Atenção plena

Um conto erótico de Morango Silvestre
Categoria: Heterossexual
Contém 1232 palavras
Data: 22/08/2018 03:25:57

Quem leu meus outros contos aqui na casa já conhece o massageado e os amigos que moram conosco. Novamente, temos ele como o centro desse acontecimento na minha vida.

As coisas podem tomar rumos muito diferentes depois que a vida joga um balde de merda na sua cabeça. O que vou descrever nesse conto, acredito eu, foi abertura de uma entrada para a concretização do que o massageado e eu estávamos tendo anteriormente. Ele e eu somos amigos, moramos na mesma casa há algum tempo e estudamos no mesmo lugar. Necessitei fazer uma prova em outra cidade que, coincidentemente, é a mesma na qual a mãe do massageado mora. Até aí tudo bem, como somos amigos, ele ofereceu que eu ficasse na casa dele nesta outra cidade no final de semana por conta desta prova.

Os amigos (J.A. e Y.M.) e a namorada do Y.M. (A.C., que atualmente mora conosco também), inicialmente, iriam junto para que passássemos o final de semana conhecendo mais da cidade depois que eu fizesse a minha prova - na sexta-feira à noite. Porém, por questão financeira, Y.M. e A.C. não puderam ir e fomos apenas J.A., o massageado e eu para a cidade da prova. O resumo da ópera é que, por dois minutos de "atraso", eu perdi a prova. Pois é, a vida tem dessas. O massageado foi importante para que eu tirasse parte do valor demasiado que depositei na perda dessa prova e para que eu começasse a entender que talvez aquele não fosse o momento certo de fazê-la mesmo. Enfim.

Um detalhe que não mencionei é que J.A. também tem família na cidade para a qual fomos e não necessitaria ficar na casa do massageado, como eu, Y.M. e A.C. Desta forma, como Y.M. e A.C. não puderam ir, ficaríamos o massageado e eu sozinhos em casa o final de semana todo. Imaginem como a minha mente não viajou, criando diversas situações pesadas e imorais, baseadas nas coisas que ocorreram em outros momentos...

No sábado pós-deprê, eu disse ao massageado que gostaria de sair para comprar algumas coisas e ele disse que conhecia um lugar bom para que eu pudesse fazer o que queria. Saímos, conheci parte do centro da cidade, comprei o que queria comprar... resumindo, foi proveitoso! Depois voltamos para casa... Ele me chamou para irmos ficar um pouco no telhado da casa dele. Aceitei e fomos... Falamos sobre diversas coisas, relacionamentos, atitudes das pessoas, física, universo, histórias de família, e no meio de uma dessas conversas eu acabei citando que nunca tinha tido um orgasmo sem que eu mesma me estimulasse. Ele pareceu perplexo, como se fosse a coisa mais inconcebível do mundo, enquanto eu encarei como a minha realidade cotidiana, coisa comum, como beber um copo com água, ou fechar os olhos para dormir. Depois de quase três horas de conversa, acabamos voltando para a casa dele e ele me propôs uma experienciação sensorial (tipo um mindfulness), me explicando sobre como essa técnica aumenta a conexão com o próprio corpo... Me senti estranha, mas concordei.

Ele me mandou deitar, fechar os olhos e respirar fundo, enquanto tocava e narrava lentamente quais partes do meu corpo eu deveria focar, de macro para micro, começando pelos meus pés... Inicialmente, eu estava conseguindo manter a respiração da forma que ele mandou, porém não estava conseguindo relaxar, ainda estava tensa. Ao mesmo tempo, ele foi subindo pelo meu corpo, mantendo a voz baixa e o toque suave na minha pele, porém eu comecei a ficar com a respiração ofegante (sim, eu estava começando a ficar excitada). O ponto crucial para que eu perdesse todo o controle da respiração foi o momento no qual ele começou a falar bem próximo da minha orelha, encostando seus lábios nela e sussurrando. Ele manteve a voz baixa e suave, me mandando controlar a respiração novamente e me mandando esquecer que eu estava excitada... Meu cérebro racional já não existia nesse momento e o meu corpo eriçado já demonstrava o tesão.

