Got me looking so crazy right now, your love's Got me looking so crazy right now (oh crazy) Got me looking so crazy right now, your touch (you're in love) Got me looking so crazy right now (love!) Got me hoping you'll page me right now, your kiss (hey!) Got me hoping you'll save me right now Looking so crazy in love's, (hey) Got me looking, got me looking so crazy in love
Quem nunca acordou e desfilou ao som de Crazy in Love, não sabe como é acordar de bom humor.
E eu estava super de bom humor. Hoje nada e nem o Murilo ia tirá a minha paciência. Estava com um pressentimento super bom.
Tinha o aplicativo do banco do Bradesco na minha conta, E assim que vejo, Lá estava meu 5 mil do mês. Ainda bem. Só precisava fazer una coisa.
De botas, calça jeans rasgadas, uma camisa social e uma gravata preta, eram assim que eu iria no banco sacar meu dinheiro.
Coloquei meu óculos escuro e peguei um uber.
Ouvia músicas aleatórias, Já que gostava de nunca seguir um padrao, o que era otimo.
Aleixo nunca foi um local tranquilo e ainda mais quando se referia em trânsitos. Olhei meu celular e vi que já eram 9 horas da manhã e precisava chegar no meu destino antes das 10.
Rezava a todos os deuses que conhecia e alguns que inventava. O trânsito mesmo era quando chegava perto do TRT o povo que gosta de ir por ali. Faltava acho que uns 100 metros para chegar no banco olho bem para o engarrafamento.
- Pode me deixar aqui mesmo. Pega, fica com o troco. - Seu uma nota de vinte para a mulher que tinha ido me levar e aínda bem que ela tinha bom gosto em ouvir músicas que fazem bem para alma.
Sai cantarolando Ainda gosto dela, o que me fez lembrar de certas pessoas do passado.
Balanço a cabeça e segui meu trajeto a pé mesmo.
O banco não estava tão cheio o que era um milagre mesmo. Pedi para retirar todo aquele dinheiro, se esquivando de pessoas que queriam me fazer um seguro de vida ou coisa do tipo.
Sem tantas burocracias, o que ajudou e muito. Peguei o dinheiro e corri para colocar num envelope.
Desci o aleixo, até chegar meu destino. A casa de minha adorável mãe.
Dona Huang Mey era uma mestiça, uma chinesa barra brasileira. Que se virou muito bem, Depois de duas desilusões amorosas que teve acarretando dois filho.
Eu Richard e minha irmã, Joy.
Minha mãe era alta, dos cabelos lisos e negros, sardas cobriam seu rosto, Mas mesmo assim não a deixava feia, seu rosto tinha marcas na pele, pela vida dura que levou.
Como não completou a faculdade e tinha apenas o ensino medio, ela teve que se vira para cuidar dos dois filhos Já que os pais nem ao menos quiseram colocar o nome na certidão de Nascimento.
Minha mãe era um senhora muito brava e sempre foi dura na queda, levando brigas e socos da vida, Mas nunca desistindo. Criando eu e Joy da mesma forma.
Ela era para falar a verdade um heroina. (Pena que ela não ouviu isso de mim)
Ela estava desempregada a muito tempo, porém nunca deixou de se vira, desde de que me lembro, minha mãe vendeu churrasco, catou latinhas e até mesmo papelão para dar o do bom e do melhor para eu e minha irma.
E estava na hora de eu retribui do meu jeito.
Sai de casa cedo. Já que ela não me aceitou, eu sendo gay e pouco a vi. Mas sempre tentava de um jeito cuidar dela de longe.
Aprendi que independente se sua mãe aceita você ou nao. Ela é sua mãe e vale a pena a ajudar. Mesmo que ela seja tão religiosa quanto a minha.
A casa de minha mãe era perto de um escadao. Um cubículo bem fechado, onde mal cabia as suas coisas. Ela morava de favor na casa de minha avó já falecida. E tentava construir no terceiro andar a sua casa.
