Ola pessoal como vão?
Estamos perto do fim, aguardo vocês no ultimo capitulo.
Tay Chris, ola minha querida, tadinho dos garotos, eles não tem limites mesmo, mas eles fazem coisas que crianças fazem afinal eles são crianças. O Rodrigo deu uma surra na Alice porque ela fez por merecer, causou intrigas, provocou mortes mesmo que indiretamente. A Cris teve uma atitude desesperadora, mas a intenção é justamente essa, será que ela está dizendo ou não a verdade? Pra quem leu o conto todo sabe essa resposta. A Alice teria um fim como o da Gabriela do conto passado, mas o ódio dela contra o Rodrigo falou mais alto, ela preferiu fazer maldade com as crianças do que dar no pé e ser feliz para sempre. Se eu escrever será no meu blog, como passatempo, mas o que seria enrolação tipo novela mexicana? O Sidney não queria falar nada para o Antônio, foi o Antônio que procurou o Sidney na tentativa de comove-lo. O Antônio ama tanto que é capaz de excluir sua felicidade pra proteger quem ama, por isso ele quer ir embora, para proteger o Rodrigo. Nem faço ideia do que seja avatar, os desenhos quem conheço é he man, comandos em ação, caverna do dragão, thundercats, kkk. Sobre o pequeno Douglas acatei a sugestão de um leitor, muitas das coisas que acontece na historia eu pego de sugestão da galera, por isso esse conto ficou enorme. Sobre a Alice, o grand finale dela será no ultimo capitulo, acho que será incrível. Vou por no meu blog o conto, quem sabe coloco ele em forma de livro. Não sei de onde veio a inspiração, esse conto mesmo jamais imaginei que teria 95 capítulos, com cerca de 10 páginas no word cada, ou seja, quase 1000 páginas. O conto Além da Vida foi mais fácil de escrever, a história veio inteira como um estalo do nada na cabeça, na mesma hora sentei e comecei a escrever. O primeiro conto foi numa época que eu tinha muitos problemas, quando eu escrevei o Fernando levando o tiro e quase morrendo, pude colocar coisas minhas, ficava mais intenso. E como gosto de suspense dai acabei unindo isso na história, de criar um ou dois personagens ocultos malvados, nessa história foram dois, a Alice e o Marcelo, no conto anterior foi um vilão oculto e um vingador oculto. Sim gosto de livros embora leia poucos. O último capitulo já está inteiro na minha cabeça a mais de um ano, acho que vocês irão gostar.
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duduzinhog, obrigado pela visita.
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Geomateus, um romance gay entre dois homens com posturas hetero deve chocar pois as pessoas sempre associam os gays a pessoas afeminadas, com trejeitos, dois homens comuns gays deve irritar ainda mais os preconceituosos, a se eles forem irmãos então dai já pode mandar pra fogueira. Demoro muito sim pra escrever, lembro quando escrevi o primeiro conto era mais fácil, sentava e ia saindo, mas dai fui comparar e esse conto tem mais que o dobro de páginas. Obrigado pelas palavras, você sempre foi um leitor fiel, do tipo que era postar e sempre teria um comentário sobre a história, os personagens. Espero te encontrar por aqui no ultimo capítulo.
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VALTERSÓ, O Antônio lutou a vida inteira as vezes as pessoas cansam é natural ou no caso ele pode não ter visto outra alternativa se não ir embora. O Sidney gritou com o Rodrigo pois achou que ele tinha pego os garotos, mas o Rodrigo estava tão nervoso que os gritos do Sidney nem lhe afetaram, sua prioridade era tirar os filhos das garras da louca da Alice. Sobre a Cris é justamente ser surreal, cabe a cada um acreditar ou não, mas quem leu o conto desde o começo sabe se é verdade ou não. Grande abraço.
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Plutão, o final já esta na minha cabeça faz mais de um ano. Agora só falta 01 capitulo, não devo demorar pra postar. O fim da Alice será mostrado no próximo capítulo.
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Vava 12, Eu tinha uma conta no site, essa daqui, mas quando fui escrever esse conto não consegui acessa-la dai criei uma nova conta. Um tempo depois não consegui mais acessar essa nova conta e consegui acessar essa, dai comecei a postar aqui. Teve uma época que postei no meu blog e no wattpad. Se tiver com dificuldade de encontrar ou faltar algum capitulo, me de um toque que eu mando os capítulos pra você.
Alice – Vocês acharam mesmo que eu seria presa? Tolinhos.
Alice – Você me humilhou e me espancou dentro da minha própria casa, me expulsou na minha empresa.
Rodrigo – Vamos conversar Alice.
Alice – Lembra o que eu te disse Rodrigo?
Alice – Que eu iria me vingar onde mais dói em você.
Alice – Então, chegou a hora.
Alice voltou a abraçar os sobrinhos, colocando os dois na câmera.
Alice – Dão tchau pro papai e pro tio.
Rodrigo – Alice!!!
Alice virou a câmera mostrando a altura de onde estavam
Alice – Adeus meu irmãozinho querido.
Alice - Hora de voar.
Rodrigo – Nãooooooooooooo!!!!!!!
Capitulo 94
Rodrigo – Alice!! Alice!!!
Rodrigo ficou desesperado quando a tela do celular se apagou.
Antônio pegou o celular das mãos de Rodrigo e tentou sem sucesso ligar para Alice.
Antônio – Atende porra!!
Antônio olhou para Rodrigo e ficou ainda mais apavorado ao ver seu estado de pânico.
Rodrigo – Ela vai matar meus filhos.
Rodrigo – Ela me odeia, ela vai machucar eles.
Antônio estava tão mal quando Rodrigo mas alguém precisava manter o controle.
Segurando forte nos braços de Rodrigo, Antônio o sacudiu.
