Capítulo V - A vingança é uma coisa que se come fria.
• Fico paralisado olhando a cena... Meu pai caído no chão, desmaiado, com a lateral da cabeça sangrando. Começo a pensar que aquilo não está acontecendo, fecho os olhos e abro diversas vezes querendo desfazer tudo o que estava acontecendo, em vão. Parece algo que você veria em um filme, mas não...aquilo era real. Vejo minha mãe correr em direção ao meu pai, e o Lucas se fazendo de vítima, fingindo estar assustado e confuso parado logo ao lado do meu pai. Olho para ele e ele também olha para mim, abrindo um sorriso de canto ao me encarar. Se ao menos conseguisse me mexer, avançaria na garganta dele, assim como fez comigo. Depois olho para o espelho quebrado, e acabo por ver também o reflexo do Lucas em cada estilhaço. Esse garoto me persegue, e ele vai me matar, se tiver a chance.
- O que aconteceu Lucas? — Minha mãe pergunta
- Eu o vi entrar no banheiro, depois ele me deu um soco. Só tentei me defender e deu nisso.
• Estava claro que ele havia batido a cabeça do meu pai no espelho. Ao menos a parte do soco era verdadeira, já que dava para ver um fio de sangue escorrer do canto da boca do Lucas, e um inchaço na bochecha. Minha mãe levanta o meu pai amante, e pede ajuda ao Lucas, que ajuda, claramente de mal gosto. Eles o colocam no sofá e o Lucas vai para o próprio quarto, ignorando o chamado da minha mãe. Ele havia tomado banho, então estava de toalha, provavelmente foi se vestir e arranjar uma desculpa e sair de casa. Fico mais calmo um tempo depois, ainda tenso e preocupado com meu pai. Sento ao lado dele, olhando o sangramento em sua cabeça. Pego o lenço da mão da minha mãe que estava secando o sangue e começo a fazer o mesmo. Não parece grave, mas ainda assim penso em chamar uma ambulância. Minha mãe diz que se ele não acordar em até uma hora, ela mesma vai chamar. O sangramento está parando, mas insisto em ficar alí. Vejo o desgraçado do Lucas passar direto, pegando o carro e saindo para algum lugar, nem sequer olha para nós. Minha mãe se levanta um tempo depois, vai até o quarto, provavelmente pegar um curativo. Enquanto isso passo uma das mãos no rosto do meu pai, subindo para os cabelos, parando quando minha mãe volta. Eu fico alí por mais de meia hora, observando, quando vejo ele abrir os olhos devagar. Ele olha para minha mãe e depois para mim, em silêncio. Minha mãe o abraça.
- Que bom que acordou... — Ela fala — Está sentindo alguma coisa? — Ele demora para responder.
- Estou, só uma pequena dor de cabeça. — Ele murmura um "ai", levando uma das mãos ao lugar ferido.
- Não quer ir pro hospital, pai?
- Não, não precisa, eu estou bem.
- Como isso aconteceu? — Minha mãe disse, querendo ouvir a versão do meu pai, ele se mantém calado por um tempo e eu o encaro e ele faz o mesmo.
- O motivo fui eu. — Falo antes dele, desabotoando a camisa, mostrando o pescoço roxo. — O Lucas quem fez isso
- Por que ele faria isso? — Ela pergunta, espantada — Você sabia disso, querido? — Ela pergunta ao meu pai.
- Ele sabia, mas eu pedi para não falar pra você... Sei que você se preocupa demais — Defendo o meu pai — O meu primo é homofóbico — Falo quase vomitando a palavra "primo". Ela para como se estivesse processando tudo
- Então, você é...
• Eu concordo com a cabeça, com medo da reação dela, apesar de já saber que ela me apoiaria. Ela passa uma das mãos pelo meu braço, suspirando
- Isso não importa. Eu sempre vou estar com você, independente de qualquer coisa. — Ela se vira e dá um tapa na cara do meu pai — Por que não me disse nada? — Meu pai olha para ela, murmurando outro "ai", mais alto dessa vez, fugindo o olhar em poucos segundos. Eu quem fico espantado dessa vez.
- Desculpa, ele estava com medo do que você ia pensar e pediu pra não contar. — Apesar de tudo, ele estava tão fofo tentando se explicar, quando de repente ela o beija.
- Tudo bem. Só não escondam mais nada de mim. — Ela olha séria pra nós dois. — Também temos que fazer algo quanto ao seu primo. — Ela diz, olhando para meu pescoço.
- Ele vai voltar para cá, de qualquer forma — Falo, me sentindo melhor.
- Ele não pode ficar aqui, não enquanto estivermos aqui... — Meu pai fala
- Ele não vai. — Minha mãe corta.
