O destino das celebridades

Um conto erótico de Zumbi
Categoria: Heterossexual
Contém 2663 palavras
Data: 21/01/2019 09:24:21
Última revisão: 11/07/2019 10:20:46

Zumbis e celebridades

Capítulo 11

O destino das celebridades

Como terei que mostrar o que aconteceu com nossas heroínas após serem capturadas, precisei fazer mais um capítulo sem qualquer sexo.

Tinha acabado de matar nossos perseguidores e saquear o que prestava de seu carro e havia agora uma pequena multidão de zumbis que havia sido atraída pelos barulhos dos disparos. Meu primeiro objetivo era encontrar minhas companheiras, mas parei no meio do caminho pois percebi que seria perigoso me aproximar delas com tantos mortos na nossa cola.

Acabei dando uma volta bem grande, fazendo bastante barulho, e atraindo-os para longe de onde estávamos, somente depois disso eu voltei para o carro capotado, agora em silêncio, e dali parti em busca de minhas amigas.

Não demorei a encontrar os rastros de um pneu na estradinha de terra e já imaginei que elas haviam sido capturadas. Segui mais um pouco e encontrei sinais de que elas haviam entrado no mato e, pelos galhos quebrados, deveriam ter caído no barranco.

Pensei em descer mas seria perigoso, então resolvi procurar um caminho alternativo, porém antes de sair, percebi que na terra haviam se formado pegadas de duas pessoas em direções opostas. Provavelmente elas se separaram ali.

Escolhi uma das trilhas aleatoriamente e a segui correndo.

Não sei dizer se foi por gostar de filmes e séries sobre investigação ou se foi pura sorte, mas consegui seguir os rastros por muito tempo, mesmo com a pessoa tendo chegado no asfalto, fui capaz de identificar os detalhes por onde ela passou. Notei, também, que uma grande quantidade das criaturas andavam na mesma direção e como eu já tinha percebido que a audição delas parecia ser muito boa, fui segui na direção que elas iam e de tempos em tempo, ficava em silêncio tentando ouvir o que elas ouviam.

Após uma longa caminhada, com o sol perto do horizonte, consegui ouvir o que parecia ser o barulho de metais sendo chacoalhados. Corri na direção do som até encontrar uma van sacolejando em um estacionamento. Olhei por uma fresta e vi Wendy de 4 com as mãos atadas nas costas enquanto chupava um cara todo largado no chão, com mais dois de pé ao lado rindo e brincando com o fato do cara ser brocha.

Fiquei puto na hora e fiquei pior ainda quando o gordinho deu mais alguns tapas na cara de minha amiga. Na mesma hora levantei a arma, pronto para entrar atirando, mas achei melhor me acalmar e não botar tudo a perder.

Ao meu redor, alguns dos zumbis que eu havia seguido já se aproximavam. Esperei os sequestradores saírem e começarem a dar cabo da ameaça. Prepotentes e desleixados, eles disparavam contra os mortos, muitas vezes errando o tiro, para depois acertá-los com facas pequenas.

Esperei atrás da van até que dois ficaram de costas para o terceiro, que já estava de costas para mim. Com a faca em punho, me aproximei lentamente do homem descuidado e cravei a lâmina em sua nuca, nem ao menos dando a ele tempo para gritar. Deixei-o ir ao chão e voltei a me esconder atrás do veículo enquanto as criaturas o devoravam.

– Digão!

Um deles gritou e correu na direção do amigo caído, acertando arbitrariamente os mortos que o comiam.

– Volta aqui, seu merda.

Dei a volta na van e fiquei perto do outro mais distante.

– Ele já era. Vem me ajudar aqui enquanto esses bichos tão ocupados com o gordo!

Com ele distraído, me aproximei para matá-lo como tinha feito com o tal do Digão.

– Zé, atrás de você!

Fui visto pelo homem que tinha ido ajudar Digão, mas isso não ajudou em nada o Zé. Assim que ele virou, consegui passar a faca em seu pescoço fazendo seu sangue jorrar e ele agonizar enquanto ia ao chão.

