DE VOLTA À PIZZARIA
CAPÍTULO 31
ATENÇÃO
ESSE É O TRIGÉSIMO PRIMEIRO CAPÍTULO DA FASE 2 DA SÉRIE “A PIZZARIA” . ANTES DE PROSSEGUIR COM A LEITURA, LEIA, NESTE MESMO SITE, A FASE 1 DA SÉRIE ORIGINAL (A PIZZARIA), DO MESMO AUTOR. OBRIGADO.
DE VOLTA À PIZZARIA
CAPÍTULO 31
Quando eu cheguei próximo à Ticiane para de alguma forma tentar relacionar-me com ela, dentro daqueles seus limites que de antemão eu já os conhecia, quais sejam, sem beijos, e sem que fizesse-me sexo oral, ela perguntou-me:
—A tia Denise conversou com você a nosso respeito, tio?
—Mais ou menos, Tici. Mas acho que ela está meio bêbada, e deixou incógnitas, não me dizendo coisa com coisa.
—Humm.
Achei estranho esse questionamento da Ticiane, pois o que havíamos combinado era muito simples, ou seja, eu deixei as duas a sós na piscina para se curtirem, e depois seria a minha vez de ganhar alguns agrados da sobrinha. Só isso.
Mas, ela insistiu querendo saber acerca da minha conversa com a Denise, perguntando-me:
—Mas você jura que ela não te falou nada sobre nós, tio?
Eu lhe respondi:
—A bem da verdade, Ticiane, a única coisa que ela me falou é que os seus agrados para comigo “custariam” caro. Muito caro!
—Mas, eu não saberia avaliar o que seria esse “caro”, ao qual ela se referiu, Tici.
Porém, esnobando a situação, eu lhe disse:
—E de qualquer forma, eu não me importo com preço alto, Tici, pois, quem entra na chuva é pra se molhar, né.
—E, se você puder, vamos logo queridinha, pois o “meu tempo” já tá correndo!
E, aproximando-me dela, eu lhe disse:
---Vem cá com o titio, venha minha princesinha gostosa!
No entanto, ela esquivou-se dizendo-me:
—Calma tio. Antes eu vou lhe dizer a sua missão!
---Mas, eu te prometo que depois você terá o que quer.
Estranhando a sua colocação, questionei-lhe:
—Missão? Que história é essa de missão, Ticiane?
—Eu estou aqui e agora com você pra fazermos outra coisa, menina! Expliquei-lhe.
—Nós combinamos isso, não foi? Lembrei-lhe.
Daí, ela fez-me uma revelação hilária:
—Nós duas, ou melhor, eu e a tia Denise vamos assumir a relação, tio!
Sem entender ao que ela se referia, perguntei-lhe:
—O QUÊ?
—Que papo estranho é esse menina?
---Que história é essa de assumir relação Tici?
---Você tá falando sério?
—Seríssima tio. Já acertamos tudo!
Então, Ticiane explicou-me que ela e a Denise decidiram ter uma espécie de relacionamento homoafetivo às claras. E, tal qual o meu caso com a Vera, pretendiam consumar isso na nossa casa.
E justificou-se:
—Nós duas nos damos bem, e não queremos mais ficar nos escondendo de vocês.
E, reforçando a sua colocação, perguntou-me:
—Você, e a mamãe não têm esse relacionamento esquisito, mas dizem ser normal?
Eu lhe respondi:
—Nós já conversamos sobre isso, Ticiane. Não tem nada de esquisito no meu caso com a sua mãe, pois somos adultos.
—Além do mais, ela é viúva e gosta de mim. Sem contar que estamos em família, e a Denise aprova isso.
E comentou:
--A mamãe é viúva mas você “deixou ela” toda assanhada.
--Parece que está num cio interminável!
--E agora, por pouca coisa, ela já vai logo ficando pelada!
Depois, revelou-me algo que eu já sabia:
--E eu tô sabendo que você e a mamãe assistiram a sua mulher transar com o Bruno, tio.
Eu lhe respondi:
--Sim, Ticiane. E você também já me assistiu comendo a sua mãe no hotel, quando viajamos, e antes já teria me visto foder a Denise.
