Eram quase oito da noite quando Percival chegou à boate onde tinha conhecido a irmã do mendigo. Encontrou-a bebendo Campari com suco de laranja. Quando ela o viu, teve uma crise de choro. Ele percebeu logo que ela já sabia da morte do irmão. Aproximou-se da mesa dela e perguntou:
- Posso me sentar?
- Sim, claro amor.
- Já deve saber da morte do teu brother, não é?
- Sim. Vi a reportagem na TV. Mas agora, meu outro irmão é quem está desaparecido. Recebi um telefonema dele pedindo para que eu ligasse a televisão naquele instante. Foi quando vi a notícia. Ele disse também estar sendo perseguido e avisou que eu não o procurasse. Passaria um tempo arribado. Mas eu fico sem saber se ele continua vivo ou se está morto, como Tavinho...
- Certo. Eu prometi achar teu irmão mendigo e falhei. Dessa vez, prometo achar esse outro com vida.
- Continuará sem me cobrar pelo trabalho? Sabe que não tenho grana.
- Não se preocupe.
Ela o beijou na boca. Depois, disse:
- Vou te dar meu endereço. Meu nome é Odete. E o teu?
- Percival.
- Diferente. Não quer ir lá pra casa? Assim, fica sabendo onde é...
- Basta me dar o endereço e teu número do celular, Odete. Estou esgotado. Andei trabalhando muito esses dias.
- Está bem. Eu também não estou muito disposta a sexo hoje. Estou triste por ter perdido meu mano.
- Imagino. Anote-me o que pedi e vá pra casa. Quando achar o outro, te aviso. Como é o nome dele?
- Todos temos nomes iniciados com a letra "O". O que morreu era Otaviano, eu sou Odete e o outro se chama Olegário.
- Ah, tá. - Disse o mulato, recebendo um pedaço de papel com o nome, endereço e telefone dela escritos. Ela perguntou, antes de ir:
- Pode pagar minha conta? Depois, te devolvo a grana.
Fazia algum tempo que ela tinha ido embora quando ele viu entrar na boate a dona rabuda com cara de prostituta. Quando o viu, ela veio diretamente para a sua mesa. Nem perguntou, sentou-se logo. Só então, quis saber:
- Ainda está querendo informações sobre o mendigo?
- Não. Sei que foi assassinado. Esteve nos telejornais. Por quê?
- Ele tinha um irmão e uma irmã. Eu a vi sair daqui quase ainda agora, mas evitou falar comigo. Que se foda. Também não lhe dei o recado que Olegário mandou dar para ela - disse a puta, visivelmente bicada.
- Sabe onde posso encontra-lo?
- Sim. Quanto está disposto a pagar pela dica?
- Menos do que da outra vez. Apenas duzentos paus. Sem chupadinha.
- Já tenho quem me deixe dar chupadinhas. Passa pra cá a grana...
- Só te dou depois de ter certeza de que não está me enganando.
- Essa é fácil de ganhar, caralho: ele pediu para passar uns tempos lá na minha casa. É ele quem eu chupo, agora.
Percival passou-lhe o dinheiro. Porém, queria que ela o levasse ao cara. A puta pediu para tomar duas cervejas antes. Depois, o levaria lá. Ele esperou. Até tomou mais uma cerva com ela. Pouco depois, desciam de um táxi na frente de uma casa modesta. Encontraram o cara dormindo. Ele assustou-se, quando viu o mulato. Mas Percival o tranquilizou, dizendo:
- Só quero conversar. Se me der algumas informações úteis, ganha uma grana fácil.
- Pode se fiar nele, Olegário. O cara é de pagar promessas. Já me deu uma grana pra trazer-lhe até aqui. - Asseverou a prostituta.
- O que quer saber? - Perguntou o irmão de Odete, sentando-se na cama.
- Primeiro, quem matou teu irmão?
- Foi uma mulher jovem, mas de cabelos totalmente loiros, cara.
- Você a conhecia?
- Não. Mas meu irmão a conhecia. Ele estava fazendo um trampo pra ela.
- Ela se chama Bárbara?
- A Viuvinha?
- Sim.
- Não, cara. Viuvinha é gente fina. Sabe que roubamos o carro dela, mas não fez nada contra a gente. É outra mulher. Uma mais velha que ela. Parece ter uns quarenta anos.
- A mafiosa Giselda?
- Não, não, uma mais bonita que ela, se bem que dona Giselda é mais gostosona.
- Então, de quem se trata?
