ALCATEIAS - Parte 06

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 3519 palavras
Data: 04/12/2018 00:23:38
Última revisão: 04/12/2018 07:47:46
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

No outro dia, um coroa apareceu na favela onde haviam matado a loira perguntando onde morava a filha. Não tinha barbas longas. Usava uma bengala e parecia não conseguir andar sem ela. Perguntou a várias pessoas onde morava Raffaela mas ninguém lhe quis informar. Ele enveredou por várias ruas da comunidade pobre sem que ninguém lhe ajudasse. Aí, se aproximaram do coroa três homens armados. O que parecia o chefe perguntou:

- O que quer na favela, velho?

- Procuro onde morava minha filha que foi assassinada ontem.

- Como sabe disso, se não saiu nos telejornais nenhum crime nesta área?

- A melhor amiga dela me disse.

Os três se entreolharam. O que parecia o chefe disse baixinho para só os asseclas escutarem:

- Bem que eu disse ao chefe que não deveríamos deixar a mulata ir embora daqui.

- Eu sei onde ela mora. Nós a pegamos depois.

- Venha conosco. Vamos leva-lo aonde mora o namorado dela. - Disse um dos sujeitos.

O coroa tinha ouvido o que conversaram. Mas não parecia preocupado. Seguiu mancando atrás dos caras. Olhava em volta, tentando se situar. Percebeu que não havia mais ninguém nas ruas. Todos sumiram depois que o trio apareceu. Pouco depois, estava perante um outro coroa com cara de mau. Este ouviu os caras dizerem que ele tinha sido pego perguntando onde morava a loira. O velho estava diante do chefão do tráfico. Este o questionou com uma voz rouca:

- O que quer com a loira?

- Ela era minha filha. Quero encontrar a casa dela.

- Pra quê? Ela já foi recolhida para o IML desde ontem. Deve ser enterrada como indigente.

- Eu sei. Já estive lá. Mas quero ver se ela deixou pistas de quem a matou em seu barraco.

- E o que pretende fazer com os assassinos dela?

- Eu vou mata-los.

A risadagem foi geral. Todos riam da ingenuidade do cara que tinha ido cair direto na boca do lobo. O coroa de bengala permaneceu tranquilo. Quando acabou de rir, o chefão disse sério:

- Tua filha era uma puta safada. Trazia machos pra foder dentro de casa, mesmo estando sob a minha proteção. Mereceu morrer. Ninguém me faz de besta, entendeu velho?

- Entendi. Mas isso não muda nada.

- E se eu te disser que quem a matou fui eu e meu filho?

- Nesse caso, daqui para o fim do dia eu mato vocês dois.

Todos voltaram a rir, menos o traficante. Este estava muito sério. Ordenou:

- Vocês dois: levem esse velho doido da minha frente. Tomem-lhe a bengala e o joguem fora da favela.

- Se me tirarem a bengala, terão que me carregar nos braços. - Disse o coroa.

Aí o chefe do tráfico mudou de ideia:

- Não quero mais ver esse cara por perto de mim. Levem-no para aquele terreno baldio perto daqui e dêem um fim a ele. Essa peste deve ser doida varrida. Não quero mais ser incomodado por ele outra vez. Que vá encontrar sua filha no inferno.

Arrancaram a bengala das mãos do sujeito e o mandaram caminhar na frente. Ele deu dois passos e caiu penosamente no chão. Levantaram-no pelas axilas e o arrastaram até o terreno que era amurado. Havia apenas uma passagem estreita no muro. O velho arrastado olhava em volta. Ninguém nas ruas.

Quando o soltaram no chão, de repente o velho deu um salto e caiu de pé. Um pontapé violento pegou na ponta do queixo de um dos sujeitos, derrubando-o por terra. O outro ainda conseguiu sacar uma pistola, mas teve o braço quebrado por um só golpe de extrema violência. Antes que pudesse gritar de dor, levou um murro potente no rosto que lhe destroçou a mandíbula. Caiu de joelhos com os olhos aboticados pela surpresa. Morreu aos pés do velhote.

O outro ainda gemia. O coroa pegou a pistola do companheiro dele pelo cano e golpeou com força, acertando sua têmpora. O sujeito também morreu, sangrando por ali. O velhote procurou-lhe a arma que ainda estava na cintura, confiscou-a junto com a pistola do companheiro dele e colocou ambas na própria cintura. Depois, saiu do terreno baldio tendo o cuidado de não ser visto. Porém, ainda não havia ninguém nas ruas. Afastou-se da favela sem problemas. Entrou num carro que havia deixado estacionado longe. Tirou a peruca e arrancou a máscara de borracha fina que deixava a sua pele enrrugada. Finalmente, revelou o rosto de Lucas Bandito. Ligou para a mulata Cíntia. Disse que ela não poderia mais ficar em casa. Ele lhe levaria para um esconderijo. Mas ela deveria levar apenas o necessário.

