Esta história começa, por mais estranho que pareça, com um término. É um conto mais longo que o normal, leia com paciência e não se arrependerá.
O início de tudo foi no primeiro ano do ensino médio. Como quase todos naquela fase, me sentia profundamente deslocado naquele novo ambiente, longe dos meus amigos feitos na antiga escola e, durante os primeiros meses, me limitava a frequentar as aulas sem qualquer empolgação.
Eu era muito dedicado aos estudos nessa época (mais por obrigação do que por gosto pela escola) e logo o rótulo de C.D.F. colou em mim. Eu não ligava, pra falar a verdade, mas me incomodava o fato dos outros alunos (que mal me cumprimentavam normalmente) ficarem me pedindo cola em épocas de provas.
Pouco antes das férias de meio de ano, comecei a fazer amizade com a primeira pessoa da sala. Elisa era uma garota quieta e tímida que tinha poucas amizades na escola (já que havia se mudado para o bairro havia pouco tempo) e, em toda a nossa turma, era a única pessoa com notas maiores que as minhas (especialmente nas disciplinas de exatas).
Volta e meia, ouvia meninos comentando que Elisa era “esquisita” ou mesmo feia, mas eu discordava: Elisa era muito baixinha, com exatos 1,50 m, e tinha um corpo bem normal (não era magra demais, mas também não tinha curvas avantajadas) e usava os cabelos ondulados cortados na altura do queixo. Tinha um nariz pequeno e levemente arrebitado salpicado por claras sardas marrons, uma boquinha estreita, mas com lábios meio carnudos e olhos muitos bonitos, de um tom escuro de castanho e muito grandes, mas que ficavam escondidos atrás das lentes muito grossas dos óculos. Eu não a achava atraente, no sentido cru da palavra, mas admirava sua beleza fora dos padrões.
Mas os principais encantos de Elisa eram sua inteligência fora do comum e seu jeito meigo de ser. Era extremamente educada (ao ponto de nunca falar palavrões) e muito solicita; por diversas vezes me ajudou nas atividades de física (minha matéria mais odiada) fora do horário de aula.
Nossa amizade foi se tornando cada vez mais forte e começamos a construir uma relação de carinho e confiança com o passar daquele ano.
Após algumas conversas, Elisa me confessou que nunca havia beijado ninguém na vida, pois nenhum garoto havia se interessado por ela e lhe faltava coragem para tomar a iniciativa. Eu havia beijado uma menina na minha antiga escola, pouco antes do fim do ensino fundamental, mas minha sorte não melhorara muito desde então. Propus um beijo “de amigos” para Elisa neste dia e ela, após relutar um pouco, aceitou.
Seu beijo era macio e quente e sua boca pequena me causava arrepios enquanto envolvia, de um jeito hesitante e cuidadoso, minha língua. Acariciei seu rosto e cabelo enquanto me entregava completamente àquele momento de descoberta com minha única amiga.
Elisa ficou muito sem graça quando nossas bocas se separaram, mas sorriu (um lindo sorriso) e disse que gostara. Aquele sorriso foi o suficiente para transformar os sentimentos que eu nutria por ela.
Durante os meses que se sucederam ao beijo, fui me apaixonando cada vez mais por Elisa, tanto pelo seu jeito encantador e sua beleza única, quanto pelo caldeirão de hormônios que eram meus 15 anos. Estar ao lado dela, sentir o perfume do seu cabelo ou o breve toque da sua pele quando nos esbarrávamos era, ao mesmo tempo, uma brisa fresca para minha alma apaixonada e brasa para a fogueira que era meu desejo por ela.
No segundo ano do ensino médio criei coragem e me declarei. Achei que não fosse dar em nada, mas Elisa ponderou durante alguns dias e aceitou namorar comigo. Fui apresentado formalmente à sua família e, daí em diante, não havia um minuto em que não estivéssemos grudados. Foi um tempo maravilhoso das nossas vidas.
No entanto, havia uma questão que, por mais que eu tentasse, não conseguia ignorar: Elisa era judia e, assim como a família, era extremamente recatada e tradicional. Ela (até pela idade), não tinha a cabeça fechada, nem nada do tipo, mas deixou bem claro, desde o início do nosso namoro, que não faríamos sexo antes do casamento. Pelo que ela me explicara, sua religião não proibia, propriamente, o sexo antes do casamento, mas era necessário construir um vínculo espiritual forte entre o casal antes de se criar um vínculo físico.
A princípio, deixei o desejo sexual de lado, me aliviando com a masturbação diária. Eu era virgem, sem qualquer moral religiosa que me limitasse e tinha uma namorada por quem eu era apaixonado. Achei que conseguiria segurar a onda durante um tempo até que fosse a hora certa para ela.
Quando estava no início do terceiro ano, aconteceu o evento que mudaria tudo. A traição veio de forma abrupta e não planejada em uma festa. Meus hormônios estavam a flor da pele e a ansiedade por fazer sexo pela primeira vez me levaram ao deslize que acabaria com nosso namoro. Mas esta história fica pra depois!