Antônio – Se acalme, ela não vai fazer nada, ela não terá essa coragem.
Rodrigo – Eu quero os meus filhos Antônio.
Rodrigo chorava desesperado.
Rodrigo – Eles nas mãos daquela loca.
Antônio o abraçou, apertando forte seu corpo.
Antônio – Eu não vou deixar. Eu te prometo, ela não vai fazer nada de mal com os nossos filhos.
Rodrigo encarou o irmão, que passou as mãos em seus olhos, limpando as lagrimas.
Antônio – Vamos, temos que ir...
Rodrigo ligou o carro e mesmo desesperado conseguiu guiar, dirigindo feito um louco sem saber pra onde.
Antônio avisou a polícia e em seguida ligou para Bruno.
Bruno – O que? Sequestrados?
Cris – Ai meu Deus!!!
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Rafael estava radiante enquanto Arthur estava morrendo de medo.
Do altO daquela roda gigante Rafael ficou admirado, olhando as pessoas la em baixo.
Rafael – Porque ela fica parando tia Alice?
Alice – Primeiro ela vai encher todas as cabines e quando a gente tiver la no topo a gente vai voar, falta só um pouquinho.
Arthur – Eu estou com medo.
Arthur abraçou o irmão, apertando seu corpo.
Rafael – Não fica com medo irmão, eu protejo você.
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Stela – Cade a Alice Carlos? O que esta acontecendo com nossa filha?
Carlos – Os empregados disseram que ela esteve aqui depois que saímos, pegou algumas coisas e saiu com o carro que o Valdir usa.
Stela – O cofre esta aberto.
Stela se aproximou e viu o cofre completamente vazio.
Stela – Está vazio, sem nada.
Carlos – Como vazio?
Stela – Todo dinheiro que estava aqui sumiu.
Carlos correu ao cofre mas ficou ainda mais assustado quando sentiu falta de seu revolver.
Seu celular começou a tocar e no meio da confusão atendeu meio desorientado.
Carlos – Alo!!
Carlos – Simone, agora não posso...
Carlos – O que??
Simone – A Cris me ligou, a Alice sequestrou o Rafael e o Arthur.
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Antônio passou a descrição do que viu na imagem para Bruno.
Antônio – Era um parque, uma roda gigante.
Bruno no mesmo instante começou a procurar no computador.
Bruno – Pela descrição que você deu só pode ser esse parque.
Bruno – Tem um parque de diversões nessa área, vou passar a rota pra vocês.
Rodrigo dirigia feito um louco e virou o carro com tudo conforme Bruno ia passando o itinerário.
Antônio – Obrigado Bruno, estamos indo pra la.
Bruno – O Romeu também já acionou alguns contatos dele.
Bruno – Estamos aqui torcendo por vocês.
Não demorou e Sidney também ficou sabendo do sequestro e quase teve um ataque.
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As cabines foram todas preenchidas e imediatamente o brinquedo começou a girar.
Arthur grudou em Alice, demonstrando medo mas a garota estava sem a menor paciência.
Arthur – Eu estou com medo tia.
Alice – Deixe de ser bundão.
Arthur – Eu ainda sou neném.
Alice sentou-se no banco e conforme o brinquedo voltava a subir, balançava ainda mais.
Arthur foi para o colo de Alice que tentava tira-lo de cima dela.
Alice – Mas que saco menino, pare de frescura.
Rafael olhava o céu mas ao ver o tom que a tia usou, virou-se no mesmo instante para eles.
De repente Alice começa a sentir algo em sua perna e colocando Arthur em pé ficou histérica.
Alice – Mas o que é isso?
Arthur – Eu fiz xixi.
Alice – Olha o que você fez seu idiota, moleque cretino. Que nojo.
Com raiva Alice sacudiu o garoto, xingando sem parar.
Arthur fez cara de choro e Alice ficou sacudindo com mais força.
Alice – Eu vou te dar uma surra pra você aprender.
Rafael – Eu não gosto que grita com meu irmão.
Alice – Eu não vou gritar, eu vou é dar um tapa bem quente nele.
Alice ergueu o braço direito enquanto Arthur se retraiu morrendo de medo.
Com o instinto de proteção a mil, Rafael inflou o peito e voou com tudo pra cima da tia e feito um pitbull raivoso cravou seus dentinhos no braço de Alice fazendo a tia soltar um berro.
Alice – Desgraçado.
Alice gritava se debatendo, tentando se desvencilhar do meninos, mas Rafael mantinha sua mandíbula apertando sem dó.
A cabine balançava mais que o normal, chamando a atenção das pessoas que estavam nas cabines ao lado.
Alice – Me solta!!!
Alice tentou bater em Rafael mas o garoto não deu trégua.
Dessa vez foi Arthur que sentiu seu instinto de proteção aflorar e mesmo sendo apenas um garotinho colocou toda sua força no pé, dando uma bica na canela de Alice.
Alice – Aiiiiiii
Arthur – Solta meu irmão!!!
Arthur socou a canela de Alice e em seguida pulou em cima dela puxando seu cabelo e enfiando seus dedinhos em seus olhos.
Alice rodava de um lado para o outros com os sobrinhos atracados sobre ela, gritando sem parar.
A essas alturas a confusão já chamava a atenção das pessoas no chão, que olhavam assustados a cabine balançar sem parar, até que algo caiu lá de cima, fazendo todos gritarem.
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Rodrigo suava sem parar e cortando todos os carros finalmente chegou no lugar indicado por Bruno.
Antônio – Daqui estou vendo, tem uma roda gigante aqui. É aqui mesmo.
Os dois desceram do carro nem fechando as portas e logo de cara viram dezenas de carros da polícia, ambulância.
Antônio sentiu o coração apertar mas precisava esconder seus sentimentos para acalmar Rodrigo.
