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Eu estava no meu segundo dia de curso. Cansado, com fome e morrendo de saudades do Matteo. As aulas eram de manhã e as palestras no período da tarde e noite. Chegávamos no hotel por volta das 22:00hrs ㅡ mais duas professoras e eu.
Briguei comigo mesmo por ter embarcado nessa canoa quase que furada, mas seria bom me atualizar e oferecer uma qualidade de ensino melhor para os meus alunos.
Eu estava apenas de toalha, quase entrando no banho, quando o Matteo me ligou.
Atendi todo feliz e percebi que ele meio quieto. Era evidente que estava chateado com alguma coisa e essa "coisa" tinha nome. Perguntei se ele estava bem e dissertou todo o seu dia como uma melodia suave de minha música favorita. Embora ele pareça todo "fechadão" e um pouco sério, quando fala comigo, é de uma forma gentil e encantadoramente fofinha, quase que juvenil. Esperei ele terminar de falar, reclamar, elogiar colegas de trabalho e por fim, perguntei se o Roberto havia ligado.
ㅡ não, eu quem ligou pra ele, mas me parece que sua teimosia é maior que seu amor por mim. ㅡ ele disse e suspirou resignado.
ㅡ e o Claudio?
ㅡ esse não é tão cabeça dura, mas me pediu um tempo para se acostumar com a ideia. Pode isso?
ㅡ rsrs, às vezes queremos que os outros nos aceite a todo custo, mas amor...se precisamos de tempo para aceitar a nós mesmos, porque não? Pelo menos ele se dispôs a compreender e já é meio caminho andado. Continue tentando...
ㅡ e se não der certo?
ㅡ então entenda que não foi por falta de esforço da sua parte. Dê tempo ao tempo e tente de novo, mas eu estou aqui, Matteo, sempre contigo.
ㅡ sinto sua falta, rapaz! Conto as horas pra quê você volte logo.
ㅡ eu sei amor. Como está vestido?
ㅡ rsrs, acabei de sair do banho...to peladão, largado na cama... ㅡ ele disse rindo e imaginei aquela bunda empinada pra mim.
ㅡ estou só de toalha, indo pro banho...deitado nessa cama horrorosa. Queria estar deitado com a cabeça no teu peito, sentindo teu cheiro e imaginando uma vida inteira ao seu lado...
ㅡ então volta logo pra gente viver tudo isso que você imagina.
Conversamos mais um pouco e eu disse que iria tomar banho. O cara é tão sacana que me pediu pra gozar e gemer do jeito que ele gosta. Botei o celular no viva voz e bati uma punheta gemendo por ele. Quando acabei e ele disse que tinha gozado junto, começamos a rir feito dois adolescentes.
Me despedi do Mattro com a certeza que minha saudade era passageira e logo estaria em seus braços.
Por sorte o tempo passou rápido. Era sábado de manhã e teríamos uma hora de lanche antes de uma palestra que pelo o quê vi, era a última. Agredeci aos céus e resolvi bater perna pelo centro e encontrar algo diferente que pudesse levar pro Matteo ㅡ nem se fosse qualquer bobagem.
Almocei rapidamente e caminhava pela avenida principal quando o vi entrando em uma caminhonete. Em seguida, segundos depois, um jovem aparentando seus 23 anos entrou com ele e um abraço muito íntimo seguido de um beijo na boca foi dado. Notei a precupação dele, por mais que o vidro do carro fosse um pouco escuro, dava pra ver os carinhos e um resquício de outro beijo apaixonado.
Fiquei paralisado, em choque por um tempo que não consegui calcular. Eles se foram e fiquei entre a dúvida e a certeza que era realmente ele. Continuei caminhando e mais a frente encontrei uma lojinha charmosa de artigos para presentes e, quando entrei, comecei a rodear o lugar a procura de algo que fizesse sentido pro Matteo.
Corri os olhos e vi em cima de uma prateleira, uma miniatura de cadeira de balanço vitoriana que me fez rir por instantes. Chamei a vendedora e pedi que embrulhasse para presente.
Agradeci a gentileza da moça por ter colocando plástico bolha em volta da cadeira quando disse que estava na cidade só de passagem.
ㅡ vou enrolar bem para não quebrar. ㅡ ela disse e perguntou se era para minha mãe.
ㅡ minha mãe está nos vendo de cima uma hora dessas. ㅡ disse apontando pra cima. ㅡ Mas é para uma pessoa tão especial quanto ela.
Ela sorriu me entregando o pacote e meu relógio acusava que era hora de voltar.
Ainda com minha cabeça voltada aos amantes da Ford Ranger, percebi como o mundo é pequeno e cheio de surpresas. Depois do choque veio uma vontade absurdamente ridícula de rir. Oras, se vocês tivessem presenciado o quê eu vi, também sentiriam o mesmo. Depois veio a raiva que queimava em meu peito pela hipocrisia alheia. Prometi não me meter, a menos que fosse necessário. Talvez seria.