No dia seguinte ao ocorrido, fui consumido pela culpa e arrependimento. Por mais que eu me sentisse frustrado sexualmente no nosso namoro, eu gostava de verdade de Elisa e sabia que ela não merecia aquilo. Evitei encontrar com ela durante quase uma semana enquanto tentava lidar com aquela situação.
Por fim, confessei tudo.
Lembro que ela não ficou com raiva nem chorou, disse que entendia o que havia ocorrido, mas a expressão de desapontamento em seus olhos era clara. Após uma longa conversa, Elisa perguntou se eu queria tentar tocar o nosso namoro adiante e, por mais que eu quisesse, sabia que não conseguiria (tanto pela culpa, quanto por saber que aquilo poderia acontecer de novo). Me desculpei novamente e fui embora.
Nosso namoro terminou e nossa amizade jamais se recuperou. Até o fim daquele ano, conversamos bem pouco e nunca com o mesmo conforto de antes. Após o fim do ensino médio, nos distanciamos totalmente. As poucas notícias que eu tinha dela eram pelas redes sociais: Elisa conheceu outro rapaz cerca de um ano depois (já na faculdade) e se casaram mais ou menos na época em que eu estava me formando como professor. Pouco depois do casamento, Elisa me excluiu de suas redes. Fiquei chateado por um lado, mas entendia os motivos dela. Eu só desejava que ela fosse feliz dali em diante.
Nunca mais conversamos.
Avançando quase sete anos após nosso término, chegamos ao ponto que quero compartilhar aqui!
Já passava das 17 h de uma quarta-feira, o céu já escurecia e minha jornada de trabalho estava longe de terminar; ainda teria mais quatro aulas no período noturno e estava em um café próximo a escola tomando um expresso e corrigindo algumas atividades das turmas da tarde.
— Mauro?! — a voz familiar e repentina à minha direita me pegou de sobressalto e me fez erguer os olhos da pilha de provas — É você mesmo, rapaz! — pisquei algumas vezes tentando me recompor da surpresa de ver Elisa em pé ao lado da minha mesa com um copo grande de cappuccino.
Ela usava uma roupa social simples, porém elegante; saia preta na altura do joelho com uma meia-calça preta grossa, camisa branca de botões e um blazer cinza chumbo por cima. Em seus pés, sapatos lustrosos com salto baixo.
Com o passar do tempo, não adquirira altura e, mesmo sentado, meus olhos estava na altura de seu ombro. Ainda utilizava os óculos com lentes grossas, mas agora usava uma armação mais “moderna” emoldurando os grandes olhos castanhos. Seu cabelo ainda era curto, mas já passava do queixo, com as pontas próximas aos ombros. Seus traços de menina agora eram de uma mulher madura, mas seu sorriso ainda permanecia jovial. Fiquei desconcertado com o quanto ela ainda era linda.
— Elisa? — me atrapalhei um pouco ao me levantar e derrubei meu estojo embaixo da mesa. Dei um beijo em seu rosto e ela me abraçou, ainda atônito, senti sua bochecha gelada contra a minha (a temperatura estava abaixo dos 15º naquele fim de tarde) — Menina, quanto tempo! — ela gargalhou meio sem graça — Senta aqui, pô!
— Verdade! Muito tempo mesmo! — disse ao se sentar, analisando a pilha de papel sobre a mesa — Como tem passado?
— Bom… — acenei com a cabeça para as folhas e disse, rindo — Trabalhando bastante! E você? Nunca mais eu tive notícias suas… Como anda a vida?
— Vai bem, na real. Eu me formei tem um tempo, tô trabalhando numa construtora… — pelo que soube por amigos em comum, Elisa havia se formado em arquitetura — Nossa, tem tanta coisa pra falar! Nem sei por onde começar! Você tá dando aula, né?
— Sim. Aqui na escola mesmo… — eu lecionava no mesmo colégio onde cursamos o ensino médio — Caramba, meu… Realmente não esperava te encontrar… — disse com um sorriso bobo, ainda sem acreditar.
— Pois é… — ela riu, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Eu amava aquele tique dela — Eu tô pra me mudar daqui umas semanas, aí tô na correria de pegar uns originais de documentos e… bom, o histórico escolar é um deles. Eu sabia que estava dando aulas, mas não imaginei que era aqui.
— Eu comecei dando aula aqui, na real. Fiquei uns dois anos em outras escolas, mas voltei pra cá depois. É perto de casa e tal… Mas vocês vão se mudar pra onde?
— Bom… — ela deu um sorriso amarelo — Eu tô indo pra Minas, trabalhar num projeto de construção de alguns residenciais. Mas não somos mais “nós” que vamos nos mudar. — olhei meio confuso pra ela, que respondeu com uma risada e mostrou a mão esquerda. Sem aliança — Eu me divorciei tem um tempo…
— Poxa! Desculpa, não imaginei… — comecei a gaguejar pela gafe.