--Isso pra nós já está sendo coisa normal, você não acha? Perguntei-lhe.
--Ou você pensa que a sua mãe não está gostando do nosso caso?
--Sinceramente, não entendo aonde você quer chegar, Ticiane.
Daí, ela expôs:
—Pois bem. Então nós duas também teremos o nosso caso, uai!
E frisou-me:
—E nós duas também estamos em família igual a vocês!
Depois, arrematou:
---E você mesmo afirmava que o que acontece entre as quatro paredes da sua casa deve ficar entre aquelas quatro paredes.
—Direitos iguais, tio! Como vocês próprios dizem, somos maiores, vacinadas, e pagamos as nossas contas.
Sinceramente, avaliando a intenção das duas imaginei que se tratava de mais uma das loucuras da minha mulher, ou de um blefe. Não pela Ticiane, claro, pois, face à sua inexperiência e ingenuidade, talvez tivesse mesmo se encantado com a tia, a ponto de pensar um absurdo desses, que seria fazer tudo às claras com a Denise, como se a Vera fosse concordar com esse despautério.
Porém, conhecendo a Denise como eu a conheço, já sabia que isso iria dar em nada, mas, iria, sim, deixar a menina completamente frustrada, quando a dispensasse, pois ela poderia se apaixonar. Tudo isso, como se não bastasse os problemas por ela enfrentados ao longo da vida, conforme me revelara dias atrás.
Todavia, não ligando a mínima para o plano das duas, apenas a título de curiosidade, comecei a perguntar-lhe:
—Muito bem, Ticiane. Eu acho que entendi mais ou menos a intenção de vocês duas, mas, tire-me algumas dúvidas:
—Sim, tio. Quais dúvidas?
—Vocês duas pretendem transar onde?
—Uai, tio. Na casa de vocês.
—A tia Denise também é dona de lá!
Eu concordei:
—Certo. E suponho que a sua mãe continuará lá comigo, não é?
—Sim, tio. Permanece tudo igual.
Daí, soltei a bomba final, perguntando-lhe:
—E quem colocará o guizo no rabo do gato, aliás, da gata, Ticiane?
—Como assim, tio? Eu não entendi.
—Ora, Ticiane. Eu quero saber qual de vocês duas irá conversar com a Vera a respeito dessa ideia louca?
E, tentei convencê-la do contrário:
—Não há necessidade disso, Ticiane. Pois você e a Denise já se pegam legal, e não vejo o porquê de a Vera ficar sabendo.
---Basta vocês duas entrarem no quarto ou no banheiro, trancar a porta, e “mandar ver”!
E observei-lhe:
—Acho que você tem assistido muito a essas novelas, que ensinam coisas erradas!
—Já imaginou o baque que a sua mãe irá sentir?
Ela respondeu-me:
—Ora, nós duas não pedimos nada demais! Só não queremos continuar nos escondendo, dentro da casa de vocês, enquanto lá acontece de tudo!
E frisou:
—E, além do mais, isso não é problema nosso, tio!
Indignado, eu lhe disse:
—Ora, se não é problema de vocês, é de quem menina?
—Isso é problema seu, tio. A tia Denise vai mandar você resolver isso com a mamãe, e pronto!
E chantageou-me:
—E se não der certo, você não tocará um fio de cabelo meu!
—Entendeu?
Eu só lhe respondi:
—Vocês são doidas, Ticiane.
E, dando-me por derrotado, esquivei-me:
—Então façam o que vocês duas acharem melhor, pois mulher tem aos montes sobrando por aí.
—Tô fora!
—Eu amo a sua mãe, e não vou estragar a vida feliz que levamos, somente por causa da putaria de você com a sua tia.
Ela rebateu-me:
—Agora que a coisa ficou ruim pro seu lado, você também virou preconceituoso né, tio?
—Preconceituoso, eu? Porque você diz isso menina?
—Porque você acabou de dizer que a relação de nós duas é putaria!
Inconsolada, desabafou:
—Infelizmente, eu me decepcionei com você, tio.
—Decepcionou-se comigo porquê, Ticiane?
