A aula decorreu normalmente, as vezes eu me virava discretamente para trás e ver aquele garoto, por algumas vezes me dava a impressão que ele me olhava, por duas vezes nossos olhares se cruzaram, mais logo ele fechava a cara e voltava a conversar com seus amigos que estavam em sua volta.
Depois que acabou a aula, Tamara me acompanhou até fora do colégio, onde meu pai me esperava, no momento que nos despedimos, Bruno passou por nós, sempre com aquele olhar de ódio pra mim.
O dia foi normal, fiquei em casa, fiz meus deveres do colégio, acabei aproveitando depois e dormi o resto da tarde (como já perceberam, eu amo durmir rsrs).
Os dias foram se passando e minha vida começava a tomar um rumo aqui, minha mãe já estava quase pra inaugurar seu consultório, eu e Tamara já estávamos super amigos, passávamos o tempo todo do colégio juntos, mais algo me incomodava muito, Bruno sempre ficava me olhando, as vezes me encarava até no intervalo, porém em momento algum veio falar comigo, ao contrário, quando nossos olhares se cruzavam, sua cara fechava.
Estávamos no intervalo, eu e Tamara sentados perto da quadra, quando ela fala:
- Léo, eu tô vendo coisa, ou o Bruno não tira os olhos de você?
Procuro por minha volta, e realmente ele estava olhando pra nós, porém logo disfarça.
- Acho que não, deve ser coisa da sua cabeça. Falo tentando fugir ao máximo do assunto e tudo ligado a aquele garoto.
Consigo fugir do assunto, logo ela falava de outra coisa. No final do intervalo eu vou ao vestiário para depois subir para sala, entro lá e não tinha ninguém, acho ótimo porque odeio banheiro lotado.
Faço minhas necessidades e vou lavar minhas mãos, quando termino e me viro eu trombo com alguma coisa enorme.
Imagina o que era? Ou melhor, quem era?!
Ainda meio atordoado, olho e vejo que era Bruno, o garoto da minha sala. Vejo ele e já prevejo que ele ia brigar comigo, claro que me culpando, quando derrepente...
- Foi mal garoto, se machucou? Ele fala olhando pra mim de uma forma completamente diferente do comum dele, ele tinha uma certa preocupação na voz e me olhava tentando ver se tinha me machucado.
- Eu.. eu tô bem. Foi o que consegui falar, com uma certa vergonha agora, pelo modo que ele me olhava e por estarmos agora tão pertos.
Ele me encara por mais alguns segundos, mais do nada sua cara fecha novamente, fazendo seus olhos se serrarem pra mim.
- Ótimo, então beleza cara!
Fala desviando o olhar e entrando em uma cabine do banheiro, fico sozinho olhando pro nada, me recomponho e saio, volto a sala que já estava cheia.
- Onde se tava doido? Pensei que tinha morrido no banheiro! Tamara fala rindo.
- Quase! Dou uma leve risada.
Não demora muito e Bruno entra na sala, a aula já tinha começado, nossos olhares se cruzam na sala, mais algo do nada aconteceu.
Ele chega em sua mesa, junta seu material, com aquela cara fechada que só ele tem e continua lindo mesmo assim, se levanta e simplesmente sai da sala. Todos ficam sem entender nada, muito menos eu, confesso que uma angústia se formou em mim.
A aula ocorreu normal, porém não tinha nenhum sinal do Bruno, nem mesmo na saída, ele deve ter ido embora.
Fico a tarde toda com aquele encontro nosso no banheiro na cabeça, o jeito que ele me olhou, e porque ele tinha ido embora do nada, será que algo tinha acontecido?
O resto da semana o Bruno não apareceu no colégio, ninguém sabia nada dele, nem mesmo a turma que andava com ele não sabia por onde ele andava ou o que tinha acontecido.
Na sexta-feira nossa professora de Arte avisa que teríamos uma festa com todos do colégio, para comemorarmos nossa feira do aluno que acontecia todo ano, segundo Tamara. A festa seria no sábado, a noite no próprio colégio, porém além da festa, o colégio iria fazer uma grande excursão com nossa sala por algumas cidades do Paraná, visitando grandes eventos de Arte e alguns museus.
Sairíamos na segunda-feira para a excursão, que duraria uma semana, como meus pais sabem que eu amo Arte, concordaram de eu ir, claro que com minha mãe me dando dezenas de ordens para me cuidar.
Na sexta quando anoiteceu, me arrumo para a festa, fiquei lindo por sinal, estava com uma calça skinny preta, camiseta vinho, meus tênis Adidas e com meu perfume favorito. Eu e Tamara tínhamos combinado de nos encontrarmos fora do colégio, e assim fizemos.
A festa estava ótima, música boa, eu e Tamara estávamos curtindo muito, aí decido ir pegar uma bebida pra nós.
Estava super lotado, com muitos dançando, estava escuro somente com as luzes da festa, tento me desviar de todos, porém quando chego perto para pegar as bebidas, alguém me empurra do nada e acabo indo de cheio em alguém, foi tudo muito rápido, do nada sinto algo muito forte no meu rosto, não sabia o que era e nem de onde vinha, só caio no chão com muita dor no rosto, acima do meu olho.
Muitos ficam em minha volta, olhando pra mim sem entenderem nada, quando olho pra cima, vejo aquele garoto que sumiu do nada, mas agora estava lá, olhando pra mim com uma cara de susto, raiva... Ele olhava pra mim não acreditando que aquilo estava acontecendo, seu olhar era de desespero com muita raiva, quando do nada ele some no meio das pessoas, agora Tamara chegava até mim, me ajudando com mais algumas pessoas, que me levaram para a sala do diretor. Agora somente eu e Tamara na sala, ela diz:
- Quem fez isso com você?
Balanço minha cabeça fazendo que não sabia, mentindo pra ela.
Não demora muito minha mãe chega pra me buscar, super preocupada querendo me levar ao hospital e querendo saber o que tinha acontecido. Não aceito ir ao hospital, só queria ir para casa, me despeço de Tamara e volto pra casa com minha mãe.
Bom pessoal, espero que estejam gostando do conto, essa história só está começando, esses dois ainda vão aprontar muito!! Se preparem pra uma longa e incrível história de amor!
Vou tentar postar capítulo novo todo dia nesse horário. Bjs