Antes de conseguir alugar um apê para morar em Recife — uma nova cidade pra mim, que sou capixaba —, eu fiquei morando no apartamento do Rafa, que conheci num grupo no Facebook. Ele era um cara bacana, gente boa; estudava Direito, adorava surfar e era bastante caseiro, nunca gostando de ir às baladas e clubes noturnos da cidade. Não bebia. Na época ele tinha uma namorada, a Júlia, de quem eu gostava muito, embora fosse um tanto antipática às vezes. O corpo do Rafa era magro, esbelto, e musculoso naturalmente, era o que parecia, porque nunca soube de ele frequentar academia. Cabelo castanho claro, barba bem rala, quase 1,80 de altura. Bonitos olhos cor de mel e uma bunda que, pelo que conseguia ver na calça jeans dele, era de tamanho médio e bem dura. Sempre tive curiosidade de ver o que havia entre as virilhas.
Nunca pensei que esse dia chegaria.
Passei somente três semanas no apartamento dele até conseguir alugar o meu. Depois disso, continuamos bem amigos. O namoro dele ia bem, e eu, como bissexual, ia fodendo as gurias e os guris da cidade que eu vinha conhecendo, e, como versátil, pude aproveitar bem o que a calorosa Recife tinha para me oferecer. Até um dia que o Rafa me convidou para um jantar no apê dele e a Júlia estava lá. Eu a cumprimentei tranquilamente. Eles haviam pedido duas pizzas e nós as devoramos durante o jantar, enquanto ríamos das piadas do Rafa e dos problemas no trabalho da Júlia, que, naquela noite, estava simpática e sorridente, muito diferente da Júlia que eu conhecera dois anos atrás, quando fui morar no apê do namorado dela.
Quando terminamos o jantar e ficamos comendo mousse de chocolate como sobremesa, Júlia iniciou uma conversa que eu nunca pensei em ter com ela e com o Rafa.
Ela disse:
— A gente queria te fazer um convite. Eu e o Rafa discutimos bastante a ideia e a gente queria saber se tu topava fazer um ménage com a gente.
Fiquei sem palavras, é claro. Olhei para Rafa, buscando algum tipo de confirmação da parte dele. Ele me olhava com um rosto um pouco tenso, como se eu fosse o pai dele e ele estivesse me perguntando se podia dormir na casa de um amigo. Era óbvio que eu queria, principalmente pelo Rafa. Não que eu não sentisse tesão na Júlia, que tinha mais ou menos 24, era publicitária, bonita, uma pele alva meio rosada, uma bunda polpuda e uns seios bem desenhados sob a blusa; cabelos tingidos de ruivo natural. Mas era por Rafa que o meu pau ficou meio bomba naquele momento. Era pela vontade de ver aquele corpo nu diante de mim, com o pau duro pulsante, fodendo alguém. Era por isso.
Mesmo assim, não respondi de cara. Perguntei:
— Vocês têm certeza disso?
— Claro que a gente tem — disse Júlia, olhando para Rafa.
Rafa confirmou com a cabeça. Eu não tinha certeza se ele sabia do fato de eu ser bissexual. Nunca entramos nessa conversa. Também não sei se Júlia sabia sobre isso, muito embora eu e ela tivéssemos amigos em comum, amigos em comum esses que sabiam muito bem do fato de eu gostar muito das duas coisas.
Eu perguntei se eles estavam brincando comigo. Eles negaram. Explicaram que queriam experimentar coisas novas porque, depois de alguns anos de namoro, as coisas podem ficar bem chatinhas, a Júlia explicou, rindo. E o Rafa parecia bastante empolgado. Por isso eu disse:
— Topo. Topo sim.
Eles riram.
— Aê! — Júlia exclamou.
Rafa ergueu o punho e eu bati nele com o meu.
— Vai ser hoje? — perguntei.
Eles disseram que não. Que iria ser no domingo (era sexta-feira).
Quando eu cheguei em casa depois daquela noite, depois de tomar banho e me deitar pra dormir, senti as veias do meu pau se lotarem de sangue só de imaginar como seria a noite com Júlia e Rafa. Por conta da rotina corrida e super-atarefada, fazia mais ou menos uma semana e meia que eu não batia uma. Comecei a me tocar, mas parei. Eu tinha que deixar meu pau bem duro, bem cheio de porra. Eu queria gozar muito no domingo.