• Ela se levanta, indo até o quarto do Lucas. Ouço ela abrindo o armário, provavelmente colocando as roupas dele em uma mala, pronta pra mandar ele ir para fora de casa assim que entrar por aquela porta. Meu pai põe uma das mãos em meu ombro, dizendo um "obrigado", então eu me sento no colo dele, de frente pra ele, e dou um beijo bem profundo, enquanto meus braços passam pelas suas costas, suspendendo sua camisa. Sei que não podemos fazer nada ali. Minha mãe soube muito, mas não soube tudo. Esse ainda é o nosso segredo. Me levanto devagar, me sentindo menos aprisionado na prisão que eu mesmo havia criado. Estendo a mão para o meu pai, ele segura e se levanta também, e nós subimos até o quarto do monstro. Ajudo minha mãe, e quando terminamos levamos a mala para baixo.
- Eu faço o jantar, vão descansar um pouco. Vocês dois. — Minha mãe fala quando chegamos na sala.
- Mas você vai ficar aqui sozinha?
- Vou, algum problema?
- O Lucas pode se irritar... — Ela me interrompe.
- Não sou frouxa como seu pai. — Ela sorri
- Sei que não, mas... — Interrompe novamente
- Vá descansar, agora.
• Reviro os olhos, subindo as escadas até o quarto. Meu pai estava deitado encarando o teto. Seus cabelos em castanho claro estavam esparramados pela cama. Ele estava pálido como a lua. Seu abdômen definido estava bem desenhado pela camisa. Fecho e tranco a porta atrás de mim e vou em direção a ele, ainda sentido uma dor aguda no meu pescoço, o gosto salgado do esperma do Lucas, a marca dos socos que ele havia dado em mim. Subo na cama e me deito ao lado do meu pai. A diferença entre ele e o Lucas é de 11 anos, apesar de parecer uma grande diferença, eles poderiam ser irmãos. Eu entendo o porque do meu pai ter perdido para o brutamontes, o Lucas é mais alto e mais forte, e mesmo meu pai sendo forte, não conseguiria evitar com facilidade. Ele olha para mim.
- Então eu sou o frouxo.
- Não concordei com isso, foi sua mulher quem disse — Sorrio
- Nathan...
- Oi.
- Por que fez aquilo com seu primo? — Fico avermelhado de vergonha
- Eu não sei, foi instintivo. Eu acabei vendo o pau do Lucas e não me contive. Desculpa... Pai. — Ele surpreendentemente sorri.
- Eu te entendo, não precisa se desculpar, filho.
• Abro a boca para falar, mas ele tapa minha boca com uma das mãos, não deixando. Ele fica sentado, e me puxa junto, eu tento ignorar a dor, e abro um sorriso. Ele põe a mão em meu queixo, me puxando para um beijo quente. Nossas línguas se tocam e eu sinto o calor do seu corpo. Passo a mão pelo pescoço dele, descendo até a camisa, levantando aos poucos até tirá-la. Separo o beijo, admirando seu belo corpo branco como um cadáver e lisinho como a pele de um recém nascido, passo uma das minhas mãos pelos seus peitos definidos, descendo para sua barriga bem feita e chegando em seu pau, então fico passando a mão naquele mastro por cima do short, estava duro e pulsando, então eu paro e ele faz o mesmo comigo, tira minha camisa, expondo meu corpo pálido, só que dessa vez ele faz o que eu não posso fazer, não por enquanto... Ele desabotoa meu short, passando uma mão pelo meu pau também que já estava duro, ele coloca a mão dentro da minha cueca e depois a abaixa, deixando meu pau livre. Me delicio com meu pai ali me tocando, descendo e subindo devagar, me fazendo delirar, quando quase involuntariamente coloco minha mão em seus cabelos e puxo em direção à minha rola, ele não resiste, quase esqueço que ele estava machucado, então paro, ele olha pra mim, se ajeita na cama, e segue para me chupar, um sinal de que já estava melhor. Ele coloca a boca em meu pau devagar, começando pela cabecinha e descendo aos poucos, até chegar no limite, sinto espasmos de prazer percorrerem meu corpo sem cessar, começo a gemer baixo enquanto ele enfia toda a sua boa em meu pau, me devorando, me consumindo, começo a forçar sua cabeça em meu pau e sinto ele pulsar dentro da boca do meu pai, quentinha, carinhosa, eu gozo depois de um tempo, e continuo sentindo os espasmos mais fortes e demorados, meu pai fica parado por um tempo, ainda chupando minha rola depois de ter a boca cheia de esperma, e de ter engolido tudo, meu pau vai murchando aos poucos, mas meu pai nem sequer se afasta, e, novamente sinto ele crescer de novo e tenho a sensação de que vou começar a gritar de prazer, sentindo o calor do corpo do meu pai, o calor da sua boca me envolvendo, eu com as mãos em seus