TARADOS - Parte Final

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1385 palavras
Data: 26/12/2018 00:18:14
Última revisão: 26/12/2018 03:09:45
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Antes das dez da manhã, a detetive Bianca estava no presídio. O detento Raul já a esperava com um CD nas mãos. Disse para ela:

- Pedi que fizessem uma cópia para você. Veja isso antes de conversarmos.

- Do que se trata?

- Assista ao vídeo. Faz tempo que o guardo. Saberá porque tenho ódio de Lázaro.

Bianca saiu da cela e foi ver o vídeo na sala do diretor do presídio. Este já o tinha assistido. Esperou que a detetive terminasse para dizer:

- Eu fiz esta cópia para ele. O detento Raul está pedindo novo julgamento.

- Esse vídeo foi forjado. Note que a vítima aparece o tempo todo de costas. E a namorada de Lázaro era bem mais nova, quando foi assassinada. Outra coisa: meu companheiro de trabalho é destro. Não mataria a mulher com a mão esquerda. Já o Raul é canhoto. Deve ter abduzido Lázaro para filmar essa coisa.

- Deve ter o quê? - Perguntou o diretor do presídio.

- Nada, nada.

A detetive assistiu o filme de cerca de cinco minutos de novo. Nele, Lázaro flagrava o ex-amigo com uma mulher. Pareciam discutir, pois as imagens não tinham som. Lázaro puxou uma faca de trás da cintura e investiu contra a mulher, matando-a com vários golpes. A partir de então, não se via mais Raul na gravação. Bianca tirou o DVD do aparelho e voltou para a cela onde estava preso o inimigo de Lázaro:

- O que pretendia me dizer com isso?

- Que estou pagando por um crime que não cometi. O assassino foi teu amigo Lázaro.

- Isso aqui é uma encenação fajuta. Não conseguirá enganar um júri.

- Eu gostaria de tentar. Dando certo ou não, isso é problema meu. Mas você sabe que posso sair daqui a hora que quiser.

- Sim, eu sei. E você tem saído muito para o meu gosto. Também, por pouco você não conseguiu matar Lázaro, ontem.

- Vou ter novas oportunidades. - Insistiu o preso.

- Não vai não. - Disse a detetive, batendo na grade, chamando um agente penitenciário que aguardava do lado de fora da cela.

No mesmo instante que um negrão forte apareceu com as chaves, Raul caiu de joelhos no chão. Porém, as coisas estavam acontecendo do jeito que a detetive e Lázaro tinham planejado na noite anterior. Antes dela chegar ao presídio, haviam passado pela casa da doutora Isadora para pegar uma injeção com um sedativo capaz de derrubar um touro imediatamente. Quando viu o detento cair no chão e o guarda penitenciário estremecer, a detetive sacou a seringa já preparada e aplicou no pescoço do negrão. Este também caiu de joelhos no chão. Em seguida, ela injetou o líquido no próprio braço.

Quando Lázaro chegou na cela, acompanhado do diretor do presídio, viu os três desmaiados. Disse para o homem:

- Depressa, ligue para a doutora Isadora, como combinamos. Tenho que levar esses três daqui.

- Eu ainda não estou entendendo o que estão tentando fazer, mas vou ajudar. Meu guarda vai ficar bem? - Preocupou-se o diretor.

- Sim, vai. A doutora vai cuidar bem dele.

Pouco depois, a médica chegava apressada. Disse para Lázaro:

- Eu trouxe uma ambulância. Temos que levar os três para meu consultório. Lá eu tenho as ferramentas necessárias.

Sob orientação de Lázaro, que ainda não podia fazer grandes esforços físicos por conta dos ferimentos recebidos, guardas da prisão ajudaram o escrivão de Polícia e a médica a carregarem os desacordados para a ambulância. O diretor disse:

- Se descobrirem que eu ajudei vocês, posso ser punido, doutora.

- Não se preocupe. O guarda, o detento e a detetive são voluntários para uma experiência que estou fazendo - mentiu a dra. Isadora.

Ela havia conversado com o casal e achou por bem fazer o que eles tinham pedido: tornar Raul um inválido para sempre. Por isso, tinham aprisionado a mente do detento no corpo do guarda do presídio, que era um negro alto e forte, quando Raul tentou abduzir-lhe. O negro, que era amigo do marido de Bianca e tinha trabalhado com este no presídio, havia sido voluntário para a tal experiência, contanto que vingasse o amigo. Jurou que aguentaria o bombardeio de entorpecentes que ela lhe aplicaria, por ser ex usuário de drogas pesadas.

Quando chegaram ao consultório da doutora, Lázaro, com esforço, colocou os três deitados um ao lado do outro. Ela aplicou um coquetel de drogas na veia do negro. Este estremeceu. Imediatamente, Raul estremeceu também. Lázaro gritou:

- Agora, doutora! Ele voltou ao próprio corpo.

