-Buenos dias! - Disse minha avó descendo as escadas. Ela estava se apoiando no corrimão, sua maquiagem borrada e roupa brilhante significava que ela havia saído noite passada.
-Já são “Buenas tardes” . - Disse eu apontando pro relógio na tela da Tv que marcavam 15:09 horas. - Foi pra onde, senhora?
-Primeiramente, senhora de cu é rola. E ontem eu fui pra uma degustação de vinhos lá na casa da minha amiga Paola, aí né, você sabe! Vinho vai, vinho vem, ficamos lembrando de quando nos conhecemos lá na Itália, conheci umas pessoas legais na degustação e decidi levar eles pra um baile funk… - Disse ela indo até a cozinha e voltando com um copo contendo uma dose de licor. -Afinal, qual melhor forma de conhecer a noite do Rio?
-Meu Deus. - Disse eu já imaginando pra que caminho íamos ir.
-E foi maravilhoso sabe? Eles curtiam uma ganja também e curtiram a energia do baile, você devia ir da próxima vez! - Disse ela se sentando do meu lado sofá e jogando as pernas em meu colo, colocou três pílulas na boca e tomou com licor.
-Como você consegue? Eu pra tomar uma quase vomito.
-Garganta larga, meu amor. -Disse ela.
- Cruzes, como você é vulgar.
-Tá acordado desde que horas?
-Eu não dormi quase nada essa noite, acredita? Tem acontecido com frequência.
-Percebi, tá com umas olheiras horríveis. Shame. - Disse ela entortando o nariz.
-Pois é.
- É por causa do Caio né? Você não é mais o mesmo desde que terminou com ele.
-Ele que terminou comigo quando escolheu voltar a lutar depois de tudo aquilo que aconteceu. - Disse eu respirando fundo.
-Mas foi você quem terminou com ele, porque o rapaz queria voltar a lutar. Você percebeu que na verdade os dois queriam estar juntos apesar de tudo, mas decidiram não ceder a ponto de romper o que tinham? - Disse ela me olhando nos olhos.
- Nossa. Clarice Lispector passou vontade com você! - Disse eu colocando a mão na frente da boca e rindo.
-Eu dei umas bongadas lá no quarto antes de descer.
- Às vezes eu queria tanto ter uma avó normal, sabe? - Disse eu mexendo a cabeça em desaprovação.
-Mas eu sou uma vovózinha normal. - Disse ela mexendo em seu enorme cabelo afro.
-Uma vovózinha normal não toma banho pelada na piscina.
-Era de noite e estava quente.
-Foi na noite de Natal. - Disse eu.
-Era uma noite especial.
-Na frente de toda a família e amigos, na frente do Peru de Natal.
Ela acendeu um cigarro, baforou a fumaça em meu rosto, me mostrou seu dedo do meio e foi mexer em seu celular.
-Ó quem postou foto no instagram! Disse ela virando a tela de seu celular pra mim.
Era uma foto do Caio, que eu havia tirado, estávamos no jardim lá de casa, as roseiras da minha mãe tinham florescido, e ele se sentou em frente de uma pra brincar com o meu cachorro, a imagem era tão linda que eu peguei o celular e tirei uma foto sem ele perceber. E na legenda estava escrito: “Pensei estar sonhando, quando você disse que me amava. Está tudo bem me odiar agora
Quando nós dois sabemos que no fundo, o sentimento ainda, no fundo, é bom.”, aquilo fez meu coração bater mais forte, era a letra da minha música preferida, e ele sabia disso.
-Uhum. - Disse eu voltando a atenção pra TV fingindo apatia.
-Sabe que foi pra você né? Meu casalzão da porra tá vivo! -Disse ela batendo palma. Até hoje não sei com quem ela está aprendendo essas gírias.
-Favelada.
-Vou ver os stories dele, que eu não sou boba, né? Deve ter pencas de indiretas lá! -Disse ela, mas antes me mostrou as fotos das suas amigas drag queens que ela conheceu na Lapa.
