Nara Vecchi estava fumando, deitada na cama, quando teve a ideia. Olhou para Lucas, que estava descansando ao seu lado assistindo a um canal de sexo. Mas sua rola ainda estava murcha, apesar do filme ser excitante. Ela disse:
- Acho que sei como a gente pode pegar o delegado com a boca na botija, mas é um troço perigoso.
- Não temo o perigo.
- Pois devia. Assim se vive mais.
- Diga o que pensou.
- Vou precisar que você volte para a tua residência. Ele tem que te encontrar lá. Eu lhe digo que te achei e você estará esperando por ele. Eu irei com o merda, mas você nos surpreende. Atira nele. Aí, eu digo que foi legítima defesa. Inventamos uma história para a Imprensa e nos livramos do filho da puta.
- Agora você quer mata-lo?
- Ele não irá te deixar em paz. E quando descobrir que você andou usando a imagem do teu pai para aterroriza-lo, não vai querer só te prender.
- Disso, eu sei. Mas não acho que virá sozinho contigo. Trará uma guarnição inteira.
- Então, como pensa atrai-lo a uma armadilha?
- O que você acabou de me dizer me deu uma outra ideia. Mas vou precisar da tua ajuda.
- O que eu tenho que fazer?
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Marisa ficou contente quando recebeu o telefonema de Lucas a convidando para o apartamento onde ele estava escondido. Não disse nada à filha, pois sabia que ela contaria logo ao pai delegado. O rapaz pediu sigilo absoluto do seu paradeiro. Ela não era doida de coloca-lo em perigo. Adorava o jovem. Sonhava com ele quase todos os dias. Envolvera-se com o pai dele apenas porque queria deixa-lo livre para a filha apaixonada. Não esperava que Lucas a rejeitasse nem que Leandra denunciasse o seu caso com o pai do jovem. O velho era um solitário, depois que a esposa o deixou. O sujeito ideal para Marisa ter cometer adultério. Ele apaixonou-se rápido pela mulher boazuda e com quase a metade de sua idade. Marisa, atualmente, contava com quarenta e dois anos de idade, doze a mais que Lucas. O pai dele tinha setenta anos mas chupava muito bem. Marisa tivera os seus momentos felizes com ele. O delegado, seu marido, tinha sessenta anos, completos naquele mês. Ele e a filha eram do mesmo período do ano. Leandra acabara de completar dezoito aninhos. Estava cada vez mais safada. Tinha um namorado mas o corneava a torto e a direito.
Finalmente, chegou em frente ao prédio onde Lucas morava. Perguntou na portaria por um jovem que se mudara para ali no dia anterior. Indicaram-lhe o décimo terceiro andar. No elevador, conferiu se a pistola que trouxera estava dentro da bolsa. Estava. Pretendia da-la ao jovem, para ele se proteger do marido delegado.
Lucas a esperava na porta do elevador, no andar onde agora morava. Trocaram um beijo ardente e depois se sentaram no sofá. Ela tirou toda a roupa e ia tirar a dele. Lucas a impediu, pois não queria que a coroa visse seu corpo todo lanhado:
- Não, agora não. Vamos tomar umas doses, depois a gente faz amor. Temos a noite toda, não?
- Não, não temos. Meu marido anda estranho desde ontem. Acho que desconfia de mim, depois que soube que o velho anda impedindo assaltos. Trouxe-te uma arma com o número de identificação raspado, que meu marido guarda numa gaveta há anos. Está carregada, amor. - Disse ela, entregando-lhe a pistola.
- Eu quero dar primeiro uma olhada no teu celular, minha linda.
- Por quê, amor?
- Se eu estiver certo, teu marido já sabe que estou aqui.
- Juro que não disse nada a ele - falou a coroa, tirando o telefone de dentro da bolsa. Lucas o abriu. Mostrou a ela um pequeno microfone colocado dentro do aparelho. Ela gelou. Gemeu:
- Eu não sabia!!!
- Eu sei, linda -, disse o rapaz pegando no queixo dela com carinho - mas teu marido está, realmente, de olho em você.
- E agora?
- Não se preocupe. Eu já esperava por isso. Relaxe. Quer uma dose ou uma cerveja?
- Não vou conseguir beber, agora que sei que ele deve ter vindo atrás de mim. Vou vestir minha roupa e ir-me embora.
- Agora pode não dar mais tempo. Melhor esperar assim mesmo, nua. Me dará uma oportunidade para eu me defender dele, se ele te ver assim.
- Tome a minha pistola. Já te disse que ela está carregada.
- Fique com ela. Se eu não puder conte-lo, atire. Salve tua vida, pois se ele se livrar de mim na certa irá querer te matar também.
A coroa estava nua, de pistola em punho. Era uma cena grotesca. Lucas devolveu o celular para ela, sem o microfone. Havia, inclusive, fechado o aparelho. Ela o jogou de qualquer jeito sobre o sofá. Ficou apontando a arma para a porta. Estava trêmula de medo. O rapaz disse:
- Fique aqui. Vou tomar uma providência.
