- Disso não tenho a menor dúvida, meu querido “AMIGO”.
Dessa forma, o vigário e o médico sentaram-se no confortável sofá da sala e começaram a bebericar e a conversar. Em pouco tempo Dr. Murilo começou a se sentir desconfortável na presença do amigo devido a um tesão infernal que do nada começou a sentir e sem conseguir pensar numa solução melhor, rapidamente pegou uma almofada que estava ao seu lado e colocou em cima de seu colo a fim de esconder sua ereção cavalar. Padre Bento que acompanhava toda aquela movimentação não só entendeu o motivo como ficou nas nuvens ao perceber que seu plano estava dando muito certo. Mas o que ele não sabia é que por coincidência o detetive Ari, não só iria presenciar o que estava prestes a acontecer, como também registrar tudo.
Por obra do destino o detetive Ari, ainda estava na cidade trabalhando em uma outra investigação, com sua câmera pendurada no pescoço, quando encontrou outras fotos referentes ao caso Leiloca/Omareto jogadas no banco de trás de seu carro e resolveu entregá-las ao sacerdote antes de encerrar o dia de trabalho e fazer a viagem de volta para a capital. Assim que ele estacionou em frente a Casa Paroquial, encontrou o portão aberto e entrou, achando que dessa forma evitaria o deslocamento do padre até lá. E quando estava prestes a bater na porta, escutou um som alto, parecido com o de uma gargalhada demoníaca e como todo bom detetive, seu faro o levou a verificar do que se tratava antes de se fazer notar. Assim que conseguiu ver quem estava e o que se passava no interior da sala, intuiu que boa coisa Padre Bento não fazia e mesmo muito cansado decidiu não só ficar por ali para ver o desenrolar dos fatos, mas também a fotografar os detalhes do mesmo e se deu muito bem. Além da maravilhosa punheta que bateu ainda ficou com uma importante carta na manga que seria usada para levar o padre pra cama quantas vezes quisesse posteriormente.
- "Ah!Ah!Ah!", "Ahahah!", "Há,há,há!". Isso é que eu chamo de um excelente trabalho! "Ah!Ah!Ah!", "Ahahah!", "Há,há,há!" O macho que sempre me desdenhou, nesse momento não passa de um fantoche prontinho pra ser por mim manipulado e ainda por cima com tudo em cima, digo com tudo “MUUUIIITOOOOO PRA CIMA” "Ah!Ah!Ah!", "Ahahah!", "Há,há,há!".
Padre Bento estava tão concentrado em seus planos que esqueceu-se completamente de se resguardar arrastando o médico para “comer” no quarto e muito menos de resguardar sua casa indo trancar o portão e a porta da sala. Imediatamente colocou deitou o corpo do médico no sofá e o despiu, se despiu, pegou o envelope de cocaína que Boca de Lata já tinha deixado em sua caixa postal, esticou uma farta carreira do pó, cheirou, subiu em cima do corpo inerte do médico, segurou seu pau mais duro que aço com uma de suas mãos, atolou seu cu de uma só vez e a seco mesmo em seu rígido caralho e “drogadaço” começou a falar altas putarias enquanto cavalgava o mesmo com muita fúria.
- AAAIIII... !!! UUUIIII... !!! E AGORA DR. MURIIILOOOO? RESPONDA! É, OU NÃO É MEU MEU MACHO? HEEIMMM? O QUE FOI? O GATO COMEU SUA LÍNGUA? AAAAIIIIII... !!!! UUUIIII... !!!!
TOOMAAAA, TESUUDOOO !!! TOOMMAAAA CUZADA NESSE CACETE DURO... !!! HUUMMM... !!! AAAAIIII... !!!!
Lá fora o detetive Ari, quase infartava se tanto tesão se revezando entre sua bronha e os clicks de sua máquina fotográfica.
E lá dentro o Padre surtava cada vez mais engatado no pau do médico enquanto esbofeteava seu rosto.