-Ele tá com olheiras que nem você, ao invés de estarem dormindo juntinhos, tão aí, com insônia separados.
-Mas vamos falar de outra coisa, não quero ficar falando dele. Vou ter que ver ele amanhã de um jeito ou de outro no trabalho! Vamos falar de coisa boa, vamos falar de Beyoncé no Coachella! Ou melhor… Beychella
-Ahh vamos! - Disse ela empolgada.
Ficamos conversando sobre música por um bom tempo, até meu pai atrapalhar nossa conversa porque perdeu as chaves do carro e colocou todos da casa pra procurar. E no final, ele tinha esquecido as chaves dentro do carro.
-Me poupe. - Disse minha mãe indo pra dentro de casa e voltando com sua bolsa. - Agora, eu estou atrasada! Não precisa ir comigo, vou sozinha nessa merda! - Disse ela entrando no carro, abriu a garagem e saiu cantando pneu pro seu compromisso.
-Pra onde ela vai? - Perguntou minha avó.
-Pro analista… - Disse meu pai.
- Todos nós fazíamos análise, ela obrigava. - Disse eu. - Minha mãe já faz análise há uns vinte anos.
-Cruz credo, ela não se consulta com o analista, ela faz ele de refém.
-Que horror! -Disse rindo.
Eu me joguei no sofá e fiquei vendo uma coisa qualquer na TV, até meu celular começar a vibrar. Havia chego uma mensagem… Do Samuel!
“Tá fazendo o que baixinho?”
“Nada…”
“Quer dar uma volta?”
“Quem te contou que eu tô solteiro?”
Ele mandou um áudio: “Porque você acha que alguém me contou que você está solteiro? Eu não posso te convidar pra dar uma volta? Uma coisinha linda que nem você, aí, preso dentro de casa, me deixa triste, mas óbvio que eu sei que se você tivesse namorando não seria legal te chamar pra sair, principalmente sabendo como seu ex namoradinho é, e como a mão dele é pesada. Mas aí, tua amiga Nanã me contou!” Riu ele, que risada gostosa.
“Você não vale o que o gato enterra”
“Posso te levar pra ver a Zona Norte não?”
Eu estava em dúvida, eu queria ir, mas ao mesmo tempo algo me dizia que é errado, mas errado porque?
“Pode”
Nós combinamos a hora e eu fui me arrumar. Estava lavando o cabelo e ouvindo música quando começou a música, aquela música que faz o coração parar. “Just give me a reason” da P!nk.
Eu corri e troquei, não queria aquela vibe naquele momento. A música
que começou a tocar no aleatório foi “Bumbum de ouro” da Glória Groove. Fui jogando a raba cheia de espuma de volta pro banheiro.
*Narração do Caio*
Era de noite, eu estava no terraço lá de nada, ouvindo uma música na caixinha de som, acho que era: Poesia Acústica #3: Capricorniana, olhando as estrelas, pensando nele. Queria ele ali comigo, aquele garotinho marrento e tão orgulhoso. Mas tão lindo, tão fofo.
Lembrei de um dia lindo que passamos juntos. As roseiras da mãe dele haviam florescido, eu estava brincando com o cachorrinho dele no jardim e ele tirou uma foto minha sem eu perceber, eu peguei o celular da mão dele e comecei a filmá-lo, mesmo sobre seus protestos, ele estava tão lindo aquele dia, seus cachos estavam bem cheios e brilhantes, soltos e balançando, sua pele estava viçosa e ele estava feliz, eu podia ver nos olhos dele. Usava um macacão jardineiro acima dos joelhos e sem nada por baixo. Eu peguei uma das rosas e coloquei no cabelo dele.
-Se alguma abelha sair dessa rosa e me picar, eu vou te matar. Prepara a lápide! -Disse ele rindo.
-Sabe quais vão ser minhas últimas palavras?
-O que “Eu te amo.”? - Disse ele com os olhinhos brilhando.
-Não. Eu diria “Lemonade é o pior álbum da Beyoncé!” - Disse eu já correndo, porque ele iria me matar, ele correu que nem um louco atrás de mim.