Fim do curso e as duas professoras que estavam comigo me chamou para uma despedida em um barzinho perto do hotel que estávamos.
Helena, uma cinquentona e solteira por opção, pediu a bendita caipirinha de vodka acompanhada de porções de batata frita, frango e calabresa ㅡ sempre mergulhados em muito óleo.
Vi a cara da Elizabeth me olhando com uma cara do mais puro nojo quando ouviu falar em calabresa.
ㅡ pede pra colocar em pratos separados, não quero pedaços de um bicho morto tocando as fritas.
Morri de rir com a agonia e desespero de minha amiga vegana.
Em respeito a sua escolha, as batatas vieram sozinhas em um prato imenso.
ㅡ Vini, como está seu namorado? ㅡ Beth me perguntou realmente interessada.
ㅡ está bem.
ㅡ pra quando é o casório? Quero ser madrinha, você me deve essa honra.
ㅡ kkkkk, ainda temos pouco tempo de namoro. A última coisa que ele pensa é em casamento. Eu não o culpo, vocês conhecem nossa estória e pra ele é um pouco mais complicado; tudo muito novo, diferente...
ㅡ só acho que você deveria pedir esse homem em casamento logo. Ou eu mesma peço. ㅡ disse a Helena sorrindo de um jeito bobo.
ㅡ tira esse olho gordo do meu homem, mulher kkkkk.
ㅡ tiro em respeito a você, porque acho ele muito gato. Eita homem charmoso kkkk.
ㅡ kkkkk, tenho que concordar contigo. Mas não é pro teu bico, lindona.
ㅡ ui, agora fiquei com medo.
De toda a escola, as duas são as mais doidas varridas que já conheci; além de excelentes pessoas, generosas e de um coração de ouro. Bebemos, comemos e rimos de nossas estórias de vida.
Nosso ônibus sairia ás 22:00hrs e antes de embarcarmos, meu celular tocou.
ㅡ Penny?
ㅡ oi amor, olha...eu sei que você vai chegar bem cedo, com fome e sono, mas Vini, preciso que passe aqui em casa antes de tudo.
ㅡ algum problema com o papai, com o Valter, ou as crianças?
ㅡ o Valter e eu brigamos e precido de você. Só não me pergunte mais nada...por favor.
ㅡ tudo bem. Eu não vou entrar em detalhes contigo, mas vou ligar pro Valter...
ㅡ ele saiu de casa e não atende o celular. Só vem direto pra cá.
ㅡ calma, eu deixo minha mala em casa e subo aí. Só não chora...
"Eu fico fora por uma semana e minha irmã termina um casamento de quinhentos anos. Como as pessoas arrumam tempo pra isso?"
Peguei meu celular e tentei falar com meu cunhado, mas só dava caixa postal. Pensei em ligar pro meu pai, mas talvez ele nem sabia e iria preocupar meu coroa. Resolvi esperar e falar com minha irmã pessoalmente. Achei estranho essa briga, eles estavam tão bem.
O ônibus estava pra sair e rezei pro Matteo atender o celular. Queria ouvir sua voz antes de pegar estrada.
Ele me atendeu sorrindo e contei a ele sobre o quê tinha acontecido com a Penny. Ele lamentou e falei que iria pro apartamento dele depois de resolver o assunto da minha irmã.
ㅡ eu estou morrendo de saudades, mas ajuda sua irmã. Ela precisa mais de você do que eu, nesse momento.
ㅡ obrigado amor...te amo demais.
ㅡ eu te amo, pela vida inteira.
Era hora do embarque. Eu queria ter ouvido um pouco mais a voz do Matteo, mas se ele estava bem, já era o bastante pra mim.
Quase doze horas dentro de um ônibus. Eu estava exausto e minha cabeça se lembrou do ocorrido em Eldorado. Porque diabos ele se encontrava com aquele rapaz tão longe de casa? Ora, ora...Vinicius seu embecil, certamente para não levantar suspeitas. Um romance extra- conjugal tão perto de casa seria facilmente descoberto, mas há 700 km? Mais difícil de descobrir, não é mesmo? Nem tanto!
Foi coincidência vê-lo justamente no dia que eu estava lá. Embora eu tenha ficado chocado na hora com o quê vi, foi mais pela pessoa e não pelo ato em si. Traição acontece todos os dias e homens como o Roberto, se escondem e julgam pessoas como sí próprias todos os diad. Fico triste pela sua capacidade de julgar o Matteo por algo que ele também faz, mas de um modo completamente torto.
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Minha casa estava limpa e cheirando a lavanda. A Penny com certeza mandara a diarista limpar durante a semana. Deixei minha mala no canto da sala, bebi um copo de água e mandei um audio pro Matteo dizendo que eu já tinha chegado e que logo o veria. Provavelmente ele ainda dormia.
Avisei a Penny que tomaria um banho rápido e que subiria pra gente conversar.