Os dois entraram correndo e logo chegaram na roda gigante.
Rodrigo – Rafael!!! Arthur!!!
Antônio – Vocês viram dois garotinhos???
Um policial tomou a frente e os dois ficaram ainda mais nervosos quando viram a blusa de Rafael enrolada no meio da ferragem do brinquedo.
Rodrigo – Cadê meus filhos?
Policial – Calma, tenha calma, por favor.
- Eles estavam com uma mulher, teve uma briga, a cabine balançava tanto que tive que parar o brinquedo.
- O pessoal da outra cabine disse que ela tentou bater em um dos garotos daí quando a cabine chegou ao solo a multidão foi pra cima dela.
Policial – Ela estava armada e deu um tiro, conseguindo fugir da multidão.
Policial – No meio da confusão os garotos saíram correndo.
Antônio – E ela? Prenderam ela?
Policial – Conseguiu fugir, mas já estamos a sua procura.
Antônio – Calma Rodrigo, pelo menos o pior não aconteceu.
Antônio – Cadê os garotos?
Rodrigo – Cade meus filhos?
O policial apontou uma viatura mais afastada.
Os dois correram até o carro. Arthur estava abraçado a Rafael, dividindo com ele um algodão doce.
Ao escutar os gritos dos pais os garotos saíram do carro abrindo um sorriso.
Rodrigo se atirou no chão ficando de joelhos, puxando o corpo dos filhos para seu peito.
Rodrigo – Meus filhos.
Rodrigo – Meus amores.
Rodrigo – Prometi nunca mais deixar vocês dois sozinhos, perdidos.
Rodrigo beijava os dois sem parar, acariciando seus cabelos.
Antônio também sorriu e abraçou os três, puxando eles para seu peito, beijando suas cabeças.
Antônio – Acabou Rodrigo, eles estão bem.
Rodrigo – Vocês estão bem mesmo?
Rafael – A gente está bem, a gente não está com medo.
Rafael – A gente sabia que vocês iam vir salvar a gente.
Antônio – Sempre vamos salvar vocês.
Antônio – Mas vocês já estão até comendo.
Arthur – O homem deu pra gente.
Rafael – Tio, a tia Alice é bruxa, eu não gosto mais dela.
Antônio – Ela nunca mais vai chegar perto de vocês, eu prometo.
Rafael – Eu cuidei do irmão.
Rodrigo – Eu estou muito orgulhos de vocês dois viu.
Rodrigo – Meus dois super heróis.
Rafael olhou para o lado e se aproximou de Rodrigo e Antônio.
Rafael – Eu tenho que contar um segredo.
Antônio – Segredo? O que é?
Rafael - Eu sou o homem aranha.
Já Arthur não fazia questão de discrição e deu um pulo gritando.
Arthur – Eu sou o Huck.
Rodrigo – O papai também vai contar um segredo, eu sou o Batman e o tio Tonio é o Robin.
Antônio – Eu não sou o Robin, eu sou o Superman.
Rodrigo – É o Robin sim.
Antônio – Eu não sou, já disse.
As crianças se divertiram vendo os dois adultos discutirem.
Antes de irem embora, Antônio resolveu toda burocracia com a polícia que passou a caçar Alice como um rato.
A noite todos foram visitar os garotos, que no fim agiram como se fosse tudo uma grande aventura.
Cris – Você acha mesmo que ela ia ter coragem de fazer algum mal para duas crianças?
Antônio – Se eu acho? Eu tenho certeza.
Antônio – A Alice é uma psicopata, uma pessoa que não consegue exercer o menor tipo de sentimento. Para ela uma criança e uma barata é a mesma coisa.
Sendo caçada pela cidade Alice foi direto para o aeroporto interacional.
Advogado – Não é uma boa ideia você fugir por aqui.
Conseguindo fugir da multidão Alice foi até o escritório do seu advogado.
Alice – Que droga, aquele pirralho me mordeu, vou pegar um tétano, uma berne.
Advogado – Foi uma péssima ideia você ter feito isso.
Alice – O Rodrigo merecia sofrer.
O plano de Alice era torturar Rodrigo mas sua intenção era dar cabo dos garotos em outro lugar. O que ela não contava é que seria dominada por duas tripas endiabradas.
Advogado – Seu voo sai daqui a pouco e acho melhor não nos vermos mais, não quero me sujar com você.
Advogado – Acho um péssima ideia você fugir pelo aeroporto internacional.
Alice – Você acha mesmo que vou pegar um teco teco e ficar pulando de pais em país até chegar a Europa?
Alice – Isso aqui é Brasil. Quando alguém resolver se mexer eu já estarei longe e dando risada dessa cambada.
Alice se despediu do advogado e foi para o checkin da primeira classe.
Ela entrou em desespero ao ver um policial se aproximando mas o homem passou por ela sem mesmo olhar para seu lado.
Na cabine da primeira classe ficou olhando pela janela e só teve paz quando escutou a mensagem do piloto e o avião se movendo lentamente prestes a levantar voo.
Em minutos pode ver a cidade la em baixo e as luzes se afastando.
Alice – Por favor, quanto tempo de viagem?
- 14 horas.
- Não há previsão de tempestade e nem turbulência.
Alice – Ótimo, traga um champanhe.
A aeromoça a serviu e enquanto degustava aquele espumante começou a dar risada, gargalhando feito uma louca.
Alice – Alice, você é o máximo garota.
Alice – Linda, gostosa e esperta.
Alice – Agora só dormir e quando acordar estarei no primeiro mundo.
Alice – Bye, bye, bando de idiotas.
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Rafael e Arthur não paravam de contar a aventura do dia. Antônio fez questão de colocar os dois na cama depois que Sidney, Telma, Carlos e Stela foram embora.
Antônio – Chega de confusão por hoje né.
