Eu divido minha vida em três grandes etapas. Até minha formatura, quando eu era financeiramente dependente do meu pai. Logo que me formei médico e saí do armário, sendo totalmente abandonado pela minha família. E quando, já morando em outra cidade, eu consegui começar a viver do modo que eu queria. Meu nome é Vicente, caso você esteja se perguntando. Tenho 29 anos agora. Quando a história começa, eu tinha 25 anos. Tenho os olhos verdes e o cabelo curto preto como a noite. Eu sou alto (1,80), tenho a barba cerrada contra o rosto e o corpo bem cuidado, mas sem exageros. Os ombros são largos e o peitoral definido. O abdômen é bonito, mas eu não tenho vários e vários gominhos, porque não sou modelo. A parte física mais legal é a única que ninguém vê. Eu sou muito bem dotado (22cm).
Durante minha adolescência e a faculdade, eu tentei namorar mulheres. Mais de uma vez, inclusive. Por mais que a convivência fosse legal, sempre faltava algo. Eu conseguia transar, mas o tesão não existia. Aquilo lá -os beijos, os toques, os suspiros- era mais uma obrigação do que propriamente a minha vontade. Eu era filho de dois médicos muito bem sucedidos, que frequentavam uma igreja muito conservadora, apesar de cientistas. Eles foram pais velhos e isso sempre dificultou que tivéssemos uma relação agradável. Como eu cresci ouvindo absurdos homofóbicos, essa sempre foi uma parte suprimida de mim. Eu me recusava a aceitar que eu gostava de homem.
Isso persistiu por muitos anos. De verdade. Eu apresentei namoradas para minha família, pros meus amigos e para a sociedade. A vida era assim, até que eu o conheci. No final do terceiro ano da faculdade, metade do curso. Samuel chegou de transferência de outra cidade e era o cara mais falante, comunicativo e extrovertido que já conheci. Chamava a atenção por onde passava. Era um gato de derrubar um quarteirão. Simpático como ninguém mais. Nós não trocamos uma palavra por meses até que um colega e amigo em comum nos convidou para a mesma festa antes do início do quarto ano. Ele me encarou a noite toda, de regata, beira da piscina, segurando uma long neck na mão esquerda. Eu achei que era na brotheragem e ele seria só mais um dos crushs que eu teria, mas nunca consumaria. Até que um outro colega inventou de entrar na piscina e Samuel o acompanhou. Quando ele abaixou a bermuda e passou por mim de sunga branca, sua bunda foi a imagem mais excitante da minha vida. Naquele momento eu soube, que se eu estivesse comendo ele, tesão não seria um problema. A questão foi que ele também percebeu. Ao final da noite, sem dizer uma palavra, Samuel me atacou quando estávamos sozinhos na cozinha. Ali mesmo, contra o fogão da casa do nosso amigo, eu o fodi olhando pela janela para que ninguém nos pegasse no flagra. Nossa relação evoluiu de uma foda casual para namoro e juras de amor. Ele dizia que eu era o ativo mais insaciável que ele já tinha conhecido. Nós tentamos inverter os papéis na cama duas ou três vezes, mas eu odiava sempre, ficava nervoso e não passava nem a cabeça, mesmo o pênis dele sendo menor e mais fino que o meu. Meu negócio era dominar um macho gostoso e, por três anos, isso funcionou para nós dois.
Quando eu me formei, a segunda fase da minha vida começou. Eu saí do armário assim que pude. A reação do meu pai foi pior que imaginei. Fui expulso de casa, das vidas deles e quase fui surrado. Fiquei totalmente sem paradeiro e reação. Afundei em uma depressão terrível, sempre relembrando das palavras rudes e maldosas que ele me disse. Com saudade do meu irmão, que eu era proibido de ver. Dois meses depois, Samuca passou em uma prova de residência no Paraná, sendo que morávamos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Com o passar dos dias longe, ele começou a mudar. Telefonemas ficaram escassos, assim como as viagens para nos vermos. Então, ele me chutou. Não foi totalmente uma surpresa. Samuel sempre foi espírito livre, sem ligar para a opinião de ninguém. Mas, claro, aquilo doeu. Eu o amava. Pelo resto do ano, eu dividi meu tempo entre o trabalho na Unidade Básica de Saúde em uma cidade colada à capital, a academia e os inúmeros plantões, juntando dinheiro para a residência.