* * *
O domingo chegou. Passei o dia inteiro pensando na noite, e eu não podia negar o fato de eu estar um pouco nervoso. Não sabia como Rafa iria se comportar, se ele colocaria barreiras entre ele e eu ou entre Júlia e eu. Eles pareciam um casal que se completava bastante na cama e não tem nada pior do que ser deixado de lado num ménage.
Mas a noite chegou. Tomei banho, e corri no carro para o apê do Rafa.
Eram umas sete da noite. Ele estava de bermuda e uma regata. Júlia estava com um vestido curto. Eu também estava de bermuda, usando uma camisa polo simples.
Antes de irmos para o quarto, Júlia me perguntou se eu queria uma água ou alguma outra coisa e eu disse que não. Fomos para o quarto.
A cama era de casal. As paredes brancas e o único som lá dentro era o do ar-condicionado em pleno funcionamento. Júlia não esperou nada. Começou a beijar Rafa, empurrando o corpo dela contra o dele. Esticando o braço, ela pegou minha mão e me puxou para trás dela. Comecei a beijar seu pescoço, sentir o cheiro dela. As mãos do Rafa percorriam o corpo dela e, como eu estava colado nela, era impossível elas não esbarrarem em mim também. Meu pau inchou por trás da bermuda e da cueca. Eu sentia o corpo dela tenso, cheio de tesão por nós dois. E Rafa beijava como um profissional.
Ela tirou o vestido, ficando somente de calcinha. Eu tirei a camisa e a bermuda e, por debaixo do tecido branco dela, nunca tinha visto meu pau tão pesado e duro e inchado. Rafa tirou a camisa e o peitoral dele era alto, uns gomos salientes na barriga, pelos curtos. Eu podia gozar ali mesmo. Ele tirou a bermuda e a cueca de uma só vez e o pau dele pulou para fora. A cabeça vermelha já estava para fora, era um daqueles paus sem veias, bem lisos, a cabeça grande, a pré-porra escorrendo para o chão.
Júlia se esparramou na cama e disse para mim: — Me chupa.
Eu não ia esperar. Tirei a cueca. Eu não precisava me masturbar. Se eu tocasse no meu pau, eu gozaria e eu não podia estragar essa noite. E enquanto eu chupava a boceta dela, eu olhava para cima na cama e a boca dela estava no pau dele. O pau dele circulando pela boca de Júlia, ele gemendo baixinho, ajoelhado na cama, as bolas penduradas, quase sem pelos. O corpo dele era lindo.
O tesão já dominava o quarto quando Júlia fechou as pernas e se ajoelhou entre nós dois. Ela me beijou e eu podia sentir na boca dela o sabor ácido do pau de Rafa. Depois ela o beijou. Ele estava com a mão entre as pernas dela e eu senti vontade de pegar no pau dele, mas eu não sabia se ele ia achar aquilo invasivo demais.
Então Júlia falou para o Rafa: — Beija ele.
Rafa olhou para mim, um pouco desconfiado e hesitante. Minha boca babava. Meu pau endureceu ainda mais.
— Tem algum problema, Guto? — Ela perguntou olhando para mim.
— Claro que não.
E eu vi o rosto dele vindo em minha direção. A boca rosada aberta. A ponta da língua surgindo entre os dentes. Não suportei. Peguei-o pela nuca e puxei para perto. Nós nos beijamos. De início o beijo dele era um pouco incomodado, sem experiência com garotos, achando tudo muito estranho. Mas, depois, foi avançando, e o calor molhado da boca dele me encheu de tesão mais e mais que quase gozei ali mesmo. A língua era quente e tinha a aspereza das línguas experientes. A saliva era doce, gostosa. O calor dele junto com o meu tinha uma harmonia que não necessitava de mais nada.
E então nos separamos.
Ele pôs a camisinha. Eu também coloquei. Ele me disse — Pauzão, hein?
Não consegui fazer mais nada além de sorrir. Eu queria aquela boca no meu pau, eu queria chupá-lo também. Mas a noite prometia.