Rafael – Tio, você agora vai cuidar do papai?
Antônio – Você está ficando muito enxerido.
Arthur – É que você ama o papai né?
Antônio ficou desconcertado enquanto os garotos riam.
Antônio – E você, quem é a pessoa que você mais gosta no mundo.
Por incrível que pareça Rafael conseguiu ficar tímido.
Antônio – Não precisa ter vergonha, fala pro tio. Quem você mais ama?
Rafael – É o irmão tio.
Arthur o abraçou, beijando sua bochecha, babando em seu rosto.
Antônio – Isso ai, estou muito orgulhoso de vocês, cuide bem do seu irmão.
Rafael – Pode deixar tio, ele briga comigo mas depois eu perdoo ele.
Antônio esperou os dois dormir e depois suas atenções voltaram-se apenas para Rodrigo.
Rodrigo – Finalmente aquela praga do Sidney foi embora, só faltou dizer que a culpa era minha.
Rodrigo – Fique com tanto medo. Acho que só senti isso quando tive que ir ao IML quando perdi eles, aquela vez.
Antônio – Passou, ainda bem que tudo eles levam para o lado da aventura. O Rafael se acha um super herói.
Rodrigo – Acho que só vou me sentir seguro quando aquela desgraçada for pega.
Antônio – Há uma hora dessas ela já deve estar bem longe.
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Alice dormia mas despertou quando o avião começou a aterrissar.
Alice – Nossa, dormi tanto. Já chegamos?
Se arrumando na poltrona, abriu a janela achando tudo estranho.
Alice – Mas que lugar é esse? Quanta gente escura, suada.
Mas seu desespero aumentou quando viu uma placa: Aeroporto de Salvador.
Alice – O que? Comissaria!!!
Alice – Porque estamos em Salvador?
- O comandante recebeu um aviso para retornar, ele dará mais explicações, peço que aguarde.
Alice ficou inquieta mas o pânico veio quando vários policiais entraram na aeronave indo diretamente para sua cabine.
Policial – Alice Santarém!! A senhora esta presa.
No dia seguinte não se falou em outra coisa. A Imprensa fez plantão no aeroporto esperando o retorno de Alice para São Paulo.
Sidney e Telma fizeram questão de espera-la.
Alice tentava esconder o rosto, tentando fugir dos jornalistas enquanto os policiais a seguravam.
Ao chegar em uma área restrita ficou cara a cara com Sidney.
Sidney – Achou que conseguiria se safar?
Alice – O que vocês querem aqui?
Telma – Viemos nos deliciar em ver você algemada, sendo tratada como uma criminosa, que é o que você é.
Telma – Você pode escapar de ser condenada pela morte da Elisa, mas vou mover o mundo pra você ser condenada por todos os outros crimes que cometeu, sua maldita.
Telma cuspiu no rosto de Alice, a amaldiçoando.
Alice – Me tirem daqui.
Alice foi levada até a viatura e devido a sua tentativa de fuga, o sequestro dos garotos, foi enviada diretamente para a penitenciaria até que uma nova data do julgamento fosse marcada.
Aquele dia foi o começo do inferno que enfrentaria pelos próximos anos. Suas roupas foram trocadas, sendo obrigada a usar um uniforme horroroso, seu cabelo foi cortado e em seguida jogada em uma cela com outras presas.
- Então você é a bonitinha que ia fugir do país depois de ter tentado matar os próprios sobrinhos.
Alice - Tire as mãos de mim sua nojenta.
- Tenho dois netinhos e só de imaginar alguém fazendo maldade com criança..
Alice – Me deixem em paz, suas fracassadas.
Alice recebeu um tapa na cara que a fez ficar zonza.
- Todo mundo aqui esta no mesmo barco boneca.
Alice – Não estou não, sou superior a todas vocês.
- Essa dai vai dar trabalho.
- A partir de hoje você vai ser minha esposa.
Alice deu risada não se dando conta ainda que havia perdido a guerra.
Alice – E vai comer com o que? Se enxerga sapatona.
Alice deu as costas e sentiu uma pancada forte que a derrubou no chão.
Ao virar-se sentiu o peso de uma mulher gorda horrorosa e um dedo invadindo sua vagina, lhe causando uma dor terrível.
- Gostosinha você. Mas vou te educar e isso será agora.
Outras mulheres horríveis a seguraram.
Alice – Me soltem.
- Vamos passar muitos anos juntas, aos poucos você vai gostar.
Alice gritava mas era ignorada por todas mas seu desespero ficou maior quando a presa se aproximou com um cabo de vassoura.
- Agora vou te comer.
Alice gritou, chorando sem parar enquanto aquele pedaço de madeira era enfiado com força em sua buceta.
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Stela – O que será da Alice?
Carlos – Não sei, ela só conseguiu complicar a situação dela.
Stela – Não se fala em outra coisa nos jornais.
Stela – Nossa família se desmoronou Carlos.
Carlos – Não Stela, só estamos recomeçando.
Carlos – Temos o Rodrigo, nossos netos. E mesmo a Alice errando iremos encontrar uma maneira de ajuda-la.
Stela – Obrigado por estar ao meu lado.
Carlos – Eu te amo Stela, vamos recomeçar e reconstruir nossas vidas?
Carlos abraçou a esposa, lhe beijando.
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Antônio já estava decidido a ir embora mas a cada momento acontecia algo para distrair sua cabeça.
O casamento de Cris e Romeu estava próximo mas o acontecimento do ano ia ser seu chá de panela, também conhecido como despedida de solteiro.
Romeu – Porque não posso participar?
Bruno – O Romeu esta certo Cris, a gente faz um churrascão e vira uma festa só.
Cris – Claro que não, é uma festa de meninas, vamos conversar coisas de mulheres, vocês iriam detestar.