Domingo, minhas costas doiam e um sono absurdo me consumia, mas era a minha irmã e eu precisava ver como ela estava.
Talvez o Valter atenderia o celular, mas nada. Fiquei preocupado, de verdade.
Cheguei na casa da Penny e o carro do meu cunhado não estava lá. Abri o portão devagar para não acordar as crianças e bati na porta.
Ela abriu, sorriu pra mim e ajeitando os cabelos sem pentear, pediu que entrasse sem fazer barulho.
ㅡ vamos pra sala de jantar, fecho a porta e as crianças não nos ouve conversando. ㅡ ela disse em um tom baixo.
ㅡ tudo bem...
Passamos pela sala e ela abriu a porta da sala de jantar; depois a cortina. Eu não estava entendendo nada e minha única reação foi chorar. Foquei meu olhar em um cartaz que o Matteo segurava; e escrito em braille me fez o pedido mais lindo do mundo.
" VINI, CASA COMIGO?"
Todos me esperavam, inclusive as crianças que já estavam acordadas e rindo da minha cara de paisagem e alegria. Coloquei minhas mãos no rosto e meu pai guiava o Matteo até onde eu estava e eu não conseguia me mexer.
Eu não conseguia emitir uma só palavra. Era como se me faltasse ar, mas quando ele tocou meu rosto e secando minhas lágrimas, meu ar voltou e mergulhei meu corpo no seu o enchendo de beijos.
" ACEITO! FILHO DE UMA ÉGUA!! ㅡ disse com minha face enfiada em seu peito.
ㅡ rsrs, ei...fica calmo! ㅡ ele disse alisando minhas costas e meu pai nos abraçou.
ㅡ de onde você veio? Amor...é você mesmo? kkkkk Matteo...do céu, que loucura foi essa?
ㅡ estou aqui desde as sete, o Valter foi me buscar e sua irmã e madrasta me ajudaram a preparar esse café da manhã pra você. Ah, tem mais...!
ㅡ mais? hahaha...mais o quê?
Ele botou a mão no bolso e tirou uma caixinha pequena com um par de alianças de dentro e colocou uma em meu dedo. A outra eu coloquei nele e selamos nosso amor com um beijo.
Só escutei eles gritando " AÊHHHHH" e meu cunhado veio nos desejar felicidades; depois a Laura e a Penny.
Meu pai e o Valter tinham deixado os carros na rua de trás, por isso quando cheguei, não vi nenhum deles estacionado em frente a casa. Meu cunhado tirou o celular do bolso e ligou o aparelho.
"Cretino, por isso só dava caixa postal."
A Penny o obrigou a desligar porque sabia que o Valter daria bola fora caso eu ligasse.
Me enganaram bonito e pedi que nos sentassem, eu estava morrendo de fome.
ㅡ deixa que eu te sirvo.ㅡ o Matteo disse e eu sorria feito criança.
ㅡ obrigado, amor. Você fez tudo isso pra mim...muito obrigado.
ㅡ às vezes você esquece que sou cego. Aquele dia no escritório te ouvi dizendo que casaria comigo se eu te pedisse...Sou o Demomidor, cara...agora vai ter que cumprir.
ㅡ kkkkk, e nem me falou nada que ouviu. Falei tão baixinho...
ㅡ rsrs, mas eu estava acordado. Eu estava esperando o momento certo. Aí você viajou e percebi que não consigo mais ficar longe de você. É como se me faltasse tudo. Você e eu sabemos que é meio cedo, mas quem se importa? Se for pra eu ter que passar o resto da minha vida com alguém, que seja contigo. Te amo demais. E escolhi te pedir em casamento na casa da sua irmã, porque foi aqui que eu te vi pela primeira vez.
ㅡ ah, viado...me fazendo chorar de novo. Vem aqui e me dá um beijo.
Não foi um beijo como eu queria. Estavam todos olhando para nós e o Matteo com uma vergonha sem sentido, mas disposto a curtir o nosso momento. Recebi um carinho no rosto e a Nina veio se sentar no meu colo.
ㅡ tio, quelo beijo também.
Enchi suas bochechas de beijos e ela pulou pro colo do Matteo que a segurou e a abraçou com carinho.
A Penny se levantou e erguendo a camiseta até os seios, mandou o recado do ano pra quem quisesse ouvir.
ㅡ está vendo essa barriga? Acolheu essas duas criaturinhas fofas. E está disponível pra acolher os pirralhos de vocês também.
Mesmo com seu jeito doido, foi a coisa mais maravilhosa que a Penny disse todos esses anos. O Matteo estava emocionado. Ela o abraçou dizendo que geraria nosso filho com muito amor e carinho, caso quisessémos. Acho que foi a partir desse dia, o ponto de partida pra quê o Matteo e a Penny se tornassem inseparáveis; como o Valter e eu.
