uma muda de roupa e vou pra lá, até já — e por impulso ele beijou a minha testa e saiu de lá apressado.
Dirigi o caminho inteiro me perguntando se aquela teria sido uma péssima ideia ou apenas uma ideia ruim. Eu já tinha sofrido demais por causa do Yan e não queria que tudo começasse de novo. Afastei esse pensamento da minha cabeça, eu não tinha por que pensar assim. O Yan estava indo para minha casa única e exclusivamente para cuidar do nosso filho com gripe, nada mais.
— Pai, eu tô com fome — disse o Gustavo assim que chegamos em casa.
Gustavo estava comendo, quando Yan chegou. O menino deu um pulo do sofá quando viu o outro pai entrar e correu para abraçá-lo.
— Você vai dormir aqui, papai? — perguntou ele, vendo o pai carregar uma pequna mochila.
— Vou sim, filhão — respondeu ele e o menino comemorou.
Depois de comer nós demos o remédio de Gustavo, o ajudamos a escovar os dentes e o colocamos para dormir. Tudo isso juntos, como uma família novamente. Cada um contou uma história para o menino na cama, que ainda nos encheu de perguntas e nos fez cantar suas canções favoritas antes de adormecer.
— Ele já não está mais com febre, graças a Deus — eu comentei assim que entrei na sala, onde Yan estava apenas de calção de pijama, sem camisa, com duas taças de vinho na mão. Eu acabara de tomar banho e tinha passado no quarto de Gustavo para verificar a febre. Yan me entregou uma taça de vinho e eu me sentei no sofá, na outra ponta, o mais distante que pude.
— Você está cheiroso — disse ele, sendo galanteador como eu temia.
— Yan…
— Não, não, eu só estou comentando a verdade. Você está sempre cheiroso, mas quando sai do banho, como agora, sua pele fica ainda mais… — ele tomou um gole e observou o efeito que suas palavras causavam em mim.
— Como estão seus pais? — mudei o assunto, para não ficar constrangido.
— Estão bem, eu acho. Desde que eu e você nos separamos eu não tenho conversado muito com eles.
— Por que não?
— Eu não quero. Minha mãe, assim como você, me culpa por tudo o que aconteceu e meu pai, o seu fã número um, me dá bronca o tempo inteiro por eu ter pisado na bola com você. É como se eu tivesse doze anos novamente.
— E você em algum momento deixou de ter?
— Vai começar? — ele se irritou um pouco e se levantou, indo até a varanda.
— Desculpa, isso já ficou pra trás. Está com fome? — perguntei, me direcionando para a cozinha.
— Estou sim, vai fazer aquele macarrão que eu amo?
— Tá bem, eu faço.
Yan se sentou na bancada da minha cozinha americana e ficamos conversando enquanto eu cozinhava. De tempos em tempos ele checava o Gustavo. Na última vez em que ele voltou do quarto eu já estava quase terminando o molho do macarrão e ele veio direto até mim pedindo pra provar. Ele se posicionou atrás de mim, encostando seu torso nas minhas costas e pressionando o pau na minha bunda. Eu perdi o fôlego, ainda mais por sentir sua respiração no meu pescoço e sua voz no meu ouvido:
— Faz tanto tempo que eu não como, posso provar?
Meu corpo inteiro já tremia. Havia muito tempo que não sentia o contato do Yan e naquele momento meu corpo recordou todos os momentos incríveis que passamos juntos e apagou da minha mente o sofrimento que ele me fizera passar. Yan aproveitou minha hesitação para tomar o meu pescoço em seus lábios, segurando firmemente minha cintura. Eu soltei a colher na pia e pronto, estava entregue. Não tinha mais volta.
Yan me virou, colou o corpo no meu e me beijou com voracidade. Eu segurei suas costas com força, retribuindo o seu beijo ferozmente. A língua de Yan me explorava, como ele sabia que eu gostava e ele segurava minha bunda com suas mãos grandes.
— Ai, Yan — eu gemi quando ele levantou a minha camiseta e começou a chupar meus mamilos com força.
— Como eu senti tua falta — disse ele, beijando cada parte do meu corpo que podia. Yan se levantou e me tirou do chão e eu entrelacei minhas pernas em sua cintura. Eu o beijei, enquanto era levado para o meu quarto.
Yan me jogou na cama, sorriu de maneira sensual para mim, me puxando para a beirada da cama. Arrancou o meu calção junto com a minha cueca, revelando o meu cacete duro como pedra. Sentir sua boca no meu pau novamente foi a melhor das sensações. Ele me chupava com pujança, me engolindo inteiro, passando a língua da base até a glande e então por todo o caminho inverso até encontrar minhas bolas e brincar com elas.
