Os Verões Roubados de Nós/CAPÍTULO 31

Um conto erótico de D. Marks
Categoria: Homossexual
Contém 3132 palavras
Data: 16/10/2018 13:41:23

Os Verões Roubados de Nós

Capítulo 31

Narrado por Enzo

O SONHO

Estou caminhando na prainha em Paraty. O dia está ensolarado e não há uma única nuvem no céu. Ah... como eu amo o verão! Tão cheio de vida e de calor. Caminha em direção ao mar e molho meus pés enquanto o vento sussurra eu nome. Vento sussurrando meu nome? Olho pelo meu ombro e vejo um homem ao longe caminhando em minha direção. Gabe. Gabe?! Coço meus olhos, pois estou tendo alucinações.

— Não é real! – digo em voz alta – Não é real!

Ele se aproxima de mim sorrindo. Está tão diferente que quase não o reconheço. Esse Gabriel usa barba e está mais magro, mas sorriso é o mesmo.

— Oi, amor. – ele me cumprimenta.

Não resisto e vou para ele. Era tudo mentira, eu sabia,, pois ele está aqui.

— Você não morreu! – digo segurando seu rosto – Foi tudo um pesadelo, eu sabia!

Eu sorrio feito o bobo que sou e abraço meu Gabe querendo não solta-lo nunca mais. Está tudo perfeito. É o verão perfeito, o momento, o encontro.

— Ninguém irá roubar nossos verões, amor! – ele diz e me beija – eu vou voltar para você... Você só precisa ser forte e me esperar.

Uma angústia toma conta de mim e meu peto dói.

— Eu não consigo sem você! – há desespero na minha voz.

— Consegue sim! Você é mais forte do que eu... Só espera, meu amor... Estou voltando...

E de repente não estou mais na praia. Não há sol, mar e nem o barulho das ondas. Apenas uma chuva úmida, fria e congelante, um céu escuro e com nuvens baixas.

— GABE! - grito por ele – NÃO! Nãooo...

As lágrimas chegam e me sufocam junto com os soluços, eu me dobro e caio no chão me encolhendo.

— Por favor, Deus... faça esta dor sumir! – vou me encolhendo até ficar em posição fetal – Devolva ele para mim...

Então sinto um calor dominar meu corpo e um sussurro chega até meus ouvidos.

— Estou aqui pra você! Para sempre. Vou cuidar como você cuidou de mim.

E é com essa voz que me acalma durmo.

*****

Acordo sentindo um calor ao meu lado. Sabia que tudo não passou de um pesadelo. Gabe está aqui.

Viro-me para abraça-lo e me deparo com Tati. Ela está toda torta ao meu lado e então percebo que não foi um pesadelo.

— Tati... – sussurro seu nome.

Ela abre os olhos e nos encaramos até começarmos a chorar.

— Eno... – ela diz – Vou cuidar de você, tá?

E choro mais ainda. Ela me abraça e pela primeira vez me sinto confortado.

— Eu quero ele de volta, Tati! – digo entre soluços – Ele prometeu que voltaria...

Tati apenas me abraça mais forte ainda e nada fala. E choro até me sentir esgotado e durmo novamente.

Após cochilar nos braços de Tati, acordo sentindo um cheiro de comida e meu estômago ronca. Ela deve estar cozinhando.

Sento-me na cama e olho por todo o quarto. A realidade é ruim, mas sonhar é pior ainda. Pelo menos para mim porque sonhos não se tornam realidade.

Vou até o banheiro e tomo um longo banho. Há coisas que exigem minha atenção. Termino meu banho e limpo o vapor no espelho.

— Seja forte, Enzo! – digo me olhando – Ele precisa disso para voltar! – suspiro – Sem choro, sem histeria... Seja homem!

Minha barba esta por fazer então, dou um trato nela, pois sei que ele gostaria que fosse assim. Penteio meu cabelo para trás. Feito isso me olho novamente. O mesmo Enzo, porém diferente.

Arrumo algumas roupas na mochila e coloco a roupa que separei. Estou pronto. Saio do quarto e vou para cozinha.

— Bom dia. – cumprimento Tati.

Ela me olha e fica surpresa ao me ver vestido.

— O que foi? – pergunto.

Tati me observa atentamente.

— Você está... Diferente. – ela diz – Isso. Diferente.

— Ele não gostaria que eu ficasse deprimido e com pena de mim mesmo. – digo – Ele quer que eu seja forte... Então eu serei.

— Ele quer? – Tati franze a testa – Ele quem?

— Gabe! Quem mais poderia ser? – e sento-me a mesa – O que temos para comer?