Murilo me perguntou para o que que era aquele dinheiro. Se eu contasse e confiasse nele, diria do que se trata.
Mas pelo que observei de minha mãe a todo esse tempo. Tínhamos mais coisas em comum do que diferente. A cabeça dura, o jeito de ser independente, de não levar desaforo para casa e sempre enfrentar tudo de cabeça erguida.
Passei da pequena grande que me separava, da porta e jogo por uma fresta entre a janela o envelope por la.
Tomei bastante cuidado para que ninguém me visse e conta -se a ela.
Queria ajudar desse jeito. Do meu jeito, ajudando sem ela saber que era eu. Sem ganhar nada em troca.
Virei de costa e Enxuguei algumas lágrimas que desciam do meu rosto teimosamente. Andei de voltar por onde vim, tomando o mesmo cuidado para que ninguém em visse. Já que minha irmã estava na faculdade e minha mãe certamente para igreja.
Só apenas parei com minha paranoia, quando cheguei no Manauara shopping. Onde me sentei na praça de alimentação, quase escondido e choro em silencio.
Do dinheiro depositado tinha ficado pelo menos com 200 reais. Para .E vira até meu vale alimentação sair.
Enxugo as lágrimas e saio andando. Ainda bem que trouxe meu óculos escuro. Hoje era meu dia de folga e não queria nem papo com meu trabalho. Já que eles tinham me ligado umas 3 vezes.
Coloquei no modo avião até mais ou menos meio dia.
Iria aproveitar meu dia de folga e sim, Hoje seria algo bom.
Subo as escadas depois de tomar um café do lado de fora. Porque eu sou humilde. E além do mais não vou pagar por um misto com um café 20 reais dentro do shopping. Tá louca querida?
Vou para o ligar favorito de todo o mundo. A Saraiva, sim. Eu amo livros e meu sonho de consumo era fazer uma biblioteca dentro de casa.
Como eu queria trabalhar na saraiva, eu tinha mandando meu currículo para lá umas 20 vezes e 10 vezes pessoalmente.
Mas acho que Jeje sabe o que faz. Porque estaria falido se trabalhasse la, ia gastar tudo com os livros.
Ia comer livros assados de brasas, cozidos e fritos.
(Ia mesmo, que não daria um real para te ajudar a comer.)
(Eu também te amo Henrique)
Sentar ali e pegar um livro para ler era uma das coisas que mais fiz na vida.
No tempo que eu não trabalhava e não tinham um recurso chamado Wifi em casa, tive que sair de casa e ir andando para a Saraiva para ler o livro que tinha acabado de sair. Os heróis do Olimpo - Casa de Hades.
Passei dos dias para terminar de ler tudo. E ainda bem que ninguém me jogou de lá.
Ativando meu sinal. Vejo tantas mensagem de Murilo, que quase meu celular Henrique. (Piada internar. Chamo o Henrique de trava. Sei que foi uma piada se. Graça, Mas me dar um desconto).
Desde de mensagem de bom dia. Até mensagens perguntando se eu ia trabalhar.
Quando a esmola é, grande o santo desconfia.
Olhei para as mensagem e fiquei tentando a não responder. Mas se quise-se que aquele acordo funciona-se teria que dançar -infelizmente - conforme a música.
"O que foi desgraça, não tá vendo que hoje é minha folga. E isso significa até sua."
Murilo digitando...
"Olha como fala comigo seu pivete. Não quero saber se é seu dia de folga ou se vai explora o vale dos homossexuais. Quero saber se está bem e se está em casa?
"Primeiramente estou perfeito. Segundo, estou fora de casa. Para quê quer saber?"
Murilo mandou um emoji revirando os olhos.
"Preciso conversa contigo. Por isso estava buzinando feito louco aqui na frente da sua casa."
"Não tem mais o que fazer não? Tipo, sei Lá ir para o inferno ou tomar o lugar de satã?"
"Tenho e muita coisa para fazer, porém isso é mais importante e pra que eu iria entrar na sua casa?"