-EU VOU VENDER SUA ALMA PRO DIABO E DEPOIS VOU TE MATAR! -Berrava ele correndo atrás de mim.
Eu consegui depois de horas de negociação acalmar ele. Voltamos pra frente da roseira, coloquei outra rosa em seu cabelo, porque ele tinha jogado a outra em mim.
Eu tirei uma foto, ficou tão linda. Eu peguei meu celular pra ver aquela foto, ele havia postado em sua conta no instagram, eu fui lá ver. Fiquei uns bons minutos vendo suas fotos, como eu amo esse garoto, merda. Decidi postar uma foto daquele dia, foi tão perfeito, coloquei um pedaço da letra da música preferida dele, que fazia total sentido naquele momento.
Eu não sabia pra onde ir, ser um lutador medalhista é o que eu faço melhor na vida, e o Ricardo é a minha vida, não quero ter que escolher entre coisas tão importantes pra mim, eu só queria deixar tudo do jeito que era, eu, meu garoto e minha profissão dos sonhos.
Eu sinto que vários sinais foram dados de que chegaríamos a esse ponto, mas sabe? Eu preferi ignorá-los ou não os enxergava. E no final eu perdi ele.
Estava olhando coisas aleatórias no Facebook quando vejo uma foto dele em uma festa ao ar livre, com o…
-Samuel… -Sussurrei pra mim mesmo. Senti meu coração parar. - Não faz isso comigo meu amor… - Senti uma lágrima rolar.
Não quero pensar que ele faria isso, mesmo podendo fazer, mas é que só dói pensar sobre isso, entende?
Não quero pensar que ele seria tão rápido, não quero.
E foi com esses pensamentos que eu fui dormir, e o que aconteceu? Sonhei com ele, pra variar.
No dia seguinte eu mal consegui me concentrar nas primeiras aulas, meus pequenos também pareciam com preguiça, afinal, era segunda-feira pra todos. Passar o dia ensinando golpes pra aqueles pequenos me faz dar boas risadas e me sentir muito amado, é quase terapêutico, eu saio de lá mais leve.
Eu estava terminando uma aula quando o Ricardo chega na academia, lindo como sempre, ele fica tão sexy todo de preto, uma calça preta meio justa naquelas pernas que já enrolaram meu corpo em tantas noites… Com o cabelo preso no topo da cabeça, sua pele cor de café com leite, estava reluzindo, chegou com um pirulito na boca me fazendo pensar bobagem. Eu estava do outro lado do hall de entrada da academia, mas mesmo assim podia sentir seu perfume. Ele deu um selinho na Kendra, recebeu dela um belo aperto na bunda e ia subindo as escadas, quando seu olhar encontrou o meu, ele tirou o pirulito da boca e com uma cara de safado colocou de novo.
-Não me provoca… - Sussurrei eu
Ele subiu as escadas e eu fui falar com Kendra.
-Eaí, poc? - Disse ela se debruçando em cima do balcão da recepção.
-Que história de dar selinho e ficar apertando a bunda do meu homem, piranha? Aquela bunda é minha!
-Meu anjo quando eu cheguei aqui você ainda era mato. - Disse ela. -E eu aperto aquela bundinha gostosinha a hora que eu quiser. Ok?
-Só se eu deixar! - Disse eu.
-Você jura? - Disse ela. - Vocês ainda não voltaram?
-Não. E parece que ele já seguiu em frente.
-Como assim?
-Ele voltou com o ex dele.
-Você está louca, querida.
-Que? - Questionei rindo.
-Ele jamais iria seguir em frente.
-Mas ele seguiu, Kendra, ele saiu ontem com o ex dele, que foi o amor da vida dele e blá blá blá, claro que eles voltaram.
-Ele não é tão fácil assim, você deveria saber. - Disse ela me olhando com um olhar de reprovação.
-Amiga, não é questão de ser fácil ou não, ele está livre, é solteiro, pode ficar quem quiser, mesmo que com um babaca.
