O motorista:
Jardel era seu nome. Há anos prestava serviços ao patrão, que há muito estava secando-lhe afim de lhe plantar a mandioca. O motorista era um solteirão convicto e muito mulherengo. Fidelíssimo ao patrão e consciente que, se perdesse o emprego como motorista, teria que ir para as roças e plantações, o que não só seria muito desgastante, como seu salário cairia mais da metade.
Jardel, tinha uma beleza comum. Era bem moreno, baixinho, meio gordinho, peludinho, bem abrutalhado e tinha um dote de 19 cm. As mulheres só não eram seu primeiro vício, porque mais do que elas, Jardel era viciado em dinheiro. Fazia qualquer coisa para embolsar uns trocados.
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As 14:00 em ponto e já na presença de Padre Paulo, Dr. Joaquim apresenta-o ao “Sr. Ricardo”, que peço visto, iria desempenhar muito bem seu papel de homem rico e elegante.
Este é o primo de minha esposa. Depois de fechar um excelente negócio, na cidade vizinha, aproveitou que estava perto e resolveu nos visitar.
Neste momento, Ricardinho esticou o braço, estendeu a mão e cumprimentou-o todo prosa:
- Muito prazer, Padre. É uma grande honra conhecê-lo.
O padre não só ficou no maior tesão pelo Sr. Ricardo, como sua vaidade lhe subira ao topo do cérebro.
_ O prazer é meu Sr. Ricardo. Mas que negocio é esse que veio fechar, responsável também, pela honra que está nos dando em conhecê-lo?
-Quem respondeu foi Dr. Joaquim:
_ Nosso “priminho” aqui é um empresário de grande sucesso em suja cidade, padre Paulo e um homem de muita fé e devoção. Muito conhecido pelos generosos e gordos dízimos, doados após suas confissões. E se não for incômodo para o senhor, ele gostaria de se confessar com nosso sacerdote, ainda hoje logo depois que eu terminar a minha. O senhor está disposto a ouvir duas confissões no mesmo dia? Ele até já passou no Banco e retirou uma bela quantia para doar a igreja, depois de ouvido em confissão.
O ganancioso do Padre, que com certeza embolsaria a maior parte do dinheiro doado, concordou, mas ainda se fez de difícil, provocando ainda mais a ira de Dr. Joaquim:
- Realmente, ouvir duas confissão no mesmo dia e sem planejamentos é muito cansativo pra mim, mas farei um esforço e ouvirei aos dois. Afinal não posso deixar um homem voltar pra casa carregando seu pecados e a igreja além de manutenção, precisa sobreviver, não é mesmo meus filhos? Vamos fazer o seguinte, me acompanhe Dr. Joaquim até o confessionário e enquanto isso, seu primo pode ficar admirando as belezas do “meu” jardim.
Nesse exato momento , conforme combinado, Jardel faz a encenação já narrada anteriormente e Dr. Joaquim o acompanha, prometendo ao sacerdote que voltaria no outro dia para se confessar.
- Não se preocupe Padre Paulo. O SENHOR NÃO PERDE POR ESPERAR SAF .... Digo, O senhor não perde por esperar minha confissão, sacerdote. São tantos os meus pecados. Prepare-se pois “ IRÁ SE SURPREENDER”.
_ Vá logo, meu filho!!! Apesar de achar que Deus, vem antes de qualquer coisa, amanhã acrescento umas vinte orações, em suas penitências que serão suficientes para o perdão desse seu pecado de sair sem se confessar.
Dr. Joaquim, precisou muito se aclamar, para não avançar no pescoço do safado do padre. Com os nervos a flor da pele, nem despediu-se do ordinário, apenas deu-lhe as costas e correu com Jardel para o esconderijo, onde ele e sua testemunha assistiriam a trepada que seria a ruína de Padre Paulo.
Enquanto Ricardinho era apresentado ao Padre e os três conversavam, Joãozinho estava cumprindo sua parte no plano. Sem ser visto, correu até o confessionário e escondeu a caneta gravador, debaixo do banco onde Ricardinho, ao se confessar, facilmente a pegaria, a colocaria no bolso e a ligaria afim de gravar a tal confissão.
Dr. Joaquim, preferiu não arriscar o plano, deixando Ricardinho ser visto com a caneta no bolso ao ser apresentado ao sacerdote, porque a profundidade do bolso do blazer do “Sr. Ricardo” , não era suficiente para escondê-la por completo. “E se o Padre já tivesse visto uma igual?”. Nesse caso, seus planos iriam por água abaixo. Preferiu não arriscar, pois do interior do confessionário o campo de visão do padre, limita-se ao rosto de quem está confessando o que permitiria a gravação sem nenhum risco.
- Ajoelhado e com o gravador ligado, o “Sr. Ricardo” começou sua confissão:
- Padre. A semana passada peguei várias vezes e pequei feio. Preciso confessar que meu fogo sexual nunca se apaga. Pro senhor ter uma ideia da dimensão de meu tesão e como preciso ser verdadeiro em confissão, com todo respeito, só de ter pegado em sua mão para cumprimenta-lo meu pau endureceu e eu daria qualquer coisa para transar com o senhor.
Pronto!! Do outro lado das paredes de madeira do confessionário, o sacerdote só levantou a batina e começou sua punheta. Ele nunca ouvia confissões de cueca, afim de facilitar suas safadezas.
_ É mesmo, meu filho!!! Vamos fazer o seguinte:
- Em relação aos seus pecados da carne da semana passada, basta rezar 5 Pai Nossos, 5 Ave Marias e me entregar o dízimo que trouxe, que será perdoado sem problemas. Mas em relação ao desejo que sentiu, agora a pouco, por mim será preciso bem mais que orações para ser perdoado. Precisa começar me dizendo se ainda o está sentindo, a proporção deste desejo, enfim precisa falar com detalhes sobre esse sentimento, que depois o ajudarei com sua penitência. Prometo. Comece a falar e não omita nenhum detalhe, viu. Não se preocupe com palavrões ou putarias, elas precisam ser ditas, para que a confissão seja verdadeira, ok?
- Mas Ricardinho , fez o dever de casa tão bem feito que ao invés de se confessar, tesou tanto o infernal padre, que ao invés de confessar, gravou foi as confissões dele, que de tanto desejo, enquanto se punhetava, no confessionário soltava o verbo. Quanto mais falava, mais Ricardinho o excitava e o insuflava a contar suas absurdas experiências.
- Mas tem um problema Padre. Do jeito que estou, ficarei constrangido se souber que estou em confissão. Tenho uma boa proposta para fazer-lhe. Posso?
- Faça meu filho. Huuummmm!!!! Faça logo...
CONTINUA ....