— Relaxa! Não foi nada…
Ficamos em um silêncio meio desconfortável por alguns instantes que foi interrompido pelo bipe do meu celular avisando que era hora de voltar ao trabalho.
— Eu… eu preciso ir… — disse mostrando as horas na tela do aparelho — Foi… Foi ótimo te encontrar.
— Foi mesmo! Uma surpresa agradável… — disse com um sorriso enquanto se erguia da mesa — E desculpa atrapalhar suas coisas! — apontou para as provas — Você deve estar atolado de serviço…
— Isso? Não é nada… Tenho tempo de corrigir depois… Bom… — me aproximei novamente para dar um beijo em seu rosto corado. Era incrível como o perfume do seu cabelo continuava deliciosamente igual.
Caminhamos silenciosamente em direção a saída, Elisa ainda com o copo na mão. Acenei para ela e me virei na direção da escola. Minha cabeça estava um turbilhão! Não pensava em Elisa havia muito tempo, mas reencontrá-la ali fez todas as questões inacabadas e sentimentos que haviam entre nós voltarem a tona. Ouvi passos apressados atrás de mim e me virei.
— Mauro! — ela parecia tão exaltada quanto eu, as maças de seu rosto estavam coradas pelo frio e sua respiração formava nuvens diante de seu rosto — Hoje você sai muito tarde do trabalho? Pensei se a gente não podia jantar ou algo assim… Pra colocar o papo em dia…
— Eu… realmente adoraria… mas o horário que eu saio tem poucas coisas abertas… — Elisa franziu os lábios em uma expressão que misturava decepção e conformação — Se bem que… Bom, eu tô com o trabalho bem adiantado esses dias! Acho que não vão sentir minha falta se eu não der as últimas aulas…
— Tem certeza?! Eu não quero te atrapalhar, nem nada…
— Claro! Não tem problemas… Sério! — pesquei no bolso as chaves do carro — Se importa se eu passar em casa antes? Eu moro aqui pertinho. É que eu meio que tô com essa roupa o dia todo… — ela riu do comentário e concordou.
Fui presenteado com outro daqueles lindos sorrisos e caminhamos até uma rua próxima onde eu estacionara o carro. No caminho até minha casa, conversamos sobre os acontecimentos mais recentes da vida de ambos. Evitei o tema do divórcio, embora este me instigasse a curiosidade, então falamos basicamente de trabalho e estudos. Elisa estava subindo rápido na carreira de arquiteta em uma das maiores construtoras do país e vivia viajando para outros estados para coordenar projetos (o que significava que, provavelmente, não estaria indo embora de vez).
— Olha, só não repara a bagunça… — disse ao entrarmos em casa. Não estava propriamente bagunçada, mas os livros que eu estava utilizando para preparar um projeto estavam empilhados de forma desordenada sobre a mesa da sala, no chão e no sofá ao lado de algumas garrafas de vinho e xícaras de café.
— Fica tranquilo! — Elisa inspecionava o ambiente a sua volta enquanto colocava a bolsa e o blazer sobre o balcão que dividia a sala da cozinha — Sua casa é linda, bem-arrumada…
— Valeu! — respondi enquanto caminhava em direção ao quarto para guardar a mochila — Só faltam mais uns 20 anos pra eu pagar e chamar de minha! — ouvi a gargalhada de Elisa do corredor.
Tomei o banho mais rápido da minha vida, me vesti e voltei para a sala. Elisa estava em pé diante da estante de livros folheando um exemplar de “História da Arte” (um livro padrão da graduação). Estava com as mangas da camisa social sobradas até os cotovelos e os óculos apoiados na ponta do nariz arrebitado. Me permiti admirar aquela imagem por um instante antes de me pronunciar.
— Pronto! Desculpa a demora… — passei pela porta da sala e caminhei em sua direção.
— Que isso! Nem demorou… — disse, recolocando o livro na estante — Achei que só a gente, de arquitetura, tinha que ler essa joça…
— Nem me fale! — ri, ainda meio sem graça — Bom, o que você quer jantar? Aqui perto tem alguns restaurantes legais, mas podemos pedir alguma coisa, eu posso cozinhar… Você quem manda!
— Eu não quero te dar trabalho! — corou novamente — Acho que podemos pedir alguma coisa mesmo, não vou te fazer sair no frio de novo…
— Por mim, tudo bem! — abri o IFood e escolhemos um restaurante de comida chinesa que não era muito caro e entregava relativamente rápido. Nos sentamos nos bancos do balcão enquanto esperávamos e retomamos a conversa.
A comida chegou em menos de meia hora e jantamos praticamente em silêncio. Por mais que tentássemos disfarçar, aquela situação era muito constrangedora.