Dias depois Antônio apareceu com Rodrigo e os garotos.
Bruno – A Cris já esta terminando de aprontar a Ritinha.
Cris apareceu com a filha.
Romeu – Porque ela não pode ficar?
Cris – Meu bem, essa mulherada bebe e fica desbocada, não seria ambiente para criança.
Antônio – Então vamos? Vamos fazer um passeio no zoológico.
Rafael – Vai ser maior legal tia Cris, a gente vai ver o urso.
Rodrigo – Não tem urso filho, só leão.
Antônio – Eu fico com o Rafael, o Rodrigo fica com o Arthur e o Romeu com a Ritinha, o Bruno fica de reserva, atendo caso uma dessas tripas resolve entrar em alguma jaula.
Cris – Divirtam-se.
As funcionárias da Cris ajudaram a preparar a festa e logo em seguida começaram a chegar as convidadas.
Simone – Estou atrasada?
Cris – Chegou na hora certa, venha vou apresentar minhas amigas.
Cris – Gente essa é minha cunhadinha, Simone, a justiceira.
Cris – Simone essa é a Cintia, a Larissa, Monica, Lucia e Malu, também conhecida como Malu a vingadora.
Simone – Prazer!
Cris – Dona Shirley, a senhora aqui?
Shirley – Não ia deixar de vir Cris.
Cris – Mas quem falou para a senhora?
Shirley – Foi o Bruno, é impressão minha ou não era pra eu vir?
Cris – Imagina, a senhora é minha mãezinha querida.
Cris abraçou a mulher e ligou o som. Era comida e bebida a vontade, a mulherada dava risada, conversava, falava bobagens.
Cris circulava entre todas suas convidadas até que uma funcionaria sua apareceu toda preocupada.
Cris – A policia aqui?
Cris abaixou o sol e abriu a porta. Todas ficaram apreensivas.
- Policial, quem é a dona da casa?
Cris – Sou eu.
- Os vizinhos reclamaram do som alto, infelizmente a senhora esta presa.
Simone – Isso é um absurdo.
Cintia – Vou ligar para meu namorado, ele é advogado.
Malu – Isso é abuso.
Cris – Por favor policial, é só uma festa.
Policial – Vire-se
Cris virou e levou um tapa na bunda, dando uma risada em seguida.
Shirley – Mas o que é isso, cade o respeito.
Policial – Todas vocês estão presas.
O policial se afastou e segurando a calça puxou com tudo exibindo uma micro sunga branca.
A mulherada começou a gritar eufórica até que entrou um bombeiro com um extintor na mão.
Bombeiro – Tem alguém com fogo no rabo aqui?
Em seguida o bombeiro fez o mesmo, exibindo uma micro sunga vermelha.
O som voltou a rolar nas alturas enquanto os dois gogoboys dançavam, tirando o resto de suas roupas.
Shirley quase teve um ataque do coração enquanto a mulherada gritava sem parar.
Os dois homens ficaram só de sunga, dançando no meio do salão.
Algumas mulheres foram pegas no colo, outras receberam tequila na boca, sendo balançadas por aqueles dois musculosos.
Cris – Gente agora é a prova do chantilly, quem conseguir tirar o chantilly mais rápido ganha um prêmio.
Uma senhorinha de mais de 80 anos incorporou o The Flash e foi voando pra cima dos caras.
O policial passou chantilly no peito, oferecendo pra mulherada enquanto o bombeiro rebolava na frente das outras.
Shirley – Cristiane que palhaçada é essa? Esses homens estão nus.
Cris – Eles só estão de sunga Dona Shirley, só no final do show que eles vão ficar pelado.
Shirley – Cristiane não me obrigue a lhe dar umas palmadas.
De repente Shirley foi agarrada no colo por um dos homens e levantada no colo enquanto a mulherada gritava sem parar.
Shirley – Socorro, me solte.
Cintia – Cris estou adorando tudo.
Malu – Mal posso esperar pela sua próxima despedida de solteira.
No final do dia Antônio chegou com as crianças como se nada tivesse acontecido.
Na semana seguinte houve o casamento e a lua de mel que durou poucos dias.
Rodrigo – Você está quieto hoje. Esta assim por causa do exame de DNA?
Antônio – Um pouco sim, semana que vem sai o resultado e logo depois já é a audiência pela guarda dos garotos.
Rodrigo – Estou muito confiante.
Antônio passou a mão no rosto de Rodrigo, dando um sorriso.
Rodrigo – Logo logo ficaremos juntos para sempre.
Antônio – Mas pra isso você vai ter que deixar de ser meu irmão.
Antônio já tinha trancado a faculdade e naquela tarde pediu demissão do emprego. Ele iria embora no dia que o DNA ficasse pronto, bem cedo antes que Rodrigo acordasse.
Cada dia que passava era um tormento para ele pois além de tudo ele tinha que mentir, dizendo que estava no trabalho.
Rodrigo também estava preocupado, mas sabia que Antônio estava escondendo algo mas preferiu não bota-lo contra a parede.
Antônio já estava em casa quando Rodrigo apareceu todo animado.
Antônio – Que animação é essa?
Rodrigo – Estou muito feliz, hoje iniciamos a obra do novo centro de distribuição.
Antônio – Que orgulho, você é um ótimo administrador.
Rodrigo – O Daniel e o João, que são os engenheiro e arquiteto da obra proporam uma saída pra comemorarmos.
Rodrigo – Então trate de se arrumar.
Antônio – Ah não, só quero ficar no meu cantinho. Não ando muito em clima de festa.
Antônio – Mas vai você. Você merece comemorar seu sucesso.
Rodrigo – Antônio, qualquer sucesso que eu tiver na minha vida não terá a menor graça se você não estiver junto.
