Eu estava distraído, quando o amor me achou - CAPÍTULO 25

Um conto erótico de Lissan
Categoria: Homossexual
Contém 2115 palavras
Data: 07/06/2019 23:03:41
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá a todos, como estão vocês? Eu, acabado depois de passar por um processo seletivo para uma empresa, terrível, bem complicado. E por isso, não consegui postar no horário que gostaria.

Peço a compreensão de vocês e desculpas também porque me comprometi a postar às 18:00/30. Então: DESCULPEM!

MUITO OBRIGADO A TODOS PELAS LEITURAS E COMENTÁRIOS!!!

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UMA ÓTIMA LEITURA A TODOS

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Abri o portão do prédio e ouvi o carro dele sair. Como fui idiota em fugir! Mesmo agora sentindo essa bola na garganta com o cheirinho dele... Meu deus quando eu ia imaginar que Atila me provocaria sentimentos tão fortes? Sorrio igual um idiota subindo as escadas, paro em alguns degraus para realizar tudo isso, e a gente se provocava tanto... Entro em casa com esse ar de bobão, a tevê está ligada e Robson já com um pijama deitado no sofá.

- O dia hoje foi um mês – digo abrindo a geladeira – Robson? – ele não responde, tomo um gole da agua e me aproximo dele. – Robson?

- Ai Inácio, - fungou – ele entrou na sala com tudo, o coitado do professor já estava mal... Estou morrendo de vergonha... E querendo que você me repasse o vídeo, vou publicar! – ele diz decisivo e olhando direto para mim.

Arregalo os olhos e quase engasgo com o restinho de agua na boca. Nem me passou pela cabeça esse tempo todo que... Vou até o controle da televisão e diminuo o volume, respiro fundo e me agacho próximo a Robson.

- Eu te entendo – começo – você quer extravasar... Tá com raiva...

- E não é para tá? – diz limpando os olhos – não quero chorar mais por ele, pelas coisas que ele me faz passar...

- Robson nesse vídeo você só compromete o Marcos...

- Não acredito, - sorri de forma magoada – vai defender aqueles nojentos é isso mesmo?

Ele tenta se levantar, o seguro pelas mãos. Não vejo outro jeito de convencer Robson a não ser contando parte da verdade. Meu amigo se debate e percebo que ele precisa de mais um abraço, não é fácil ter sua vida modificada da noite para o dia. E apesar de muitos não acreditarem que isso seja possível, acontece. Um dia você tá vivendo bem, tranquilo, equilibrado e em outro pode estar um equilibrista tentando se manter em cima da corda bamba. Ela é a única coisa que te separa do chão, e eu sei muito bem como é sentir isso, abraço-o com força.

Robson não chora, mas se deixa abraçar, ficamos calados por um tempo. O seguro pelos ombros, e olho em seus olhos.

- Vou ser sincero com você, - respiro fundo e sinto meu estomago contrair um pouco – não faz muitos dias... Lá na empresa, Fábio me ameaçou... Disse que eu ia pagar o que fiz a vocês... Algo assim.

- Então mais um motivo para você querer a mesma coisa que eu – ele diz em um fôlego só.

- No mesmo dia – continuo – ... uns caras me cercaram, eles começaram a tentar me agredir por palavras... Até que avançaram para cima de mim, e acredite você ou não foi o Marcos quem os fez parar... Eu fugi, corri desses idiotas, mas foi a ele que eles respeitaram...

Robson semicerra os olhos, e nega com a cabeça.

- Já parou para pensar que ele fez isso de conluio com Fábio? – diz muito certo do que fala.

- Mas porque razão? Vingança? – engulo em seco – além do mais... Ele é noivo... Da irmã de Atila.

O silêncio voltou a cair sobre nós, meu medo era Atila descobrir dessa forma abrupta. Pela internet, uma coisa que eu sei faz dias. Sentei ali no chão próximo ao sofá, e Robson se aquietou também, de repente ele começou a gargalhar, achando graça não sei em quê. Senti sua mão apertar meu ombro, me virei para olha-lo.

- Noivo é – se controla – sabe qual é a minha vontade? – suspira – tudo bem então... Vi hoje o quanto você e Atila estão em um love só, conta a ele, mostra o vídeo se for o caso. Acho que ele merece saber por você... – ele suspira novamente – mas quando fizer isso, eu vou postar esse vídeo, isso é coisa decidida.