— Eu ainda tô processando isso… — quebrei o gelo — Eu realmente achava que nunca mais iria te encontrar…
— Muito menos eu! — Elisa riu amarelo enquanto colocava os hashis dentro da caixa — Depois de todos esses anos… Depois de tanta coisa…
— Pois é… Muita coisa mesmo… — evitávamos nos encarar durante muito tempo — Depois daquilo que aconteceu… Acho que ficou tanta coisa em aberto entre nós…
— Verdade. — ela mexeu novamente no cabelo, ajeitando-o atrás da orelha — Mas o passado é o passado. Não dá pra mudar as decisões que tomamos, né?
— Não mesmo… — senti que entraríamos em outro silêncio desconfortável — Bom, você bebe?
— Sim, mas bem pouco.
— Vinho? — perguntei com uma sobrancelha erguida.
— Aceito! — ela sorriu, mais relaxada.
Abri uma garrafa de vinho, peguei duas taças e fomos para o sofá. Precisei tirar a montanha de livros para que ela se sentasse. Servi o vinho para ambos e começamos a conversar sobre banalidades novamente (parecia ser o caminho mais seguro para não despertar sentimentos ruins).
— Se importa se eu tirar os sapatos? — Elisa perguntou, após a segunda taça — Eu tô com eles desde de manhã!
— Nossa, fica a vontade!
— Só não repara no chulé! — ambos rimos alto. Elisa tirou os sapatos e, habilmente, passou as mãos por dentro da saia e puxou a meia-calça até os tornozelos, revelando sua pele alva. Enrolou a meia e enfiou-a dentro de um dos sapatos. Seus pés eram muito pequenos (ela calçava 35 ou menos!) e tão lindos quanto eu me lembrava: faziam uma curva sinuosa entre os dedos curtos perfeitamente alinhados e o calcanhar e suas solas, naturalmente rosadas, estavam levemente vermelhas pela pressão do sapato. Suas unhas estavam pintadas de azul-escuro, quase preto e o cheiro que seus pés exalavam fazia meu coração bater mais rápido — Nossa, que alívio! — Elisa exclamou com uma expressão de prazer e se recostou de lado no sofá, sentando-se sobre uma perna.
— Tinha esquecido como seus pés eram bonitos… — não pude conter o comentário tanto pela admiração quanto pelo álcool que me subia lentamente (vinho sempre foi minha paixão, mas também, minha fraqueza). Senti meu rosto corar logo após dizer aquilo.
— Ah… obrigada! — ela agradeceu, meio sem jeito e riu — Lembro que essa era uma das coisas que eu achava legal em você.
— Meu gosto estranho por pés?! — perguntei em tom de deboche.
— É, poxa… Sei lá, eu achava fofo você elogiar meus pés! — ela também corou de um jeito gracioso — Era uma das coisas que eu mais imaginava, quando pensava… na gente. Sabe?
— Sério?! — aquilo me pegou de surpresa — Sempre pensei que achava isso estranho…
— Eu só era muito tímida! — disse rindo.
Aquela conversa estava me deixando excitado; eu precisava me acalmar. Pedi licença e fui ao banheiro urinar. Meu pau estava começando a ficar ereto quanto entrei no banheiro. Respirei fundo, joguei água fria no rosto e voltei para a sala.
As luzes estavam apagadas, mas a noite estava muito clara e a luz prateada da lua entrava pela janela, iluminando Elisa que continuava sentada no sofá, agora com as pernas cruzadas e terminava de encher nossas taças. Tentei agir com normalidade e, sem acender as luzes, voltei a me sentar no sofá.
Ficamos em silêncio por algum tempo, apenas bebendo. Na penumbra, parecia que o receio de encararmos um ao outro havia diminuído: Elisa me fitava com aqueles profundos olhos escuros, sua pele pálida parecia quase brilhar ao luar.
— Tudo seria diferente se tivéssemos continuado juntos… Você sabe, não sabe? — sua voz era melancólica, mas séria.
— Sim… Mas você mesmo disse que “o passado é o passado”. — respondi no mesmo tom.
— Sim. — ela tomou um gole de sua taça — Mas é difícil não pensar nele.
— Bom… Não dá pra mudar o passado. Mas ainda temos o futuro…
— O futuro é só uma promessa. Eu prefiro viver o agora! — ergueu a taça na minha direção, simulando um brinde.
— Eu não diria melhor! — repeti seu gesto, virei a taça em um gole só e a depositei aos pés do sofá. Elisa fez o mesmo. Ficamos em silêncio, mas não havia mais desconforto entre nós: apenas nos observávamos à luz opaca da lua — O que você imaginava? Quando pensava… em nós… — perguntei em voz baixa, como se pudéssemos ser ouvidos por alguém.