Antônio sentia o coração cortar ao ouvir aquele tipo de declaração. Rodrigo não sabia ter um não como resposta e sabendo que seria vencido, Antônio foi se arrumar.
Antônio estava na ducha quando Rodrigo apareceu o abraçando por tras, beijando sua nuca.
Seus paus ficaram duros na mesma hora mas se esforçaram pra ficar apenas nos beijos pois algo além disso ocasionaria o fim do encontro com os amigos.
Rodrigo – Essa barba esta horrorosa, vamos fazer ela.
Antônio – A minha não fica como a sua.
Rodrigo espalhou espuma no rosto de Antônio e em seguida passou a lamina.
Antônio – Estou me sentindo uma criança.
Rodrigo – Pare de reclamar, se não vai cortar seu rosto.
Antônio – Nem roupa pra ir eu tenho.
Rodrigo – Empresto uma minha. Apesar de eu ser maior, mais musculoso, mais forte..
Antônio – Mais convencido.
Um ajudou o outro se arrumar e no final estavam parecendo dois galas de novela.
Os dois chegaram no bar e logo viram João e Fernando.
Fernando – Como vai Antônio?
João – Esse é o Rodrigo, Nando.
Em seguida chegaram Daniel e Alexandre.
Todos se cumprimentaram e pediram algo pra beber.
Antônio que até então não estava muito animado logo se enturmou e se divertiu com os amigos.
Rodrigo – A parceria do escritório com o João e o Daniel foi fantástica, já temos inclusive novos projetos em mente.
Daniel – Opa, pode contar comigo.
Fernando – Pelo visto vocês não terão férias tão cedo.
Rodrigo – Só estou esperando resolver umas pendencias ai e depois vou viajar com o Antônio.
Alexandre – Pra onde pretendem ir?
Rodrigo – Tailândia.
Fernando – Ano passado nas férias, eu e o ursinho fomos pra Itália.
De repente se instaurou um silencio na mesa.
Daniel – Ursinho???
Alexandre cutucou Daniel com a perna, fazendo cara feia pra ele.
Antônio tentou manter o riso, ficando de cabeça baixa, mas Rodrigo escancarou de vez.
Rodrigo – Ursinho? Ele te chama de ursinho João?
João ficou vermelho, dando uma bronca em Fernando.
João – Já falei pra você não me chamar de ursinho na frente dos outros.
Fernando – Desculpa amor, saiu sem querer.
A essas alturas todos já estavam rindo.
Daniel – Imagina se o pessoal na obra fica sabendo que o João, todo sério, responde pelo apelido de ursinho, ia ser muito engraçado.
Fernando – Ué, vocês não tem apelidos?
Daniel olhou para Alexandre.
Antônio – Porque nós não temos Rodrigo?
Daniel – O do Alexandre é doutor fofura.
Eles conversaram sobre trabalho, filhos, depois se juntaram em grupos.
Antônio – Obrigado por não contar ao Rodrigo que tranquei a faculdade.
Fernando – Espero que você saiba o que esteja fazendo, conte comigo com o que precisar.
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Alexandre – Está muito ansioso?
Rodrigo – Um pouco, é bom contar com amigos como vocês, que não nos julga pelo fato de sermos irmãos.
Alexandre – Não tenho nada a ver com isso. Fui médico da sua mãe e tenho você e o Antônio como dois amigos.
Alexandre – Quando o exame sair vou estar no hospital.
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Antônio conversava com Daniel falando dos sobrinhos.
Antônio – Não consegui ter mais paz na vida depois que conheci aquelas duas tripas, eles me atormentam, são sem vergonha, mas tenho que ser duro.
Daniel – Sei como é, o Thiago é do mesmo jeito. Se eu der moleza ele monta em mim, já a Thaís é um doce, toda delicada.
João – Antônio você fala dessas crianças como se fossem seus filhos.
Antônio – Você acha?
João – Seus olhos brilham.
João – Eu e o Fernando adotamos o Rafael e a Clara e nem lembro disso, pra mim é como se fossem nossos filhos biológicos.
==
Eles comeram e aproveitaram que tinha uma pista de dança no lugar. Tinha casais heteros, casais gays, era um ambiente em que ninguém se importava com a vida do outro.
João e Fernando ficaram em um canto namorando enquanto Daniel e Alexandre dançavam colados.
Rodrigo – Vamos dançar também?
https://www.youtube.com/watch?v=_Yzu3KseJ1w
Antônio e Rodrigo deram as mãos e foram para a pista.
Aproveitando enquanto a música rolava os dois se abraçaram, ficando colados um ao outro, balançando de leve seus corpos.
Rodrigo envolveu seus braços nas costas de Antônio enquanto o irmão segurava seu corpo com a mão em sua nuca, fazendo um carinho de leve.
Com seus rostos colados, ficaram de olhos fechados, deixando seus corpos serem levados pelo ritmo da música.
Antônio sentia a barba de Rodrigo arranhar sua face enquanto seu perfume cítrico invadia suas narinas.
Por sua vez Rodrigo sentia o cabelo de Antônio fazer uma leve cócegas em seu rosto e sua respiração um pouco acelerada.
Rodrigo – Eu te amo.
Antônio fez uma pressão na nuca de Rodrigo e depois desceu seus braços nas costas dele antes de dizer..
Antônio – Eu também te amo.
Antônio – Aconteça o que acontecer nunca se esqueça disso. Tudo que eu fiz, faço e farei será sempre com o intuito de lhe proteger.
Rodrigo – Eu não quero sua proteção, só quero você ao meu lado.
Rodrigo – Você é a minha força Antônio.
Antônio sentiu uma lagrima cair e apertou ainda mais o corpo de Rodrigo, o abraçando com força.
A noite tinha sido perfeita mas já estava muito tarde.
João – Foi um prazer estar com vocês.
