Naquele mesmo dia, repetiram a foda por mais duas vezes, antes de adormecerem juntos e sem saber que do lado de fora, Kratos, o chefe da guarda, um verdadeiro predador sem escrúpulos não só a assistiu a tudo, como deslumbrado com a performance do príncipe Rosângelo o transformou em sua próxima presa.
Ali mesmo, jurou para si mesmo que faria o possível e o impossível para conquista-lo e enrabá-lo até cansar e já saiu de lá com um terrível plano elaborado para alcançar seu objetivo.
Kratos era um homem muito perturbado mentalmente. Mesmo que na época em questão, não fosse possível chegar a um diagnóstico de psicopatia, sem dúvidas esse era o terrível mal de Kratos, que como todos os psicopatas, não possuía nenhum sentimento, mas sabia fingi-los muito bem para conquistar, usar e destruir seus alvos. O chefe da milícia real, tinha excesso de razão e falta de emoção. Por onde passava facilmente conquistava e destruía a todos facilmente, deixando por onde passava um enorme rastro de violência.
Poucos dias depois de reassumir o trono, Fudéria já dava sinais de melhoras e os súditos estavam esperançosos novamente.
Rei Rufino, depois de receber uma mensagem do príncipe Sabrino, dizendo-se totalmente recuperado e expressando desejo em retornar, ordenou que Kratos e mais quatro guardas o escoltasse de volta ao reino imediatamente e assim que recebeu a ordem partiu para cumprir sua missão. Ficar sozinho com Sabrino, por um bom tempo, antes dele rever seu pai e seu irmão era uma oportunidade se ouro pra começar a semear a discórdia que o ajudaria a conquistar Rosângelo.
Kratos, munido de inúmeras informações que arrancara do empregados do castelo, que eram muito próximos e de confiança da família real, sabia que se quisesse foder Sabrino, facilmente o seduziria, mas este não era seu plano. O que arquitetou era bem mais cruel e doente.
Queria fomentar o desejo que Sabrino sentia pelo pai, coloca-lo em sua cama e dar um jeito de fazer Rosãngelo assistir tudo, o que certamente lhe causaria muita dor e sofrimento, devastando-o tempo suficiente, para que ele com a desculpa de consolá-lo, o deixasse tão dependente de si, que para não perdê-lo, se jogaria aos seus pés completamente apaixonado e implorando por seu amor, que lhe daria até se cansar. Depois simplesmente daria um jeito de eliminá-lo sem deixar rastros.
Pouco tempo depois, surgiu a primeira oportunidade com Sabrino e assim que se viu só com o príncipe dentro de sua carruagem, com uma interpretação digna de um oscar, algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto e sua expressão de tristeza comoveram tanto Sabrino, que depois de retirar seu lenço do bolso e entregá-lo a ele, carinhosamente, insistiu pra saber o que se passava com o capitão, para poder ajuda-lo.
- Não quero lhe incomodar com meus infortúnios príncipe Sabrino. Acaba de sair de uma forte depressão. Não... não tenho esse direito... ficarei bem já já, sem importuná-lo, alteza. Apenas me descontrolei ao lembrar de um fato muito infeliz. Sou um homem sem amigos e gostaria tanto de ter pelo menos um. Minha vida é cheia de tristezas e amarguras e não tenho nem com quem desabafar. Será que minha aparência causa repulsa nas pessoas. Faço tudo para agradá-las e ajuda-las com seus problemas e depois elas se afastam sem nada me dizer. Sofro tanto com isso, meu príncipe. Mas esqueça... Este deve ser meu cruel destino e imagina se um membro da realeza se tronaria meu amigo. Desculpe meu descontrole em sua frente alteza e esqueça estas sentidas palavras que acabei de lhe dizer. Seria um absurdo desabafar com um príncipe. Devo estra ficando louco!!! Me perdoe, Sabrino!!! Prometo controlar minhas emoções e ficar em silêncio até o fim de nossa viagem.
Bastou aquele falso e nojento teatro, para Kratos conseguir de Sabrino, mais do que esperava. Sua atenção incondicional até o fim da viagem que ainda duraria seis dias, sua compaixão, sua inteira confiança e sua mais sincera amizade.
- Está me ofendendo desta forma Kratos! Considera-me tão superficial e materialista a ponto de colocar meu título a frente das pessoas? Não só posso, como gostaria de ter a honra de me tornar seu amigo. Jamais deixaria uma pessoa que se expôs tento em minha frente, com tanto sentimento e sinceridade, sem pelo menos uma chance de ter minha amizade. Indiferente de qualquer diferença social ou hierárquica. Mostrou ser uma pessoa tão rara e cheia de virtudes, que talvez eu é que não esteja a altura dessa amizade. Que tal esquecermos toda e qualquer formalidade e me dar a honra de se abrir comigo?
- Como vossa alteza é magnânimo!!! Me deu uma bela lição e já me deixou melhor. Mas o que está me deixando muito infeliz é um segredo de família que envolve assuntos bem polêmicos alteza. Meu irmão está me cercando de todas as maneiras, para que eu confesse algo que ele acredita que há anos eu e papai vivemos. Vou começar a contar, mas quero que prometa que se o assunto lhe desagradar, não me deixará prosseguir. A última coisa que quero é chocá-lo, certo?
- Prometido, meu amigo! Mas pare de me tratar como criança e continue, por favor!
- Durante toda minha juventude percebi que meu pai me tratava diferente. Não só me dava mais atenção e carinho, que dava aos meus irmãos, como no dia em que completei dezoito anos, ele nos fechou em seu quarto, declarou todo o desejo que sentia por mim e convidou-me para trepar com ele. Muito assustado e despreparado para aquilo, não só o recusei como fui um tanto grosseiro com ele.
Papai ficou desconsolado e adoeceu logo depois. O mais louco é que poucas horas depois de renega-lo como amante um desejo imenso tomou conta de mim, fazendo-me bater várias punhetas pra ele. Um tesão sem fim apoderou-se de meu corpo e quando finalmente resolvi fazer uma bela putaria com ele, era tarde demais para mim. Ao chegar na porta de seu quarto pronto para me entregar a ele, recebo a triste notícia que ele tinha falecido a poucos minutos. Ate hoje não me recuperei do choque que naquela hora e da tristeza que tomou conta de meu corpo e de minha alma.
- Estou chocado, Kratos! Sinto muito, mesmo! Imagino como deve ser doloros...
CONTINUA....