Observo Tati ficar sem jeito pelo modo como falo. Resolvo contar a ela meu sonho.

— Gata... – seguro sua mão sobre a mesa – Eu sonhei com ele... – sorrio triste – E no sonho ele me pede para ser forte. – omito a parte em que ele disse que vai voltar. Apenas por precaução. – E eu serei.

Tati me olha e acaba sorrindo triste.

— Lembra quando você cuidou de mim? – ela pergunta.

— Lembro... – sorrio com a lembrança – eu era um pirralho... Mas eu amei cuidar de você cada minuto. Fez eu me sentir importante.

— Agora eu farei isso com você! – ela diz – Porque eu amo você... – algumas lágrimas correm por seu rosto – Eu prometo a você!

Eu me levanto e a abraço forte.

— Cuidaremos um do outro, gata. – digo – Vamos tomar esse lanche porque há coisas a fazer... Coisas para resolver.

Comemos e conversamos um pouco, porém sem tocar no ocorrido. Terminamos de comer e Tati avisa que vai até seu apartamento tomar um banho e pedir para que o namorado venha nos buscar. Ela sai e vou limpar a cozinha, escovar os dentes e pegar minha mochila. Antes de sair olho sua foto em nosso criado mudo.

— Eu prometo ser forte, amor. – beijo sua foto – Assim você vai voltar para mim.

Vou para o apartamento de Tati e chegando lá ela me avisa que Diego está vindo.

— Não queria conhece-lo dessa forma. – digo a ela.

Ela se aproxima e me abraça.

— Ele também, Eno! – ela diz – Diego está ajudando meu pai... Em todos os aspectos.

Franzo a testa curioso e um arrepio me percorre.

— Que bom. As vezes quem está de fora enxerga as soluções de modo prático.

— Verdade. Agora vou para o banho. – ela diz quando chega ao quarto – Você pode abrir a porta quando ele chegar, por favor? Eu já autorizei a entrada dele.

— Tudo bem. – respondo e me deito em seu sofá suspirando.

Acho que acabo cochilando, pois acordo com o som da campainha e suponho ser o namorado de Tati. Abro a porta e o que vejo me deixa espantado.

— VOCÊ!

Estou em choque. Diego está me encarando com surpresa também.

— Enzo...

— O que você quer aqui?! – pergunto em voz alta.

— Sou namorado de Tatiana. – ele fala sério.

Tento fechar a porta, mas ele é mais rápido e a segura.

— SAIA DAQUI! – grito – SEU CRETINO! NÃO BASTOU NOS SEGUIR E AGORA SEDUZIU A TATI... EU SABIA! MINHA INTUIÇÃO NUNCA SE ENGANA! – eu falo cuspindo e transtornado.

Diego permanece parado na porta apenas me encarando.

¬— Meu Deus... Foi por sua culpa! – a raiva me domina – FOI POR SUA CULPA!

— Eu não sou culpado de nada! – ele afirma – Por favor, deixe me entrar...

— O que está acontecendo aqui? – Tati chega – Que gritaria é essa?!

Olho para ela chocado.

— Esse é o cara que nos seguiu em Paraty, Tatiana! – digo apontando para Diego – E você está namorando com ele... Não me diga que não sabia disso?!

— Não! Ela não sabia. – Diego responde – Deixe-me explicar, por favor.

Eu o encaro e seu olhar é de pesar. Quero bater nele, gritar, chutar. Respiro fundo e permito sua entrada. Tati observa tudo com olhos arregalados e sinto raiva de mim por acusa-la. Fecho a porta e vejo Diego se sentar e também faço isto encarando-o com raiva.

— Se Gabe estivesse aqui você estaria no chão! – digo a ele – Ele te bateria muito... Porém, eu não sou assim e prometi a ele ser forte, então conte-me sua história e não me esconda nada porque senão eu te arrebento.

Eu mesmo me estranho por este comportamento, mas mantenho-me firme. Então, Diego começa a relatar toda história.

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Narrado por Diego

Chego ao apartamento de Tati já sabendo o que me espera. Enzo. Eu poderia ter me recusado a ir busca-la, mas é melhor enfrenta-lo já do que em público. Mesmo abalado pelo acidente, Enzo veio para cima e até achei que apanharia, mas ele se controlou e de uma forma mórbida pediu para que eu contasse a história toda.

— Bom, para início de conversa quero dizer que fui contratado para seguir e fotografar o Gabriel. – começo a falar – Eu recebi uma foto dele e uma sua, mas o foco era ele.

Enzo ergue a mão me interrompendo.