—Porque você é mais um hipócrita que reprime a liberdade e o desejo das pessoas, e segue aquele ditado: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
Infelizmente, tive que resignar-me, e lhe pedir sinceras desculpas, porém, continuei desconfiando de todo esse imbróglio, certamente armado pela Denise. Depois, Ticiane ainda me disse mais:
—E não é só isso, tio!
Curioso, novamente eu lhe perguntei:
—Ainda tem mais abacax...opss... ainda tem algo mais que você queira dizer Ticiane?
—Tem sim, tio.
—E o que seria Ticiane?
E, se as condições já não me eram boas, o pior estava por vir com a sua nova revelação:
—Eu quero ter um filho!
Sem querer ironizá-la, mas já o fazendo, perguntei-lhe:
—Eu só gostaria de saber como a Denise irá fazer filho em você, Ticiane.
—Ou você irá fazer inseminação artificial?
—Não tio. Primeiro porque eu e a sua mulher não vamos nos casar, e não temos nada a ver uma com a outra nesse sentido.
Eu lhe respondi perguntando:
—Entendo. Vocês duas estão só afim de putari...opss..relacionamento, mas dentro da nossa casa, correto?
—Sim, tio. Se você e a mamãe podem, e a tia Denise com o Bruno também podem, porque só eu que não posso?
Percebi que a intenção dela seria finalizar seus argumentos, dizendo-me cara a cara:
—A casa de vocês já é uma zona mesmo, com todo mundo fodendo e andando pelado e, por isso, eu não vejo nada demais a sacanagem minha com a sua mulher.
Lógico, educada e com princípios, Ticiane não seria grossa a ponto de dizer-me a oração acima, mas, eu entendi perfeitamente o seu recado.
Enfim, tive que concordar com ela, porém com uma observação:
—Mas você disse que quer ter um filho, Ticiane.
—O que a Denise tem a ver com isso?
Ela respondeu-me:
—Isso (do filho) é ideia minha, e não tem nada a ver com a tia Denise.
--Ela apenas me apoia sobre isso. Nada mais!
E, justificou-se:
—Ora, toda mulher quer ter filhos, e breve eu farei vinte e sete anos. Porque eu não posso?
Concordando, eu lhe respondi:
—Claro que você também pode, Ticiane.
E, pensei:
—Você pode tudo, gostosa!
E, repeti-lhe a pergunta anterior:
—Mas você irá fazer inseminação artificial?
Ela respondeu-me:
—Não. Mas a tia Denise prometeu me ajudar, e comigo tudo será natural, como a vida deve ser.
—Até porque eu nem teria grana pra fazer isso. Concluiu.
—E como vocês resolverão esse assunto, Ticiane?
E daí sim: agora veio me a resposta àquela ogiva nuclear, por mim lançada contra si, no banheiro do hotel da cidade de Chapadão do Sul, com ela me dizendo, em rodeios:
—Se você se recordar da nossa última conversa, irá entender algo, tio.
—Que “algo” seria esse do qual eu deveria lembrar-me, Ticiane?
—Quando você debochava falando em ter uma terceira esposa, lembra-se que falamos de uma senha?
—Lembro-me mais ou menos, Ticiane. Mas falávamos em tom de brincadeira. Justifiquei-me.
—Brincadeira pra você, tio. Mas pra mim isso será coisa séria, viu! Exclamou.
Estranhando o rumo da conversa, eu lhe perguntei:
—Mas o que você quer de mim, com toda essa incógnita de senha menina?
Fale logo! Pedi-lhe.
—Eu quero lhe dizer que estou lhe entregando a senha número um, tio, da qual já falamos, lembra-se?
—Então...
—Então o que Ticiane? Fale logo!
—Eu serei a sua terceira “esposa”, e você será o pai do meu filho!
Eu só exclamei:
—MEU DEUS!
Depois, deu-me o ultimato:
—Se você quer me comer, tem que “casar”, e fazer filho!
—E como dizia um programa da TV : “VOCÊ DECIDE”!
Encerrando, veladamente, Ticiane ainda chantageou-me:
—E se você não quiser, pode apostar que haverá quem o queira, tá bom?
—A tia Denise consegue fácil, fácil, um macho pra mim!
Continua no próximo capítulo.
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