Pouco depois, se encontrava com ela já disfarçado como o repórter de cavanhaque e barbicha. Colocou umas poucas sacolas na mala do carro, trazidas por ela, e depois entrou no veículo. Ela perguntou:

- Quer dizer, então, que eu não poderei mais voltar para a minha casinha?

- Poderá. Mas não por enquanto. É só o tempo de eu acabar com aquele bando.

- Sozinho?

- Sim. Não preciso de ajuda para isso. Tenho meus próprios meios.

- Para onde vamos? - Disse ela, mudando de assunto.

- Eu tenho uma casa em Itamaracá. Ficará lá por uns tempos.

- Você ficará comigo?

- Não, Cíntia. Terei muito o que fazer.

- Que pena. Gostei de transar contigo.

- Depois. Agora vou te deixar na casa de praia e voltar para a minha residência. Preciso preparar umas coisas para enfrentar aquela gangue perigosa.

- Por que não deixa isso com a Polícia?

- Não consigo. Não confio na Polícia.

- A sargento Nara parece ser legal.

- Ela é. Mas meus métodos são mais eficazes.

- Você e o velho são a mesma pessoa?

- Por que acha isso?

- A voz. É a mesma.

- Você é muito perspicaz. Mas não vou confirmar nem negar isso. No entanto, este será um segredo só nosso, tá? Não deve comentar isso com ninguém.

- Está bem. Não comento. Mas vou querer dar outra foda contigo em breve.

Lucas passou o resto do dia preparando um equipamento em sua casa. Tratava-se de um drone pequeno, moderno, onde ele acoplou algo parecido com uma pequena e leve pistola. Já tinha o artefato há tempos, mas nunca o testara. Terminado o serviço, levou o drone para um local deserto, dentro de umas matas fechadas, e ficou praticando com ele. Quando viu que estava craque no seu manuseio a distãncia, voltou para um apartamento no décimo terceiro andar que alugara bem perto da favela. De um dos quartos dava para ver a comunidade, apesar de já estar escurecendo.

Esperaria ficar totalmente escuro para começar a agir. Dessa forma, o drone se tornaria mais difícil de ser visto na escuridão. Sua paciência foi recompensada. Por volta das nove da noite, colocou o aparelho no ar. Sobrevoou a favela teleguiando ele, até encontrar uma aglomeração de pessoas. Parecia ser um velório. Realizava-se numa capela da comunidade e tinha muitas pessoas na frente. Viu o chefão do lado de fora com vários asseclas. Teve a certeza de que era o velório dos dois que matara logo cedo da manhã. Era a oportunidade que esteve esperando. O drone tinha uma câmera com mira telescópica, que ele podia aproximar a imagem, evitando erros de reconhecimento facial da pessoa que estivesse procurando. Uma tecla no laptop que estava acoplado aos controles do drone acionava um gatilho na pequena aeronave. Mirou na testa do chefão do tráfico e apertou a tecla-gatilho.

Quando a cabeça do traficante explodiu, algumas pessoas olharam em direção a um breve clarão causado pelo disparo, mas o drone já não se encontrava no mesmo lugar. Ficaram sem saber o que tinha atingido o chefão do tráfico. A multidão se dispersou rápido, entrando na capela. Ficou fácil mirar no filho do traficante, que estava abraçado com o pai caído no chão de barro da rua. O segundo disparo também foi certeiro. A cabeça do assassino foi a próxima a explodir. Lucas recolheu o drone ao apartamento onde estava diante de uma das janelas com as luzes apagadas.

Ligou a tevê e ficou esperando. Não demorou muito a ver a notícia. Correu para a janela, com o apê ainda às escuras, quando ouviu sirenas da Polícia. Quatro viaturas entravam na favela. Dessa vez ele assistiu tudo através de um binóculo. Viu o delegado, amigo dos traficantes, saltar da primeira viatura. O cara estava afobado, fazendo perguntas a todo mundo. Finalmente, olhou em direção ao céu. Passou vários minutos perscrutando a escuridão. Não era noite de lua. Lucas tinha calculado tudo muito bem. O jovem não viu a sargento junto com os policiais que foram à favela. Isso significava que ela não comungava com o delegado. Sorriu, satisfeito. Cumprira a sua promessa, pro cara do tráfico, pra sargento e para Cíntia, de vingar a amiga. Mas a mulata não poderia nunca dar com a língua nos dentes.

