O estudante de jornalismo Marcelo Coutinho costumava lanchar na cantina da faculdade quase todos os dias pois trabalhava num escritório bem perto de onde fazia o curso. Naquela noite, uma morena cavalona e belíssima sentou-se ao lado dele, no balcão onde lanchava. Cumprimentou-o:
- Boa noite. Posso te pedir um favor?
- Pode. Mas só te ajudo se puder. - Disse ele, sem nem olhar para ela.
- Justo. Pode me pagar um lanche? Amanhã te devolvo a grana.
- Okay. Peça o que quiser.
- Mesmo? Posso pedir um xis-tudo com um refrigerante?
- Pode. Esteja à vontade.
- Obrigada.
A morena pediu o sanduíche bem na hora em que ele terminou de comer o dele. Ele pediu a conta dos dois lanches e, quando recebeu a comanda, levantou-se para tirar a carteira do bolso. Ela perguntou:
- Vai embora sem nem perguntar o meu nome? Como posso te encontrar para te devolver o dinheiro?
- Vai me achar na banca bem atrás de você. Estudamos na mesma sala.
- Nossa, é mesmo? Não me lembro de ter te visto, nesses três meses de curso.
- É que eu tenho o poder de ficar invisível quando quero. - Disse ele, agora olhando para ela.
- Rá rá rá. Tem graça. É novato na turma?
- Não. Temos o mesmo tempo de faculdade. Só que eu nunca te assediei como os outros colegas da turma.
- Tem ciúmes de mim?
- Por que teria? Nunca nem conversamos. E pelo jeito, você nunca me notou, como mesma diz...
- Falha minha. Não sei como isso aconteceu. Você é um negro bonito.
- Obrigado. É a primeira vez que me dizem isso. Você deve escutar muitos elogios à tua beleza, então não vou chover no molhado.
- Você é chato. Eu gosto de ouvir dizer que sou bonita.
- Depois eu gravo te dizendo isso e te dou o arquivo.
- Mil vezes chato.
Ele não rebateu. Recebeu o troco e se afastou dela sem se despedir. Ela gritou:
- Obrigada. Amanhã te pago, sem falta.
Ele não respondeu. Continuou andando para longe da cantina. Quando já estava dentro da sala de aula, ela entrou o procurando com a vista. De fato, ele estava sentado bem atrás de onde ela costumava se sentar. Ela fez que não o viu. Ele também não lhe deu atenção. A professora de Português entrou e começou a dar a sua aula. Interrompeu-se, quando ouviu um falatório justo na mesa onde a morena estava sentada. Repreendeu:
- Vocês aí, podem ir conversar lá fora, se minha aula não interessa. O que eu não quero é que fiquem conversando, atrapalhando-a.
A morena pediu desculpas, levantou-se e saiu da sala. Os dois rapazes que a estavam cortejando também saíram atrás dela. A professora continuou a sua aula sem mais interrupções. Quando terminou sua hora e ela saiu, a morena voltou para a sala. Tinha a boca toda manchada de batom. Os dois rapazes entraram logo depois, ajeitando as roupas. Era notável que estiveram ao menos tirando um sarro com ela. A morena olhou para trás. Marcelo fez que não a viu. Ela perguntou baixinho:
- Ficou com ciúmes?
- Nem te conheço, já disse.
- Pois se quiser, depois das aulas podemos nos conhecer melhor. Você toma cervejas?
- Sim, mas gosto de beber sozinho.
- Deixa de ser chato. Vamos beber umas. Eu pago.
- Pensei que estivesse sem grana.
- Não passo muito tempo lisa. Topa ou não?
Pouco depois, os dois estavam num barzinho perto da faculdade. Pediram duas long neks, pois no bar não servia cervejas maiores. Ela começou:
- Como é teu nome?
- Marcelo. Mas pode me chamar de Tarzan.
- Ué... por quê?
- Teu nome não é Jane? Então: Me Tarzan, you Jane...
Ela deu uma sonora gargalhada. Disse:
- Agora que entendi. Você é sempre espirituoso?
- Sempre que tenho oportunidade. Que são raras, pois não tenho amigos.
- Não gosta de amizades?
- Não tenho tido sorte com amigos, só isso.
- E com amigas?
- Nenhuma.
- Isso é raro, pra alguém da tua idade, além de ser um negro bonito.