– Filho da puta.

Sendo ruim de mira, ele sacou a arma e a descarregou em minha direção e eu, não sendo bobo, corri para trás do carro parado até ouvir os cliques repetidos e secos da arma para então aparecer com um revólver apontado para ele. Claro que ele tentou fazer o mesmo que eu mas estava muito perto dos zumbis e foi pego por um deles que o derrubou enquanto outros caiam sobre o infeliz rapaz.

Seus gritos ainda perduraram por um tempo enquanto eu abria a porta da van e deixando a luz do sol do final da tarde iluminá-la.

A coitada se encolheu toda ao me ver entrando, com certeza por imaginar que eu era um dos que a havia estuprado.

– Calma, Wendy, sou eu, Léo.

Ao me reconhecer, ela me abraçou e chorou de soluçar, mas não tínhamos tempo a perder. Tomei uma mochila de onde caíam algumas latas de comida, depois peguei um cobertor que encontrei e a cobri, saindo com ela do veículo e nos afastando do perigo que os monstros representavam.

Mesmo com dificuldade, ela se esforçou para caminhar ao meu lado e quando encontramos uma casa vazia e segura em que fui capaz de entrar, nos escondemos nela. Abri algumas das latas e comemos enquanto ela me contava entre lágrimas os momentos horríveis que tinha passado. Em seguida, esquentei água em algumas panelas da casa e a coloquei em uma banheira de água morna. Limpei seus principais ferimentos e deixei os utensílios para fazer alguns curativos ao sair do banho.

Ela relutou em me deixar partir e deixá-la sozinha, mas acabou por ceder quando a convenci que suas amigas poderiam estar em situações iguais ou piores que a dela.

A noite já estava bem adiantada quando eu saí da casa em busca das outras 3. Voltei ao ponto de partida iluminando o caminho apenas com uma lanterna pequena, para não chamar a atenção, e, de lá, parti na direção das outras pegadas que logo se transformaram em uma multidão de pés de vários tamanhos e formas diferentes. Sendo uma delas, deduzi que havia sido perseguida por um grupo de mortos-vivos e imaginei que, seguindo-os acabaria por encontrá-la.

Achei a horda parada em um beco, inerte pela falta de direção a tomar, mas precisava ter a certeza de que ela não estava por ali. Subi pelo muro de uma casa lateral até conseguir visualizar melhor o centro do grupo. Fui avistado mas estava seguro enquanto estivesse acima deles. Não havia marcas de sangue no chão o que dava a impressão de não haver qualquer vítima ali, apenas alguns corpos carbonizados ainda a se mover.

Ao olhar para a casa do outro lado, vi que algumas telhas estavam deslocadas e resolvi checar. Encontrei mais telhas e segui essa primeira pista até descer e encontrar uma xuxinha de cabelo. Como ela estava bem limpa, deveria ser recente mas não me direcionava para lugar algum.

Procurei por perto por mais alguma orientação quando ouvi as lamúrias dos mortos e desliguei a lanterna, me escondendo dentro de uma caçamba sobre um caminhão abandonado. Apenas a luz da lua e das estrelas iluminavam a rua, com exceção de uma luz bruxuleante bem distante, em uma casa no alto de um morro. Arrisquei e fui até lá.

Um dos mortos que derrubei ainda usava seu relógio prateado e pude ver que a madrugada estava quase acabando. Comi um pouco do que havia encontrado com os captores da Wendy para recuperar as forças e acelerei o passo. Ao chegar na casa, olhando pela janela, vi Aline dependurada no meio da sala, com a boca amordaçada e os pés presos ao chão.

Estava um pouco distante mas consegui entender que eles tinham plano de usar suas coxas grossas como comida pelos próximos dias, o que eu não poderia deixar acontecer.

Quando o careca injetou algo no braço da minha amiga, eles se afastaram dizendo que tinham que esterilizar a serra. Não teria tempo para me aproximar furtivamente deles e tive que apelar.