— Você dizia que queria beijar meus pés um dia… — ela sussurrou em resposta. Sua voz estava trêmula, como se cada palavra lhe causasse um arrepio — Sempre imaginava isso; você beijando meus pés, passando a língua entre os meus dedos… colocando meu dedão na sua boca… — os pelos de seu braço se levantavam enquanto ela dizia aquelas coisas — Elisa apoiou-se no encosto do sofá e aproximou o corpo de mim — Mas agora eu acho que não estão com um cheiro bom…
— Eu não sei… — menti: seu chulézinho estava delicioso! — Se importa se eu sentir?
— Tem certeza? — fiz um maneio positivo com a cabeça. Com as mãos apoiadas no sofá, sustentando o peso do corpo, Elisa ergueu o pé direito que estava para fora do sofá até a altura do meu rosto — Lembra que eu trabalhei o dia todo com aquela meia grossa…
Lentamente, fui aproximando meu nariz do seu pé. Seu cheiro me fazia salivar e meu pau parecia querer voar de dentro das calças. Os pés de Elisa estavam com um cheiro muito característico do contato de sua pele com o tecido grosso das meias, mas tinham bem pouco suor (até por conta do clima). Não era um perfume muito forte, mas extremamente marcante e agradável. Cuidadosamente, encaixei a ponta do nariz no vão entre o dedão e o indicador e inalei aquele aroma delicioso. Elisa soltou um suspiro baixo.
Dediquei alguns minutos apenas para apreciar o cheiro viciante de seus pés e, lentamente, cheirei entre todos os dedinhos de Elisa. Ao fim, deslisei meus lábios pela sola macia e quente e beijei a pele entre o calcanhar e a parte interna de seu tornozelo. O corpo de Elisa se contraiu em um arrepio quando fiz aquilo e ela levou a mão até a boca, abafando um gemido baixo. Comecei a distribuir beijos lentos por toda a extensão de seu pezinho até alcançar seu dedão.
Elisa olhava atentamente, ainda com a mão sobre a boca, mas cerrou os olhos com força quando eu deslisei minha língua pela lateral de seu dedão. Dei um instante para que ela se recompusesse e voltasse a abrir os olhos, então, lentamente, lambi entre seus dedos, enrolando a língua em seu dedão pequenino. Os olhos dela reviraram e ela não pode conter um gemido longo, mas baixo.
Comecei a chupar de forma delicada, deslisando meus lábios apertados em torno do dedão desde a base até a ponta, sempre circundando-o com minha língua. Elisa já não tentava se conter e sua respiração pesada era, volta e meia, cortada por um suspiro profundo ou um gemido.
— Isso… não para… — ela falava baixinho, mais para si do que para mim. Estava quase em transe…
— Era assim que você imaginava? — sussurrei com os lábios próximos ao seu tornozelo.
— Não… — disse, ainda com os olhos fechados. Seu peito subia e descia bem rápido — Não era, nem de perto, tão bom…
Abruptamente, Elisa afastou o pé do meu rosto e ficou de joelhos no estofado. Me empurro contra o encosto e montou no meu colo, fazendo sua saia subir até a metade das coxas. Passei as mãos pelas suas pernas até o começo da bunda e fui subindo pela cintura, apertando levemente seus quadris. Sentia o calor entre suas pernas roçar no volume da minha calça enquanto ela rebolava, muito sutilmente, em cima de mim.
Aproximei meu rosto do dela, olhando em seus olhos e acariciei a maça direita de sua face. Sua pele era delicada como seda e estava muito corada e quente. Toquei seu lábio inferior com a ponta do dedão e Elisa abriu a boca timidamente, lambendo meu dedo. Sua língua era bem pequena, com a ponta arredondada e estava muito molhada, fazendo a saliva escorrer pela minha mão. Fui introduzindo bem devagar o dedo em sua boquinha quente enquanto Elisa o chupava com os olhos fechados.
Beijei seu pescoço fino enquanto, com a mão livre, ia abrindo os botões de sua camisa um por um, revelando seu busto pálido e cheio de pintinhas escuras dos mais diversos tamanhos. Elisa parou de chupar e, com a camisa aberta, colou o corpo no meu e me beijou.
Seu beijo era ainda melhor do que eu me lembrava! Sentir aqueles lábios carnudos e pequenos após tantos anos me levou as nuvens!
— Eu nunca estive com outro homem além do meu ex-marido… — sussurrou ao meu ouvido. Estávamos tão próximos que eu podia ouvir seus batimentos cardíacos acelerados — Mas eu sempre soube que deveria ter sido você à me levar pra cama…
— Então vamos fingir que nada disso existiu… — disse no mesmo tom enquanto acariciava seus cabelos macios — Esquece tudo! Eu quero você no agora… por inteiro.
Elisa então passou as mãos pequenas e hábeis por dentro da minha camiseta e a puxou para cima em um único movimento. Eu não estava com a depilação em dia, então os pelos do meu peito, normalmente aparados, cobriam todo meu torso uniformemente. Ela pareceu não se incomodar e foi descendo pelo meu pescoço, beijando meu ombro, até alcançar meu tórax e lamber meu mamilo esquerda. Senti todo meu corpo se retesar com o arrepio!