- PLAFT! PLAFT! PLAFT! PLAFT! NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDO, PRA CIMA DE MIM, HEIM .. !!! ME RESPONDA AGOOOORAAAAA... !!! RESPONDAAAA IMBECIILLLL... !!! FAAAALLLAAAA COMIIIGGGOOOOO MURIILOOOO.. !!! FAALLLLAAAA... !!! FALE AGORA MESMO, QUE ME ACHA LIIINDOOOO, TESUUUDDOOOO, GOSTOOOSSOOOO... !!! FAAALEEEEE, SEEEUUUU INFEEELIIIIZ.. !!! AAAAAANNNDDDAAAAAAAAAAA, FAAAALLLLLLLLLAAAAAAAAAAA... !!! DIZ QUE ME DESEJA MAIS QUE TUDO NESSA SUA MISERÁVEL VIDA... !!! FAAALLLLLLLEEEEEEEEEEEEE.. !!! FAAALLEEEEEEEEE... !!!! FAAAAALLLLEEEEE...!!!
Como os dois estavam o efeito de drogas muito potentes, claro que não só o Dr, Murilo não abriu a boca como Padre Bento, caiu no choro e desengatou-se imediatamente de seu pau frustradíssimo, tentando buscar consolo nas inúmeras carreiras de pó, que esticou e cheirou em seguida.
Algum tempo depois, completamente drogado, com o corpo totalmente anestesiado pelo efeito da cocaína, com sangue nos olhos e com outro plano armado pra conseguir ter o médico em seus braços, acordado e como desejava, Padre Bento, recolheu, escondeu e limpou todos os vestígios da droga e em seguida pegou a garrafa de vinho e usou-a para dar um jeito de justificar para Dr. Murilo o que tinha acontecido ali, sem levantar suspeitas sobre ele.
Sem pestanejar, o vigário se enfiou novamente em sua batina, virou e vestiu o corpo desnudo do médico e deu uma pancada bem dada em sua cabeça com a garrafa de vinho, abrindo nela uma brecha que instantaneamente começou a jorrar sangue pra todo lado, em seguida quebrou a garrafa em sua própria cabeça com uma pancada ainda mais forte, que não só também lhe abriu uma enorme ferida que sangrou por muito tempo como o fez cair desfalecido ao lado do médico na mesma hora.
Nessa hora o Sr. Ari, entendeu bem o quanto Padre Bento era maquiavélico, e se mandou dali muito assustado, carregando consigo as provas que conseguiu, sem nem olhar pra trás, certo de que só as usaria se fosse estritamente necessário.
Horas depois Dr. Murilo acordou completamente zonzo, com forte e horrível gosto na boca e com muito esforço conseguiu sentar-se no sofá. Assim que sentou e deparou-se com a horrível e sangrenta cena que estava a sua volta e com o amigo desmaiado, na mesma hora pegou o celular que estava em seu bolso, para ligar para o Delegado Rui, mas não a fez, pois nesse exato momento o vigário acordou e o impediu de seguir em frente.
Temendo não só a investigação que a polícia faria no local e com a certeza de que iriam parar no Pronto Socorro, onde os médicos descobririam através de exames as substâncias ilícitas que ele tinha ingerido, Padre Bento convenceu o médico a desistir de fazer a ligação e a cuidar ele mesmo de ambos os ferimentos, de forma bem convincente.
- O que pensa que está fazendo, Murilo? Ficou maluco?
- Acalme-se amigo. Deite-se e não se mexa. Vou ligar para o hospital e pedir uma ambulância para nos socorrer e em seguida para a Delegacia.
- Se tem alguma consideração por mim, não faça nada antes de me ouvir, pelo amor de Deus!
- Mas... mas... não posso cruzar os braços diante desse horror todo, meu amigo.
- Venha cá e me ajude a levantar, que já, já vou lhe dizer porque não deve fazer isso, de forma nenhuma.