Me levantei indo até a coiznha e meu pai veio logo atrás. Ele me olhou de um jeito que nunca o fez e era como se estivesse encerrando mais uma etapa em sua vida.
ㅡ agora posso morrer feliz. Ele disse e me abraçou.
ㅡ bate na madeira! Primeiro o senhor vai ver a Cruela parindo seus netos, meus filhos e do Matteo.
ㅡ kkkkk, isso é tão estranho.
ㅡ kkkkk, mas só tem esse jeito, ou adotar. Pior é ela com todo esse temperamento, carregando meus filhos...coitados. Mas sei que não vai faltar amor.
ㅡ eu não esperava outra atitude da sua irmã. Sempre te defendeu de tudo e de todos e você nem precisava, mas ela estava lá. Está feliz?
ㅡ muito! Caramba, olha isso pai... ㅡ mostrei minha aliança e ele beijou meu dedo.
ㅡ bem-vindo ao time dos algemados!
ㅡ kkkkk, valeu.
Voltamos pra mesa e fui até a Laura que me lançou seu melhor sorriso maternal.
ㅡ você faz parte da minha vida e de tudo que acontece comigo. ㅡ disse e ela chorou no meu ombro.
ㅡ vai ser feliz, filho! Te amo, viu?
ㅡ eu também te amo, lindona.
Tomamos café, conversamos e briguei com a Penny por ela ter feito eu acreditar que ela e o Valter estavam brigados. Fiquei preocupado de verdade. Agradeci por ter ajudado o Matteo e ela me pediu pra sentar ao seu lado.
ㅡ ele me ligou desesperado sexta-feira. Disse que queria te fazer uma surpresa e Vini, aquele homem te ama mais do que você imagina.
ㅡ rsrs, e acha que não sei? Meu coração ainda não está recuperado da emoção que senti agora pouco kkkkk.
ㅡ bixa fresca, mesmo. Fica pro almoço?
ㅡ obrigado, mas eu quero ir pra casa com o Matteo. Estou exausto.
ㅡ tudo bem. Amanhã passa aqui pra gente conversar.
ㅡ vou pensar kkkk.
ㅡ besta.
Agradeci a todos pela surpresa maravilhosa e o Matteo já batia a bengala no chão de tão ansioso para ficarmos sozinhos.
Disse que iríamos até minha casa e ele perguntou se tudo bem ficarmos por lá. Eu achei ótimo, estava cansado e com sono. Ofereci meu braço e sua boca procurava meu pescoço. Recebi um beijo carinhoso e quando chegamos, ele me tomou em seus braços com urgência.
ㅡ minha nossa, que saudade...te amo, te amo demais. ㅡ ele disse e afundei meu rosto em seu peito.
ㅡ também te amo, cara. Senti tanto a tua falta...que saudade desse cheiro, desse abraço...meu marido lindo e taradinho.
ㅡ kkkkkk, eita que eu me comportei feito um lorde.
ㅡ porra, ainda bem né? Ou te responderia um NÃO, bem na sua cara.
ㅡ credo amor, fiquei só em casa sentindo o cheiro da tua camisa e dormindo sozinho, desamparado...
ㅡ pro seu bem, né? kkkk
ㅡ kkkk bobo. Quer dormir um pouco? Mandei limpar a casa pra você chegar e descansar gostoso comigo.
ㅡ pensei que tinha sido a Penny.
ㅡ ela quem chamou a diarista, mas eu paguei kkkkk.
ㅡ porra, que marido mais atencioso que eu tenho. Bora lá dormir porque não aguento mais ficar em pé, mas quero te dar um mimo. Não é nada demais, só uma lembrancinha.
Peguei a cadeira de balanço que ainda estava na minha mala e ele mesmo fez questão de abrir a caixa.
ㅡ eita...estilo vitoriana, hahaha...que lindinha. Ela balança e tudo...adorei, amor!
ㅡ rsrs, vou colocar em cima da sua mesa com seus desenhos.
ㅡ assim que chegarmos no meu Ap, eu mesmo coloco.
ㅡ agora me leva pro quarto e me faz dormir um pouco.
Minha casa estava mais espaçosa, mas ele ainda batia em algumas coisas. Conseguimos chegar no meu quarto com nossas canelas intáctas e nos jogamos na casa. Dormi tão rápido que só senti ele me beijando a nuca e apaguei.
Acordei e o Matteo não estava na cama. Era quase 15:30, vesti um short qualquer e fui à procura do dele. Ouvi barulho na cozinha e o vi procurando alguma coisa no armário. Cheguei mais perto tentando não fazer barulho e ele se virou pra mim.
ㅡ onde tem uma chaleira?
ㅡ kkkkk. Puta merda! Tentei vir devagar, mas não acerto uma.
ㅡ kkkkk, continue tentando. Preciso de chaleira pra fazer café. Tem alguma por aqui?
ㅡ tem...