— Vem, Yan, quero te chupar também — eu pedi. Yan sorriu safadamente e me disse:
— Eu sei que você tá louco pra matar a saudade do meu cacete, né? — ele subiu na cama e se deitou ao meu lado, com as pernas bem abertas, e iniciamos um 69 maravilhoso.
O pau de Yan era lindo e parecia ter sido feito especialmente para que eu o chupasse, pois foi o primeiro (e único) que eu consegui engolir por completo. Ele adorava quando eu fazia isso, costumava segurar e pressionar a minha cabeça contra o seu ventre por alguns segundos, só pra me ver recuperar o fôlego e olhar para ele sorrindo.
— Eu sei que você também gosta — disse ele após fazer exatamente isso e olhar pra mim com um sorriso de canto de boca. Seus dedos começaram a passear pela área próxima ao meu cu, enquanto ele continuava com o boquete e eu o imitei, sendo ainda mais ousado e enfiando a ponta do meu dedo médio em seu cu, o fazendo gemer com a boca no pau.
Yan se abriu ainda mais pra mim e eu para ele, que também já me dedava profundamente, abrindo caminho para o que viria a seguir. O tesão estava enorme, eu não transava desde que havia me separado do Yan, há 4 meses.
— Me fode, vai Yan — implorei e ele me atendeu prontamente.
— Fica de quatro pra mim aqui na beirinha da cama, vai — pediu ele.
— Tem camisinha no criado mudo — alertei.
— Pra quê camisinha, meu amor, a gente já passou dessa fase, não?
— Não, Yan, pega a camisinha…
— Que foi, Márcio, tá achando o quê? Que eu saí transando com todo mundo quando não estava contigo? — questionou ele demonstrando irritação.
— Não quebra o clima, por favor. Veste a porra da camisinha e pronto.
Yan colocou a camisinha a contragosto. Isso ficou claro na falta de delicadeza com a qual ele meteu o pau em mim, de uma vez e com força. Eu não reclamei, pra não estragar o momento e aos poucos ele foi se acalmando e começou a meter cada vez mais gostoso. Seus dedos estavam cravados na minha cintura e ele bombava ritmadamente. Eu aproveitava as suas pausas para rebolar naquele pau e fazer eu o movimento de vai e vem. Yan ficava louco quando eu fazia isso e dava tapas de incentivo na minha bunda.
— Eu quero te sentir dentro de mim também — pediu ele, depois de longos minutos me comendo. Eu também encapei meu pau e o deitei de bruços na cama, com um travesseiro embaixo do quadril para ficar com a bunda mais empinada e meti com a mesma fúria com que ele enfiou o pau em mim.
— Devagar, caralho! — reclamou ele, mas eu o ignorei. Beijei seu pescoço e continuei metendo.
— Que cu gostoso da porra, Yan. Caralho!
Yan gemia baixinho e virava a cabeça para que eu o beijasse. Eu o fazia sempre que metia com mais força e vontade, para abafar seu gemido, uma vez que nosso filho dormia no quarto ao lado.
— Vou gozar! — anunciei, já retirando o pau do cu de Yan. Eu não precisei dizer mais nada, nos conhecíamos muito bem, então Yan já virou-se a tempo de levar minha leitada em seu rosto. Eu segurei o seu pau na frente do meu rosto e com poucos movimentos de punheta senti os jatos de sua porra tocando a minha face.
Yan me beijou e disse pra mim, antes de irmos tomar banho juntos:
— Porra, Márcio, eu vou te perder nunca mais.
Eu acordei por volta das 6h da manhã quando ouvi a voz do meu filho chamar:
— Pai? Posso deitar com você? — ele fazia isso todas as mnhãs e eu sempre tinha a mesma resposta:
— Vem, meu bebê!
Gustavo abriu a porta do quarto, com os olhos meio fechados, arrastando seu cobertor favorito e subiu na cama. Ele se surpreendeu quando viu Yan deitado ali e sorriu, contente. Deitou-se entre nós dois, de bruços, com um braço em volta do meu pescoço e o outro em volta do pescoço de Yan, e voltamos os três a dormir, aproveitando de maneira preguiçosa aquele começo de sábado.
***
Obrigado por ter lido este conto. Esse foi um conto mais curto, que escrevi numa “sentada” só. Não coloquei as descrições do Yan e Márcio para que enquanto você estivesse lendo pudesse imaginá-los da maneira que quisesse. Mais uma vez: obrigado pela leitura. Votos e comentários servem de incentivo para continuar a imaginar e escrever estas histórias. Espero voltar em breve com outros contos. Um abraço.