Me pegar lembrando da conversa que tive com o moreno alto me fez querer me matar.
“Romulo Maximus, ele era um que tinha sua própria gravidade. Seus olhos percorriam tudo ao meu redor, como se me analisassem. O que me deixava desconfortável. Ficar com ele naquele navio, me deixou claustrofóbico.
- Sente-se Garoto. – ele pegou uma garrafa de whisky e colocou no copo. – Quer um pouco?
- Não obrigado, nem, tomei café ainda.
- E porque não disse? posso pedi uma coisa para você – rebateu Romulo, tomando um gole de sua bebida. – Sou um ótimo cavaleiro.
- Não sou uma donzela em perigo. – repreendo ele.
- Não te vejo como uma donzela em perigo, eu te vejo causando o perigo. Tem um rostinho angelical, mais é um demônio. – Ele mirou em mim. – Me chamam de Lucifer dentro dos olhos Azuis. E eu ate gosto do apelido.
- De ser comparado com o capeta? – encaro aquele idiota.
- Não, por ser bem diplomata e sempre conseguir tudo o quero com minhas palavras, sem levar uma gota de sangue na mão. – Ele me encarou de uma forma sinistra, um sorriso se fez em seu rosto. Ele era bonito e sabia disso, usando sempre isso ao seu favor. – Pode me chamar pelo nome de batismo ou de Luficer, não ligo, além do mais, são apenas nomes.
Ele cruzou suas pernas e me encarou.
- Como ia dizendo, eu vejo a maldade em você. Você esconde algo, um segredo, escode um verdadeiro Dominik, esconde uma pessoa dentro de você. O verdadeiro demônio.
- Se veio aqui só para dizer isso. Eu vou...
- Ir embora? Aquele dois ali na porta não iram deixar. – viro meu corpo. – Sente-se. Ainda estou querendo fazer negócios com você.
- Acha que eu negociaria com alguém que esta duvidando de minha integridade? Só pode esta ficando louco. Agora me deixe sair.
- Eu disse para se sentar. – ele gentilmente e sem se alterar ordenou. – Estou preocupado com meu velho amigo, Biel, ou como conhece ele como Gato. Ele está sendo ameaçado.
Meu corpo treme em ouvir o nome de Gato. Eu sento na cadeira, demostrando que iria ouvi-lo.
- Muito bem! Gato está para ser coroado como imperador de todas as américas. Disso todo mundo está sabendo, Gato fez vários inimigos dentro dos olhos azuis e fora dele. E estou pressentindo algo de ruim vindo dessa coroação!
- Se está sentido, e é um dos governadores dos olhos azuis nas américas, porque não faz nada?
“Obs: Depois dos imperadores vinha uma elite chamada de Governadores, eles poderiam chegar até a 10 dependendo do imperador, para prosseguir com os planos de seu imperador, como braços direitos, recrutando novos CEO’s e mascotes, conquistando e domindnado.”
Romulo/Lucifer sorriu para mim.
- Sim, eu tenho poder para isso. Mas sou um governador do antigo imperador, não sei se o novo imperador, me deixara no mesmo posto, já que posso ser tirado. – ele se levantou e andou até uma mesa, mexendo nos papeis. – Infelizmente nesse tempo de crise, Gato será muito cobrado e estou aqui para mostrar minha lealdade.
- Esta querendo fazer negócios comigo, por causa de seu posto?
Ele demostrou uma cara de desgosto.
- Não estou fazendo isso por causa de meu posto. Estou fazendo isso, porque deve saber que existe alguém conspirando contra os Olhos Azuis, um dos meus antigos mascote, descobriu isso.
Ele me mostrou fotos e papeis espalhados pela mesa. Meus olhos percorriam toda as informações que ele me mostrava.
- Uma ceita, alguém que foi ligado aos Olhos Azuis, está conspirando contra nós. Quer acabar com tudo que construímos. – Ele me mostra as fotos de pessoas se encontrando em lugares públicos, trocando informações. Pessoas suspeitas pertos de casas de CEO’s. – Alguém com diplomacia, e uma sede de sangue. Que esta construindo um império para derrubar o nosso.
- Os outros sabem disso?
Charlote, a ruiva deveria saber o que era, mas não iria falar sobre aquilo para ele, ainda não confiava no diabo sem chifres.
- Não, parcialmente nem todos, apenas os imperadores e o Rei! – comentou o mesmo. – Estou sabendo porque fiz minha lição de casa.
- E o que eu tenho haver com isso?
- Você tem um irmão que te molestou, e que reivindicou tudo o que tinha para essa organização. Ele traiu seus princípios e entrou para eles. – Romulo me olhou com aqueles olhos escuros, eu perto daquele homezarão, me deixava nervoso. Romulo era bonito como um anjo, e perigosos como um demônio. – Eu quero que descubra tudo o que seu irmão sabe, quero que me ajude a pegar esses bastados.
- Mais não sei onde meu irmão está. – rebato para o mesmo.
- Descubra. Sei que anda com a mascote do imperador da Asia, Charlote não é uma boa garota de esconder segredos. – ele pegou uma foto da garota, ela estava andando nas ruas perto da casa de Gato na noite em que o tiroteio aconteceu.
- Está insinuando alguma coisa?
- Jamais, nunca insinuo algo. Eu tenho certeza do que eu faço. Por isso sou o Governador principal do imperador atual. Eu te trouxe aqui, porque ninguém suspeitaria de você, para descobri os planos dessa facção. – Comentou Romulo, passando a mão pelos cabelos ondulados. – Descubra o que seu irmão sabe, e tem minha palavra que não deixarei ele ser morto pela ira de Gato ou de qualquer um dos Olhos Azuis.