-Mas você pode ter certeza que ele não pegou ninguém, muitos menos o Samuel. - Disse ela revirando os olhos.
-Como pode ter tanta certeza? - Perguntei eu.
-Sou a melhor amiga dele. - Disse ela estufando o peito.
-Pensei que fosse minha melhor amiga! - Disse eu cruzando os braços.
-Também, meu coração é grande. Cabe todo mundo! - Disse ela se jogando em cima de mim e me abraçando. - Eu quero que vocês se acertem, vocês precisam um do outro.
-Eu e o Ricardo já “deu” tudo o que tinha que dar, é passado, pra nós dois. Foi bom enquanto durou, durou enquanto foi bom. - Disse eu querendo não acreditar no que estava dizendo.
-Me poupe… - Kendra revirou os olhos. Como de costume.
-Sério, nós vamos seguir nossas vidas, ele com quem amá-lo e eu procurando alguém que me ame. Nós merecemos.
-Porque perder tempo se os dois se amam? Vai lá em cima, come ele em cima da mesa, como vocês sempre fazem na hora do almoço! - Disse ela rindo.
-Fala baixo, maldita! - Sussurrei eu colocando a mão em sua boca pra tapá-la. - Nós não somos maduros o suficiente pra ceder, eu o chamei de “egoísta” o que é mentira! O fiz chorar, eu amo ele, ele me ama! Mas não fomos pra durar. Foi um amor de verão sabe?
-Queria não saber. - Disse ela apoiando os cotovelos no balcão, com um olhar distante.
-Vivemos muita coisa juntos e eu sempre vou ter ele aqui. - Disse eu colocando a mão no peito. - Mas… eu não sei… talvez eu e ele só fomos meios sabe? De ajudar o outro a crescer e quando conseguimos “amadurecer”, tivemos que seguir em frente, sozinhos...
Eu precisava da assinatura dele em uns papéis de matrícula dos meus alunos. Eu estava indo à sala dele, acho que nunca tinha ficado tão nervoso em falar com ele, mas eu precisava.
Eu parei em frente a porta da sala do pai dele, que era ocupada por ele agora.
-Entre. - Ouvi lá de dentro após ter dado algumas batidas.
-Com licença. Ricardo?
Eu abri a porta e lá estava ele, lindo como sempre, sentado à mesa, seu cheiro estava por toda a sala.
-Oi, Caio. - Disse ele me encarando com um pequeno sorriso. - Posso te ajudar em alguma coisa?
-Eu queria te pedir uma coisa. -Disse eu com os papéis na mão.
-Claro…
-Um beijo. - Disse rindo e fazendo careta pra ele, somos dois moleques bobos quando estamos juntos.
-Ahh, por favor. - Disse ele rindo e revirando os olhos.
-Não, tô brincando! Preciso da sua assinatura nesses papéis de matrícula. - Disse eu deixando sobre a mesa.
-Ahh sim, eu estava procurando por eles. Kendra deixou um lembrete sobre isso no meu email. -Disse ele colocando seu óculos redondos de Harry Potter e pegando os papéis.
- “Cê” tava lindo ontem, assim como hoje. - Disse eu me sentando em sua frente.
-Obrigado. - Disse ele corando. - Mas como o senhor sabe como eu estava ontem?
-Vi no facebook, saiu com o Samuel né? Legal… -Disse eu dando os ombros.
-Saí, eu fiquei preso em casa por muito tempo, ele me levou pra um rolê. Foi legal, conheci umas pessoas novas, me diverti. -Disse ele lendo os papéis.
-Legal, você e ele se combinam, afinal né?
-Não seja um cuzão, eu e o Samuel não combinamos, ele só me levou à uma festa. Apenas… - Disse ele dando um gole do seu chá que estava em cima da mesa, e o chá estava tão cheiroso.
-Nada mais do que isso?
-Não que isso seja da sua conta, mas…
-Realmente não é, tu é solteiro. -Disse eu o interrompendo.