Peguei a chaleira dentro do armário da pia e entreguei a ele. Puxei a cadeira, me sentei e fiquei observando como ele fazia as coisas sem usar a visão. Ele viu que o fogão era automático, encheu a chaleira com água, ligou o fogão e botou a água ferver. Perguntou onde estava o pó, açucar e o coador de papel. Fui falando onde estava e ele reclamava um pouco por não encontrar tão facilmente.
Ele passou o café e peguei as xícaras que estavam na últuma prateleira. Nos sentamos e ele me serviu.
ㅡ onde vamos morar? ㅡ ele disse e eu fiquei pensativo.
ㅡ no seu apartamento. Melhor pra você.
ㅡ tem certeza? Porque lá é bem menor e aqui tem mais espaço para suas coisas.
ㅡ eu me adapto em qualquer lugar. É muito mais fácil pra mim do que pra você. Vamos ser racionais...você vai ficar de mal humor por um bom tempo porque até se acostumar, vai ter que depender de mim pra te ajudar e você odeia isso que eu sei.
ㅡ kkkkkk por isso que te amo tanto.
ㅡ não quero você emburrado, deus me livre. Já basta seu mal humor quando acorda.
ㅡ caramba, já está apontando meus defeitos?
ㅡ kkkkk, estou mentindo?
ㅡ kkkkk não! Então o senhor se muda pro meu Ap. Quando? Hoje!
ㅡ calma, preciso encaixotar minhas coisas. Separar meus livros e minhas roupas...
ㅡ o quê vai fazer com a sua casa?
ㅡ talvez eu alugue, mas vou pensar nisso depois. Me dá um beijo.
Ele veio até mim e se sentou no meu colo de lado. Enfiei minha mão por dentro de sua camiseta e massageei suas costas. Seu beijo me fez esquecer um pouco de tudo e todos. O abracei forte e dr repente me lembrei "daquele assunto". Eu não sabia o quê fazer. Ficamos abraçados por um tempo e ele disse que o Roberto tinha ligado. Perguntei quando e foi no mesmo dia que o vi em Eldorado com o tal rapaz. Eu precisava saber de algumas coisas sobre ele e aproveitei que o Matteo entrou no assunto.
ㅡ o quê seu irmão queria?
ㅡ saber como eu estava, mas desligou na minha cara quando eu disse que te pediria em casamento. ㅡ ele disse rindo e parecia não se importar...só parecia.
ㅡ que novidade! Ele faz o quê pra viver, além de se incomodar com a vida alheia?
ㅡ ele é piloto de avião. Trabalha pulverisando plantações. Ele faz vôos particulares também. Ah, ele vai muito a Eldorado, a cidade é referência em producão de soja e milho aqui no estado.
ㅡ verdade. Eldorado é longe, então ele dorme por lá?
ㅡ teve uma época que ele chegava a ficar de três a dez dias. A Mellina ficava louca. Eles brigavam demais e quase se separaram.
ㅡ nossa! Deve ser legal...pilotar avião.
ㅡ kkkkk, eu mal consigo pilotar o fogão lá de casa... ㅡ ele disse e mordeu meu ombro.
ㅡ ai, caramba!
Ele não parava de rir e me lembrei que era época de colheita na região. E no caminho, quando estávamos voltando de Eldorado, caminhões carregados de soja passaram por nós.
Estava explicado o porquê dele estar tão longe de casa.
Minha cabeça estava confusa e eu não sabia o quê fazer com tudo que tinha descoberto. Saber que o Roberto tinha um amante em outra cidade me deu uma certa raiva. Sua atitude hipócrita estava machucando o Matteo e por mais que ele tentasse não se importar, lá no fundo, eu sabia que o magoava.
Fiquei com essa estória do Roberto na minha cabeça e me aborrecia quando o Matteo tentava alguma aproximação e o cara não o respondia.
Eu já tinha me mudado pro apartamento fazia uma semana e o interfone tocou. Era o Evandro dizendo que o André, irmão do Matteo, estava subindo.
Disse que tudo bem e fiquei na porta esperando o elevador chegar.
Nesse dia ele chegou sozinho e quando o vi, pensei que era algum filho perdido do Matteo ㅡ eram parecidos demais.
Nos cumprimentamos e comentei sobre a semelhança. Ele começou a rir e disse que eu não era o único a perceber.
Pedi que ficasse a vontade e disse que o Matteo estava no banho. Ele pediu para eu me sentar e segurou minha mão de uma forma amigável.
ㅡ eu quero te pedir desculpas pela ignorância dos meus irmãos e, quero que saiba o quanto estou feliz por vocês. Não vou mentir dizendo que não fiquei surpreso quando o Roberto ligou me contando, porque fiquei, mas uma coisa que o Matteo sempre me ensinou: é que se estamos felizes com nós mesmos, nada mais importa. E se ele está feliz, pra mim está tudo bem. Quero ver se consigo me estabelecer por aqui até final do ano; abrir meu próprio consultório e poder dar mais atenção pro meu irmão.