- Está muito benevolente. Lucifer. Pelo que aprendi agora, você sempre vai querer algo em troca. Não é mesmo?
- Somos uma família. Protegemos os nossos. Vai aprender isso. Toda família tem brigas, mais quando tudo fica negro, onde as tempestades aparecem, nos ajudamos entre si. – Ele abriu a porta da sala. – Faça isso, que só tem a ganhar. Ajudara seu Mestre e uma organização que lhe ajudara até sua morte, vire suas costa, e lhe prometo, que eles acabaram com você e sua família, tirando todo o resquício de vocês do mapa. Então, te vejo na coroaçãoA chegada dos olhos azuis, eram sempre discretas.
Imperadores traziam seus mascotes, alguns traziam a mais para mostrar o quanto de poder tinham. Mas alguns mostravam seus mascotes, que não necessariamente era seu parceiro, mas sim alguém de confiança.
O baile do candelabro negro, era o ritual de celebração dos Olhos azuis. A coroação a alguém para ser um imperador. Alguém que subiriam para um cargo maior. O baile seria naquela noite, numa festa muita da sua particular. E os ânimos de Gato, estavam quase para explodir de uma vez.
- Calma maninho. Pedi para que todos os Imperadores e CEO’s trouxessem seus próprios guardas e pedi uma forcinha para uma agencia de segurança. – Comentou Felix na mesa de café.
A casa de Gato estava passando por varias reformas depois do tiroteio, e aquilo o deixava dependendo do irmão, que era um bagunceiro e ainda por cima, não dormia sozinho trazendo sua mascote para dentro de casa.
- Como posso ter calma, se isso for uma tramoia dos outros imperadores para me matar. Sabe que eles me odeiam. – Gato respirou bem fundo e logo em seguida jogou a xicara de café na parede. – Estou mais que preocupado e Dominik esta andando muito com Charlote.
- Esta preocupado com seu Mascote? Nossa, supero tão rápido Daniel. – Felix soltou o veneno e logo em seguida sorriu malicioso. – Me conta, como foi tranzar com ele.
- Cala a boca, Felix, cresce. Nunca superei Daniel e sabe disso, e estou preocupado com Dominik, por andar com Charlote, sabe que eu e seu Imperador não nos damos bem. – Rebato olhando de soslaio meu celular, esperando uma mensagem de meu menino.
- Deve parar com essa paranoia. – Comentou Felix, pegando o tablete e lendo as notícias. – Isso já está virando paranoia sua. Não vamos ter na história dos olhos azuis, um imperador doido.
Sorri para meu irmão. Mesmo ele sendo uma criança ainda, Felix me entendia.
- Se arruma e vá para o trabalho. Precisa voltar a trabalhar. – Felix jogou o terno em meu ombro. Ainda estava de samba canção na sala de estar – Pega, comprei um novo para você.
Ternos italianos eram os mais macios e caros que existia. E ele me deu um azul marinho, com uma gravata vermelha de seda.
- Presentinho pera sua coroação.
- Não precisava. – respondo agradecido com o ato.
Ele sorriu e pegou sua pasta de trabalho.
- Feche tudo quando sair. – comentou ele saindo pela porta.
Felix era meu irmão mais novo, mas sabia que meu extinto de proteção era maior, não conseguindo ver que ele era um adulto. Me visto e saiu do apartamento. Deixando tudo arrumando.
O dia foi calmo, contrato a assinar, reuniões sendo preparadas. Gato ouve um bater na porta.
- Estou ocupado...
- Até mesmo para mim? – a voz que percorreu a sala, me tirou de meus devaneios.
Meu pai e minha mãe estavam ali na minha frente. Não envelhecendo nada. Minha mãe estava vestida como se tivesse saído de um casamento, com os cabelos presos num coque, um vestido verde ondulado e meu pai, como sempre de social.
- O que estão fazendo aqui? Pensava que as exportações demorariam, pelo menos mais 4 meses.
- Não perderíamos a coroação de nosso filho. – disse meu pai abrindo os braços, para um abraço.
- Cadê o Felix? – perguntou minha mãe sentando no sofá.
- Na empresa dele. Posso ligar para ele...
- Não, ainda bem que ele não está aqui. Estamos querendo falar com você apenas. – Ela me fez sentar ao seu lado. – Ficamos sabendo sobre o ocorrido. Sobre o tiroteio. Sabe quem fez isso?
- Para ser sincero. Eu acho que sim. Fiquei vigiando algumas anomalias por entre um ano, desde da morte de Daniel e descobri um faccão chamada de Olhos Vermelhos, elas querem matar e destruir tudo. E suspeito que algo aconteça em minha coroação. – Admitiu Gato para os pais que se entre olharam.
- Também suspeitamos, por isso vamos contratar mais gente. – Disse meu pai, mexendo em seu celular. – Não vou deixar meu filho correr perigo. E já escolheu seu Mascote, para receber a marca?
- Já sim, o nome dele é Dominik!
- Queremos ver o garoto. Leve-o amanha para um jantar. – comentou minha mãe.
- Vamos ficar num hotel perto da casa de Felix. Temos que ir meu filho. Viemos rápido. Já que estamos ajudando em sua coroação.
Assim que meus pais saíram, mandei uma mensagem para Dominik.
“Se arrume, vamos fazer compras”