Enquanto Elisa lambia meu peito e deslisava os dedos finos pelo meu tronco, passei as mãos pelas suas costas e soltei o fecho do seu sutiã. Elisa se levantou do sofá e ficou de pé diante de mim, deixando a peça cair no chão e revelando seu torso nu.
Seus peitos eram bem firmes e pequenos, quase do tamanho de taças. Seus mamilos escuros eram bem inchados e protuberantes, circundados por auréolas bem largas. As pintas escuras em sua pele pareciam constelações castanhas em um céu perolado.
Me inclinei em sua direção e beijei sua barriga enquanto ela acariciava meu cabelo. Elisa me puxou mais para perto de si, me forçando e ficar de pé. Deslisou a ponta dos dedos por dentro da minha calça e puxou-a para baixo. Fiz o mesmo com sua saia e a deixei cair aos seus pés.
Estávamos ambos de peito nu; eu apenas de cueca boxer preta e Elisa vestindo uma calcinha de algodão branca. Nos beijamos novamente, nossas peles quentes se tocando enquanto Elisa passava os braços ao redor do meu pescoço. Virei-a de costas para mim e, enquanto beijava sua nuca, deslisei as mãos pelo seu corpo, acompanhando o desenho de sua silhueta, até chegar à ultima peça de roupa. Apenas empurrei para baixo o elástico de sua calcinha e deixei que a gravidade fizesse o resto.
Elisa tinha as pernas totalmente depiladas até a altura dos joelhos, exibindo canelas e panturrilhas lisinhas, mas suas coxas roliças eram cobertas por uma fina camada de pelinhos castanho-claros, quase invisíveis, que subiam até sua bunda.
Acariciei suas nádegas redondinhas e firmes enquanto beijava a pele atrás de suas orelhas e fui deslisando os dedos ao redor de sua cintura até alcançar seu púbis.
Elisa tinha uma buceta coberta uniformemente por uma faixa larga de pelos de tamanho médio, levemente enrolados e muito macios. Passei a ponta dos dedos por entre seus pelos e encontrei sua vulva quente e muito molhada; os pelos ao redor dos lábios estavam empapados pelo seu mel viscoso e pude sentir um clítoris bem grande e inchado. Meu membro pulsava dentro da cueca, pressionando o cóxi de Elisa que gemia ao meu toque.
Ela virou-se para mim e também tirou minha cueca, fazendo meu pênis ereto saltar e bater contra sua barriga, lambuzando seu umbigo de lubrificante. Elisa levou os dedos até o líquido e chupou, fechando os olhos em uma expressão de prazer.
Segurando meu membro com cuidado, Elisa ajoelhou-se aos meus pés e começou a me masturbar lentamente, com um olhar de admiração enquanto observava o movimento do prepúcio sobre a glande melada de lubrificante. Suas mãos eram pequenas e ela usava ambas para me punhetar, lambuzando os dedos no líquido que saía da minha uretra para lubrificar todo o meu pau.
Era uma sensação maravilhosa sentir aquelas mãozinhas delicadas deslisando pela base do meu pênis num ritmo lento, porém constante. De olhos fechados, senti o toque quente de sua língua no meu saco e logo Elisa a chupar minhas bolas enquanto me masturbava: como sua boca era bem pequena, engolia uma bola de cada vez, sugando suavemente enquanto aumentava a velocidade da punheta.
Acariciei seus cabelos e direcionei sua boca de volta para o meu pau. Elisa lambei desde a base do meu membro até a divisão entre o prepúcio e a glande, passando a língua por dentro da pele e me arrancando gemidos de prazer enquanto circundava a cabeça do meu pau com aquela língua pequena e macia.
Me encarando diretamente, Elisa abriu a boquinha e começou a engolir meu pau enquanto massageava minhas bolas meladas com sua saliva. Sua boca era muito pequena, mal conseguia comportar minha glande, então ela concentrou-se em continuar me masturbando enquanto chupava meu pau até pouco menos da metade e massageava a entrada da minha uretra com a língua. Eu estava indo à loucura com aquilo!
— Eu quero sentir seu gosto também… — sussurrei entre gemidos, olhando em seus olhos.
Sem uma palavra, Elisa levantou-se e foi até o sofá. Lá sentou-se e ergueu os pés até o estofado, ficando com as pernas bem abertas. Só então tive dimensão do tamanho de sua vagina! Era espantoso que uma mulher de sua estatura ostentasse uma buceta tão grande e larga; tinha uma coloração escura como seus mamilos, os lábios externos eram grandes e inchados, totalmente cobertos por pelos castanhos e parte dos lábios interiores apareciam entre eles. Mas o que mais chamava a atenção era a glande de seu clitóris: mesmo com os grandes lábios fechados, o volume dela era perceptível sob um prepúcio que o cobria quase por completo, deixando visível apenas a pontinha.
