Apenas uma rápida explicação para aqueles que pensaram ou pensam igual Geomateus que comentou num dos contos anteriores dizendo que o final foi vago. Mas quero deixar claro que não me importo com comentários negativos [desde que não seja ameaça], essas coisas não me abalam, apenas quero explicar para que não haja dúvidas.
“No conto postado foi proposital eu deixar subentendido se foi o Diego ou não quem cometeu a atrocidade. Eu não quis afirmar para evitar “ataques”. Quando tiverem alguma dúvida não hesitem em perguntar, eu responderei, exceto aquilo que pode me trazer “algum problema”. Além disso, tem coisas que prefiro resumir pra não ficar longo demais, por exemplo, o conto de hoje os acontecimentos ocorreram no decorrer de quase 1 ano, mas prefiro resumir em poucos capítulos para não ficar cansativo para o leitor e também para não render capítulos inúteis. Além do mais ainda curso Ensino Médio e não posso me descuidar dos estudos, quero estar apto para a prova do ENEM do ano que vem.”
[Vamos lá...]
A conversação entre Beto e a mãe do Diego foi comum. Diego estava conversando pouco, ele tem costume de conversar muito com amigos.
Na mesa de jantar continuou a mesma situação. Não sei como o Beto e a mãe do Diego tinha tanto assunto e riam tanto. As vozes na cabeça do Diego soava mais como um eco, os dois mais pareciam estar rindo e se movimentando em câmera lenta. O foco do Diego, naquele momento era o Beto. A mesa de vidro, permitia Diego observar, cheio de tesão, o volume que o pau e o saco do negão fazia na calça, principalmente quando ele cruzava as panturrilhas e contraía uma coxa na outra, o volume dobrava de tamanho. Os arrepios no rapaz eram inevitáveis. A janta do Diego resumiu-se mais a mastigar um grão de milho aqui, um grão de ervilha ali, como quem estivesse comendo sem vontade. Seus olhos e seu apetite estava mais direcionado ao volume gostoso na calça do Beto.
Em um dado momento, aparentemente com ar de ansiedade, o Beto rindo e falando, balançou rapidamente as coxas, como que se batesse palmas com os joelhos. Esses movimentos formavam rápidas montanhas no volume do Beto e davam uma leve amostra da circunferência da cabeça do mastro do Beto.
- Será que está sem cueca? – Pensou Diego bebendo um gole de suco.
Diego tirou os olhos da mala e lentamente direcionou o olhar para o rosto do negão, observou aquele sorriso lindo numa boca grande de lábios grossos de cor roxa; seus dentes grandes eram corretamente enfileirados e brancos como quem acabara de fazer a terceira seção de clareamento. Os olhos grandes do Beto exprimiam um ar de felicidade. Durante aquele riso alegre, Beto direcionou o rosto para o Diego. A vontade do Diego era de pular em cima dele, mas contentou-se apenas com outro gole de suco.
- Diz alguma coisa, amigão. Você ficou calado de repente.
Nesse momento Diego veio a si.
- Não! Tudo bem! Estou achando a história de vocês interessante e engraçada [Diego nem tinha noção qual era o assunto].
- E você está cursando que Ano?
- Repetindo o Primeiro. – Respondeu Diego, sério.
- Éh! O ano passado nosso rapazinho acabou perdendo e não quis fazer dependência. Mas nesse ano ele está indo muito bem. [Na verdade ele perdeu de ano por problemas sociais e psiquiátricos].
- Então já deve saber a Regra de Três. – Brincou Beto.
- Prefiro a regra de “dois”. – Disse Diego, continuando sério, observando seu rosto.
Beto riu sem entender a piada.
- Como ele está bonzinho hoje, a mamãe vai deixar comer pavê agora à noite. – Disse alegremente sua mãe, dando um leve aperto no queixo do filho.
- Porra! Você não é uma mãe, é uma má-drasta. Estipula horário pro rapazinho comer doces? – Disse Beto, zoando a mãe do Diego.
- Ah para! Não sou má. O problema é que um dos remédios que nosso garotão toma não pode ser misturado com doces. – Disse a mãe, rindo.
A mãe do Diego levantou-se e foi buscar pavê para os três.
Beto colocou os cotovelos na mesa, levou o rosto bem perto do Diego e rindo, disse baixinho:
- Quando eu for seu pai, vou te deixar comer todos os doces que você quiser e na hora que você quiser. – E Beto piscou de leve.
- Ainda bem que você é um chocolate, e eu adoro, principalmente diamante negro. – Disse o Diego, bastante sério.
Beto continuou naquela mesma posição e desfez rapidamente o sorriso. Ele ficou sem graça e sem palavras.
- Ah, não vale! Vocês estão cochichando. – Disse a mãe do Diego, sentando-se à mesa com a bandeja.
O Beto veio a si e recuou, encostando-se na cadeira.
Diego riu de leve para Beto. Ele moveu o olhar para a mãe do rapaz, pegou a taça e tirou um gole do vinho.
- O que cochichavam? Ah, me diz.
- Nada, mainha. O Beto só me disse que acha sua comida deliciosa, mas que não ia te dizer para não encher seu ego.