-Sim, sou. Você também é! Pode ir pra onde quiser, com quem quiser.
-Mas eu não quero ir pra lugar nenhum com ninguém além de você. - Disse eu olhando em seus olhos, através das lentes dos seus óculos.
-Caio, por favor. Não vamos começar com isso! - Disse ele me estendendo os papéis. - Já terminei de assiná-los.
Quando eu peguei os papéis eu fiz questão de segurar em sua mão. Porque logo ele? Eu estava bem com os garotos entrando e saindo da minha vida, eu não ligava pra eles, era intenso demais pra eles. Mas então, o garoto de olhos castanhos, personalidade forte e carismática, sorriso sincero e boca suja entrou na minha vida. Porque mudei? Não consigo ser intenso, não consigo seguir em frente, não consigo me imaginar sem ele, não consigo ser eu mesmo.
-Acabou? Tudo? - Perguntei segurando sua mão e olhando em seus olhos.
Ele não disse nada. Apenas afirmou com a cabeça, eu podia ver seus olhos brilhando, não quero vê-lo chorar novamente.
Eu me levantei, pensei em ir embora sem olhar pra trás. Sem dizer nada, só tentar seguir em frente, mas não. Eu não faria isso, eu voltei.
Andei até ele, segurei em seus braços e o levantei, ficamos frente à frente.
Passei a mão em seu rosto, sua pele é tão macia quanto eu me lembrava e seu cheiro… Ahh! Tesão!
-Se acabou, porque nós dois não conseguimos seguir em frente? Por favor! ME DÁ UMA RESPOSTA! UMA RESPOSTA DE VERDADE! PRA EU ENTENDER E IR EMBORA DA SUA VIDA! -Gritei eu segurando em seu rosto, olhando em seus olhos.
-Caio… Por favor… - Sussurrou ele em tom suplicante.
E sem eu esperar ele coloca a mão em meu rosto e me puxa pra um beijo. Sentir seus lábios novamente juntos aos meus foi como devolver algo essencial ao meu organismo, eu senti borboletas no estômago, meu corpo inteiro relaxou, minhas mãos suadas foram parar em sua cintura, eu procurei a bainha de sua blusa pra poder colocar a mão por baixo dela e acariciar sua pele nua, como ele estava quente. Eu tirei os seus óculos e coloquei sobre a mesa.
Meu instinto me fez tirar aquela blusa do corpo dele e colocar seu mamilo em minha boca.
-Ahh… - Gemeu ele jogando a cabeça pra trás, sentindo minhas mãos apertando sua bunda por dentro da cueca. Eu beijei seu peito, sua barriga e fui descendo com meus lábios por todo o seu dorso, ele me puxou pra cima, devorou meus lábios com os seus, envolvi sua cintura com um dos meus braços, com o outro eu joguei todas as coisas da mesa no chão e o deitei nela. Beijei seu pescoço, seu peito, seus mamilos receberam muita atenção da minha boca e língua. Beijei sua barriga ouvindo seus suspiros e vendo sua pele se arrepiar.
-Por favor, deixa eu fazer isso. - Disse eu quando cheguei na barra da calça.
Dei uma mordida em seu volume que só parecia crescer.
-Fique à vontade. -Disse ele passando os dedos sobre meus lábios e dando um beijo bem safado.
Tirei sua calça, o deixando só de cueca sobre a mesa. Que cena linda, eu deveria pintá-lo.
Dei um beijo em seu pau que pulsava sobre a cueca, tirei seu pau da cueca, passei meu nariz sentindo o cheiro dele, como eu senti falta de fazer amor com ele.
-Engole isso, garotão! - Disse ele com os olhos faiscando de desejo. E eu não o decepcionei, engoli tudo de uma vez sentindo ele bater na minha garganta, deixei aquele pau feliz.
-Ahh… Porra Caio… Não me faz gritar, garoto! Como você pode ser tão bom nisso? - Gemia ele se contorcendo sobre a mesa que o pai dele costumava trabalhar.
-É porque estou fazendo em você! - Tentei dizer isso com o pau dele na boca.