Nós dois fodemos a Júlia. Ele primeiro a comeu pela boceta e eu o cu dela, que era somente um pouco apertado. Rafa estava debaixo, Júlia o cavalgava e eu estava ajoelhado. Às vezes nossas bolas se batiam e se esfregavam enquanto ele e Júlia e eu gemia. Quando cansamos da posição, invertemos, e quando cansamos dessa também, e nossos corpos se separaram, eu peguei o pau dele e perguntei se podia chupá-lo. Ele não falou nada. Júlia, animada, disse:
— Chupa ele enquanto eu te chupo.
Nós nos deitamos. A boca de Júlia era gostosa e ela sabia como chupar bem um pau. Mas a delícia maior era estar ali, com a boca no caralho inchado de Rafa, a minha mão direita percorrendo o corpo dele, sentindo ele gemendo. Eu sentia o cheiro dos testículos, o pelo, o sabor da pré-porra dele era ácido e doce ao mesmo tempo. Eu queria fazer ele gozar. E, quando menos eu esperava, senti as mãos de Rafa no meu cabelo e depois ele agarrou a minha nuca e começou a foder a minha boca, gemendo alto. Eu deixei. Eu queria aquilo. Não sabia qual era a reação de Júlia naquele momento, mas ela continuava me chupando e só parou quando Rafa parou de foder minha boca também, dizendo, ao mesmo tempo que gemia: — Caralho. Coisa boa da porra, mano.
— Me fode agora, Guto.
Ela se deitou e abri as pernas. Eu podia sentir a boceta dela vibrando de tesão. A guria estava fascinada por aquilo.
Eu pus outra camisinha. Comecei a fodê-la, bem fundo, e beijando, quando ouvi, atrás de mim: — Tu deixa eu te foder, mano? Tu deixa?
Eu concordei. Não precisava de mais nada.
Ele colocou a camisinha, colocou a cabeça daquele pau na porta do meu cu e, assim que eu penetrei Júlia, ele chegou dentro de mim, fundo, gemendo. E, quando mais eu a fodia, mais ele me fodia, e sentir aquele pau — um pau simples, liso, macio, comum — dentro de mim era mais do que o suficiente para me dar mais e mais tesão. Um tesão em dobro. Os mamilos de Júlia estavam duros e eu os chupei, voraz. Eu também a queria fazer gozar. Também queria fazer Rafa gozar, gozar muito, alto. Ainda mais agora que ele passava as mãos pelo meu corpo e de vez em quando se colocava em cima de mim, o peito dele nas minhas costas, ele arfando no meu ouvido. Eu podia gozar ali mesmo. Mas não. Rafa parou, cansado. Disse:
— Tô pronto pra gozar, porra.
Júlia disse que estava próximo.
Separamos. Sentei com as costas apoiadas no espelho da cama, Júlia me cavalgando, e Rafa olhando, esperando, batendo uma devagar. Eu o observava com tesão. O suor escorria no corpo dele brilhando. A boca dele estava aberta, os cabelos ensopados, o corpo tenso, as mãos cansadas, o pau vermelho.
A boceta de Júlia engolia meu pau com bastante rapidez. O rosto dela era de gozo próximo. Coloquei as mãos nos seios dela: bicos duros, rosados. Ela gemeu. Disse: — Tô quase. Tô quase.
Rafa, num ato inesperado de minha parte, veio e ficou, de pernas abertas, no meu peito, com aquele pau no meu rosto. Júlia o abraçou por trás, apertando o peito dele. Ele colocou o pau dele na minha boca. Começou a foder minha boca de novo enquanto Júlia subia e descia. Eu olhava fixo no rosto de Rafa, aquele rosto lindo, gemendo, pronto para gozar. Júlia gemeu alto, gozando. Eu gozei dentro dela. E a fodi com mais força. Ela se agarrou em Rafa e ele gozou ainda fodendo a minha boca. O gozo dele caiu primeiro em minha língua e depois o pau subiu e saiu da minha boca. Gozando no meu rosto. Ele gozou e gemeu e se agarrou em mim. Meu corpo se endureceu todo e depois amoleceu. Poucas vezes eu tinha gozado tanto e tão forte.
Arfando, Rafa se abaixou e me beijou. O suor dele pingou em mim. A língua dele percorreu a minha boca, enquanto meu pau, ainda duro, sentia porra se espalhar dentro da camisinha.
Rafa disse: — Caralho, isso foi bom demais.
— Bom demais — eu disse. E como foi.
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