O relato a seguir contém uma parte da minha vida da qual não tenho muito orgulho. Bom, a maior parte foi algo ótimo e prazeroso, mas nesse meio tempo, acabei fazendo algo condenável (e do qual me arrependo). Eu era um jovem estudante de direito na época e ainda vivia em Curitiba-PR... onde trabalhava e estudava. Vamos ao conto.
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Já era noite quando voltava do trabalho e o maldito pneu resolveu furar.
- Porcaria!
Praguejei enquanto parava o carro numa rua pouco movimentada. Desci e fui até o porta-malas apanhar as ferramentas necessárias para iniciar a troca do pneu. Enquanto inculbia-me da atividade, escutei algumas vozes alteradas numa casa bonita e iluminada do lado oposto da rua. Não dei muita importância e continuei o que fazia. Mas os ruídos só faziam aumentar. As vozes pareciam advindas de um homem e de uma mulher. Um casal discutindo, logo concluí. Já acabara a troca quando vejo um homem ao berros deixar a casa:
- VOCÊ NÃO PRESTA PRA NADA, MINHA MÃE ESTAVA CERTA!!
O sujeito bateu a porta atrás de si e em poucos instantes dava partida no carro, que rapidamente deixou o lugar com um estrondoso barulho do motor. Nesse meio tempo, uma mulher abre a porta com força e sai como num impulso atrás do homem. A moça vertia em prantos. Vendo que o indivíduo sumia na penumbra com o carro, senta-se no meio-fio e, com a cabeça sobre o colo, continua a chorar desoladamente. Eu, num ímpeto inesperado, deixei o carro e fui até a moça checar se tudo corria bem. Aproximei-me e com voz tímida perguntei (aquela pergunta boba feita por falta de algo menos entupido):
- Moça, está tudo bem?
Sem levantar a cabeça, a pobrezinha responde com voz chorosa:
- Não, está tudo horrível!
Tão logo respondeu, voltou ao choro desamparado que encontrava-se de início. Eu, sem saber o que dizer, sentei-me ao seu lado. Numa rápida olhada, percebi alguns hematomas pelo seu corpo que, com a pele alva, ficavam ainda mais evidentes. Haviam marcas rochas em seus braços, acentuadas nos pulsos. Coitadinha, pensei. Um pouco mais confiante, investi novamente, na tentativa de acalmá-la:
- Hei, olha pra mim. Qual o seu nome?
Tentando conter as lágrimas, aos soluços, responde:
- Me desculpa, estou muito nervosa. Não aguento mais isso. Meu nome é Amanda, a propósito.
Não pude deixar de reparar na beleza daquela mulher. A pele era de uma brancura angelical, dando um contraste celestial ao seus cabelos lisos e negros. Os olhos azuis, razos d'água, davam-lhe um ar virginal. O rosto estava rosado devido a agitação... Acho que fiquei apaixonado de imediato.
- Amanda, o nome da minha avó. (Respondi desapercebido, meio que numa reflexão).
Amanda deu uma gargalhada alta. Percebendo minha expressão desentendida, respondeu em tom de indagação, ainda sobre risadas:
- Que tipo de avó se chama "Amanda"? Isso não é possível hahah. (Riu com expressão cansada e abatida).
Refleti rapidamente sobre o que disse e também coloquei-me a rir. Amanda tinha razão... Uma avó não podia se chamar "Amanda". No máximo um "Lúcia" ou "Carmem". Amanda não. Era nome de jovem. Já passado o momento cômico, houve um breve hiato de silêncio. Amanda suspirou, já não mais chorava. Querendo manter o diálogo, perguntei em tom de ironia:
- E então, você realmente não presta pra nada? (Fazendo alusão ao ocorrido há pouco).
- Ah, então então ouviu meu marido. (Respondeu pensativa, olhando para rua, na direção em que o carro do esposo havia ido).
Depois disso, conversamos por uns 20 minutos, ali mesmo, sentados na calçada.
Num breve silêncio, olhei para o relógio, havia perdido a noção de tempo. Olhei novamente para Amanda que parecia pensativa. Rompi o silêncio e perguntei:
- E agora?
- Agora espero ele voltar e me dar outra surra. (Respondeu minha interlocutora com voz triste, numa resposta que mais parecia pra si mesmo do que pra alguém).
Meu coração doeu, isso eu não podia aceitar. Que importava-me se eu havia lhe conhecido há tão pouco tempo. Aquela moça era linda demais pra apanhar de um valentão daqueles. Surpreso comigo mesmo, disse com voz severa:
- Pega tuas coisas, você não vai ficar aqui!
Amanda, muito abatida, pergunta com voz sofrida?
- E ir pra onde?
Naquele momento deixei de lado qualquer tipo de razão. Eu era pura empatia. Sentia que estava incumbido de salvar aquele anjo. Ainda com tom de voz duro, mas meio paternal, respondi:
- Vai pra minha casa. Tu não vai ficar nesse lugar com o idiota que te fez isso. (Disse indicando as marcas em seu corpo).
Amanda rejeitou algumas vezes a minha sugestão. Era loucura ir pra casa de um homem que ela conhecera há menos de uma hora. Mesmo assim, insisti. Disse-lhe que eu não morava longe e que havendo qualquer desconforto, eu a levaria para casa de algum parente ou amiga. Amanda, meio envergonha, acabou aceitando. A pobrezinha não queria ficar ali.