— Quem contratou você? – ele pergunta.

— Um homem chamado Matheus. – respondo – Porém, acho que pode ser um nome falso. Recebi a informação de que vocês estariam em Paraty, então fui para lá e devo confessar. – ele solta um riso seco – Vocês são o casal mais difícil de serem seguidos.

— Como soube que éramos um casal?

— Pelo modo como se comportavam, os cuidados... – e olho – Eu ainda duvidava, mas a certeza veio quando os vi no supermercado.

— Por que alguém o contrataria para seguir o Gabe? – Tatiana pergunta. Em nenhum momento ela se aproxima de mim.

— Não faz parte do meu trabalho questionar. – digo sincero – Mas Antônio e...

— Quem é Antônio? – Enzo pergunta.

— Meu antigo chefe. – respondo – Eu pedi ajuda a ele para entender o porquê alguém me contrataria para seguir um jovem aparentemente sem vícios, sem passagem pela polícia... Eu queria entender e Antônio me ajudou aconselhando a guardar cópias das fotos e do relatório final.

Tati e Enzo se entreolham.

— Vera. – dizem juntos.

— Vera? Sua mãe? – pergunto para Tati.

— Sim... – ela responde – Meu Deus, ela disse que se vingaria de nós.

— Tati... – Enzo fala – Gabe sofreu um acidente. Como provar que ela tem algo a ver com isso?

— Mas...

— Mas foi um homem que me contratou. – digo – ele parecia saber muito a respeito de Gabriel tanto que achei que poderia se tratar de um ex namorado querendo vingança...

— Ele nunca namorou ninguém além de mim, Diego! – Enzo diz enfático e olha para Tati.

— É verdade... – Tati concorda – Eles sempre foram um do outro, como já disse a você antes.

— Olha... Eu não sei se sua mãe pode estar envolvida de alguma forma. – e resolvo ser sincero – Posso reconhecer o homem que me contratou e se minha intuição estiver certa, poder ser alguém próximos a vocês... Ou não. – respiro profundamente – E acho que ele pode estar envolvido no acidente.

Enzo se levanta e me olha chocado.

— Meu Deus! – sua respiração está forte – Então pode não ter sido um acidente?

— Na verdade, eu não sei, Enzo. É apenas uma hipótese. – eu e minha boca grande – Mas é algo que não pode ser ignorado e por isso ofereci ajuda ao seu tio.

Olho para Tatiana com pesar.

— Desde o início meu instinto dizia ser errado o que eu estava fazendo...

— E POR QUE NÃO PAROU?! – ele grita agora chorando.

— Desculpe-me. – meus olhos lacrimejam – Faz parte do meu trabalho, mas eu quero que saiba que assim que Gabriel me viu antes de vocês partirem eu já tinha decidido parar de segui-los. Eu nunca quis prejudicar vocês...

Olho para Tati.

— Eu não sabia que ele era seu irmão... Eu juro! – estendo minha mão para ela – Por favor, acredite em mim.

Ela apenas chora e concorda, pois está abraçada a Enzo.

— Eno... Calma! Eu estou aqui, ok?

— Enzo... – eu o chamo e demora um pouco para ele me olhar – Você pode me desculpar? Por favor?

Ele permanece me olhando e os segundos parecem durar uma eternidade.

— Se Gabe estivesse aqui ele te bateria e perguntaria depois. – ele diz e vem até mim – De nós dois, eu sou o histérico, aquele que descabela, grita, chora e arranca os cabelos. – ele mesmo ri – Porém, Diego, eu prometi a ele que mudaria então eu te perdoo, afinal você só estava fazendo seu trabalho. Quem fez isso com ele... Se é que podemos dizer que foi uma conspiração, o que talvez eu não acredite, será descoberto e a justiça cuidará dele. Ou deles.

— Eu prometo descobrir a verdade. – e por incrível que pareça Enzo me abraça.

— Faço votos de que consiga. – ele sussurra triste – Meu Gabe vai voltar pra mim, eu sei.

Por um instante eu duvidei de sua sanidade mental, mas ele parece tão certo do que diz.

— Ok. – apenas concordo.

— Meninos... – Tati chama – Precisamos ir.

Enzo me solta.

— Vou ao banheiro e já volto. – e sai nos deixando a sós.

— Tati...

— Shiii... – ela coloca os dedos sobre meus lábios – Depois conversamos, ok?

— Ok. – seguro seus dedos e beijo – Eu não sabia...

— Eu sei. É o destino. – ela diz – Não há coincidências nesta vida, apenas o destino fazendo seu papel.