"FDP"
"Respeite minha mãe"
"Anda logo Murilo, fala logo o que quer e vamos termina logo isso. Estou lendo e vem me atrapalhar."
Ele manda emoji de lua negra.
"Desde de quando sabe ler, Richard?"
"SÓ vejo as figuras. Então vai falar ou nao?"
"Está onde? Podemos almoçar juntos."
"Estou na Saraiva. Não demore."
Murilo não respondeu mais. Oh céus, o que eu fiz?
Espera Murilo não foi algo complicado. Foi complicado mesmo, era os olhares que as pessoas nos davam. Para ser sincero, que davam a ele. Um cara bonito e que tinham um centro de gravidade para si próprio, era algo incomum.
- Vamos almoçar onde? - A pergunta fez o silêncio que pairava e ter nos se dissipar.
- Escolhe. Eu queria comer Hamburgue. - Murilo olha direto para o Bobbys.
- Não vai mesmo. Vai comer comida. Se te conheço bem, deve ter trocado todos os seus horários de refeição e trocado comida por besteira. Vai comer comida. - Murilo me encara de um jeito que não gosto. Mas naquela guerra de braços eu ia ganhar.
- Podemos fazer do seu jeito. Ou podemos comer e depois tomar um sorteve. O que acha?
- Sorteve.... Sorvete.... Pode ser.
Escolher um local dentro do shopping para comer era algo complicado. Já que não tinha um local bom para comer bem.
Gente eu sou peão, meu prato tem dois metros de altura. Eu como que nem bicho.
Escolhemos a Alemã para poder comer.
- Tu vai comer tudo isso? - ele encarou meu prato. - Vai viajar ou está passando fome?
- Haha. Engraçado. Eu como e bem. Além do mais isso vai me ajudar a eu ter um ótimo dia. Comer bem no almoço e no jantar comer bem pouco. - Rebato pegando 3 panquecas com um medalhão.
- Essa dieta que você está fazendo. Está muito errada. - Murilo estava com um prato não muito diferente.
- Disse o fitness para mim! Já olhou seu prato, lindinho? - O prato do garoto era para ser dividido com 3 modelos e elas aí da deixaria comida.
- CALA a boca Richard e vamos.
Pedi o refrigerante que ia acompanhar. E logo em seguida ele colocar seu prato.
- Deu tudo, 78 reais. - A mulher olhou para nós dois com um sorriso forçado.
- Sim. E quanto deu o meu, só o meu?
Quando ela ia tirá meu prato Murilo a impede de tirá o prato.
- Para que isso? Eu vou pagar.
Eu fiquei naquele dilema. Será que o deixo pagar ou eu pago? Coloquei rapidamente os pós e os contras na balança. E os contra ganharam.
- Não precisa. Eu mesmo pago.
- Deixa de ser teimoso. Eu pago. Te chamei, eu pago. - Murilo me encarou. Aquela briga idiota fez a fila parar.
- Eu já disse que não precisa...
- Será que o casal aí pode decidir se vai pagar ou nao. Tem gente que quer almoçar aqui. - Resmungou um coroa no final da fila.
- Pela palhaçada daquele Velho ai. Vou demora para escolher meu acompanhamento de doce. - Murilo fuzilou o cara com os olhos e acarretou a quase uma briga.
- Deixa de ser assim e passar logo isso no teu cartao. Eu pago outra coisa para você. Para ficarmos quites.
Murilo sorriu vitorioso.
- Esse é meu garoto.
- Não sou seu garoto e muito menos seu cachorro para te obedecer. - Peguei minha Antartica e fui sentar.
- Garçom, Pode me ver...
- Pode ver uma porção de bata frita. - me intrometo fazendo o pedido na frente dele. Tendo um Murilo com raiva.
- Pode espumar ai. Eu já tomei meu remédio contra a raiva e está dirigindo. Se sofrer um acidente, não vou te visitar.
- Vai sim. E até cuidar de mim no hospital. - Disse Murilo fazendo um biquinho.
Revirou os olhos e começo a comer meu almoço.