Seus líquidos tinham uma aparência espessa e opaca, quase brancos e escorriam por entre os lábios fechados em direção ao ânus, se entranhando em seus pelos. Aquela imagem me fez perder o rumo durante alguns segundos em que olhei hipnotizado para aquela vulva de uma beleza quase selvagem.
Me prostrei de joelhos de frente para Elisa que me olhava ansiosa e com o rosto vermelho de tesão e vergonha por estar exposta daquela forma. Aproximei o rosto de sua buceta fui ao delírio com o cheiro maravilhoso do seu lubrificante grosso misturado com seu suor. Enfiei o nariz nos pelos macios próximos à região entre a vagina e a coxa e inalei aquele perfume enebriante, sentindo cada nota aromática que sua pele e seus fluídos exalavam.
— Abre pra mim? — pedi em voz baixa enquanto acariciava seus pelos e tentava conter a saliva dentro da boca de tanta vontade de provar seu gosto.
Elisa levou as duas mãos até o meio das pernas e, lentamente, separou os grandes lábios usando dois dedos de cada mão. O interior dos lábios estava bem sujo, com muitas manchas brancas ao redor da entrada do canal vaginal e nas bordas dos lábios interiores. A parte interna de sua vagina era consideravelmente menor e parecia ser bastante estreita, mas seu clitóris se revelou parcialmente conforme o prepúcio foi esticando. Daquele ângulo eu conseguia até ver sua uretra, também coberta por resquícios brancos. Seus líquidos, antes contidos, escorreram ainda mais pela borda.
Eu não podia esperar mais! Estiquei a língua e, cuidadosamente, lambi toda a parte esbranquiçada do interior dos grandes lábios, limpando a sujeira resultada de um dia árduo de trabalho. Seu sabor era algo entre o maravilhoso e o divino! Era bem salgado por conta do suor e do xixi, mas estava misturado com seu lubrificante incrivelmente adocicado. Era uma explosão de sensações na minha língua!
Ouvindo os suspiros de Elisa, lambi toda a parte interna de sua buceta até deixá-la brilhando como se acabasse de sair do banho. Apenas seu lubrificante fluía de seu interior como uma fonte interminável quando seus músculos se contraiam ao redor da minha língua. Mas eu queria deixar o melhor para o final: com a ponta do dedo indicador, empurrei delicadamente o prepúcio de seu clitóris para cima, expondo totalmente a glande também coberta por uma camada esbranquiçada. Elisa teve um espasmo de prazer quando eu toquei a pontinha de seu grelo com a língua.
Comecei a deslisar a língua por toda a extensão de seu grelinho (que, exposto, devia medir uns bons 3 cm), limpando-o bem e fazendo-o pulsar ao toque. Elisa gemia profundamente afundada no estofado enquanto eu chupava com cuidado seu clitóris e alternava as sugadas com lambidas que iam da uretra até a parte inferior de seu grelo.
Elisa segurou o prepúcio com um dos dedos, mantendo a glande exposta, então utilizei as mãos livres para erguer suas pernas pelas coxas até que seus joelhos ficassem na altura de seu rosto, deixando seu ânus (também coberto de pelos) ao alcance da minha boca. Sem pensar duas vezes, desci a língua até seu cuzinho minúsculo e me pus a chupar como se estivesse beijando uma pequena boca.
A princípio, Elisa contraiu o esfíncter com o susto, mas após algumas carícias com a língua ao redor da entrada, relaxou os músculos e voltou a gemer enquanto eu massageava seu cu com a ponta da língua e deslisava de volta para seu grelinho inchado.
— Eu não consigo esperar mais, Mauro! — ela disse entre gemidos altos enquanto pressionava meu rosto contra sua buceta, fazendo minha língua entrar em sua grutinha quente — Eu quero você dentro de mim! Eu quero você agora!
Por mais que estivesse viciado no sabor daquela buceta enorme, eu não poderia negar um pedido daqueles! Finalmente aquilo estava acontecendo! Depois de tantos anos de atraso…
Ergui meu tronco, posicionando meu pau que estava absurdamente inchado a essa altura, com as veias saltadas e pulsantes, na entrada de sua buceta e introduzi apenas a cabecinha, sentindo seu calor interno e os músculos da sua vagina se contraírem loucamente. Aproximei meu rosto do dela e beijei seus lábios pequenos, deixando que ela sentisse seu próprio sabor na minha boca.
Elisa passou uma mão pela minha nuca, puxando meu rosto para si e me olhando nos olhos enquanto eu introduzia meu membro, centímetro por centímetro, dentro dela. Sua buceta, embora fosse muito grande por fora, era surpreendentemente apertada, então avancei com calma, sentindo sua musculatura interna se adequar ao meu pênis.
Sem nunca desviar o olhar dos meus olhos, Elisa apertava meu torso com as pernas enquanto gemia pausadamente a cada centímetro que eu avançava dentro dela até que só restaram minhas bolas para fora de sua buceta encharcada.