- Tudo bem, amigão. Vou lhe ajudar e lhe ouvir. Mas se não me der uma explicação muito boa “não terá choro nem vela”, farei as duas ligações, combinado?
- Preste bastante atenção no que vou lhe contar que com certeza me dará razão e desistira dessa sandice de telefonema. Não só sei o que aconteceu aqui, como sei quem foi o autor. Trata-se de um roubo orquestrado por um bandido e traficante muito perigoso chamado Juca Bala Perdida.
- Como eu me esqueci de trancar o portão após sua chegada, assim que nos sentamos neste sofá Juca Bala Perdida, entrou, o golpeou na cabeça, me arrastou até o quarto, roubou um relógio de ouro que herdei de meu falecido pai e antes de também me golpear me ameaçou de morte caso eu o denunciasse.
- MEU DEEEUSSS! QUE HORROR, PADRE... !!! O senhor tem certeza que quem roubou seu relógio foi mesmo esse perigoso bandido? E como ele sabia que o senhor tinha um relógio de ouro guardado aqui?
- Absoluta, meu amigo! Veja o que á vida, Murilo! Dias atrás fui procurar uns documentos na mesma gaveta que guardava o relógio e ao manuseá-lo desconfiei que ele está com defeito. Resolvi então colocá-lo no pulso e ir até a relojoaria do Sr. João disposto a deixa-lo lá para que fosse consertado, mas isso não foi necessário. Em menos de três minutos Sr. João que é muito experiente, apenas apertou um minúsculo parafuso que segundo ele estava frouxo e me devolveu o relógio funcionando perfeitamente, que ingenuamente volteia colocar no pulso e voltei para a igreja. Pouco depois, Juca Bala Perdida, chegou para se confessar e enquanto nos encaminhávamos para o confessionário, ele viu o relógio e me pediu para vê-lo mais de perto, para compará-lo com o relógio que segundo ele seu avó possuía e que ele adorava. Como eu não sabia de quem se tratava, estendi o braço na mesma hora e não só o mostrei pra ele como contei que era herança de meu pai e não me lembro porque também contei que o guardava na casa paroquial. Pouco tempo depois, mesmo não podendo lhe revelar os segredos por ele confessados, posso lhe assegurar que não só senti um pavor e um medo inenarráveis como me convenci que ele é uma das pessoas mais cruéis frias e vingativas que existem nesse mundo. É por tudo isso que não quero arriscar a perder minha vida da pior forma possível, devido a uma denúncia. De mais a mais, mesmo antes de me tornar um padre nunca fui um homem apegado a coisas materiais. Quanto ao relógio, se ficarmos de bocas fechadas, não morrerei sem meus dedos. Pois como dizem por aí, “ VÃO-SE OS ANÉIS MAS FICAM OS DEDOS”.
- Sem dúvida não posso arriscar a perder meu grande amigo! Acho que eu mesmo posso cuidar da ferida de sua cabeça, certo? Por acaso o senhor tem um estojo de Primeiros Socorros, linha e agulha? Alias, me fale onde o senhor guarda seus medicamentos. Com certeza lá vou encontrar algo que vai me ajudar a cuidar do seu ferimento.
- Mas o que faremos com esse enorme buraco que o bandido abriu em sua cabeça, meu amigo?
Não se preocupe com isso! Assim que eu cuidar de seu ferimento, vou para a minha Clínica e peço para a Dra. Germana cuidar do meu, sem precisar dar muitas explicações.
- Certo, amigão! Vá para o meu quarto e abra a primeira gaveta do meu guarda-roupas. Acho que lá encontrará tudo que precisa. Vou ao banheiro pegar o estojo de primeiros socorros e o álcool e depois vou ao seu encontro, ok?
Dessa forma, Padre Bento matou vários coelhos com uma só cajadada e dois dias depois estava caminho do cemitério para se encontrar, trepar e chantagear o coveiro, a fim usá-lo contra sua amante, Henriqueta Kema...
CONTINUA...