- Não, amor. Não me deixe sozinha, por favor.
- É só por alguns minutos. Vou garantir que ele tenha dificuldades em chegar até aqui. Relaxe. Volto logo.
Ela ficou aflita, mas não o impediu de sair do apartamento. Ele voltou cerca de dez minutos depois com as mãos sujas de graxa. Perguntou para ela:
- Demorei?
- Para mim, foi uma eternidade, amor. - Disse ela, se atirando nua nos braços dele. Ele a beijou carinhosamente, depois falou:
- Ajude-me a colocar um colete à prova de balas. Vou precisar.
- Não tem outro pra mim?
- Não, e nem será preciso, linda. Você vai ver.
Nisso, o telefone celular do rapaz tocou. Ele deu uma olhada para ver quem ligava, mas não atendeu. Apressou-se a colocar o colete. Ela o ajudou. Quando terminou, ele pediu que ela se escondesse na cozinha. Ela insistiu em ficar com ele. Estava disposta a enfrentar o marido.
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O delegado Venceslau desceu do seu carro particular na frente do prédio de treze andares. Caminhou devagar até a portaria. Perguntou:
- Onde mora um rapaz que se mudou para cá há pouco?
- Nossa, ele está tendo um bom Ibope hoje. O senhor é a segunda pessoa que o visita - informou o porteiro.
- Tem alguém lá com ele?
- Uma senhora. Deve ser sua mãe.
O delegado fechou a cara. Mas não deu explicações ao porteiro. Caminhou em direção ao elevador, depois de saber o andar e o número do apartamento com o recepcionista. Apertou o botão de subida várias vezes, até perceber que este não estava funcionando. O rapaz que atendia na portaria disse:
- Ah, infelizmente o elevador está com defeito. Acabamos de chamar um técnico, mas vai demorar um pouco. Quer que eu chame o senhor Lucas? Ele é jovem. É mais fácil ele descer do que o senhor subir, não?
- Eu vou até ele - disse o delegado, não querendo alertar o rapaz.
Já estava sabendo que o jovem se fazia passar pelo pai. A sargento Nara o havia alertado sobre isso. Até sugeriu que ele botasse uma escuta no celular da esposa e ele o fez. Veio disposto a atirar nos dois: na esposa e no jovem. Estava irritado por haver sido corno de novo. Da primeira vez, deu apenas uma surra na mulher. Desta vez, a mataria.
Subiu os mais de duzentos degraus devagar, mas perdeu o fôlego. Não adiantou descansar no meio da subida, continuava exausto. Fez um esforço tremendo para chegar lá encima. A partir do décimo andar, a escadaria estava na penumbra. No andar de destino, o corredor e a escadaria estavam totalmente às escuras. Caminhou tropegamente, até se posicionar na frente da porta do apartamento do rapaz. Então, de repente, um velho de barbas longas e vestindo um sobretudo abriu a porta. O apartamento estava com todas as luzes apagadas. O velho apontava um facho de luz de lanterna para o próprio rosto, resultando numa imagem fantasmagórica. Pegou Venceslau de surpresa.
O delegado deu um grito rouco e atirou. Uma. Duas. Três vezes. O velho não reagiu. Caiu para trás, depois de fazer uma careta de dor. Ainda tentando acostumar a vista à escuridão, o delegado esbaforido apontou sua arma para a cabeça do velho caído no chão. Foi quando levou um tiro bem no meio do peito. Caiu de joelhos. A luz da sala do apartamento se acendeu. Ele viu a própria esposa nua, de arma lhe apontada. Ela atirou de novo. Atingiu o tronco do marido. Depois, correu para perto do jovem caído ao chão. Perguntou, aflita:
- Você está ferido, amor?
- Não, não. A bala não penetrou o colete. Mas o impacto doeu pra caralho...
Ela abraçou-se a ele. Beijou-o várias vezes. Depois, pegou a pistola novamente, disposta a atirar contra o marido de novo. Lucas a impediu:
- Não. Precisamos dele vivo. Vai pagar por seus crimes.
Então, ouviram as sirenas de carros da Polícia. Lucas sabia que era a sargento Nara trazendo-os até o apartamento. O plano havia dado certo graças a ela. A policial sugeriu ao delegado grampear a própria esposa. Lucas ligaria para ela e marcaria um encontro. Ele ouviria tudo pelo grampo. Claro que o rapaz havia colocado a vida dela em perigo, mas não tinha certeza de quem o estava traindo: se a coroa ou a filha. Os fatos mostraram que Marisa estava com a razão. Tendo os policiais da viatura como testemunha, Marisa acusou o marido de tentar matar seu amante e depois apontar a arma para ela. Ela foi mais rápida. E estava disposta a acusar o delegado de vários crimes, como a sargento bem queria. Venceslau foi levado às pressas para um hospital. Apesar dos dois balaços recebidos, não corria risco de morte.