João – Antônio, o Fernando me contou sua história, nunca desiste de buscar sua felicidade, eu quase perdi o Fernando mas hoje posso dizer que somos muito felizes, apesar dos problemas do dia a dia.
Daniel – Eu sei o que é isso, perdi um grande amor, mas tive o privilégio de conhecer o Alexandre e hoje vivemos um para o outro.
Antônio – Obrigado pelas palavras, espero pode contar com a amizade de vocês sempre.
Todos se juntaram e se despediram.
Para Antônio e Rodrigo a noite estava apenas começando. Ao chegar em casa os dois se amaram como nunca.
Não era só sexo, era amor, era algo que nenhum deles pudessem imaginar que um dia sentiriam.
Antônio deixou os problemas de lado e curtiu cada momento como se fosse realmente o ultimo junto ao seu amor.
Os dois ficaram na cama até tarde e aproveitaram para curtir o dia juntos. No final da tarde Rodrigo foi até a casa dos ex sogros pegar os filhos.
Antônio aproveitou que ficou sozinho em casa e pegou uma bolsa, colocando algumas peças de roupas dentro, também colocou alguns documentos.
Em seguida escondeu tudo em um quartinho dos fundos.
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Rodrigo pretendia pegar os filhos e sair o mais rápido daquele lugar mas Sidney fez questão de provoca-lo.
Sidney – Amanhã sai o teste de DNA.
Sidney – E com isso vamos botar um fim nessa farsa.
Rafael – O que é farsa papai?
Rodrigo – Não é nada filhão, é que o vovô já está ficando velho, dai ele não sabe o que fala as vezes.
Rodrigo chegou em casa com os garotos e Antônio os abraçou como se eles tivessem vindo da guerra.
Antônio sabia que era a última noite que passaria em família e fez questão de aproveitar ao máximo.
Junto com Rafael, Arthur e Chico, se esparramou no chão brincando enquanto Rodrigo fazia o jantar.
Da cozinha Rodrigo só escutava os gritos, as risadas e os latidos de Chico.
Antônio – Vocês não cansam.
Arthur – Tio, o irmão fez arte na casa do vô Sid.
Rafael – Pode contar, o tio ama a gente dai ele não vai por a gente de castigo.
Antônio – Se for preciso ponho sim.
Rodrigo apareceu na sala e pôs fim naquela bagunça.
Rodrigo – Antônio já pro banho, o jantar já esta pronto.
Enquanto esperava Antônio terminar o banho Rodrigo ficou mexendo em algumas gavetas até que encontrou algo que não via a um bom tempo.
Ele abriu o papel e ficou olhando, com o pensamento distante.
Rafael apareceu e já subiu em seu colo, segurando sua cabeça.
Rodrigo – O filhão, você lembra?
Rafael olhou o papel e deu um sorrisão para o pai.
Após o jantar Antônio colocou os sobrinhos pra dormir, contou uma história e antes de sair do quarto deu um beijo em cada, olhando seus rostinhos pela última vez.
Ao fechar a porta Rafael deu um pulo da cama, abrindo sua mochila.
Arthur – O que você vai fazer?
Rafael – Eu tenho que fazer um negócio.
Arthur também se levantou e ficou ao lado do irmão.
Antônio e Rodrigo não transaram naquela noite mas ficaram a noite toda agarrados.
Rodrigo adormeceu em seus braços enquanto Antônio mal tinha cochilado.
Ainda não tinha dado 05:00 da manhã e Antônio já estava acordado, sentindo o peso do corpo de Rodrigo sobre o seu.
Com cuidado ele conseguiu sair e ficou por alguns minutos velando o sono do irmão, acariciando de leve sua face.
Seu plano era escrever um bilhete e sair logo em seguida, antes que todos acordasse, mas ele não esperava que alguns percalços poderiam lhe atrapalhar.
Ele se vestiu e ao sair do quarto Chico estava no corredor, olhando para ele. O cachorro começou a latir e com receio que alguém acordasse Antônio tentou acalma-lo.
Antônio – Não faz assim garotão, você vai acordar todo mundo.
Chico correu para o quarto e ficou entre as camas dos garotos.
Antônio foi atrás e viu um monte de coisas espalhadas pelo chão mas o que mais lhe chamou atenção foi a maneira como Rafael respirava.
Ao se aproximar viu que o garoto estava ardendo em febre.
Desesperado Antônio pegou um termômetro e ficou ainda mais nervoso.
Rafael – Tio, estou com frio.
Antônio já deveria estar na rua mas nunca que ele conseguiria ir embora e deixar o sobrinho naquela situação, mesmo que seja apenas uma febre sem grade gravidade.
Com a movimentação Rodrigo acabou acordando.
Antônio – Ele está com muita febre, acabei de medir.
Rodrigo – Não entendo, ele estava bem ontem a noite.
Arthur também acordou e ficou assistindo a cena.
Rodrigo – Acho melhor levar ele para o hospital.
Arthur se levantou e pegou algumas coisas do chão, colocando no bolso enquanto Antônio arrumava Rafael.
O dia já havia amanhecido e para sorte deles Dr. Felipe estava de plantão.
Dr. Felipe – Ele já foi medicado e a febre cedeu.
Antônio – Porque aconteceu isso? Ele estava bem.
Dr. Felipe – Pode ter sido uma virose ou uma febre de fundo emocional.
Dr. Felipe – Mas pra não restar duvidas pedi um exame, só para deixá-los mais tranquilos.
Dr. Felipe – Já dei alta a ele, você estão liberados.
Rodrigo – Obrigado doutor.
Antônio voltou para o quarto e Rafael parecia outro.
Antônio – O que vocês dois estão cochichando?
Arthur já ia abrir o bocão mas Rafael colocou as mãos na boca do irmão, dando risada.
Antônio – Estou de olho em vocês hein.