ㅡ obrigado pela consideração, mas não se sinta culpado. Sobre você vir pra cá, seria muito bom porque o Matteo te adora e vai ser ótimo ter alguém de sangue tão próximo dele.
ㅡ mas estou fazendo isso por debaixo dos panos, quero fazer uma surpresa pra ele...se puder guardar segredo, eu agradeço.
ㅡ claro, fica tranquilo...eu vou ver se aconteceu alguma coisa com ele. Faz tempo que ele entrou no banho.
Fui até o banheiro e bati na porta. Ele abriu e perguntei o porquê de tanta demora. Ele ficou ruborizado e estava estranho demais pra quem só estava tomando banho. Perguntei se estava se masturbando e começou a rir da minha cara.
ㅡ kkkk, claro que não. Só estava meio que...digamos...porra, Vini...saco viu!
ㅡ minha nossa...nem quero saber!
ㅡ droga, você me faz ficar com vergonha...
ㅡ seu irmão está te esperando. Lava logo essa bunda e vem pra sala.
ㅡ como você sabe que estou dando um trato na minha bunda?
ㅡ porque todas as vezes que você quer dar ela pra mim, você demora no banheiro. Dar, no modo de falar, né!? Porque só vou considerar que me deu a bunda quando eu por minha pica aí dentro.
ㅡ kkkkk, eu já estou indo, e por favor, não me deixa mais constrangido do que já estou. Já acabei.
ㅡ que bom! Porque não estou conseguindo aguentar tanta fofura...vou trocar você por ele. Ele é a sua cara mesmo.
ㅡ kkkkk vai nada! Ele é um amor, não é? Não parece meu filho?
ㅡ foi a primeira coisa que eu pensei kkkkk.
ㅡ diz que vou trocar de roupa e já estou indo.
ㅡ não demora.
Voltei pra sala e o André olhava a cadeira que o Matteo tinha desenhado. Os esboços estavam sobre uma mesinha e ele pergutou onde poderia comprar. Disse que meu cunhado fabricava e que se quisesse lhe passaria o endereço. Anotei em um papel e entreguei a ele.
Ouvi o Matteo vindo e os dois sorriam felizes por estarem juntos. Se abraçaram e fui até a cozinha preparar uns aperitivos. Deixei os dois conversando e o Matteo estava tão feliz com a visita do irmão que me emocionei quando ouvi o André dizer que estava feliz por nós dois e que poderíamos contar com ele e a esposa, sempre.
Na hora me lembrei do Roberto e veio um nó na minha garganta por saber algo tão íntimo de alguém e de certa forma, estava prejudicando alguém que eu amava.
Me senti mal por esconder algo tão importante do Matteo que pensei em desabafar em várias ocasiões, mas sempre desisti ㅡ não era o momento certo.
Seu irmão ficou para o jantar e foi bom para o Matteo se distrair um pouco com alguém tão próximo e querido.
Antes de ir embora, o levamos até o elevador e me agradeceu por fazer parte da vida do Matteo ㅡ o quê para mim não era sacrifício algum. Amar o Matteo é tão fácil e simples quanto respirar.
Na semana seguinte, eu me preparava para a última aula e meu celular tocou. Não era um número conhecido, mas pelo DDD suspeitei que fosse um dos irmãos do Matteo; não era o André.
Atendi da forma mais simpática possível e era o Claudio. Fiquei aliviado, temi que fosse o Roberto e eu não estava nem um pouco afim de ouvir desaforos de sua parte; ainda mais pelo o quê eu sabia sobre ele.
Fui sincero ao dizer que estava surpreso com a ligação e ele disse que o Matteo havia ligado para avisar que estávamos morando juntos. Resolvi ir direto ao ponto e pergutei qual era o motivo de sua ligação e minha face queimava de anciedade.
ㅡ sei que não tenho sido o irmão que o Matteo esperava que eu fosse, mas posso dizer com toda a sinceridade do mundo que desejo o melhor pra vocês dois. Fico feliz que ele esteja bem e espero poder nos encontrar em breve. Confesso que ainda estou meio chocado, mas quem sou eu pra julgar qualquer pessoa nesse mundo?
ㅡ eu te agradeço por ligar e compreender que eu quero o melhor pro Matteo. Se não foi fácil pra você aceitar, imagina pra ele? Aceitar a si mesmo também é um processo doloroso. Só quero que continue como era antes e saibam que o Matteo continua sendo a mesma pessoa. Não vou cobrar que goste de mim ou que se simpatize comigo, só não deixe de ser importante na vida dele.
ㅡ rsrs, bem que ele me avisou que você não amolece facilmente quando eu disse que te ligaria para conversarmos. Eu não vou me sentir obrigado a gostar de você por ele, mas ele é meu irmão e eu o amo. Respeito ele por te amar e te respeito e admiro por não nos deixar interferir no relacionamento de vocês. Quanto ao Roberto, esse vai ser mais difícil, mas ele não é uma má pessoa, apenas acredita na sua fé e acha que tudo tem que ser como está na bíblia. Eu acho muita hipocrisia, visto que ele não é nenhum santo, mas...