- Essa tem negócios com as duas. Mas não sei o nome dela. Ia matar nós dois, depois de deixarmos o lacaio de Bárbara em casa. Escapei fedendo, cara. Ela matou meu irmão na minha frente. Vou foder aquela catraia, vou sim.
- Quem dirigia o furgão?
- Ela, cara. Apanhou meu irmão, assim que ele furou uma putinha. Acho que o trabalho foi encomendado por ela. Embora eu acredite que tem o dedo da mafiosa naquilo.
- Acha que dona Giselda encomendou a morte da minha parceira?
O cara olhou espantado para o mulato. Perguntou:
- A putinha era tua parceira?
- Ainda é. Não morreu.
- Caralho, cara. Então, tome cuidado. O próximo a ser furado pode ser você.
- Por que diz isso?
- A loira perguntou para meu irmão, quando estávamos a caminho do rio: cadê o parceiro dela? Meu irmão disse que tinha recebido ordens apenas para matar tua amiga. A loira disse que ele devia ter feito o serviço completo, antes de lhe meter a faca duas vezes. Depois, quis me esfaquear também. Mas tive a sorte de conseguir fugir. Agora me lembro: ela tem um nome estrangeiro. Ouvi quando meu mano a chamou de Hauer, Tauer, sei lá... Eu devia ter tirado uma foto dela com o celular do mano. Mas, na fuga, o deixei cair no banco traseiro.
- Teu irmão mendigo tinha celular?
- Tinha, sim. Recebeu-o dela pra fazer os contatos.
- Ótimo. Vamos fazer uma visita ao necrotério. Os policiais o podem ter pego no furgão abandonado. Devem tê-lo levado para lá ou para a delegacia. Tentaremos primeiro na morgue.
- Porra, cara. Eu não posso fazer isso. Não vou aguentar ver meu mano morto...
- Okay. Eu vou sozinho. - Disse o mulato, botando a mão do bolso. Tirou de lá uns trezentos paus em dinheiro trocado. Nem contou, deu para o cara. Ele ficou muito contente.
Pouco tempo depois, o detetive estava no necrotério. Conhecia um funcionário de lá. Falou com o cara e ele o deixou entrar. Encontrou o corpo nu, ainda à espera de ser preparado para a autópsia. Perguntou ao funcionário da morgue:
- Cadê as roupas dele?
- O que procura?
- Um celular.
- Uma parente dele esteve aqui. Levou tudo e até pagou para que o cremássemos. Foi buscar a autorização que pedi.
- Como era ela?
- Uma quarentona loira. Saiu daqui faz umas duas horas. Ah, nós sempre gravamos quem chega aqui procurando parentes. Quer ver a fita?
- Quero, sim.
Pouco depois, o mulato via umas imagens. Não conhecia a coroa, mas achou-a muito elegante e bonita. Porém, seus cabelos não era loiros e sim totalmente brancos. Branquíssimos. À noite, poderiam parecer loiros.
- Ela deixou um nome?
- Deixa eu ver... Não. Não deixou. Apenas disse que voltaria com uns documentos para liberar a cremação.
- Posso ter uma cópia dessas imagens?
- Ok. Quanto irá me pagar por isso?
Quando ele botou a mão no bolso, o cara perguntou:
- Costuma andar com dinheiro, o tempo todo, cara? Sempre que tu vens aqui estás de bolsos cheios...
- Quase sempre. Detetive precisa "molhar" a mão de alguém para conseguir informações, já percebeu?
Pouco depois, na saída do necrotério, Percival ligava para o celular da agente Cassandra. Ela atendeu com sua voz melodiosa. Ele disse:
- Tenho boas notícias. Onde e quando podemos nos encontrar?
- No bar mais próximo de onde estiver. Mas tem que ser coisa importante. Estou no meio de uma investigação.
- É coisa importante.
- Então, me dá as coordenadas de onde está.
Pouco depois, bebiam em um bar chique de Boa Viagem. Ela pediu uma dose de Perignon Safra 55, antes de dizer:
- Desembucha.
Ele sacou o telefone celular do bolso. O cara do necrotério havia conseguido transferir as imagens para o aparelho através da Internet. Mostrou-as à linda morena. Ela estreitou os olhos. Disse:
- Maria Bauer. Agora tudo se explica.
- Conhece?
- Se conheço? Eu e meu irmão estamos atrás dessa puta há muito tempo. Com certeza, o padre Lázaro está com ela. Ele deve ter matado o mendigo.
- Não. Recebi informações que ela mesma assassinou o pedinte. Ia matar o irmão dele, se este não tivesse conseguido fugir.
- Acha que o cara estaria disposto a depor para a Polícia?