Abri uma pequena fresta na janela e coloquei o rifle que carregava, colocando-o no modo automático e disparando uma rajada rápida e certeira sobre os dois.

O careca foi ao chão com as mãos na barriga. O cabeludo tentou fugir mancando, por isso dei mais uma rajada nele. Dei a volta na casa e entrei pela porta da frente, em oposição à janela dos fundos de onde eu os tinha alvejado. Nem perdi tempo em verificar se estavam vivos ou mortos, cheguei atirando com o revólver na cabeça dos dois.

Tentei acordar Aline mas ela estava apagada. Carreguei-a nos braços até a rua mas não conseguiria levá-la até Wendy daquela forma. Na garagem encontrei uma bicicleta de criança, ainda com as rodinhas para equilíbrio e a usei para empurrá-la de volta.

Com o sol já aparecendo no horizonte, fui seguindo pelo caminho que achei ser mais curto, sempre prestando atenção aos meus arredores para não ser pego de surpresa, até que acabei vendo uma casa nos pés de um morro com 3 caras sentados perto de uma piscina.

Estando Aline ainda desacordada, encontrei uma casa com uma garagem bem protegida e a coloquei em segurança. Aproveitei para escrever em um papel que eu a havia salvado, para que ela não surta-se ao acordar.

Ao me aproximar, não vi mais os 3 na beira da piscina e sim apenas um, que não estava lá antes, tomando uma cerveja na maior calma do mundo. Havia mais um que antes eu não havia notado. Esse estava próximo à janela olhando algo que lá acontecia. Usei um binóculo e pude ver que ele se masturbava. Mudei minha posição e consegui ver Carol e Aricia fazendo um boquete em um cara deitado na cama. Pensando que as duas já tinham feito sexo comigo, não pude deixar de pensar que estavam tentando ganhar a confiança deles mas, ao notar que em seus pescoços reluziam correntes, e me lembrar que tinha visto 3 homens fora da casa, sabia que além daquele havia mais dois a se aproveitarem de minhas amigas.

Agora eu teria que lidar com 5 aproveitadores, o que seria quase impossível, mas eu não conseguia me imaginar deixando as duas nas mãos de lobos como aqueles.

Tive toda a precaução do mundo para me aproximar do rapaz que observava tudo pela janela e cravar-lhe a faca na parte de trás da cabeça e puxá-lo o mais rápido possível, para dar a impressão de que ele quem tinha se afastado.

Depois me foquei no outro cara sozinho, o negão próximo da piscina. Dei uma grande volta pela parte de fora da casa para pegá-lo de surpresa por trás. Porém, ao me aproximar, os outros três que estavam com minhas companheiras saíra da casa e me viram.

– Chefe, olha o cara aí!

Um deles gritou. Sem pensar, soltei a faca na chão, peguei a arma da minha cintura e disparei contra o tal Chefe fazendo-o cair dentro da piscina que logo ficou toda vermelha com seu sangue.

Saíram os 3 em disparada, um para cada lado, sendo que um voltou para dentro da casa. Atirei no que tomou a direita e o acertei de raspão. Ao partir na direção daquele que alvejei, acabei esbarrando com uma mesa cheia de armas. Sabia que estavam desarmados e que tudo o que tinham estava sob minha guarda, mas, se eu ficasse esperando eles aparecerem, daria tempo para fugirem ou mesmo armarem uma emboscada para mim.

Virei a mesa, deixando todas as armas espalhadas pelo chão e continuei minha caçada ao que estava ferido. Segui o rastro de sangue até os fundos da casa e o encontrei chorando com a mão na perna a verter sangue. O tiro não tinha sido tão de raspão assim.

– Não, por favor, espe…

Atirei antes de ele terminar a frase e voltei correndo até as armas que havia derrubado, já pensando em usá-las como uma armadilha para atrair os que restavam. Funcionou e, enquanto o homem tentava pegar uma das armas, acertei-lhe alguns tiros nas costas e finalizei com um na cabeça.

Ouvi a porta ser aberta e apontei a arma naquela direção. Qual não foi meu espando em ver que Carol e Aricia saíam da casa arrastando a última ameaça.