ㅡ desculpa, mas ele não é o tipo de marido que chega em casa bêbado e bate na esposa, é? ㅡ ele ficou em silêncio por segundos e suspirou.
ㅡ não, isso nunca. Ele nunca levantaria a mão para a Mellina, mas desconfio que ele anda pulando a cerca por aí. Acho que falei demais...
ㅡ rsrs, não se preocupe, se tem uma coisa que sei fazer muito bem...é fingir que não ouço certas coisas.
ㅡ rsrs, ah que bom...porque eu não te falei nada.
ㅡ kkkkk. Nos faz uma visita esse mês, conversamos, bebemos e o Matteo vai ficar muito feliz estando contigo.
ㅡ vou esperar o aniversário da cidade e vamos passar o fim de semana com vocês.
ㅡ vai ser ótimo. Se importa se eu desligar? Preciso terminar de guardar meu material no armário, a escola já está fechando e eu ainda estou aqui.
ㅡ opa! Me desculpa. Nos falamos e se cuidem.
ㅡ nos falamos e tudo de bom.
Menos um pra eu ter que me preocupar. Agora só faltava o "homem de deus". Ta de brincadeira? Eu quase comecei a rir, mas não me surpreendi. Como disse antes, homens iguais ao Roberto existem aos montes por aí e é uma pena. Ninguém é obrigado se assumir, mas criticar alguém estando na mesma posição, aí já é demais.
Guardei minhas coisas no armário e o Matteo me ligando. Atendi dizendo que já estava indo e quando cheguei em casa, ele me esperava no sofá só de cueca. Me enfiei entre suas pernas e ele me abraçou com uma vontade que só ele sentia.
ㅡ eita que meu maridinho já está todo safado me esperando kkkkk. ㅡ disse me deitando sobre ele.
ㅡ kkkkk, não gostou? Vou me trocar!
ㅡ vai nada...vou tomar banho e...
ㅡ vou contigo, só estava esperando você chegar. ㅡ ele ficou me olhando e tirei rapidamente meu jeans. Subi em seu peito e botei meu cacete em seus lábios.
ㅡ lambe! ㅡ ele botou a língua pra fora e passou na minha glande. Me puxando pra mais perto, segurou minha cintura e afundou a cara no meu púbis. Lambeu meu cacete, cheirou, chupou meu saco e sorriu.
ㅡ você sabe me deixar doido...safado!
Ele me jogou pro lado e veio por cima de mim com seus dedos nas minhas costelas, me fazendo cócegas e beijando meu pescoço. Eu quase me mijei de tanto rir e ele me abraçou. Senti que ele estava feliz e era bom ver sua face despreocupada. Ele quando está triste com algo fica ligeiramente insuportável com qualquer pessoa e aprendi a lidar com isso com o passar do tempo. Sempre que me deparava com sua rabugisse, apenas me limitava a estar perto dele só esperando ele me tocar; sempre dava certo. Então ele me abraçava e deixava sua chatisse de lado bem rapidinho. Eu sorria feliz e ele me amava como sempre.
Me livrei de suas mãos dando um salto do sofá e me deitei no outro lado. Ele se deitou no meu peito e deslizava seus dedos pelo meu corpo enquanto mordia de leve meu pescoço. Não sei o porquê, mas ele era a única pessoa que me fazia sentir a vontade em relação a tudo e não consegui mais guardar segredo. Mirei o teto e com a voz calma, disparei:
ㅡ vi seu irmão, Roberto, aos beijos com um rapaz em Eldorado. ㅡ ele parou de me tocar na mesma hora e me virei de frente pra ele. ㅡ Me perdoa por não ter te contado isso até hoje? Fiquei chocado, Teo, quando tive certeza que era ele e com mais raiva por ele estar te fazendo sofrer. ㅡ ele tirou os óculos e se aninhou no meu peito feito um gato encuralado.
ㅡ hipócrita! Ele te viu?
ㅡ claro que não. Eu estava procurado uma lojinha pra te comprar uma lembrança e o vi entrando num Ford Ranger com o tal rapaz.
ㅡ por isso você me perguntou onde ele trabalhava...
ㅡ sim, mas foi pra ter certeza...porque Matteo, pessoas parecidas existem aos montes por aí e eu não podia levantar uma suspeita falsa.
ㅡ não me importo com quem ele dorme, mas que pelo menos respeitasse a Mellina. Se não a ama mais, pede o divórcio...Agora tenho motivos pra que quando ele vier me falar qualquer bosta, jogar na cara dele as merdas que anda fazendo por aí. Que cara de pau! Ter corgem de me dizer que não sou mais digno de conviver com a familia dele, mas trair a esposa com outro pode?
ㅡ pra você ver...