- Se disser isso só mais uma vez, vou acabar acreditando.
- Pois acredite. Eu namoraria contigo...
- Se não tivesse tantos paqueras, né? Não me interessa pessoas assim.
- Assim, como?
- Muito dadas, se é que se pode dizer assim.
- Acha-me puta?
- Depende. Você cobra por trepada?
- Depende. A você, cobraria nada. Mas também não te pagaria o que te devo.
- Então, acho-te uma puta daquelas bem barata. Foder comigo a troco de um sanduíche e um refrigerante? Quero não, obrigado.
- Não me acha atraente?
- Quase todas as putas o são.
- Se me chamar de puta mais uma vez, te planto a mão na cara.
- Então, vou pagar minha parte e sair de perto. Creio que não saberia me conter e te chamaria disso novamente.
Antes que ela se refizesse do espanto, ele levantou-se e foi ao balcão pagar sua conta. Deixou o que ela tinha consumido já pago, também. Enquanto o garçom ia na mesa retirar os cascos, ele foi-se embora. Ela correu atrás dele. Pegou-o pelo braço. Disse:
- Desculpa. Eu ando irritadiça. Acho que é a aproximação da menstruação. Deve estar vindo por estes dias. Mas a proposta para foder ainda está de pé.
- Eu até reconsideraria minha opinião, se você não estivesse com o batom todo borrado, como se tivesse acabado de chupar dois caras.
Inesperadamente, ela o esbofeteou. Estava irada. Gritou:
- Não chupei ninguém, porra. Eles me pegaram pra beijar a pulso. Primeiro um. Dei-lhe um tapa. Depois o outro me imobilizou enquanto o safado me beijava.
- Pois então sou eu que te peço desculpas. Pensei mal. Mas, depois desse tapa, vou-me embora.
- Então me leve junto com você. Estou doida para foder. Não me faça implorar.
Pouco depois, estavam em um motel. Nem bem entraram no quarto, ela o beijou com urgência. Ele pediu para tomar banho. Ela não deixou. Tirou-lhe a roupa como se estivesse sem sexo por muito tempo. Ele também a despiu, mas não com tanta pressa quanto ela. Jane o beijou nos lábios e foi descendo com a boca. Parou nos seus peitos e depois no seu umbigo. Quando se ajoelhou, ele a interrompeu. Disse:
- Não transo sem camisinha...
- Pois eu não chupo com camisinha. Não dá gosto. E então, como vai ser?
- Chupa.
Ela se preparou para a felação. Antes, porém, arregalou os olhos quando lhe tirou a calça. O caralho do jovem era enorme. O maior que já tinha visto. Já estava tão duro que deu trabalho liberta-lo da cueca. Ela não se conteve:
- Sinto muito, mas desse vou querer uma foto. Nossa! É gigantesco.
Levantou-se, pegou seu próprio celular que estava no bolso da calça e mirou o cara nu. Tirou uma três fotos. Depois, jogou o aparelho sobre a cama e voltou a se ajoelhar entre as pernas de Marcelo. Chupou-o como ele nunca havia sido chupado. Em seguida, atirou-o na cama. Subiu sobre ele e se posicionou de cócoras. A boceta era quente mas estava tão encharcada que o caralho entrou fácil. Ela o cavalgou até gozar mais de uma vez. De repente, começou a se tremer. No início, Marcelo pensou que ela estivesse gozando. Mas os espasmos foram aumentando e ela caiu de lado, saindo de cima dele. Continuou tendo espasmos. Ele a acudiu. Perguntou:
- Por que não disse que era epilética?
- N-não sou. É que não tomei meu remédio de nervos hoje. Estou...
Não disse mais nada. Perdeu os sentidos. Ele correu até a calça jeans dela e catou em seus bolsos. Achou uma caixinha com comprimidos. Abriu a geladeira do quarto, tirou uma garrafinha com água, destampou-a e colocou o comprimido na boca da morena. Fez com que engolisse o remédio com uns goles do líquido. Ela engasgou-se. Tossiu, mas engoliu a água, junto com o comprimido, quase toda. Porém, não despertou. Ele a deixou dormir um pouco. Ligou a tevê e estava passando um filme de sexo. Numa das cenas, bateu uma punheta para aliviar o tesão.
FIM DA PRIMEIRA PARTE