Ficamos imóveis por alguns instantes, apenas ofegando. A buceta de Elisa pulsava com força em torno do meu pau, fazendo a mistura dos nossos lubrificantes escorrer pelas minhas bolas e seu cuzinho. Comecei a fazer um movimento lento de entra-e-sai e ergui meu tronco, olhando seu rosto de cima enquanto fodia sua buceta bem devagar.
Elisa fechou os olhos e soltou os braços, deixando-os abertos. Pude constatar (com deleite) que tinha um pouco de pelo nas axilas. Seu gemido agora era constante enquanto eu aumentava cada vez mais a velocidade e a profundidade das estocadas fazendo seus seios balançarem de forma ritmadas para cima e para baixo.
Aquela posição não poderia ser mais perfeita! Eu conseguia ver todo o corpo maravilhoso de Elisa e ir bem fundo na sua buceta, tocando a entrada do seu útero com a glande. Além disso, estava livre para beijar aquela mulher incrível e chupar seus peitinhos.
Segurei as pernas de Elisa e as ergui, juntando suas coxas diante de mim e deixando sua bundinha totalmente exposta enquanto metia, agora sem rodeios, na sua buceta. Estava em um ritmo frenético; tirando quase até a glande e metendo até o fundo. Elisa agarrava as almofadas do sofá como se sua vida dependesse disso e gemia sem qualquer pudor. Um gemido gutural, que eu jamais imaginaria ouvir de alguém com sua aparência delicada. Aquilo só me enchia ainda mais de tesão! Voltei a chupar seus pés, dando especial atenção para o esquerdo, que ainda estava com um aroma delicioso.
— Deixa eu montar em você! — Elisa disse com a voz errática e trêmula — Eu tô quase gozando, Mauro! Deixa eu gozar sentando em você!
Como se ela não pesasse nada, apenas ergui seu corpo no ar, ainda com meu membro em sua buceta e me sentei no sofá, colocando seu corpo sobre o meu. Elisa me empurrou contra o encosto macio do estofado e apoiou as duas mãos no meu peito, cavalgando cada vez mais rápido.
Meu pau ia muito fundo naquela posição, agora sem qualquer dificuldade de entrar em sua grutinha apertada. Elisa gemia alto com os olhos cerrados e o suor escorrendo pela testa, grudando seu cabelo no rosto.
Segurei firme em seu quadril sentindo o orgasmo se aproximar com rapidez.
— Elisa… — disse com dificuldade — Eu tô quase… Tá chegando!
— Segura… Segura só mais um pouco… — ela disse ofegante enquanto rebolava violentamente no meu pau — Só mais um pouquinho…
— Eu não sei se consigo… — dedicava todas as minhas forças a suprimir o fogo que subia das minhas bolas inchadas pelo meu pau — Tá vindo… Caralho, tá vindo, Elisa!!
— Então goza! — ela aumentou a velocidade — Goza comigo, Mauro! Goza junto comi…
Suas palavras foram interrompidas bruscamente quando um espasmo violento tomou seu corpo. Elisa jogou a cabeça para trás, fazendo gotas de suor voarem para cima e arqueou o corpo inteiro tremendo furiosamente. Eu já não controlava mais meu corpo: com os dedos firmemente apertados em sua cintura, enfiei meu pau até o talo em sua buceta e comecei a despejar minha porra na porta do seu útero enquanto urrava de tesão no ápice do orgasmo. Elisa se sacudia sem controle no meu colo enquanto gemia e gritava a plenos pulmões.
Após alguns segundos maravilhosos de tensão descontrolada, meus músculos relaxaram e me deixei cair no encosto fofo do sofá de olhos fechados. Senti o corpo de Elisa desabar sobre mim completamente molhado de suor. Sua respiração pesada era cortada, de tempos em tempos, por um espasmo que sacudia seu corpo todo e a fazia soltar um gemido fraco.
Passei a mão pelos seus cabelos molhados de suor e acariciei sua nuca.
— Deveria ter sido você… — Elisa disse com uma voz muito fraca enquanto acariciava minha barba — Seu idiota…
— Oi? — eu mal conseguia manter os olhos abertos.
— Deveria ter sido você na minha cama na minha primeira vez… Você só precisava ter mais paciência…
— Eu sinto muito… De verdade…
— Mesmo assim… Todos esses anos de espera valeram a pena!
Sorri e encarei a lua lá fora com a minha primeira namorada deitada no meu peito. Comecei a refletir sobra tudo que eu vivera até ali. Sobre tudo que viria dali em diante. Elisa viajaria por tempo indeterminado. Não adiantaria criar expectativas sobre o futuro, então só pude dizer uma coisa:
— Vamos de novo?
Elisa abriu um sorriso em seu semblante suado e corado. Era uma resposta mais do que suficiente.