-Hãm?!
-Eu disse: É porque estou fazendo isso em você! - Disse eu tirando o pau dele da boca e levantando sua pernas, vi seu cuzinho lindo piscar.
Eu caí de boca nele. Deixando minha língua perversa ir parar dentro dele, de onde ela nunca deveria sair. Ele acabou dando um gemido alto.
-Eu preciso colocar algo na boca! Antes que a rua inteira saiba o que estamos fazendo! - Disse ele se levantando de surpresa, me deixando com a língua de fora olhando pra ele.
Me segurou pela gola do uniforme de professor e me levantou, o arrancou do meu corpo, me deixando só de cueca em sua frente.
Se ajoelhou na minha frente e me encarou nos olhos, como se me pedisse permissão. Eu sorri de lado pra ele, sabemos o que isso quer dizer.
Ele tirou minha cueca com os dentes, meu pau duro como rocha bateu em seu rosto, acabamos rindo disso. Ele passou a língua na cabeça saboreando toda a baba que saia, deu um belo banho de língua em meu pau me fazendo tremer da cabeça aos pés! E sem nem me avisar colocou tudo na boca e ficou chupando dessa forma, até eu quase gozar, eu sentia seus lábios quentes envolverem todo o meu membro e seus dedos brincando com minhas bolas. Filho de puta, sabe como me fazer pirar! Quando meu pau batia em sua garganta e sentia seu nariz tocar minha virilha, eu quase podia sentir minha alma sair do corpo.
-Levanta! Eu vou acabar gritando de tesão, não posso estragar isso! -Disse eu o pegando pelos cabelos e o trazendo pra um beijo quente. Eu passei minha mão por todo o seu corpo, queria marcar meu território, dos pés a cabeça sempre foi meu. Apertei aquela bunda que eu sempre fui apaixonado. O virei de costas pra mim, ele se apoiou na mesa, empinou aquela bunda, eu me ajoelhei atrás dele, dei um tapa estalado deixando meus dedos marcados naquela bunda e caí de língua ali novamente. Ele gemia como um putinho, meu putinho. Eu só queria continuar ali pra sempre, ele se virou pra mim, me olhou por cima dos ombros com os cabelos cobrindo parte do seu rosto, os olhos quase fechados, o boca entre aberta dando um gemido baixo.
-Gostoso… - Sussurrei eu.
Ele faz sinal pra eu me levantar e me pede pra deitar sobre a mesa, eu obedeço e ele se deita sobre mim, começamos um delicioso 69, eu tentava colocar minha língua mais e mais fundo nele, e ele já engolia meu pau sem esforço algum. Estávamos tão chapados de tesão que só queríamos mais e mais um do outro.
Batidas na porta o fizeram parar, mas eu continuei com minha língua dentro dele.
-Quem é? - Perguntou ele.
-Sou eu, preciso confirmar contigo o pedido daquelas bolas de pilates. - Disse Kendra do lado de fora.
-Depois eu falo contigo, amiga. Tô meio ocupado agora… - Disse ele voltando a me chupar com maestria.
-Abre logo, embuste! Quero terminar essa planilha logo e só preciso dessa tua confirmação. - Disse ela.
-VAI EMBORA PIRANHA! - Gritei lá de dentro.
- Ahh! - Kendra deu uma gargalhada lá de fora. - Entendi agora, desculpa atrapalhar os dois pervertidos! MEU CASAL VOLTOU PORRA! - Gritou ela lá de fora.
Nós dois voltamos ao que estávamos fazendo.
Naquele momento eu só queria me conectar ao meu homem, meu amor, meu melhor amigo. Não sei se vamos voltar, mas não me importo agora, só quero fazer ele gemer, quero foder esse garoto do jeito que eu sei que ele gosta. Quero mostrar pra ele que nenhum outro fará ele se sentir dessa forma, além de mim.
Continua…
Por favor, não ne odeiem pela demora, mas se odiarem, eu vou entender, tá? Afinal, foram mais de um ano né?
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