(reviso esses caralho três vezes antes de postar e mesmo assim sai com algum erro, grrrrrr!)
escuto meu celular vibrar várias vezes dentro do meu bolso, e continuo andando em direção a casa do Hugo, resolvo atender só quando chegar lá, ao chegar na casa dele, me jogo no sofá, tiro o celular do bolso, percebo que meu pai me ligou 5 vezes, 5 vezes!! ele nunca liga mais de duas vezes, fico meio preocupada mas ignoro, logo em seguida vou na direção da cozinha, abraçando a Aline por trás vou dando vários beijinhos em seu pescoço, deito minha cabeça na suas costas enquanto sinto seu perfume, ouço meu celular tocar e vou correndo em direção a sala pra atender
eu- alô
pai- seu irmão se meteu em encrenca de novo, onde você tá?
eu- tô na casa do Hugo, onde ele ta?
pai- passou aqui na empresa e disse que iria pra casa, disse que quer conversar com você
eu- beleza, não vou dormi em casa hoje
pai- tá, juízo
desligo o telefone e logo em seguida ligo pro número do Miguel, cai na caixa postal, tento novamente e ele atende
eu- não tô em casa, tô no Hugo, aparece aí
desligo sem esperar ele dar resposta e vou indo na direção da cozinha, observo todos comendo e passo a mão na minha cabeça baixando a mesma, balançando ela negativamente, percebo que a Eduarda notou minha frustração, sinto ela me abraçar e escuto a campainha logo em seguida, vou indo na direção da porta rapidamente, abro a mesma e acerto um soco na cara do Miguel, vejo ele voltar um pouco pra trás e voltar a olhar na minha direção, observo o Hugo segurando a Aline e olho pros braços do Miguel, sinto ele me abraçar forte começando a chorar, a ponto de suas lágrimas molharem minha roupa, vejo todos ao redor nos olhando meio atordoados, escuto a porta fechar, imagino ter sido a Eduarda, e logo o abraço de volta, quando fizemos 10 anos prometemos de dedinho nunca abandonar um ao outro, crescemos, vivemos, bebemos, usando o que viesse na cabeça, ele continuou nessa, e eu sai dessa, até de amigos tóxicos me afastei, sobrevivia com amor fraternal da parte de Hugo, Eduarda, e meu pai, ao me dar conta de que estava abraçada com ele o empurro, olhando o estado que ele estava, estava magro, sujo, tínhamos o mesmo corpo, a mesma altura, os mesmos olhos, éramos da mesma cor, ele era um ano mais velho que eu, apenas um ano, tínhamos o mesmo sorriso também, mesmo semblante, já
chegamos a sermos confundidos de tão idênticos
Miguel- caralho como tu cresceu? o que aconteceu com você?
Hugo- Miguel... é, deixa ela digerir toda a situação, vai tomar um banho, pode pegar umas roupas minhas emprestadas
escuto a conversa olhando na direção do Miguel, vejo que ele tá aparentemente fraco, e pela primeira vez abro minha boca pra falar alguma coisa enquanto o observo subir a escada
eu- você quer ajuda? pra poder subir?
vejo ele parar no meio da escada de costas pra mim e balançar a cabeça negativamente enquanto continua a subir com dificuldades, engulo todo meu orgulho e decepção e vou indo na direção da cozinha, no choque de realidade nem tinha parado pra presta atenção na minha vida, ela tava em choque, dei risada do seu rosto e roubei vários selinhos da mesma, vou preparando um sandubão enquanto escutava todo mundo conversa e da risada de alguma coisa que tinha acontecido na escola, fico olhando minha ruiva, ela tava com um olhar confuso, de quem não sabia o que fazer, fui chegando perto dela, logo abraçando sua cintura
eu- posso saber no que meu bebê de fogo está pensando?
Aline- vou dormi aqui hoje, com você!
sinto ela pousar um beijo sobre meu rosto, fazendo com que me sinta mais aliviada meu coração estava angustiado mas não queria demonstrar isso, como eu disse Miguel continuou na vibe de usar tudo, saiu de casa cedo um dia, e nunca mais voltou, chegou a ser dado como morto, um dia numa festa vi ele com uma galera barra pesada, tentei conversa mas ele me acertou um soco na cara, seguida de uma cuspida, doeu mais meu coração do que qualquer outra coisa, éramos irmãos, não o entendia, até que ele sumiu de novo, no mundo caiu nas drogas, meu pai tentava, meu orgulho fazia com que nem olhasse na cara dele quando o via na rua, logo vejo ele descendo as escadas, olho pro lado e puxo o prato com o sanduíche, puxo a ruiva pela mão e vou indo na direção da sala, e aponto pro colchão que ele devia sentar pra depois deitar, fico o observando, subo por quarto, tiro a calça e o coturno, visto uma bermuda leve e contínuo com a mesma camisa, desço as escadas pelo corrimão e observo o Miguel comendo, escuto o Hugo gritar algo sobre o filme, escuto a risada da Aline e fico a observando, a puxo pro meio das minhas pernas e fico fazendo carinho em seu cabelo, logo vejo as luzes se apagando e ela deitando sobre meu corpo