Então, residente de primeiro ano de Anestesiologia em um dos melhores hospitais do país, minha vida recomeçou. Eu não sentia mais a falta incontrolável do meu ex, a mágoa da minha família estava enterrada e eu comecei a viver. Sair novamente. Ficar com caras novamente. Mandar na minha vida. Realizar meu maior sonho. Ser um predador de macho.
Apesar da minha vida estar novamente nos eixos e, de certa forma, eu estar mais feliz do que nunca, lembro que esse foi o ano que mais trabalhei na minha vida. Passava a maior parte do tempo no hospital. Então, meus horários eram muito loucos. Ainda em março, no primeiro mês de residência, eu estava com dificuldade de encontrar um horário satisfatório para malhar. Apesar da academia ser do lado do meu prédio, era difícil manter uma rotina. Eu fazia plantão de 12 horas, no mínimo, uma vez por semana, então noites estavam fora de cogitação. Depois de negociar com o dono, ele deixou que eu malhasse às 6 da manhã, mesmo que a academia abrisse às 7, já que alguns funcionários faziam isso para depois atenderem seus clientes.
Um deles é o Fernando, pelo menos é assim que tá escrito no crachá. Na primeira semana que comecei a malhar nesse horário, pelo meio de março, nós nos encontramos todo dia próximo ao término da minha rotina de exercícios. Ele era expansivo, chegava sempre de regata e shorts para malhar, uma mochila no ombro direito e sorrindo torto feito moleque para todos os lados. Ele era mais novo que eu, segundo a recepcionista, com quem rapidamente fiz amizade ao receitar um antibiótico para a infecção urinária que estava tirando o sono dela. Tinha 23 anos e recém tinha se formado em Educação Física. Sua família era dona dessa academia e de mais 4 ou 5 espalhadas pela região metropolitana de Porto Alegre. Mesmo sendo o filho do chefe, me chamou atenção que ele cumprimentava todas as pessoas pelo nome. Sua educação o deixava ainda mais lindo. Seus olhos cor de mel, sua barba por fazer, sua boca vermelha e convidativa, junto do seu estilo playboy safado, tracionando os bíceps definidos a cada movimento, despertavam meus sentidos. Ele não era alto, nem baixo. Devia ter 1,70. As pernas eram torneadas e seu bumbum ia na nuca, de tão pra cima. Seu tronco parecia bem cuidado, apesar de nunca o ter visto no vestiário. A hora que eu entrava para a ducha, o loiro estava recém começando sua série.
Em uma segunda feira específica, nós nos cruzamos na recepção. Seu ombro bateu no meu e, dessa vez, o sorriso frouxo dele foi para mim. Ele passou a mão no cabelo, olhando no fundo dos meus olhos.
“Pô, desculpa, cara. Tô meio sonolento ainda. Acordar cedo não é para mim.” Sua voz aveludada é excitante. Tudo nele é.
“Não tem problema.” Falo rápido, aceitando a mão que ele me estende. “Eu percebi que você está vindo antes do seu horário habitual. Quando eu saio, você está chegando.” Digo, enquanto caminhamos juntos para dentro da academia. Me desanimo um pouco ao ver a aliança de compromisso na mão esquerda dele.
“Então, você está prestando a atenção em mim?” Ele ergue a sobrancelha direita, olhando-me de maneira divertida. Eu engulo seco, tossindo de nervoso. Tudo que eu não queria era confusão. “Tô brincando, cara. Eu também prestei atenção em você, ou porque você acha que eu me prestei a acordar essa hora, que não ver você levantar peso?” Corri os olhos pelo seu corpo também, no momento que vi que o safado “hétero” estava me cantando.
“Acho que sua namorada não vai gostar de saber disso.” Pisco para ele, ocupando o primeiro aparelho. Ele recosta o corpo, balançando a cabeça.
“Ela não precisa. O que acontece no vestiário da academia, fica no vestiário da academia.” Falou safado, passando a mão pelo meu bíceps assim que olhou para os lados, confirmando que estávamos sozinhos. Seus longos dedos percorreram meu peitoral.