Deitou-se na cama e procurou descansar. Depois, se encontraria disfarçado de repórter com a policial Nara. Mas não tinha a intenção de contar para ela como tinha matado os caras do tráfico. Dormiu pensando nisso. Acordou assustado, com o toque do seu celular. Era a esposa do delegado. Ela disse, apressada:

- Porra, já é a terceira vez que te ligo! Saia já de casa. Meu marido chegou aqui furioso. Disse que ia te matar.

- E por que ele quer fazer isso?

- Ainda pergunta? Ele sabe que você matou os comparsas dele. Te fotografaram quando você esteve na favela, hoje de manhã, antes de te levar ao chefe, Lucas. Meu marido acha que você é teu pai que teve um caso comigo. Pensa que ele sobreviveu ao assalto. Quer acabar com a vida dele de uma vez por todas.

- O que você sabe sobre o assalto, Marisa? Nunca conversamos sobre isso. Eu não queria te deixar triste novamente.

- Foi meu marido quem mandou mata-lo, por causa de minha traição. Ele descobriu que eu tive um caso com teu velho. Demitiu-te dos quadros da Polícia, também como represália. Ele não sabia que eu também transava contigo. Só dia desses ele me falou sobre a sua tentativa de assassinato, quando soube que um velho estava evitando assaltos.

- Quem atirou no meu pai, Marisa? Diga-mo por favor. Aí, eu pararia essa minha busca perigosa.

- Eu não sei, Lucas. Juro. Mas ele mesmo me disse que havia sido gente do traficante morto por você hoje.

- Ele mandou os asseclas dele me matar. Reverti a situação. Matei dois de manhã e o pulha e seu filho à noite.

- Como conseguiu pegá-los, se ninguém te viu mais lá na favela?

- Não posso te dizer.

- Pois também não diga a Leandra. O pai pediu que ela investigasse se teu velho está vivo. Ela ficou com raiva de você por tê-la esnobado tanto tempo e está do lado do meu marido.

- Nós transamos ontem.

- Eu sei. Ela me disse. E disse também que você já estava no papo. Que ela logo descobriria o que queria.

- Por que está me dizendo isso, Marisa? Ela é tua filha...

- Foi ela quem me alcaguetou ao meu marido, pra ficar contigo. É uma víbora. Eu me recuso a chama-la de filha.

- Porra, as coisas estão se esclarecendo muito depressa. Obrigado pelo aviso, Marisa. Eu não estou na casa de papai.

- Graças a Deus. Não me diga onde está. Mas quando isso tudo acabar, vou querer me encontrar contigo.

- Não dá mais, criatura. Não depois das galhas que você botou em mim com meu próprio pai.

- Minha filha era afim de ti. Eu te deixei livre pra ela.

- Não me convence. E quem bota chifres em um, como você corneou teu marido, bota em outros.

- Você não confia mais em mim, não é?

- Não confio, não.

- Pois eu irei te provar que te amo. Me aguarde.

E a mulher desligou o telefone.

Lucas esteve pensativo. Depois, tomou um banho demorado e trocou a roupa que usava. Saiu do banheiro transformado no repórter de barbicha e cavanhaque. Pegou seu carro e rumou para a delegacia. Encontrou a sargento pronta para largar. Quando o viu, ela apressou-se em tirá-lo dali. Disse, baixinho:

- Disseram que um velho tinha ido à favela procurar pela filha morta. Acabou deixando dois capangas do traficante empacotados. Agora à noite, um franco-atirador matou o chefão e seu filho. O delegado sabe que foi teu amigo, só que ele deve ter cortado rente a enorme barba. Viu a fita que tu trouxestes pra mim. Quer te dar uns acochos, para que diga onde encontrar o velho.

- Não tenho nada com os crimes - mentiu o jovem disfarçado.

- Mas ele não acredita nisso. O melhor é não dar a oportunidade dele te pegar. Vamos sair daqui.

Pouco depois, estavam num barzinho bem distante da delegacia. A policial Nara havia ido em seu carro e o repórter no dele. Sentaram-se à mesa e ela começou falando:

- Teu amigo matou mais quatro caras, além do casal de assaltantes. Eu prometi não me envolver mais nos crimes, contanto que ele me ajudasse a pegar meu chefe com a boca na botija. Mas agora teu amigo está precisando de ajuda. Diga-me onde encontra-lo, por favor, antes que o porra do delegado chegue até ele.