- Posso convencê-lo.
- Você é dos meus. Precisamos pegar essa dupla o quanto antes. E, se for como eu penso, a madre superiora também está com eles.
- Madre superiora? Quem é?
- O três fazem parte dos meus piores pesadelos. Cassandra ficará contente por você ter reencontrado a pista deles.
- Afinal, quem é Cassandra? Tu ou teu irmão boiola?
- Nunca fale isso perto dele. Eu sou Cassandra, mas ele me usurpou o nome. Porém, isso é uma longa história. Precisamos falar com meu irmão. Urgente.
Pouco depois, o homenina aparecia, vindo num táxi. Desceu dele um cara jovem e bonitão, acompanhando-o. O detetive perguntou ao irmão da morena:
- Teu macho?
O motorista do táxi se afastou um pouco, imediatamente, quando ouviu essas palavras. O homenina, no entanto, pareceu não ligar pro que ouviu. Apenas disse, sem se alterar:
- Não vou te alertar novamente. Cadê as imagens?
Depois que deu uma olhada no vídeo, concordou:
- Sim, é aquela rapariga safada. Espero que dessa vez possamos botar nossas mãos nela. O frango preto aí já sabe da história?
- Contei a ele. - Disse a morena. - Mas sem detalhes, claro.
- Quanto o pool de farmácias vai te pagar pela tua investigação? - O homenina perguntou ao mulato.
- Uma grana preta, pra boiola nenhum botar defeito.
O mulato nem soube o que o acertou no meio da testa. Foi um único murro. Ele caiu para trás, desmaiado e derrubando a cadeira onde estava sentado. O taxista e a morena sorriram. O mulato não sabia com quem estava mexendo. O homenina disse para a irmã:
- Veja quanto lhe devemos e pague a ele. Retire-o da investigação. Depois, se junte a nós.
- Desculpa, mano, mas desta vez vou ficar com ele. O cara é bom. E vai querer vingar a parceira. Vou ajudar-lhe. E ele nos ajuda.
- Ficou afim dele?
- O cara aguenta meu rojão. Acho que vou ficar uns tempos com ele, sim.
- Quem sabe é você. Mas não se abestalhe. E diga-lhe para não me provocar de novo.
- Acho que ele aprendeu a lição.
Pouco depois, o mulato sacudia a cabeça. Estava ainda zonzo por causa do "tijolaço" na testa. Os clientes do bar já tinham sido apaziguados pela morena. Ela mentiu para eles, dizendo-lhes que se tratara apenas uma refrega entre irmãos. Voltaram aos seus lugares e não deram mais atenção ao mulato caído. Este perguntou, quando se sentou no chão:
- O que me acertou?
- Tua teimosia, claro. Cassandra já tinha te avisado.
- Puta merda, nem vi a mão do puto se mover. Que murro do caralho!
- Deixe por isso mesmo. Não convém irrita-lo mais.
- Quem era o outro?
- Santo, um amigo nosso e agente como a gente.
- Foi ele quem me acertou por trás?
A morena deu uma sonora gargalhada. O mulato entendeu que o cara nem se meteu na briga. Ainda estava estupefato. Nunca alguém lhe havia acertado assim, para derruba-lo inconsciente. Ela disse:
- Esqueça o incidente. Vamos te pagar o que você acertou com teus clientes. Te ajudo a pegar quem fodeu tua parceira e xau. Não nos encontraremos mais, apesar de eu ter dito a meu irmão que tinha ficado afim de ti. Mas você já demonstrou não acompanhar meu pique, nego.
- Eu faço amor e não a guerra. Tu faz sexo pra matar o outro, caralho. Estou fora.
- Foi o que pensei. Por onde começamos?
- Como assim?
- Não vai querer pegar quem fodeu tua parceira?
- Claro que sim. Temos como chegar até essa... senhora Bauer?
- Vai ser a nossa missão, minha e tua, enquanto meu irmão e o motorista Santo investigam o paradeiro dos cúmplices dela. Então, pergunto de novo: por onde começamos?
- Procurando a mandante do quase assassinato de minha parceira. Acho que tem negócios com a tal... Bauer.
- É provável. Então, trata-se de uma outra mulher? Sabe quem é?
- Desconfio. Mas para chegarmos até ela, tenho que ir sozinho. A mulher tem uma porrada de capangas que guardam a mansão que tem perto daqui.
- Então, vamos lá. Estou afim de dar uns tiros.
- Não será preciso. Basta me deixar ir sozinho.
- O que está querendo aprontar, caralho?
- Depois, te digo.
