Resolvi escrever, não me perguntem porque! Não sei se ficou bom, mas misturei realidade e ficção e decidi postar.
Essa é a historia de um garoto que se perdeu no caminho dos sentimentos, confundiu amor com paixão, descobriu a pior parte de si e se auto destruiu num processo doloroso.
Espero que curtam.... kkk
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Lendo romances gays, acabamos notando varias semelhanças entre as historias. Quando não é um valentão de colégio se apaixonando pelo garoto que ele praticava bullyng, temos algum macho hetero fodão em crise, por se descobrir com tesão em algum moleque.
Porém, se há algo que dificilmente muda, é a aparência dos envolvidos, pois sempre têm um cara bonito, forte e ativo envolvido no meio. Não vou criticar, pois na historia que agora começo a contar sobre mim, também conheci um cara mais ou menos assim.
Só que o meu conto de fadas não acabou na construção do lar bem estruturado e amoroso, com filhos e uma boa situação econômica em que tantas historias terminam. Na verdade, eu acabei na cela fria de um presidio, cuja capacidade era de 8 presos, mas haviam mais de 30 em condições desumanas.
Não vou reclamar, afinal poderia ter sido pior. Eu poderia ter terminado meu romance agua com açúcar no cemitério. Fui condenado a 10 de anos de cadeia neste lugar, fui, mas ainda estou vivo e isso pode ser considerado alguma coisa.
Enfim, essa parte da historia é algo para o futuro. Neste momento devo retroceder alguns anos, pra que vocês me conheçam melhor e entendam o longo caminho que trilhei ate ser condenado por duas tentativas de homicídio e porte ilegal de arma.
Vamos lá...
Eu tinha apenas dezessete anos quando toda essa historia começou. Filho único, ainda morava sob o mesmo teto dos meus pais. Não trabalhava, minhas únicas responsabilidades eram a escola e ajudar na igreja do meu tio, que obviamente era pastor.
Superprotegido pelo minha mãe, eu não dava um passo sem que ela soubesse aonde, com quem, hora de ida e volta pra casa. As vezes eu reclamava das atitudes dela, mas éramos muito apegados um ao outro. Já com meu pai a relação era um pouco fria, as vezes eu ate parecia um estranho pra ele. Dentro do possível, nos dávamos bem. Quanto as famílias, a parte do meu pai sempre me tratou com frieza e indiferença. O que não me incomodava tanto, já que a parte da minha mãe sempre foi muito amorosa e chegava a me sufocar com tanta demonstração de carinho.
Claro, hoje eu sei o motivo por aquela diferença de tratamento da minha família com relação a mim. Mas naquela época, isso era motivo para que eu me cobrasse e me odiasse cada vez mais a cada erro que eu cometia. Eu tentava desesperadamente ser o filho perfeito, modelo para meus primos, e esperava ansiosamente pelos elogios.
Engraçado, e que a única palavra positiva que recebi do meu pai foi em relação a ter assumido o namoro com Dalila. Uma bela menina de pele morena, que era filha de um velho amigo da família e frequentava a igreja do meu tio diariamente.
Dalila, como eu era apaixonado por aquela menina! Sim, eu a amava com todas as minhas forças. Não era nem capaz de imaginar minha vida sem ela, mas eu mesmo fui o responsável por destruí qualquer sentimento que ela tivesse em relação a mim. Hoje me arrependo de todo mal que causei aquela pequena, mas isso e assunto pra mais tarde.
Voltando a historia...
Continua....