ㅡ esse mundo é pequeno demais para ficarmos escondidos. Ele acho que tendo um amante tão longe de casa, nunca seria descoberto...que ingênuo! Quer saber? Agora é que não me preocupo mais em saber nada dele. Se vier me procurar, tudo bem, e se não vier...que se foda. Nunca precisei dele pra nada e não é agora que vou precisar.
Depois desse dia não tocamos mais no assunto e parecia que o Matteo havia tirado um peso de suas costas. Nossa relação estava bem e estávamos felizes demais.
Era sexta-feira, eu tinha acabado de chegar em casa com o Matteo quando abri aporta e o segurei em meus braços o levando pro sofá.
Ele caiu todo aberto e tirei seus óculos. Me livrei de toda a roupa e como em uma dança sensual, movimentei meu corpo sobre o dele que logo me segurou pela cintura me fazendo sentar em seu cacete.
ㅡ meu deus, você é maravilhoso. ㅡ ele disse e meteu meu cacete na boca me fazendo gemer alto demais. Ele riu me pedindo pra ficar quieto e aproveitei para o provocar passando minha pica eu seu rosto.
ㅡ qual o sabor da minha pica?
ㅡ porra...que tesão! Tem o cheiro do seu hidratante corporal, com um leve sabor salgado de suor e sua essência de safadeza.
ㅡ kkkkk gosta?
ㅡ você é meu homem e tudo em você me excita. Sua voz, seu cheiro de banho tomado ou não...isso me faz despertar desejos que nunca senti. Posso te perguntar uma coisa?
ㅡ claro!
ㅡ sente desejo em me foder? ㅡ não esperava que fosse essa a pergunta, mas respondi sem muito pensar.
ㅡ claro que sinto. Sou versátil na cama, gosto de dar, de foder, gosto de sexo. ㅡ ele segurou meu pescoço e mordeu meus lábios.
ㅡ que bom, porque toda vez que me faz gozar pelo cu, sinto vontade de te dar, mas ainda fico com vergonha de te falar certas coisas...
ㅡ você não precisa sentir vergonha do que sente, não comigo. Dividimos agora a mesma cama e quero que se sinta a vontade pra descobrir sabores que nunca sentiu. Vida de casal é isso. Se deita, vou fazer uma coisa.
Ele se deitou e cruzou os braços acima da cabeça. Pedi que abrisse a boca e segurando seu queixo, cuspi devagar em sua língua. Suas mãos vieram de encontro a meu rosto e ele colocou seu dedo na minha boca. Eu chupei, lambi e ele abriu a boca novamente para eu cuspir, mas antes, dei uma mamada em seu cacete e segurei seu pré-gozo na minha língua. Ele sacou na hora a minha malandragem e botou a língua pra fora. Misturei meu cuspi com seu pré-gozo e nos beijamos em seguida. Ele parou o beijo me olhando e me aninhou em seu peito. Meu corpo estava totalmente sobre o dele e nossos cacetes duros se enroscavam.
ㅡ quero chupar seu cu, meter a língua nele com força e quero agora. Senta aqui e rebola na minha cara...vem meu tesão! Depois vou te dar banho e lamber, chupar e deixar seu cuzinho arrombadinho...vou te foder gostoso, meu Teo, vou te deixar tão relaxado que vai querer minha pica dentro de você a noite toda.
ㅡ caralho, que tesão da porra! Meu cu ta piscando pra você, safado. Vini, e se eu não gostar?
ㅡ você vai...porque vou te foder com muito carinho e amor, e vai adorar sentir eu entrando em você. Prometo que vou devagar, com calma...
Me deitei e ficando com as mãos livres para segurar sua cintura, o guiei até minha língua que pedia por ele. Quando abri aquela bunda gostosa e senti seu cheiro suado do dia, quase gozei. Cheiro de homem, quem não fica doido? Babei muito naquele cu que piscava loucamente por mim.
Levei ele pro banheiro e pela primeira vez nos degladiamos embaixo do chuveiro. Um querendo mostrar ao outro quem era o mais ativo. Ganhei o prensando na parede e a frase que quase me fez rir um dia, me deixou naquele momento com tesão.
ㅡ com esse jeito de bixa, não diria que fosse tão machão. ㅡ ele disse e abri suas pernas.
ㅡ puto! Vai gozar com meu cacente enterrado em você!
Desci até suas pernas e lhe fiz tremer com lambidas e chupões em suas canelas e coxas. Era delicioso sentir seu corpo estremecendo. Era incrível ver e saber que ele estava tão entregue a mim que sem pensar duas vezes o levei pro quarto...
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Continua...
Espero que estejam gostando. Obrigado pelos comentários e por lerem. Minha alegria é saber que estou agradando.
Meu e-mail para contato é: lucley.cdc@gmail.com ㅡ para quem quiser entrar em contato.
Tenham um bom dia e até o próximo. Grande abraço!! 😉✌