Pouco depois, ele estava perante a esposa do mafioso. Giselda pediu para ficar sozinha com ele. Os lacaios sairam da sala mas, cismados com o mulato, disseram que estariam por perto. Quando desapareceram de vistas, a mulher perguntou:
- Você é doido? O que faz aqui? Se quisesse falar comigo, bastava mandar recado por Rogério.
- Sei que você mandou matar minha parceira. Não minta para mim. Senão, não teremos mais nenhum acordo.
Ela esteve um tempo calada, depois confirmou:
- Sim, mandei mata-la. Mas aquele puto foi incompetente.
- Por que a queria morta?
- Promete que não vai me agredir?
- Prometo. Eu não tocarei em você.
- Ela, com vida, me impedia de te ter aqui. Matando-a, você poderia aceitar assassinar meu marido para ficar comigo, como combinamos.
- Não combinamos nada. Você apenas me propôs isso.
- É verdade. Mas esperava que, se apressasse as coisas, fosse mais fácil de te ter aqui.
- Qual o teu envolvimento com a mulher de cabelos brancos?
- Como sabe dela?
- Sou detetive, porra.
- Nossa, como você está zangado! Meu marido tem negócios com ela. Ela criou um composto que limpa o sangue de gente doente, livrando-o de impurezas. O composto funciona, pois meu marido está cada vez melhor de sua enfermidade. Por isso, quero mata-lo, antes que se recupere totalmente. O cara está a ponto de voltar a andar. Já começa a querer garanhar comigo. E eu não o quero mais. Quero você.
- Está bem. Como chego a essa médica?
- Só por telefone. Mas ela marca os encontros, não nós. Liga de número oculto. Teme armadilhas.
- Exija que ela me mate. Dê-lhe o meu endereço.
- Mas...
- Faça isso. Depois, dê um tempo e apareça lá em casa. Aí, nós faremos sexo novamente.
- Mesmo? Jura?
- Juro.
- E matará meu marido?
- Lá, resolvemos isso.
- Está bem. Ligo para ela agora. Mas é melhor você ir. Não quero que os homens do meu marido ainda te vejam por aqui. Podem desconfiar que temos negócios. Isso será ruim para nós dois. Não podem saber que nós temos um love, com meu marido ainda vivo.
- Okay. Vou indo. Faça o que pedi.
Pouco depois, ele saía da residência. Andou um pouco até aparecer um táxi. Este era dirigido pelo cara que a morena chamava de Santo. O taxista perguntou:
- Onde quer que eu te deixe?
- Onde está a Cassandra fêmea.
- A testa ainda te doi?
- Vai te foder. Se disser mais uma palavra sobre isso, desconto minha raiva em você.
O cara deu um sorriso divertido, mas não gargalhou. Percival ligou para o telefone de Marisa. Ela mesma atendeu, ao ver que era uma ligação dele. O mulato disse:
- A mulher que encomendou a tua morte vai aí tentar te matar. Acha que pode foder-lhe sem a minha ajuda? Mas não poderá dar nenhuma chance a ela.
- De quem se trata?
- Da mafiosa Giselda.
- Foi ela? Deixa comigo. Sou mais perigosa do que aquela catraia pensa. E você, o que vai fazer?
- Antes, ela vai mandar alguém dar cabo da minha vida. Eu cuido dessa pessoa antes que ela entre na minha casa. Você fode a manda-chuva da Agência. Combinado?
- Isso não vai nos trazer problemas?
- Verá que não.
- Então, fechado.
Pouco depois, o motorista deixava o mulato no mesmo bar onde ele estivera com a morena. Ela estava ainda lá. Ele perguntou:
- Gravou?
- Sim. Com a câmera que escondi em você, tenho toda a confissão dela.
- Será que um júri aceitaria a gravação como prova?
- O caso não irá a julgamento. Já enviei o vídeo para Cassandra, meu irmão. Ele me deu carta branca para agir. Mas sem alarde.
- Certo. Agora, poderemos ir para algum lugar e dar umas fodas. Não acho que a mulher de cabelos brancos vá me atacar agora. - Disse o mulato.
- É verdade. Ela irá planejar melhor e te atacará amanhã. Eu a conheço. A gente tem o tempo necessário para foder. Então, vamos lá. Santo nos leva a um motel. E ficará vigiando perto da tua casa, caso as duas cismem de te procurar hoje.
Mas, aí, o celular do mulato tocou. Ele olhou pro visor e atendeu. Disse:
- Fale, Bárbara.
- Onde você está? Estou precisando de tua ajuda...
- Ué, cadê Rogério?