Murilo comia pacientemente. E quando eu voa aquela cena, procurava em minha mente, quando começamos a nos odiar. O real motivo de nos odiamos desde da escola.
Minha mente não dava espaço para pensar em outra coisa a não ser como Ele estava perfeito, com aqueles óculos de aviador no rosto. O terno azul, e uma camisa branca, com a calça social azul marinho. E uma gravata vermelha com o brasão da família dele. Se ele não fosse tão idiota. Ele seria um sonho de consumo.
O celular do garoto tocava direto. Mensagens e mais mensagem chegava e mostravam na tela dele.
- Tô vendo que o Grindr está mais agitado hoje.
Murilo não me respondeu e sorriu sem graça. Um dos defeitos que ele tinha era ser mulherengo e eu era o tipo de pessoa que odiava ser traido. Me vingava com estilo.
Mas o que eu estou pensando? Acorda, vocês estão noivos de mentira.
A ligação que recebeu era de números desconhecidos, E ainda mais via vídeo conferência.
Assim que ele percebe quem era. Ele quase se engasga.
- Eu vou...
- Vai la. - disse olhando para ele que me agradeceu em forma muda.
Ele andou um pouco distante e foi atender a ligacao. Parecendo um idiota. Já que ele falava com a pessoa em Russo.
A ligação deveria ser importante pelas feições que ele fazia, com o desenrolar do dialogo.
Foi quase dois minutos. Até ele voltar com um sorriso seco e sentar na mesa.
- O que aconteceu?
- Não é nada. Apenas, uns problemas com a empresa.
Olho fazendo aquele velho. Hurum. Murilo engoliu em seco por está de cara com os meus olhos ameaçadores que descobriam segredos a torto e a direita.
Ele desviou o olhar. Aí tem.
- Então. Estamos quase 20 minutos aqui é você nem ao menos me disse do que veio se tratar.
Murilo bate na testa como se tivesse lembrado do real motivo.
- Hoje vai ter uma festa na empresa. Vai ser uma festa de comemoração ao nosso prêmio que recebemos como melhor empresa internacional.
- Nossa que show.
- Sim. Demais. Eu queria te chamar para ir. Vai ser tipo, uma noite no circo. - Ele não estava toa seguro a quanto o pedido e isso me deixou com um pé atras.
- Hoje ne? Eu tinha combinado de sair com os meninos...
- Por Favor. Preciso que vá comigo, algumas pessoas que estão tratando do meu caso foram chamados a estarem lá. Meu primo disse que seria ótimo se eu apresentasse você a eles.
Kai era um bom garoto. Pelo que me lembrava dele, era um garoto que já desde de jovem, mostrava um bom coração e um desejo de ser grande e ainda por cima ser lindo. Ainda mais com aquele braço e aquelas coxas grossas. Nossa.
Ponderei a ideia.
- Tudo bem. Mas eu vou levar os meninos. Não vou ficar sozinho lá, enquanto faz sua mechardaize.
- Claro. Pode levar.
Murilo estava distante. Depois da ligação sua mente, tinha sido transportada para longe e até mesmo eu fiquei preocupado com o que o Playboy poderia está passado.
Uma nova ligação e com o nome de garoto apareceu na tela do celular.
- Serio. Pode atender. Nos não estamos num relacionamento mesmo.
Murilo sorriu seco e não mostrando nenhuma vontade de atender.
- Eu sei. Mas não tô afim de nada hoje. Preciso me prepara para a noite.
- Pode ir se quiser Murilo. Eu vou ficar bem. - Olhei bem no fundo dos olhos deles é mostro um sorriso encorajador.
- Vai estar mesmo? Eu posso...
- Não, eu vou ficar bem. Me manda o endereço e nos encontramos na porta do evento.
Ele sorriu e afirmou. Correndo entre as pessoas que passavam na praça de alimentação.
O que estava acontecendo com você?
Hoje estava arrumado para abalar.
Murilo tinha me chamado para uma festa na sua empresa. Onde ele estava convidado todos próximos a seu ciclo de amizade. E eu como primeira dama tinha que ir.