- Infelizmente, jurei a ele que não iria te dizer. Ele ainda não confia em você. Disse que você tentou prendê-lo.

- Foi a minha maior merda. Estava brincando, mas não devia ter feito aquilo.

- Agora, ele ficou cismado. E eu não quero contrair sua ira.

- Tem medo dele?

- Não, senhora. Ele é meu melhor amigo. Jamais me faria mal.

- Admiro esses tipos de amizades. Mas você tem que confiar em mim. Ele está em perigo.

- Sinto muito. Por mim, você não saberá nada dele.

- Está bem. Então, tenho uma coisa que você deve dizer para ele: cometi outra merda ao liberar os dois caras que tentaram assaltar Cynnara, a mocinha que ele salvou diante do caixa eletrônico. A dupla a encontrou novamente e a deixou em estado deplorável. Ela está no hospital. Mas avise pro velho não ir visita-la, por favor.

- Puta merda, o que fizeram com ela?

- Deram-lhe uma facada na barriga e cortaram seu rosto a facas, coitada. Soube disso agora, no final da tarde.

Lucas arrependeu-se de ter deixado seu celular desligado depois que falou com a coroa esposa do delegado. Ficou aperreado, querendo saber como a mocinha estava. Não podia ligar o celular na frente da sargento. Quando ia dispensá-la com um desculpa qualquer, eis que ela disse:

- Olha, não vou poder ficar contigo. Devo isso ao velho. Ele estava certo quando disse que a Polícia pega e solta menores. Isso se torna um risco para a vítima que foi atacada por eles. Preciso prende-los. Isso me reduzirá um pouco o sentimento de culpa. Vou pedir a conta. Dessa vez, eu pago.

Quando ela se levantou para ir embora, ele disse que iria ficar tomando mais uma. Mas, na verdade, estava querendo deixa-la sumir de vista para ir ao hospital. Encontrou a jovem Cynnara, acompanhada de Vilma, sua mãe. A coroa o abraçou e beijou nos lábios, quando viu o jovem disfarçado de loiro. Ela o tinha reconhecido, apesar dele estar muito diferente do primeiro dia em que o viu sem o disfarce. A voz melodiosa dele era inesquecível.

- Como ela está?

- Está dopada. Ainda aterrorizada pelo ataque.

- Como foi isso?

- Pegaram-na a caminho da faculdade. Bateram muito nela. Ninguém acudiu. Fizeram as testemunhas acreditarem que um deles era um namorado traído por ela. Até o verdadeiro namorado dela, que presenciou tudo, se acovardou diante dos caras. Ela está mais revoltada com ele.

- Coitada. Vai ficar com cicatrizes?

- Ainda não se sabe.

A jovem acordou-se naquele instante. Estava com bandagens protegendo os dois olhos, pois por pouco não perde a visão. Ela perguntou:

- Quem está ai, mamãe?

- Um amigo, querida. O que te salvou de ser assaltada pelos caras que te fizeram isso.

- O velho asqueroso? Ah, eu te amo, cara. Mamãe me disse que você não é o que aparenta. De olhos vendados, posso ouvir melhor tua voz. É voz de um cara só um pouco mais velho que eu...

- Procure não falar, para não doer-te as feridas.

- Estou feliz que esteja aqui, cara. Quando eu ficar boa, quero te ajudar a caçar esses bandidos.

- Até você sair do hospital, vou procurar prendê-los de novo.

- Que prender que nada, cara? Mata logo eles. Não viu o que fizeram comigo?

- Não é assim, Cynnara. Eles ainda são de menor.

- E daí, caralho? Vi na tevê que você matou mais dois no motel. Promete matar esses filhos da puta pra mim? Senão, quando sair daqui, eu mesma faço isso!

Naquele momento, Lucas ouviu uma voz atrás de si:

- Vire-se devagar, seu porra. Você está preso.

- Oi, Nara Vecchi. Por que está me dando voz de prisão? Eu...

- Você é um maldito assaltante. Roubou o táxi do cara que foi buscar o teu irmão naquele bar perto do motel. Desacordou o taxista quando ele entrou no banheiro. Encontramos o carro dele abandonado e o cara desacordado, depois que você o deixou no piso imundo do banheiro.

- Está havendo um mal entendido - disse o loiro.

- Mal entendido, o cacete. Levante já as mãos.

- É melhor você dizer a ela quem é, amor. Ela parece de confiança.

- O que está dizendo? - Perguntou a policial, cismada.