- Não sei. Saiu. Mas ele não pode saber que estou doente...
- Doente? Então, chego já aí.
Quando desligou, o mulato disse ao casal:
- Tenho que socorrer uma amiga. Aproveito para ganhar mais tempo para descansar das fodas que demos. Ainda estou esgotado.
- Nós te deixamos onde tua amiga está. - Disse o motorista bonitão.
- Ok. Poderiam nos dar uma carona até um hospital?
- Claro.
Quando o mulato chegou à casa da loira lindíssima, que a Agência apelidava de Viuva, esta estava caída no chão da sala. Não havia conseguido chegar até a cadeira de rodas moderna que usava. Ele a acudiu. Perguntou-lhe:
- O que houve? O que faz no chão?
- Não sei o que houve, amorzinho. Faltaram-me forças nas pernas, de repente. Caí com todo o corpo no chão. Acho que estou paralítica de novo, meu Deus...
- Assim, de repente?
- Eu... faço um tratamento com uma médica que me procurou quando eu estava hospitalizada. Passei mais de dois meses fazendo hemodiálise, trocando o meu próprio sangue por um que ela aplicava em minhas veias. Foram mais de dez transfusões em dois meses. Aproveitaram para me contratar para testar esse novo modelo de cadeira de rodas. Tudo pago com dinheiro desviado do Governo de PE.
Nisso, a dupla de agentes federais invadiu a residência da loira. A morena belíssima disse:
- Considere-se presa. Irá responder uma série de perguntas na sede da Polícia Federal.
- Mas... temos que levar-lhe a um hospital - disse o mulato.
- Não será preciso. Vamos prender a médica imediatamente. Cassandra a localizou rondando o teu apartamento. Ela quis agir contra ti antes do que eu esperava. Meu irmão acaba de lhe dar voz de prisão. Ela nem tentou fugir. A doutora Bauer cuidará da tua amiga lá mesmo, na sede da Polícia Federal. Providenciaremos o que for necessário.
- Estavam na escuta?
- Claro. Você não se lembrou de tirar o "grampo" que nós havíamos colocado em ti, quando foi à casa da mafiosa...
- Caralho, esqueci completamente. Mesmo assim, obrigado por socorre-la.
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Foi uma foda gostosa. Dessa vez, a morena policial não usou da violência. Mas exigiu ter o rabo bem fodido por Percival, como da primeira vez que transaram. Ela limitou-se a curtir a sua enorme penca entrando e saindo totalmente do seu cuzinho, arrombando-lhe as pregas ainda doloridas. Ele a cobria com seu corpo e parecia não ter pressa em gozar na sua bunda. Movimentava-se lentamente e, de vez em quando, ela revirava graciosamente os olhinhos, deliciada. Não parava de repetir:
- Está gostando de foder meu cuzinho?
- Ele ainda é apertadinho...
- Promete que vai deixa-lo bem arrombado, promete?
- Vou te deixar cagando frouxo...
- Ai, eu vou adorar. Vai gozar nele, vai, amor?
- Vou. Mas vou demorar mais um tempo...
- Assim, sem violência, está melhor?
- Sim. Não gosto daquelas fodas doidas...
- Mas vai foder também minha buceta?
- Só se ela também for apertadinha, como teu cuzinho...
- Ela não é... anos e anos de fodas, amor. Me deixaram do jeito que eu gosto: bem afolosada.
- Gosto de bucetas e de cus apertadinhos. Quem tem os dois arrombados são as putas...
- Pois eu quero ser tua putinha, amor.
- Então, vai ter que me dar esse cu mais vezes. Até que eu o deixe peidando sem nenhum controle...
- Ai, amor, como você é tão romântico...
- Cala a boca e remexe a bundinha. Adoro. Empina mais ela. Tô quase gozando...
- Ah, não. Agora, não... O ruim de foder suavemente é que demoro a gozar, seu puto. Não vai me deixar na mão. Não vai, mesmo!
- Cala a boca, senão te dou umas porradas.
Ela lançou o cotovelo para trás. Acertou-o nas costelas. A dor foi enorme. Mesmo assim, foi ela quem gemeu:
- Agora, revida... Me bate, também... e... eu... deixo tu... gozar...
- Não vou fazer o que você quer. Mas, se me bater de novo, retiro minha peia da tua bunda.
- Nãaaaaaaaaaaaaaoooooooo. Você não é doido!!! Se fizer isso, atiro em você...
- Então cala a boca e rebola. Te enfia mais na minha rola... depois... remexe... o... bumbum... Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
FIM DA OITAVA PARTE