Depois de ela entrar e pegar alguns alguns pertences, rumamos para minha casa. Lá chegando, meio envergonhado, ofereci-lhe água. Eu era solteiro e morava sozinho, passava a maior parte do tempo na rua, por isso vivia de fast-food e em casa não havia nada além de água. "Meu deus, que vergonha", pensei. Amanda rindo, recusou, mas disse que aceitava um banho (ainda lembro-me daquele rostinho espontâneo e angelical). Dei-lhe toalha limpa e indiquei-lhe o banheiro. Nada ocorreu nesse meio tempo e permaneci sentado na sala vendo TV. Mais pensando sobre tudo o que havia ocorrido aquela noite do que realmente dando atenção ao programa que passava. Estava distraído quando dei-me com Amanda em pé prostrada ao meu lado.
- Oi! Terra chamando. (Disse minha hóspede em tom de brincadeira).
Foi nesse momento, nesse exato momento, em que tive meus primeiros pensamentos libidinosos, ao deparar-me com aquela coisinha branquinha e de cabelo molhado em minha frente. Amanda trajava um shortinho pequeno, de tecido fino, que agarra-lhe a pele branca, empinando ainda mais seu bumbum. Na parte de cima, uma blusinha levemente decotada pressionava-lhe os seios duros e empinados. Nos pézinhos, um chinelo, deixando a mostra seus dedinhos delicados. Sem dúvida, um corpo de alguém que frequenta com assiduidade a academia. A pequena saiu tão abalada de casa, que mal teve tempo de escolher as roupas. Nessa contemplação, percebi que meu pau ia aos poucos ficando ereto. Sentia que não era mais a moça inocente que eu havia salvado, e sim uma deliciosa fêmea a ser fodida sem pena alguma. Amanda disse que estava com sede, e perguntou se podia pegar água, ao que respondi afirmativamente, tentando conter o meu tesão por aquela coisa gostosa. Acompanhei com os olhos aquele rabo avantajado e empinado dirigir-se até a cozinha.
Caros leitores, não me julguem mal. Quando ajudei aquela pobre e indefesa moça, eu nem de longe planejava o que viria acontecer. Sim, era só um bom moço querendo ajudar a pobre donzela. Bom, mas já era tarde. A partir dali, tudo viria a mudar e eu tentaria foder aquela casadinha, sem piedade alguma.
Logo que Amanda deixou a sala, também corri para a cozinha. Ela era baixa, e na pontinha dos pés, tentava alcançar a prateleira dos copos. Fiquei alguns instantes ali parado, na entrada da cozinha, estático admirando aquele rabinho. Amanda, ao ver-me, riu encabulada:
- Af, pra que tão alto?
Não a ouvi. Naquele instante algo de animalesco tomou conta de mim. Num súbito movimento, agarrei aquela presa que de bom grado veio ao meu cativeiro. Ela estava de costa para mim. Surpreendi-lhe com um abraço por trás, ao que meu pau já bem duro, encostou nas divisórias de suas nádegas. Amanda sentindo a pressão, tentou deslocar-se para frente. Impedi. Já colado em seu corpo, pressionei-a contra o balcão, não permitindo-lhe escapatória. Mesmo com roupa, ao sentir a pressão daquele cu, meu pau pulsava de tesão. A cadelinha assustada, olha pra trás e revoltada diz:
- Que porra é essa? Me solta!!
Eu não soltava. Comecei beijar-lhe o pescoço e acariciar seu corpo como dava. Amanda, com toda força, tentava desvecilhar-se de mim. Segurei seus pulsos e a virei bruscamente. Ficamos face a face. Ela debatia-se. Coloquei-a com toda força em cima do balcão, e ainda pressionando seus braços, beijava-lhe o pescoço. Com os dentes, rasguei sua blusa, encontrando parte daqueles seios lindos. Iria foder aquela mulher.
Eu era um macho em meu estado mais animalesco. Darwin e Freud teriam entendido. Estava sobre o domínio de meus instintos mais pré-históricos. Tranque um homem sem comida por alguns dias e verá se ele não cozinha o próprio cachorro.
Amanda aos poucos ia sedendo. Seus pulsos já não ofereciam tanta resistência. Ela, talvez inconscientemente, sabia que não podia lutar contra a natureza e a criação divina. “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!" ... essa passagem da bíblia me rondava a cabeça enquanto tentava copular com aquela mulher.
Mas algo aconteceu. Enquanto beijava-lhe o busto, detive-me por um instante. Olhei para aquele rosto angelical e não pude ir em frente. Um gosto amargo subiu-me a boca e eu me senti o pior ser-humano da Terra. Era errado. Amanda não merecia aquilo. Soltei-lhe e deixei a cozinha. Fui até o quarto e como que num lampejo, econtrei-me sobre a cama aos prantos. Sentia-me um lixo. Por muito pouco não havia estuprado uma mulher.
Estava ali sentado quando quando vejo a porta do quarto abrir, mal pude acreditar na visão que tive. Era Amanda, totalmente despida. Fiquei atordoado e confuso. Amanda deteve-se na porta e com voz calma e luxuriosa me diz:
- Não era isso que tu queria?
Eu não tive reação. Ainda estava dominado pelo remorso de minha atitude. Dessa vez foi Amanda quem tomou a iniciativa. Nua, aproximou-se sentando em meu colo. Naquela noite fizemos amor alucinadamente.
Tempos depois, Amanda deixou o marido e foi morar com uma irmã em outra cidade próxima daqui. De vez em quando ainda nos vemos, repetindo o enredo daquela noite. Eu sempre a como com violência.