Com cara de poucos amigos, Carol vem em minha direção, toma o revólver de minha mão, dá umas cutucadas no cara até ele acordar e tentar fugir. Dei-lhe um chute na barriga que o fez se contorcer.

– Quer dizer que quando você me bateu no meio do mato só pensava na minha bunda?

Ele não respondeu por isso ela deu um tiro em seu braço.

– Responde, filho da puta!

– É. É sim!

– Acha que meu cuzinho já se acostumou com essa sua minhoquinha de merda, Paulinho?

Apertando o ferimento com a mão, ele fez que não com a cabeça, mas Carol nem se importou e deu um segundo tiro, esse em sua perna.

Enquanto Paulo chorava e implorava pelo perdão da morena, encostei nela vagarosamente e fui deslizando minha mão até conseguir chegar na arma e, sem qualquer movimento brusco, tomei-a de sua mão.

Chorando, Carol me abraçou e eu, por precaução, entreguei a arma para Aricia, enquanto tentava consolar a morena. Só não tinha me dado conta de que as duas tinham passado pela mesma experiência e a meia dúzia de disparos efetuados por Aricia, acabaram de vez com a vida de Paulo.

O sol já estava forte quando encontramos Aline onde eu havia deixado. Ela estava meio desorientada e demorou um pouco para acreditar que não faríamos mal a ela. Por fim encontramos Wendy, vestida com algumas roupas que encontrou na casa. Fizemos uma refeição silenciosa e acabamos por passar alguns dias naquela casa mesmo até encontrarmos um lugar melhor.

Foram dias silenciosos. Eu as deixava na casa e saía em busca de mantimentos e um novo lugar para morarmos, já que o anterior havia sido tomado pelos zumbis, conforme descobri após uma rápida visita.

Consegui convencê-las a nos encaminharmos mais para longe da capital e seguimos pela rodovia, andando poucos quilômetros por dia e parando em algumas casas para passar a noite até que, em uma dessas caminhadas, nos deparamos com um motel todo murado e em um lugar bem alto.

Não que fosse minha intenção levá-las à um motel, mas era o lugar que mais se parecia com uma fortaleza, o que seria vantajoso caso fôssemos atacados pelos mortos ou pelos vivos.

Minha primeira proposta foi que cada um de nós tivesse sua própria suíte, mas elas estavam muito depressivas e preferiram que ficássemos todos juntos, por isso fizemos da suíte presidencial nosso quarto compartilhado.

Durante duas semanas, elas mal tinham ânimo para nada e eu me acabei para mantê-las vivas e animadas, mesmo que todas as opções que tivéssemos eram sempre melancólicas. Aricia foi a primeira a se recuperar desse estado de catatonia e passou a me ajudar nos afazeres, logo se sobrecarregando por querer fazer mais do que conseguia e tendo que parar para descansar.

Ela também começou a se oferecer para mim, como tinha feito quando nos encontramos, mas eu via em seu olhar que não era um desejo genuíno e sim uma tentativa de garantir que eu ficaria por perto para cuidar dela e de suas amigas.

Por isso eu me neguei a fazer sexo com ela, mesmo ela me xingando, brigando, batendo. Fiquei firme em minha posição ao ponto de fazê-la chorar e me abraçar.

Um mês se passou até que elas voltassem a agir com uma certa naturalidade, mas ainda acordavam à noite assustadas por causa de algum pesadelo e por conta disso, Carol propôs que fizéssemos uma roda de conversa para superarmos nossos demônios e, como não tínhamos nenhuma profissional para nos ajudar, fizemos o melhor que conseguimos.

Foram mais dois longos meses de conversas, brigas, gritarias. Verdadeiros arranca rabos em que elas chegaram a agredir uma a outra fisicamente e eu tive que intervir, levando alguns golpes no processo mas valeu a penas já que, depois de muito choro, todos fizemos as pazes uns com os outros e com nossos medos.

Estávamos prontos para encarar esse mundo destruído com sangue nos olhos.

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