“Agora? Não vai nem me deixar treinar?” Ele morde os lábios, negando com a cabeça. Sua mão tenta invadir meu shorts por trás, mas a agarro, virando para ele.
“Comigo, você que faz o agachamento.” Digo rápido, deixando claro que eu não era passivo. De maneira nenhuma.
“Tudo bem.” Dá de ombros, sentando no meu colo, rebolando e começando a acordar meu pau. “Quando o cara é gostoso como você, eu dou a minha bunda, apesar de preferir ser ativo.” Enfim o nariz no meu pescoço, arrancando um arrepio. Como estamos próximos do banheiro, ergo o corpo, caminhando até lá com ele no colo. Fernando tira a chave do bolso, trancando a porta. Ainda sem sair do meu colo, ele tira a minha camiseta e a própria, arranhando meu tronco.
“Você é muito gostoso, cara. Vou te arrombar inteiro.” Rosno próximo a ele, agarrando-o de maneira rude e virando seu corpo contra a parede gélida, arrancando um gemido. Mordo seu ombro, sem ligar se ia deixar marcas.
“Não me marca! A Isabela vai perceber.” Ele reclama. Rio irônico, enfiando a mão por dentro da cueca e do short, apertando a sua nádega direita com violência.
“Desde quando vagabunda manda?” Falo próximo ao seu ouvido e seu corpo treme contra minha enorme ereção. Ele também endurece, eu sinto que a excitação faz com que ele se afaste da parede. Puxo o resto das roupas dele, fazendo com que ele vire para mim. Guio seus movimentos, puxando-o pelo cabelo como uma vadia. Jogo-o no chão, de quatro, sentando na beira do banco. Ele se acomoda no meio das minhas pernas, masturbando seu pau. É bem menor que o meu e aquilo infla meu ego. Deve ter uns 16cms. Ele tira meu shorts, admirando o meu tamanho contra a cueca vermelha que uso.
“Puta merda, eu não dou o rabo há muito tempo. Esse caralho não vai entrar.” Sem respondê-lo agarro pela nuca, pressionando seu nariz contra minha excitação. Ele lambe o tecido da minha roupa íntima, mordendo a barra superior com os dentes e a tirando com uma habilidade invejável. Mexo as pernas, ajudando-o com o processo. Seus lábios engolem a cabeça do meu caralho no momento que a cueca não mais o segura. “Quanto isso mede?” Pergunta, enquanto punheteia meu membro em toda sua extensão, duro como pedra apontando para o teto da academia. Olho-o de cima, no fundo dos olhos, que brilham safado. Agarro-o com força pelo queixo, estapeando sua bochecha direito. O estalo ecoa pelo vestiário e ele tenta massagear a bochecha, mas eu o obrigo a voltar a me chupar. Sua excitação roça contra minha perna, mostrando o tesão que ele está sentindo em algo aparentemente novo para alguém que é, na maioria das vezes, ativo. Ele começa a me chupar de maneira ágil. Ora lento, ora devagar, indo o mais fundo que consegue. Quando a mandíbula parece cansar, o safado lambe meu caralho como se fosse o sorvete mais gostoso do mundo. Enquanto ele chupa meu pau concentrado, eu me esparro com os braços para trás, vendo o sarado se deliciar com a minha masculinidade. Agarro-o pelas orelhas, empurrando meu corpo o mais fundo. Ele tenta se soltar, mas da posição que estamos eu tenho mais força. Dez segundos depois eu o solto e ele começa a tossir, com os olhos lacrimejando e a baba escorrendo da sua boca. Sem deixar que ele respire muito, trago-o de volta para o meu pau, fodendo-o, de maneira que agora eu dite o ritmo do boquete.
“Você perguntou e são 22cms, caso ainda queira saber.” Digo orgulhoso e ele sorri sacana, percebendo onde quero chegar. Bato na minha coxa, fazendo charme. “Vem sentar no meu colo, Fernando. Quero ver como você treina glúteos!” Ele acena com a cabeça de maneira manhosa, pegando KY e a camisinha na própria mochila e lambuzando o cu rapidamente, colocando o látex em mim.