Eu a abraço.

— Estou pronto. – Enzo retorna.

— Então vamos. – digo e saímos para casa dos pais dele.

*********

Chegamos a casa de d. Alice por voltas das 11h da manhã e há alguns carros estacionados na frente da casa. Entramos e vejo parentes e amigos da família que vem conversar com Enzo e Tati. Vejo meu sogro conversando com um homem, porém seu olhar está em Enzo. Cumprimento-o com um aceno e vou para junto de Tati.

Enzo está sério demais e conforme as pessoas vão até ele dar os pêsames percebo que ele responde de modo automático. Como se estivesse dopado ou não estivesse ali. Mas a cena que me emociona é quando sua mãe se aproxima.

— Desculpa, mama. – ele pede e a abraça. Ambos choram e os irmãos também os abraçam seguidos pelo pai que por ser gigantesco forma um casulo em torno deles.

Tati se aproxima de mim e enlaça meu braço. Nossa troca de olhares diz tudo. Após um tempo eles se soltam e Enzo sobe com os irmãos.

— Obrigado por trazer meu filho. – d. Alice me agradece – E você também, minha querida.

Meu celular toca. É Antônio. Faço um gesto para Tati que assenti e saio por um corredor que vai dar num quintal enorme. Caminho até chegar a um local discreto.

— Fala.

— Bom dia, mal educado! – ele diz – Alguma novidade?

— Não. – respondo – Eu ainda não falei com meu sogro, mas já contei a história e minha suspeita ao Enzo.

— O que você contou, Diego? – ele pergunta.

— Tudo, Antônio, desde sobre quem me contratou até minha suspeita sobre o acidente... E ele está agindo estranho...

— DIEGO! – ele grita – Você é louco ou o quê? O rapaz está abalado e você fala isso para ele... Só pode ser brincadeira.

— Ant...

— Cala a boca! – ele está nervoso – Eu já estou investigando e agora a pouco a documentação dentária do rapaz chegou.

— Como vo...

— Cala a boca e escuta! – ele me corta. Velho do caralho. – É o seguinte... Acompanhe seu sogro até lá e não me pergunte o porquê. Apenas faça! Eu encontro com vocês lá.

E desliga na minha cara.

— Filho da puta! – resmungo furioso. Não entendi nada, mas farei o que ele pediu. Opa... Mandou.

Volto para dentro da casa e meu sogro vem ao meu encontro.

— Diego, ligaram do IML e querem minha presença lá. – ele está apreensivo – Você pode ir comigo, por favor? Pietro vai ficar para ajudar aqui.

— Claro.

— Está tudo bem? – ele me olha com curiosidade.

— Sim! – respondo rapidamente – Quando o senhor quiser podemos ir. Vou avisar a Tati.

Entro, aviso Tati e saio com meu sogro. Quando já estamos na rua, eu entro no meu carro e o espero, pois ele parou para conversar com um grupo de jovens e ao observá-los meus olhos saltam em surpresa.

— Não acredito! – imediatamente pego meu celular e disco – Antônio! Você não vai acreditar no que eu estou vendo.

E conto tudo a ele e espero sua resposta.

— Eu imaginei que seria alguém próximo da família ou até mesmo um parente. Vá preparando seu sogro, pois eu acho que o filho dele foi vítima de uma emboscada muito bem planejada.

Desligo e observo meu sogro entrar no carro. O modo detetive está mais ativado do que nunca.

— Amigos do Gabriel? – pergunto suavemente.

— Sim. São seus funcionários no restaurante. – Puta que pariu – Vieram dar condolências, apoio e ver o Enzo. Todos gostam muito dele.

Apenas concordo com um gesto e sigo para o IML. Chegamos e vejo Antônio nos esperando na porta juntamente com Almeida.

— Boa tarde, Sr. Francisco. – ele o cumprimenta diretamente – Meu nome é Antônio e trabalho com Diego.

Meu sogro me olha aturdido, mas devolve o cumprimento. Eu apenas aceno positivamente.

— Vou esperar o senhor entrar e conversar com o médico legista. – Antônio diz – Diego, acompanhe-o.

Sigo com meu sogro e o atendente sai para chamar o médico.

— Por que seu amigo estará nos esperando? – ele pergunta.

— Senhor, vamos esperar o legista e depois explicaremos tudo, ok? – digo sério.

— Tudo bem. – ele concorda e o legista chega.

Minha intuição de que Antônio já sabia da informação que estamos obtendo agora se confirma e meu sogro está completamente sem reação, afinal, o corpo que está na gaveta do IML não é do seu filho.