Quando o detento abriu os olhos, a médica aplicou-lhe o coquetel. Ele gemeu, mas desmaiou em seguida. Ela disse:

- Pronto. Nós o pegamos. Enquanto o mantivermos sedado, não vai ter forças para poder abduzir ninguém. O efeito do sedativo é duradouro, mas todos os dias prometo ir ao presídio e aplicar-lhe nova dose.

- Será que o diretor vai permitir?

- Deixe que eu falo com ele. Talvez, sendo eu uma profissional categorizada a lhe contar sobre abdução, ele acredite em mim.

- E quanto aos "belos adormecidos"?

- Deixe que durmam. Mal não lhes fará. Aí, aproveitamos para terminar aquela conversa de ontem.

- Que conversa?

- Não lembra? Pois eu vou te abordar de uma outra maneira: eu sou ninfomaníaca, sabia? Não passo mais de um dia sem foder. Bianca sabe disso, mas sempre fechou os olhos quando eu fodia seu marido.

- Eu soube que você é casada.

- Sou, sim. Mas ele não consegue dar conta. Então, também fecha os olhos para os meus saltos fora do casamento.

- Está me cantando, doutora?

- Ih, como você é difícil de entender as coisas, né? Eu conversei com Bianca. Ela também é minha paciente. Ela disse que você tem uma bilola enorme, de causar inveja a qualquer homem. Eu quero ver se é verdade. Posso?

Ele abriu o fecho da calça. Ela nem esperou que ele botasse o membro pra fora. Ajoelhou-se aos seus pés e puxou o caralho pra fora da roupa. A médica ficou maravilhada com seu tamanho e grossura. Alisou-o com carinho. Ele perguntou:

- Não vamos ser interrompidos?

- Dei folga hoje à minha secretária. Desmarquei todos os meus pacientes, antes de sair daqui. Ninguém vai nos incomodar.

Ninguém incomodou mesmo. Lázaro a possuíu no divã que usava para entrevistar os pacientes. A médica era fogosa. Gemia e gritava escandalosamente a cada aproximação do orgasmo. No entanto, tinha o cuzinho tão apertado que só depois de várias tentativas o rapaz conseguiu introduzir seu falo. Nem bem a pica entrou, ela se mijou toda. Depois, passou a falar palavras desconexas enquanto ele lhe fodia o rabo. E só parou de foder quando Lázaro gozou duas vezes seguidas em seu cuzinho apertado.

***********************************

O detento foi recolhido ao presídio e ninguém reclamou dele estar o tempo todo desacordado. A médica o visitava todos os dias pela manhã, com a desculpa de aplicar-lhe uma seringa com um reagente. Mas fingia sempre que o antídoto não estava dando certo. Nesse ínterim, o casal de detetives soube através da doutora Isadora que Raul havia tentado o suicídio logo assim que foi condenado. Os médicos do presídio conseguiram ressuscita-lo com choques elétricos minutos depois e não se falou mais nisso. Com certeza, teria sido como o detento conseguira os mesmos poderes que Lázaro. Mas só o escrivão, a médica e a detetive acreditavam nessa versão.

Certa vez, Aline voltou a aparecer para Lázaro reclamando que Raul estivera no limbo, junto com ela, e quis ataca-la. A médica passou a ter mais cuidado com a aplicação do sedativo para que ele não morresse novamente. Nunca mais a ruiva voltou a aparecer e reclamar de novo. Mas depois se descobriu que o negrão carcereiro havia assassinado o cara na cela, sufocando-o com um travesseiro, para vingar o amigo. O agente penitenciário prometeu não fazer mais isso.

Bianca passou uns tempos chateada por dividir a atenção do jovem com a médica, mas ele a fez acreditar que não amava a doutora. Como prova disso, assim que ganhou sua promoção prometida pelo delegado, pediu transferência para outro estado. A detetive foi atrás dele. Dizem que foram felizes por um longo período de tempo.

O casarão permaneceu abandonado. A Prefeitura do Recife tombou o imóvel e depois o reformou. Mas a história do duplo homicídio acontecido lá fez com que não se encontrasse comprador para o local.

Lázaro e a detetive voltaram a resolver outros casos intrincados de possessão, mas isso já é outra história.

FIM DA SÉRIE

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Ehros Tomasini a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

É mais uma série que acompanhei com muito prazer e espero que hajam muitas ainda

0 0
Foto de perfil genérica

Mais uma série que se finda. Agradeço a quem a leu e, principalmente, a quem a comentou. Vou dar uma pausa em meus escritos. Devo voltar depois do fim do ano. Que 2019 seja o melhor ano de nossas vidas, é o que desejo a todos e todas as minhas leitoras.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom.

Estou esperando a próxima história.

0 0