“E pensar que eu coloquei isso achando que ia te currar e tô pronto pra sentar nessa tora.” Ele coloca uma perna para cada lado do meu corpo, acomodando-se em cima da minha ereção. Joga seus braços contra o meu pescoço, aproximando ainda mais nossos corpos que estão pegando fogo. Jogo meu tronco um pouco para trás, como se eu fosse uma poltrona para que ele comece a rebolar, no momento que encaixa a cabeça do meu pau no buraco depilado e aparentemente apertado dele. Assim que a cabeça rompe espaço, ele morde os lábios e um gemido abafado de dor escapa. Pela forma que suas paredes apertam meu membro, ele não da a realmente há muito tempo. Extremamente resistente, ele segue rebolando e descendo, até que minhas bolas tocam suas nádegas. Ele começa a ofegar parado, dando um tempo para que seu corpo aceite a penetração. Logo, começa a rebolar freneticamente. Bato em sua bunda com força, fodendo-o muito. A tentativa de controlar o som vai por água baixo. Após alguns minutos, viro seu corpo, depositando-o de costa sobre o banco e metendo com ainda mais força. Bato uma pra ele, que ainda está duro.
“Vamos, vagabunda. Geme pro teu macho!” Incentivo, recebendo gritos de volta.
“Vai, me fode, vai. Mete com mais força.” Arranho seu corpo, estapeando seu rosto a mostra. Ele me olha safado, colocando a mão na minha coxa de forma a unir mais nossos corpos. Ficamos 15 minutos assim, até que eu o pego no colo, abrindo o chuveiro no quente e o colocando contra a parede, de costas para mim. Ele empina entregue e eu bato em seu rabo, já vermelho de apanhar, assim como a bochecha, as costas e o pescoço. Introduzo meu pau nele sem aviso prévio, colocando minhas mãos na sua cintura para tomar a rédea totalmente, como se estivesse montando em um boneco. Ele aumenta o gemido, mordendo o próprio braço para abafar o som. Sinto seu corpo tremer e o seu líquido lava o box sem mesmo tocar no pau. Aumento a velocidade, com seu corpo mole, avisando.
“Vou gozar nesse boquinha!”
“Eu não tomo porra, cara!” Nega e eu sorrio irônico, negando com a cabeça. Bato com seu joelho com minha perna, de maneira que ele caia no chão ajoelhado e eu o olhe de cima, como um senhor olha seu escravo. Enfio o pau na boca dele, despejando quatro jatos de porra. Um pouco escapa e escorre pela boca. Fecho seu nariz impedindo que ele respire e, então, ele engole, olhando atônito e duro novamente com a maneira que o tratei. Desligo o chuveiro, coçando o saco com uma mão e agarrando seu cabelo com a outra.
“A minha você toma!” Falo divertido e ele assente submisso.
“Você acabou comigo, me marcou todo, o que eu falo pra minha namorada?” Pergunta, ainda sentando no chão. Ergo seu corpo, jogando-o contra a parede novamente. Com uma mão bato pra ele e com a outra enfio dois dedos em seu rabo, estimulando seus próstata. Seus gemidos voltam e dois minutos após ele goza.
“Diz pra ela que tu encontrou um macho que te tratou como a vagabunda que tu é e te fez de depósito de porra.” Respondo assim que viro seu corpo, nossos olhos frente a frente. “Ela te faz gozar duas vezes em 5 minutos?” Arqueio a sobrancelha. Ele nega rápido com a cabeça. “Eu imaginei. Até mais, Fernando” Viro de costas, deixando-o sozinho no box.
“Eu não mereço saber seu nome?” Fala alto, assim que começo a me secar e vestir.
“Não.” Digo rápido, vestindo a camiseta. “Deixe as apresentações para as namoradas. Você foi o rabo que comi hoje. Só precisa saber disso.” Humilho-o um pouco mais e ele ameaça caminhar em minha direção, o pau meia bomba novamente. Nego com o dedo e ele para. “Só quando eu quiser, Fernando. Eu sempre mando.” Digo e ele assente, parando como uma estátua.
“Você foi mais que o pau que me comeu hoje. Foi o melhor da minha vida.” Humilha-se mais ainda. Eu pisco, saindo e o deixando sem resposta. Os “héteros” sempre são os mais submissos.
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