Precisava me desestressa. E a festa veio a calhar.
Henrique e Eduardo, estavam se arrumando, enquanto eu já estava pronto e jogando meu RPG no celular, jogado no sofá.
- Gente o uber está chegando.
- Disse para não chamar. Kai viria me buscar e iríamos todos juntos. - Henrique disse saindo do seu quarto.
O garoto quando queria ir para matar ele não brincava. Com botas e calça jeans valorizando suas pernas e bunda, E uma camisa vermelha com algum dizer em inglês e um colete cinza por fora. Seus cabelos perfeitamente num topete e mais perfumado que filho de barbeiro.
- Eduardo não demora. - Gritei por ele.
- Ele deve está se olhando no espelho. - Disse Henrique olhando novamente para o espelho da sala.
- Se fosse apenas ele. - solto o comentário e Henrique me fuzilar com os olhos.
- Pelo menos eu já estou pronto.
- É ai, o que acharam? - Eduardo estava com uma jaqueta jeans por cima de uma camisa branca e preta, a calça jeans e os tênis caiam bem. Naquele filho da mãe. Cabelos em estilo degrade e usando os óculos de Harry potter.
- Está perfeito. Vamos.
Ouvi resmungo dos meninos e não dei a mínima saindo da casa e indo para a rua espera o uber que estava a um minuto de chegar.
Jaqueta preta e uma camisa branca de uma rosa com uma cartola e jeans. Uma combinação simples. Eu gostava das coisas simples. Eram mais bonitas e palpáveis.
O uber era um cara gentil e de cabelos cacheados, seus olhos castanhos e o aparelho que usava o deixava mais bonito.
- Richard? - A voz grossa fez meu corpo se arrepiar. Até porque uma voz assim é para ser glorificada de pé
- Felipe? - Ele confirma com a cabeça e entramos no carro.
Até chegar la, conversamos muito. Henrique mal dava atenção para nos, Já que estava teclando com alguém e rindo sozinho. Eduardo já tinha colocado o fone e ido para eu mundo.
Conversa vai e vem. Em certo ponto em que os meninos lá de trás não estavam olhando. Ele tinha apertado o seu membro de uma forma convitativa.
E com um sorriso maroto e os olhos banhados de luxúria quanto a mim e da parte dele. Trocamos número e marcamos para ficar.
Felipe Scolari era o nome dele. Pegou minha mão e a beijou. E eu quase dou um beijo naquele lábios carnudos de um negro lindo.
- Liga ou manda mensagem. - Ele disse fechando a janela.
- Pode deixar.
O local onde seria a festa era dividido em duas partes. A interna e a externa. A externa era cheio de barras, para brincar e comer e pelo que eu ouvia da música alta. A interna era uma pista de dança.
- Cade o...
- Estou aqui. - disse Kai pegando Henrique por trás e o girando. Dando um beijo no garoto.
- Parem com isso. Vou vomitar. - disse Eduardo dando um riso para o amigo.
- Precisamos achar alguém para você. Urgente, para deixar esse lado ranzinza. - Henrique pegou o braço do amigo e do namorado e entraram dentro da festa me abandonando ali fora.
Mandei algumas mensagens para Murilo e liguei para o garoto que caia na caixa postal.
- Não acredito que ele vai fazer isso comigo. - Murilo tinha me deixado plantado na frente da festa.
- Sério que pensou isso? - A voz irritante me fez vira de costa.
Lá estava Murilo com um toque de rosas nas maos. Vai por mim. Nunca recebi na vida um buquê de rosas, nem aquelas rosas de papel que fazem para vender.
- Isso é para você.
Realmente, quando a esmola é alto o santo desconfia.
- Obrigado.
- Vamos? - ele fez menção a irmos e pegou pela minha cintura assim caminhamos juntos até a festa.
A cada cinco passos, era uma apresentação que recebia. Pelo que fiquei a observar não tinha apenas funcionários naquela festa. Mas sim gente importante. O que Murilo estava planejando?