Aproveitando que Rodrigo estava no hospital, Dr. Alexandre o chamou até sua sala.
Dr. Alexandre – O resultado do DNA saiu.
O médico apontou o envelope na mesa. Rodrigo sentiu o coração disparar.
Rodrigo – Você viu o resultado?
Dr. Alexandre – Não, não abri. Mas sugiro que você abra junto com o Antônio, seja qual for a decisão que cada um tome acho bom vocês estarem juntos.
Rodrigo – Obrigado Alexandre.
Dr. Alexandre – Boa sorte a vocês dois.
Rodrigo pegou o envelope e em seguida foi até o quarto, pegando os filhos.
Enquanto isso Cris tinha um chilique.
Cris – O que? O Antônio ia embora hoje e você não me contou nada?
Cris – Eu achei que ele ia embora no dia da audiência.
Bruno – Por isso não te contei, pra você não dar esse escândalo.
Cris – Mas é logico que vou dar um escândalo.
Bruno – O Rodrigo me ligou, parece que o Daniel não foi embora porque o Rafael passou mal e ele teve que ir com o Rodrigo para o hospital.
Cris – Hoje sai o resultado do DNA.
Bruno – Já saiu, está com o Rodrigo.
Cris – Preciso falar com o Rodrigo antes do cretino do Sidney saber do resultado.
Bruno – Eles estão indo pra mansão.
Cris – Vou pra la agora.
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Rodrigo pretendia deixar os filhos na casa dos pais e depois ir pra casa e ficar a sós com Antônio para abrir o resultado, mas tudo começou a dar errado.
Antônio – Eu vou pra casa, você fique aqui com eles.
Rodrigo – Não, me espere. Por favor.
Rodrigo foi com os pais até seu antigo quarto e levou os filhos.
Antônio aguardava no andar de baixo até que Cris e Bruno apareceram.
Antônio – O que você faz aqui?
Cris – Não vou deixar você ir embora, o que deu o resultado?
Antônio – Do que você está falando?
Cris – Não faça essa loucura Antônio.
Antônio – É a única solução para o Rodrigo não perder os filhos. O Sidney jamais vai deixa-lo em paz.
Cris – Não, não, você precisa confirmar até o fim toda a história que contei.
Bruno – Se acalme Cris.
Antônio – Cris, uma vez estava na sua casa e aquela cigana me disse que eu nunca teria meu irmão e o amor da minha vida ao mesmo tempo.
Antônio – Acho que tudo que ela disse é verdade. Aliás é pior ainda, pois não vou poder ter nenhum e nem outro.
Cris – Você está errado, você pode ter os dois.
Rodrigo desceu as escadas e ficou surpreso ao ver os amigos, mas surpresa maior foi ver os ex sogros entrando na casa.
Sidney – Sabia que você viria pra ca.
Telma – Se acalme Sidney.
Sidney – Exijo ver o resultado do teste agora.
Carlos – Mas o que está acontecendo aqui?
Carlos e Sidney começaram a discutir e aproveitando a confusão Cris puxou Rodrigo para o canto.
Cris – Esse teste é só seu e do Antônio.
Cris – O Antônio é meio lerdinho as vezes, certinho de mais.
Rodrigo – O que você está querendo dizer?
Cris – Me ouça, você vai fazer o seguinte....
Com a confusão Antônio foi até o quarto dos sobrinhos.
Arthur – Tio, porque estão gritando?
Rafael – Está tendo barraco?
Antônio – O tio ama muito vocês viu.
Rafael – Você falou que ia ser nosso papai também, lembra?
Antônio mordeu os lábios, passando a mão nos olhos.
Antônio – Eu amo tanto vocês.
Rafael – Eu quero dar um negócio pra você.
Arthur deu um pulo da cama e abriu a mochila. Ao ver o que era Antônio não conseguiu segurar a emoção.
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Sidney – Você estão me enrolando, tudo isso é um truque?
Stela – Não tem truque algum Sidney.
Sidney – Então me mostre o resultado.
Rodrigo – EU ainda não abri o resultado, só vou abrir na presença do Antônio.
Nesse momento Antônio desceu as escadas, chamando a atenção de todos.
Rodrigo foi até ele com o envelope nas mãos.
Rodrigo – Estava te esperando.
Cris – Eu acho que esse momento é muito íntimo. Os dois deveriam estar a sós.
Sidney – Mas nem pensar.
Telma – Por favor Sidney, pare com isso.
Carlos – A Cris está certa.
Carlos – Meu filho, vá até a biblioteca com o Antônio. Eu garanto que ninguém ira importuna-los.
Rodrigo e Antônio foram para o escritório de Sidney enquanto Carlos, Stela, Sidney, Telma, Cris e Bruno aguardavam na sala.
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Rodrigo – Seus olhos estão vermelhos, você estava chorando?
Antônio – Quem pode com o Rafael e o Arthur?
Antônio – Eu preciso te contar uma coisa. Eu ia embora essa manhã.
Rodrigo – Antônio, eu não sou bobo, eu sei que você trancou a faculdade, que pediu demissão.
Rodrigo – Você ia ter coragem de me deixar?
Antônio não respondeu a pergunta, apenas olhou para o chão. Rodrigo se aproximou, dando lhe um abraço que foi correspondido imediatamente.
Rodrigo – Obrigado por ter me ensinado a ser o homem que eu sou hoje. Você me fez descobrir o que é amar.
Antônio – E você me deu uma família, ao seu lado, ao lado dos garotos e da mãe eu passei os melhores momentos da minha vida.
Antônio – O que vai ser de nós agora?
Antônio olhou para o envelope em cima da mesa.
Os dois deram as mãos prestes a abrir aquele resultado.
Depois de tantas idas e vindas finalmente o destino de Antônio e Rodrigo estava preste a ser definido.
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Continua...