— Meu Deus! – ele sorri e chora ao mesmo tempo – Não é o Gabe...

E de repente ele estanca.

— Mas... se não é meu filho... Onde está o corpo dele? – ele está totalmente atordoado.

Antônio vem até nós.

— Podemos conversar, senhor? – ele é direto – Quem está lá dentro não é seu filho, mas nós temos uma suspeita e gostaríamos de conversar em privado com o senhor, tudo bem?

Meu sogro apenas acena e Antônio toma a frente.

— Então preste bem a atenção no que vou dizer, ok? – ele pergunta e espera Francisco confirmar – Volte lá e ajeite tudo para um enterro digno do seu filho e depois conversaremos.

— Mas como vou fazer isso?! – Francisco se exalta – Os funcionários do IML sabem da verdade e com certeza a polícia também. O que você está me pedindo é crime!

Antônio o observa calmo e respira fundo antes de responder.

— Senhor, eu cuido do resto, apenas faça o que estou pedindo. – ele se aproxima de Francisco e diz em voz baixa – eu conheço pessoas o suficiente para dizer que isto não é crime. Confie em mim.

Meu sogro exala o ar ruidosamente e me olha.

— Diego? – ele está pedindo minha opinião.

— Pode fazer, senhor. Eu confiaria a minha vida ao Antônio. – digo firme olhando-o diretamente.

— Tudo bem, eu farei isso, mas...

— Não precisa se preocupar com nada. – Antônio com sua mania de cortar as pessoas – O Vargas irá nos encontrar também.

— Tudo bem... – meu sogro diz e aponta o dedo para Antônio – Mas é o seguinte... Eu quero meu filho de volta são e salvo, sem nenhum arranhão, entendeu?

— Não garanto que ele venha sem nenhum arranhão, mas garanto que o traremos de volta. – Antônio diz.

— Acho bom mesmo porque senão eu acabo com você! – agora ele está irritado.

Ele volta para dentro do IML e Antônio diz.

— Gostei dele. – e ri – Vá com ele depois para o escritório, Vargas nos encontrará lá.

— Ok. – e vou atrás de Francisco.

— Diego... – Antônio me chama e olho por sobre o ombro – Não diga nada a sua namorada e nem ao rapaz... Ou melhor, não diga nada a ninguém.

Aceno vou atrás do meu sogro ajuda-lo no “enterro” do filho.

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Comentários

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PQP (desculpe o palavrão mas não encontrei palavra melhor para descrever o que estou sentindo... kkk). Afora que minha cabeça pira de vez... kkk Tenho tantas questões que acho melhor seguir acompanhando mas acredito que Matheus e Italo sejam a mesma pessoa e foi ele quem Diego viu.. Estou adorando a sagacidade e ligeireza de Antonio, já me ganhou... A tática dele para não deixar os criminosos desconfiarem que eles sabem que o cadáver não é de Gabe está perfeita. Agora vamos ver se Francisco consegue manter as aparências para que tudo dê certo, porque bastará seguir o "cara" que Diego viu e eles encontrarão Gabe. Ms como nem tudo é tão simples assim vou aguardar as surpresas que você trará pra nós. kkkkk Enzo está demonstrando ser muito forte e sua intuição está mais aflorada que nunca... Este sonho com Gabe foi fundamental para que ele saísse do turbilhão de emoções negativas e criasse forças para enfrentar o que vier.

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Caralhooooo... Só uma perguntinha... Faltam quantos capítulos amiguinho? Veja se você acelera pra postar os outros! Rsrsrs... A louca...

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a historia ta bem interessante. Quero ver até onde esse mistério vai. Ja tenho algumas teoria...

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AINDA SEM SABER O QUE COMENTAR. TO MEIO PASSADO. MAS CREIO SER ÍTALO QUE DIEGO VIU. VERA ESTÁ MUITO SUMIDO NESSES ÚLTIMOS CAPÍTULOS.

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Feliz pq o gabe está vivo. O Italo é quem está ajudando a Vera nesse plano sórdido. Se for ele, qual o interesse dele nisso tudo? Ai Jesus do céu, tô com tantas teorias aqui, mas prefiro guardar as cenas do próximo capítulo. Suspeito que se for o Italo que esteja ajudando a Vera, talvez ele seja Filho dela, sei lá, já não sei mais de nada😂😂😂

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Não é a toa que Enzo nunca gostou do gerente do restaurante de Gabe. Bingo!!!!

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Kekeisso!? Parece que até o tal chefe de Enzo está na parada com Vera. E Fernando!? Todos são suspeitos... Esquentou de vez!!!

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