- Ele é do bem. Foi ele quem me salvou dos assaltantes do caixa eletrônico. - Disse a jovem enfaixada.

A policial olhou para Lucas, espantada. Depois, com um movimento rápido, arrancou sua peruca loira. Rosnou:

- Bem que desconfiei, mas não tinha certeza. Porém, um velho, por mais fodástico que fosse, não iria conseguir se desvencilhar dos dois capangas armados do traficante. Quem é você, caralho?

- Podemos sair daqui? Não fica bem me apontar uma arma dentro de um hospital.

Pouco depois, ela tinha várias perucas usadas por ele nas mãos. Estava furiosa por não ter descoberto tudo antes. Perguntou:

- Por que roubou o táxi?

- Não roubei. Peguei emprestado. Precisava daquela encenação para conseguir manter meu segredo.

- Filho de uma puta. Detesto ser enganada. Você é o repórter gay, também, não é?

- Sim.

- Duas vezes filho da puta. Eu estava afim de foder, caralho. Por que não transou comigo?

- Podia fazer isso sob outra identidade. Você se oferece pra qualquer um.

- Vai te foder. E agora, o que faço contigo?

- Me deixa livre. Preciso pegar o delegado numa armadilha. Pra isso, vou precisar de você.

- O que quer que eu faça?

- Te digo depois. Ainda não tracei o plano todo.

- Então, vamos dar uma pausa para dar umas fodas. Estou muito afim.

Pouco depois, estavam em um motel. Tomaram banho juntos e ela o ensaboou com carinho. Depois, perguntou:

- Repetimos a dose de violência? Adoro.

- Não, Nara. Eu não curto. E poderíamos acabar nos contundindo.

- Tem razão. Aceito uma foda básica.

- Por que gosta de violência no sexo?

- Fui estuprada, quando adolescente. Por isso entrei para a Polícia: queria me vingar dos caras que me curraram.

- Quanto foram?

- Cinco, caralho. Consegui prender todos eles. Mas eram menores de idade. Logo, foram soltos. Fiquei revoltada mas segui a Lei. No entanto, acostumei-me com sexo violento. E você?

- Eu tive uma amante por quase um ano. O marido dela descobriu que ela transava com meu pai e comigo. Meu pai foi assaltado e o mataram por causa de cem reais. A mulher traíra era esposa do delegado. Ele mandou alguém matar meu pai. Não importava a quantia que tivesse nos bolsos, o velho estava marcado para morrer.

- Quem deu os tiros?

- Não sei. Mas foi a mando do traficante que matei hoje. Ele e o filho mataram aquela loira do depoimento.

- Eu soube. Mas não sabia que havia sido eles.

- Ele confessou na minha cara que havia sido ele e o filho. Depois, mandou dois capangas me matar.

- Encontramos uma bengala lá na casa dele. Entendi que pertencia ao "velho".

- Eu a deixei lá de propósito para te dar o recado. Era uma bengala comum e não a que eu uso para as minhas excursões noturnas.

- Porra, você é fera. Entrar sozinho naquele antro de lobos assassinos? Pra mim, nem pensar. Como matou os dois, depois?

- Segredo profissional. Vamos logo foder que teu mal é falta de pica.

Dessa vez, tudo indicava que iria ser uma foda suave. Ela explorou todo o seu corpo, querendo saber quais as suas zonas mais sensíveis. Descobriu que ele se arrepiava todo quando ela lhe lambia e mordiscava a parte interna das coxas. Ele também gostou quando ela o fodeu à espanhola, espremendo o caralho enorme dele entre os seios. Chupou seu cacete demoradamente. Esquivou-se quando ele tentou lhe chupar também. Disse que naquela noite queria dar prazer para ele. Muito prazer. Mas a melhor parte para Lucas foi quando ela lhe ofereceu o cuzinho sem ele ter pedido. Dessa vez ele fez com carinho. Esperou que ela o deixasse de pau lubrificado de saliva para enfiar em seu buraquinho. Ela pediu que ele parasse por diversas vezes. Ele teve a paciência de esperar que ela se resolvesse a tentar novamente. No entanto, quando a rola entrou toda e ele começou os movimentos de cópula, era virou bicho. Mordeu-o, arranhou seu peito com suas unhas afiadas. Deixou-o todo sangrando. Mas, finalmente, gozou no pau dele. Quando a viu gozando, ele esporrou bem dentro do buraquinho dela.

FIM DA SEXTA PARTE

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Comentários

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O melhor capítulo até agora, está bom e melhorando.

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