De acordo como se movimentavamos na festa, Ele era uma outra pessoa. Gentil, engraçado e até mesmo sociável, sem ser aquele arrogante e mimado que costuma a ser.
- O que realmente está planejando? - estávamos numa barraca de acerte o alvo. Ele já tinha acabado de ganhar um urso e me dado. Pequeno mais bonitinho.
- Nada. Apenas curti com meu noivo. - Ele chegou perto e me abraçou.
- Hurum. Sei Murilo e eu nasci ontem. - Resmungo saindo daquele abraço.
Seu corpo era quente e seu abraço era gostoso. Tive que lutar para sair, porque eu mesmo não queria.
Foco. Foco Richard.
Andamos mais um pouco e chegamos no palco. A quadra coberta estava lotada de pessoas dançando. Murilo pegou minha mão e me levou para o palco.
- Desculpe. Desculpe. Daqui a pouco voltamos a dançar. Eu tenho um comunicado a fazer. - Eu estava perto dele e estava me tremendo mais que vara verde. - Hoje a empresa Schneider, estão completando 4 anos. E são os melhores 4 anos das nossas vidas. Quero agradecer a todos por virem e fazerem dessa empresa o que é hoje.
Murilo sorria, sua auto confiança era algo invejavel. Já que ele começou tudo do zero e hoje é uma das empresas no ramo internacional que mais se expande e investe em várias areas.
- Quero dizer que estou feliz hoje. Estou feliz em dobro por está comemorando isso com voces. Lembro que quando comecei do zero, fui criticado, humilhado e ninguém me deu incentivo. Mas mostrei a todos que eles estavam errados. - Ele para e toma um pouco de ar. - Hoje quero apresentar a todos. Meu noivo. Sim, vocês sabem que eu gosto de meninos tambem. E mostra para todos a pessoa que roubo meu coração e que me faz ser um homem melhor. Richard.
A luz do holofote chegou a mim e não consegui andar. Murilo chega perto de mim e pega minha mao.
- Se não andar agora. Vou ter que te carrega. Então ande.
As palavras baixas e falada entre os dentes do garoto, me fez acordar do meu transe. Consegui andar alguns passos e chegar perto dele no microfone.
- Eu espero que nossa união seja tão longa quanto a minha fortuna. - A piada era sem graça e ouvi várias risadas e tirando um sorriso seco de mim. - Eu te amo.
Se não tivéssemos mentindo, eu realmente acharia aquilo romantico.
Antes de sairmos. Ouvimos um coro, A palavra Beijo.
- Tá de Sacanagem ne? - perguntei mostrando um sorriso e falando entre Ele, dando um adeus de miss.
- Não vamos fazer...
- Beija ele, senhor Schneider. - Um homem perto do holofote de óculos, usando terno de risca giz preto, seu social combinado e os cabelos castanhos penteados para o lado e esboçando um sorriso maldoso no rosto.
- Fecha os olhos.
- Para...
Murilo pegou minha cintura e encostou nosso corpos. Seus braços me envolveram e nossos lábios se tocaram.
Era para ser um selinho. Apenas um. Mas a língua de Murilo pedia passagem para minha boca e consedo. Virando um beijo demorado. Murilo beijava bem e se não fosse as palmas que recebemos, acho que ainda estaríamos no ósculo.
Murilo me pega dali e sairmos de volta para a festa.
- O que foi aquilo? - me solto do braço dele.
- Aquele era um da embaixada que está vendo meu visto aqui. Precisamos ser convicente. - Murilo me encarou e logo voltou a mostrar sua postura de antes de amoroso. - Além disso, foi apenas um beijo.
Ele pegou meu queixo e soltou, mostrando um sorriso perverso.
- Claro. Apenas um beijo.
- Agora não fale com ninguém e já pode se divertir. Caso alguém pergunte sobre mim. Inventa algo e depois me avisar como era a pessoa e o que falou para eu confirmar.
- Está bem.
E foi assim a minha primeira festa com o grande Schneider.