- Nossa! Fico lisonjeada. Mas toda mulher gosta de elogios, você agora que foi mau. – Disse ela, rindo.
Conversa vai, conversa vem, Beto voltou ficar à vontade.
Após comerem vagarosamente o pavê e com muita conversa, a mãe do Diego disse que ia pegar outra garrafa de vinho [ela é viciada em vinhos].
Diego resolveu dar um passo além.
Assim que sua mãe ausentou-se da sala e Beto olhou para o lado, Diego curvou-se bem na cadeira e alcançou em cheio a mala do Beto com os dedos do pé direito. Num susto de repulsa, Beto movimentou-se abruptamente empurrando a cadeira para trás e quase caiu. Levantou-se olhando com os olhos bem arregalados para o Diego, que o olhava com leve riso cínico.
Quando a mãe do Diego chegou à sala encontrou o Beto fora da mesa, todo sem graça.
- O que foi?
- É que preciso ir embora.
- Já? Ainda nem abrimos a outra garrafa de vinho.
- Eh... eh melhor não beber muito. Amanhã eu trabalho.
No dia seguinte Diego foi no trabalho do Beto. Ele estava atendendo um pessoal. Ao vê-lo Beto fez cara de surpresa mas tentou lodo disfarçar o nervoso, mas suas mãos ficaram trêmulas. Diego ficou passeando entre as prateleiras e observando-o; momento e outro Beto lhe passava os olhos, meio nervoso.
Quando desocupou, Beto saiu do balcão e foi até Diego. Passeando entre as prateleiras do estabelecimento, conversaram baixinho:
- O que está fazendo aqui?
- Bom dia pra você também.
- Desculpe! Desculpe, amigão. É que depois de ontem você me deixou assustado. Como está você?
- Melhor agora, porque estou te vendo.
Beto olhou para os lados, ficou de frente para Diego e falou sério e baixinho:
- Rapaz, não misture as coisas. Eu sou bem legal contigo, rapidamente passei te considerar pra caramba, mas te peço que me respeite. E respeite principalmente sua mãe, que parece dar a vida por você. Você já percebeu que a gente pretende uma aproximação maior. Acho que você está tentando dar em cima de mim e isso não vou aceitar.
- Não adianta. Você será meu. Só estou aceitando essa aberração sua com minha mãe pra te ter por perto.
- Cara, isso é sério? Aberração?
- Com certeza. Nós combinamos mais juntos que vocês dois.
- Amigão, nem vou te dizer mais nada. Só te peço duas coisas: primeiro, nunca mais dê em cima de mim, eu não curto essas coisas, não tenho preconceito mas não é minha praia; segundo, considere mãe, não seja tão mau. Agora, faz o favor, amigão, vai embora, e não fique vindo no meu ambiente de trabalho.
- Vou sim, mas não se engane, eu não desisto de meus objetivos.
Beto juntou as mãos em cima do umbigo, ficou de boca aberta, todo bobo e, olhando para o Diego, ficou sem palavras. Observando o Diego saindo do estabelecimento ele parecia não acreditar que aquele era o mesmo Diego que ele conhecera.
E Diego não parou mesmo.
Sempre que podia, longe dos olhos da mãe, Diego investia em cima do negão quando ele ia em sua casa. Diego passou ir sempre em seu trabalho, na academia onde treinava, perturbava o Beto pelo zap, ligava pra ele. Porém nunca obteve sucesso.
Apenas duas vezes Beto quase bate no Diego. Uma vez porque Beto descuidou-se e Diego meteu a mão na sua barriga por baixo da camisa, outra na academia enquanto Beto deitado levantava peso, Diego deu uma segurada firme no seu pau, por cima do short de malhação. Realmente não tem como resistir aquela mala volumosa que fica na frente quando o Beto está com roupa de malhação. Principalmente porque uma galera viu e fizeram algazarra, Beto agarrou no braço do Diego e mirou um tabefe na cara.
- Cara, se manda daqui antes que eu faça uma besteira que possa me arrepender depois. – Disse Beto esbravejando e levando Diego para fora segurando firme em seu braço. Jogou Diego na rua de tal forma que ele quase cai.
Diego olhou furioso para Beto, ofegante, as lágrimas caíram mas ele engoliu o choro.
- Não me importo. Você vai se arrepender.
Balançando a mão com sinal de “mandando embora”, disse Beto:
- Vai te catar, porra. Se manda. Se continuar assim vou perder a consideração por você e contar tudo pra sua mãe, moleque.
Beto deu as costas e entrou.
Houve outra também, na casa do Beto, quando Diego e a mãe foram jantar lá. Enquanto estava no banheiro Diego passou a mão na rola do negão que segurou firme nos pulsos do rapaz, apertou, olhou cheio de ira nos olhos do Diego e o jogou lá. E foi para a cozinha.
Diego deu uma trégua e as coisas começaram ficar mais leve entre eles. Sua mãe e o Beto já estavam namorando sério há algum tempo.
E quando Beto pensa que Diego havia desistido...
[Continua...]
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Túlio sem noção [rss], depois de fazer minha janta respondo os comentários pendentes nos outros contos.
Healer, amigão, nos outros contos tem mensagens para você.