Estava cada vez mais difícil me controlar e eu permaneci imóvel, enquanto minha buceta estava ficando encharcada. Ele me beijou e eu arrepiei, MUITO! Aquela experiência sensorial lenta e profunda me deixou em uma espécie de êxtase que eu não sou capaz de explicar... Não havia uma parte do meu corpo que não quisesse sentir a língua e mãos dele. Ele desceu seu rosto e meu clitóris começou a pulsar quando senti os chupões e a sua barba me arranhando na lateral do meu pescoço. Eu não estava mais ali, toda a minha energia estava direcionada para o meu sexo, entorpecendo e molhando, mais e mais, em um loop quase infinito... Ele desceu para os meus peitos, de uma forma tão suave que nem parecia a mesma pessoa que eu conheço, inclusive a sensação do toque dos seus lábios em mim foi algo totalmente inesperado... Os toques, as mordiscadas nos mamilos, o olhar expressando desejo e os gemidos.... ahhhhh os gemidos.... para mim, estes são o ápice das relações carnais!

Cada centímetro percorrido no meu corpo era uma dose de adrenalina na minha corrente sanguínea.. Engraçado como a ambientação dos fatos pode contribuir para as reações que temos perante tudo e como nosso cérebro nos prepara para a reproduçao em qualquer contexto. As vias de recompensa são disparadas e fazemos de tudo para obter o prazer associado ao vicio. Quando ele chegou no meio das minhas pernas e começou a roçar a barba na minha coxa, eu suspirei e não conseguia respirar direito... O toque macio de sua língua na minha virilha, em volta dos meus grandes lábios... eu estava pulsando e meu clitóris estava doendo de tanto prazer, como se nunca tivesse chegado tanto sangue para irrigá-lo de uma vez... Quando a língua dele tocou meu clitóris, eu tive um arrepio tão intenso na coluna que quase não consegui me manter imóvel (como ele havia ordenado que eu ficasse)... Ele introduziu seu dedo grosso em mim e eu gemi, parecia que tudo aquilo era um sonho erótico repleto de imoralidade, dos quais eu tenho com certa frequência... Antes que eu pudesse tentar cogitar que era real, senti mais um dedo dentro de mim e me senti quase tão bem preenchida como se fosse seu pau.

Os movimentos suaves da sua língua na minha bucetinha me fizeram delirar, minha respiração estava totalmente descompassada e meu corpo emitia ondas de prazer e desejo, como se aquele momento fosse a única coisa que existisse, a técnica de sentir todo o meu corpo havia funcionado tão bem que todos os meus sentidos estavam aguçados e qualquer toque me fazia estremecer. Sua paciência, sua língua deliciosa e suas estocadas certeiras com seus dedos grossos foram fundamentais para que eu atingisse o meu primeiro orgasmo, sem que eu precisasse encostar um dedo na minha bucetinha...

A atenção plena que eu recebi neste dia foi um divisor de águas na minha sexualidade. Descobrir que eu não preciso me tocar para ter o ápice do prazer foi inédito e eu me questionei sobre como eu pude viver tanto tempo sem isso. Além de me fazer ter mais interesse ainda por sexo puramente carnal, que é onde creio que haja a maior liberação dos instintos animalescos que me regem e que, de alguma forma, contribuíram para uma das experiências mais incríveis que eu já tive.

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Foto de perfil de Morango SilvestreMorango SilvestreContos: 8Seguidores: 2Seguindo: 0Mensagem Sou uma mulher cis, heterossexual, que ama qualquer coisa relacionada à sedução e putaria.

Comentários

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Excelente conto! Muito excitante... você nos coloca na cena dessa aventura. Parabéns! Venha ler os meus relatos e os comentários neles! São reais, você vai gostar!!

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Ótimos contos, nota 10. Leia os meus da série: "EU, MINHA ESPOSA E MEU AMIGO DA ADOLESCÊNCIA"

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Querida, arre finalmente esse massageado lhe deu a atenção plena que vc merece. Rsrs. Um oral caprichado leva mesmo ao orgasmo, sem que precisamos tocar em nada. Parabéns por mais este ótimo relato. Adorei tudo e vale 10! Bjs babados.

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