Marisa tinha arrancado o disfarce de velho do rapaz e o havia escondido dentro do apartamento, antes que a Polícia chegasse. Ele, ainda arfante por causa da dor que sentia após levar os tiros que acertaram seu colete, pediu que ela fizesse isso. Então, o que os policiais encontraram foi um jovem usando colete e sem nenhuma arma na mão. A coroa também já estava vestida quando chegaram. Mas estava bastante trêmula. Não era para menos.
Quando levaram Marisa para a delegacia para que prestasse depoimento, depois de socorrerem o marido dela, Nara puxou Lucas para um dos quartos do apê. Deu-lhe um beijo demorado. Ele agradeceu sua ajuda. Ela é que queria agradecê-lo pois o delegado estava em suas mãos. Só a dupla tentativa de homicídio o poria na cadeia. Aí, o celular de Lucas tocou insistentemente. Ele jamais esperava que sua namorada advogada lhe ligasse àquela hora.
Encontrou-se com ela no aeroporto. Ela estava estranha. Parecia com raiva dele.
- O que te incomoda, Gorethe?
- Nada. Você fez algo para me deixar incomodada?
- Deu tudo certo lá?
- Lá, onde?
- Onde você foi advogar, claro.
- Você nem sabe onde eu estava, não é? Até perdeu a hora de vir me buscar no aeroporto, como havíamos combinado. O que está acontecendo, Lucas Bandito? Arranjou outra?
- Claro que não, minha gostosa. Você sabe que só amo você - mentiu ele.
Na verdade, já não gostava mais dela. Principalmente por saber não poder contar com a advogada para achar quem matou seu pai. É que ela não tolerava vinganças.
Ela olhou demoradamente para ele. Depois, soltou a bomba:
- Olha, eu recebi um telefonema da filha do delegado que quase foi assassinado. Ela quer que eu o represente num possível julgamento. Também me disse que precisava muito conversar comigo. Que tem alguma coisa grave a me dizer sobre você. Tem algo a me falar sobre isso?
Lucas gelou. Ela era considerada uma ótima advogada. Com certeza iria fazer o delegado se safar incólume. Pensou em dar sua versão do caso, mas desistiu. Apenas disse:
- Converse com Leandra. Ouça primeiro o que ela tem pra te dizer. Depois, conversaremos.
- Está me escondendo algo, Lucas?
- Tenho te escondido algo já faz algum tempo. Por várias vezes, tentei te falar mas não consegui. Então, que seja o que Deus quiser.
- Pois então, não precisa mais me levar em casa. Pego um táxi e vou sozinha. Mas não me procure mais.
Quando ela se foi, Lucas ficou triste. Gostava dela, apesar de serem tão diferentes. Mas não adiatava chorar sobre o leite derramado. Deu-lhe vontade de encher a cara. Dirigiu-se ao primeiro bar que encontrou. Estava intencionado a passar o resto da noite bebendo. Ao invés disso, pegou uma caixa de cervejas long neck e voltou ao carro. Pouco depois, chegava à sua residência na beira da praia de Itamaracá. A mulata parecia esperá-lo naquela noite, pois já o aguardava nua. Atirou-se aos braços dele. Beijou-o com volúpia. Ele foi colocar as cervejas no freezer e voltou para a sala. Quando ela lhe tirou a camisa de malha que vestia, viu primeiro as marcas roxas em seu tórax. Gemeu, preocupada. Perguntou se estava doendo.
- Um pouco. Mas nada que eu não possa suportar.
No entanto, quando ele se levantou para pegar duas garrafinhas de cerveja, ela percebeu suas costas lanhadas. Ficou triste. Perguntou quem tinha feito aquilo. Ele mentiu:
- Salvei alguém de ser assaltada. Ela me pagou com sexo. Sexo violento, por sinal. Deixou minhas costas neste estado.
Duas lágrimas rolaram pela face da mulata. Ela estava de cabeça baixa. Ele perguntou:
- Ficou chateada, né?
- Um pouco. Mas nada que eu não possa suportar. Porém, essa será a nossa última transa - ela disse ao pegar a cerveja que ele trazia na mão.
A mulata sorveu seis garrafinhas quase sem intervalo, bebendo-as sempre de dois ou três goles. Não demorou a ficar bêbada. Então, acabou de tirar a roupa de Lucas. Ainda chorava, quando abocanhou a rola dele. Também chorava quando ele chupou sua xoxota e lambeu seu grelo até que ela gozasse a primeira vez. Caiu no pranto quando ele lambuzou seu cuzinho de saliva, disposto a enraba-la. Gemeu:
- Vou sentir saudades dessa penca gostosa...
Mas aí, quando ele enfiou todo o caralho no cu dela e começou a copular, ela perdeu a cabeça. Meteu a mão no grelo e se masturbou enquanto levava pica no cu. Continuou chorando, mas dessa vez de prazer e felicidade.
FIM DA SÉTIMA PARTE