Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
William Shakespeare – O Menestrel
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Capítulo 10
- Foi por causa dele? – Perguntou ele.
- O que? – Perguntei sem entender.
Eu entendi depois o que ele tinha falado. Se era por causa dele a nossa noite de ontem.
- Santiago eu vou embora, depois a gente conversa. – Falou o João. – Acho que vocês tem o que conversar.
O João foi embora e eu fiquei só com o Rodrigo. O silêncio parecia sufocar.
Ele olhou para mim e então falou:
- Seu silêncio é ensurdecedor Santiago.
- Olha Rodrigo, eu sei o que você estar pensando. E não vou mentir para você.
Ele me olhou me dando toda a sua atenção.
- Eu fiquei com você, em parte, pelo que o Lucas fez.
Ele respirou fundo.
- Bem que eu imaginei quando vi a reação dele.
- Mas não fiquei com você só por causa dele.
- Não importa.
- Sério Rodrigo. Eu queria. Você é um cara legal.
Ele se aproximou de mim e pegou minha mão.
- Quando eu digo que não me importo – ele me olhou nos olhos –, eu quero dizer que realmente não me importe de você ter ficado comigo por causa dele.
Eu o olhei, no fundo dos olhos. Seus olhos brilhavam igual a duas estrelas.
- Sério? – Perguntei.
- Sério. Ele é um idiota e não sabe a burrice que fez. – Ele sorrio – E eu deveria agradecer a ele, pois a burrice dele foi a minha sorte. Sorte de você me notar e me dá um lugar com você.
Eu abracei o Rodrigo tão forte que não queria mais soltar. De onde veio aquele cara? Era sorte demais para quem nunca teve muito sorte com relacionamentos.
Ficamos conversando um pouco, depois de um tempo minha mãe chegou com o meu pai, apresentei o Rodrigo a eles, como meu amigo do trabalho e eles se deram super bem. Ele ficou um pouco depois foi embora, disse que tinha que passar no mercado para comprar umas coisas antes que fechasse e que estava vindo do trabalho e tinha que chegar em casa porque estava exausto.
Na terça quando eu cheguei na empresa o Rodrigo não estava na portaria, o que me deu uma certa tristeza, queria ver ele, mas enfim fui trabalhar.
Cheguei em casa era umas 18:30, tomei banho e cai na cama. Estava tão cansado que nem quis jantar.
Na quarta eu fui trabalhar no horário da manhã a pedido da minha coordenadora, pois ela queria que eu organizasse o arquivo da empresa para que tivesse mais espaço, pois estava chegando o fim do ano e precisaríamos de espaço no setor para arquivar os documentos do ano.
Estava esperando um ônibus quando um carro vermelho parou na minha frente.
- Tá indo para onde – Perguntou o Rodrigo.
- Trabalhar, hoje vou no horário da manhã para organizar o arquivo.
- Vamos.
Entrei no carro e fomos. Ao chegar na empresa dei de cara com o Stefan, ele estava chegando com o João. Logo me viram descendo do carro do Rodrigo.
Agradeci a carona ao Rodrigo e subi para o escritório, como eram setores diferentes e opostos não deu nem para o Stefan tentar puxar assunto.
Cheguei no setor peguei a chave do arquivo e fui para lá organizar, passei a manhã todo lá ajeitando o arquivo. Pelo jeito eu ia ter que vir na quinta e na sexta pela manhã também, pois era mais frio, para ajeitar o arquivo.
Quando era umas 10:30 bateram na porta e quando me virei vi o João entrando.
- Eai Sam. – Falou ele. – Posso?
- Entra aí João. – Falei. – Como você sabia que eu estava aqui em cima?
- Liguei lá para o setor e me disseram que você estava aqui. Ai dei uma fugida do meu setor para vir aqui falar com você.
- Diz ai. Qual o problema?
- Sei que não é da minha conta, mas eu precisava lhe explicar o porquê de eu ainda falar com o Stefan e o Lucas. Apesar do que eles fizeram com você eles ainda são meus amigos, dei uma bronca neles, mas não posso parar de falar com eles, assim como com você.
- Você não precisa me explicar nada João, nem parar de falar com eles. Eu entendo, só não quero ver e falar com eles nem tão cedo, nem sei se voou voltar a falar um dia.
- Eu entendo, mas eu me vi na obrigação de lhe dá uma explicação.
- Relaxa João. Somos nós.
Ele estendeu a mão, que logo peguei em cumprimento e o puxei para um abraço.
O João voltou para o setor dele e eu continuei meu trabalho.
Meio dia fui para casa e passei a tarde dormindo. Estava chegando meu aniversário e eu não estava muito no clima, mas eu sabia que o João ia tramar alguma coisa, até porque era véspera de ano novo.
Depois que acabamos o curso eu meio que me afastei das meninas, ficaram mais próximos eu a Stefan, o Lucas e o João, até os dois fazerem o que fizeram comigo.
Era a semana do meu aniversário. Eu estava indo para casa com o Rodrigo no carro quando ele perguntou.
- Quando é seu aniversário?
- Por que?
- Eu soube que era essa semana, ai queria saber o dia para ver se agente marca de ir comer uma pizza para comemorar.
- Vai ser meio difícil.
- Deve ter festa não vai entendo.
- Não é isso. É que não vai ter nada aberto. Meu aniversário é dia trinta e um de dezembro.
- Véspera de ano? – Ele deu um sorriso – O cara é foda mesmo.
Eu ri.
- E não. Não terá festa, geralmente meus amigos aprontam algo para não passar em branco, anos passado passamos lá em casa e já aproveitamos o ano novo.
- Legal.
Ele me deixou em casa e segui seu caminho.
Eu estava me dando bem com o Rodrigo, apesar de sermos da mesma empresa, ninguém sabia da gente, com exceção do João e do Stefan.
Quase todos os dias eu estava indo com o Rodrigo para o trabalho e para casa, só não ia quando ele tinha que fazer hora extra.
Era meu aniversário, acordei por volta das 9:00 com meu celular tocando, era o João. Antes que eu pudesse atender a ligação caiu.
Peguei o celular para retornar e vi que estava cheio de mensagens.
Um monte de gente tinha me parabenizado. Eu respondi a algumas e então resolvi me levantar. Tomei banho e então sai do quarto. Quando abri a porta do meu quarto estava o corredor cheio de bolas e um monte de gente esperando e começaram a cantar os parabéns quando eu abri a porta.
O João, a Jack o Mel o Rodrigo, a Vanessa e meus pais, além de alguns primos e outros amigos. Cantaram os parabéns e o bolo era cheio de frutas além de uma baita mesa cheia de frutas e suco, era um café da mãe dos Deuses, iogurte, tudo que se tem direito.
Agradeci a todos pela surpresa ao passo que me davam os parabéns.
O último foi o rodrigo. Ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido.
- Tive que tramar pela manhã com o pessoal, porque a noite será só nossa.
- Como assim? – Perguntei e ele apenas sorriu.
- Aguarde que você verá.
O que é que o rodrigo estava tramando?
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Boa noite pessoal, desculpem o atraso, mas tá uma correria danada. Mas está aí mais um capítulo. Espero que gostem.
Obrigado pelos comentários. E espero que todos estejam gostando. Abração. Essa semana tem mais. 😉.