cabelos, e passando a outra por seu corpo que estava suando liberando no ar seu cheiro, eu e ele estávamos amando nos amar alí, era uma mistura de sentimento e luxúria a cada espasmo que eu sentia, e eu voltava a gemer cada vez mais, tentando não gemer alto. Me deito na cama e deixo meu pai fazer o trabalho dele, enquanto eu me contorcia na cama sentindo cada centímetro do meu pau saindo e entrando daquela boca freneticamente, quando depois de um bom tempo sentindo que vou explodir de prazer, eu solto minha porra na boca do meu pai novamente, ele parece gostar e engole tudo, eu fico ofegante, então ele pega e coloca meu pau dentro da cueca e abotoa meu short, então ele vem por cima de mim, aproveitando que eu estava deitado, tendo um cuidado imenso por saber que meu corpo estava dolorido, e me dá um beijo, nunca senti um beijou tão verdadeiro, tão grosseiro e ao mesmo tempo macio, enquanto isso sinto seu pau como uma pedra em meu abdômen, seu calor me sufoca e me liberta, seu cheiro me dá desejo, e alguns minutos depois eu o ouço gemer, ele estava tão excitado que a sua rola já tinha saído do short, e sinto algo quente pingar em minha barriga, e vai caindo cada vez mais, até eu ficar atolado em esperma. Ele faz questão de nos deixar juntos, melados de porra, e quando ele se vira para o lado me surpreendo com tanta goza, minha barriga estava toda melada, o cheiro pairava pelo ar me deixando louco, até que nos encaramos e sorrimos um para o outro, ambos ofegantes. Queria poder chupar seu pau, beber do seu gozo, mas minha garganta está debilitada demais para isso, então me contento em ser devorado pelo desejo do meu pai, meu herói, meu amante. Levantamos depois de pouco tempo, nos limpamos e vestimos roupas limpas. Descemos e enquanto fazemos isso ouço a porta abrir, viro o olhar pra lá automaticamente, o Lucas havia acabado de sair com a sua mala, e pela forma com que bateu a porta, não estava nem um pouco contente com a realidade de ser expulso da casa por um tempo. Sinto o cheiro da comida, e suponho que a comida já está pronta. Vejo minha mãe sentada no sofá vendo alguns documentos, provavelmente do hospital onde minha avó está. Ela fala logo ao nos ver:
- Já ia chamar vocês — Ela diz e volta a mexer nos papéis
- Como ele reagiu? — Meu pai pergunta.
- Como qualquer pessoa reagiria ao ser chutada para fora de casa.
- Ele tentou fazer alguma coisa?
- Se tentasse ele não sairia andando dessa casa. — Olho para o meu pai e sorrio
- Mas é claro — Meu pai sorri.
- Vão se alimentar. Fiz strgonoff. Querido, sua mãe vai sofrer a cirurgia em 1 hora e meia. — Ela diz para o meu pai e acena com a cabeça.
• Ele parece confiante de que tudo vai ocorrer bem, eu também estou. Nós fomos comer, ainda sinto dor ao engolir, minha garganta está ferida. Quando terminamos minha mãe passa um gel frio em meu pescoço e me dá um remédio para dor. Eles chamam o táxi e ele chega em alguns minutos. Meus pais vão para o hospital, mas antes me dão um beijo na testa. Tranco a porta assim que eles saem, pego um cobertor e vou deitar no sofa, assunto um filme, e quando acaba, eu vou ao banheiro tomar um banho, escovo os dentes e visto uma roupa confortável. Vou para o quarto da minha avó e durmo profundamente. De repente acordo com o barulho da porta se abrindo, já era madrugada, umas duas da manhã, me levanto e pergunto "Pai? Mãe?", penso em quem poderia ter a chave dessa casa além do meu pai ou minha mãe, e a imagem do Lucas me vem à cabeça, ele morava aqui com a minha avó, com certeza deveria ter a cópia da chave. Não ouço resposta, apenas passos pela casa, fecho a porta do quarto e tranco, volto para a cama e fico sentado, encarando a porta, quando alguém tenta abrir a fechadura, meu coração dispara, por sorte tranquei a porta, mas então ouço o barulho da tranca sendo destrancada, eu fico mais aflito, quando abre vejo o homem vir em minha direção, tira uma faca da cintura e deixa posicionada em minha garganta, não me machuca, mas se eu me mexesse certamente teria a garganta cortada, eu quase desmaio alí mesmo, começo a suar frio, encaro o rapaz e para minha surpresa, não era o Lucas. Ele usava uma máscara de bandido preta, mas pelo corpo dava pra perceber que não era o desgraçado do meu primo.
- Quem é vo... — O homem me ignora e exclama, interrompendo minha frase.
- Cala a boca, Nathan! — Ele me conhece? MAS COMO ASSIM ELE SABE O MEU NOME?...