Meu amigo se levanta desliga a televisão e entra no banheiro se trancando lá. Deito a cabeça no sofá e pressiono as têmporas. Só consigo pensar e como vou contar para Atila essa história toda... O tempo começa a esfriar lá fora, e dentro de casa também. Eu e Robson deitamos na cama e não falamos nada, ele se vira para um lado e eu para o outro. Fecho os olhos e todos veem a minha mente, e penso até em tomar um remédio para prevenir a dor de cabeça. Adormeço pensando em levantar e ir tomar o remédio, penso no cheiro de amaciante, hortelã e perfume, os últimos cheiros que senti ao sair do carro de Atila.

Sou despertado por pequenos movimentos no ombro, me assusto um pouco ao abrir os olhos e dar com os de Atila. Sorrio olhando para os lados sem acreditar. Ele não pode estar ali, ao meu lado, é sonho!

- Seu pijama de desenho é muito fofinho – ele diz sorrindo de canto e o cheiro de hortelã me faz ter certeza de que realmente é ele ali, não um sonho. – Vamos belo adormecido, tenho uma surpresa para você... Se aceitar meu convite é claro.

Engulo em seco percebendo o qual bem vestido ele está, diferente das roupas mais simples da faculdade e do uniforme no canteiro. A medalhinha não deixa de estar em seu pescoço, contrastando com o preto do blusão de mangas compridas e o colete de moletom, olho para ele e ainda não acredito. Estou muito encrencado, penso sorrindo para ele e embaraçado pela situação toda, no mínimo inusitada.

Cubro a minha boca com medo de estar com mau hálito. Mas também não é culpa minha isso, acordar assim com o coração batendo tão sofregamente.

- Você é louco – digo – como conseguiu? Ah esquece, que convite é esse? Na verdade – semicerro os olhos para a luz do quarto – que horas são hein?

- Hora de levantar – ele beija minha testa como se já estivéssemos juntos – vou te esperar lá na sala... Tá bom? – eu assinto, e ele sorri antes de sair. Caio de volta na cama, e ainda estranho isso tudo não passar de um sonho.

Jogo o edredom para o lado, e saio do quarto. Entro no banheiro e me dispo, só debaixo do chuveiro com a agua caindo em mim, penso em Atila sozinho com Robson. Depois de tudo o que sofreu não vai ser de estranhar se Robson contar tudo a Atila... Não, continuo meu banho e faço tudo o que tenho de fazer antes de sair do banheiro. Não dou atenção ao diabinho me dizendo para correr para a sala. Permaneço no quarto o tempo necessário. Visto uma bermuda jeans e uma camisa de tricô com as mangas compridas. Não nego que saí do quarto, temeroso, passo ante passo.

Encontro Atila com o calcanhar apoiado a mureta que divide a sala da cozinha, sorrindo. Enquanto Robson coa o café, olho para ele e não sei mais se é uma boa ideia deixa-lo sozinho. Pelo jeito dos dois, antes mesmo de me aproximar de vez, sei que nada demais aconteceu. A responsabilidade por falar com Atila, ainda é minha, penso.

-... eu não ia fazer administração – estava dizendo Robson – mas foi uma sorte, porque conheci Inácio lá...

- Falando de mim? – digo. Os dois se viram para mim, e ver o sorriso de Atila, é uma das sensações mais malucas do mundo. Sorrio para ele de volta. – Então não vamos trabalhar hoje?

Ele se aproxima de mim, e somos alvejamos por gotículas de agua lançadas por Robson do outro lado.

- Parem de esfregar isso na minha cara tá legal – diz com uma das mãos na cintura – hoje eu vou me entupir de chocolate, e assistir bons filmes, isso que é programa... – ele aponta para o sofá – preparei uma mochila com algumas coisinhas...

Arqueio as sobrancelhas, é uma conspiração... Não tenho dúvida... Olho de um para o outro e vou até a mochila.

- Deixa ver o que você fez aqui... – digo e abro o zíper. – Não, você não fez isso... – digo mais para mim mesmo vendo aqueles bolos de camisinhas de menta ali dentro, sinto minhas bochechas arderem na mesma hora. Fecho o zíper e trago a mochila para as costas. – Obrigado amigo! – falo para Robson.

- O que tem ai hein? – Atila diz ficando na ponta dos pés tentando conferir. – Fiquei curioso, você fez uma cara...

- Vocês não vão se atrasar, para seja lá o que vão fazer? – Robson abre a porta para nós. Eu e Atila sorrimos para ele e seguimos para a porta, Robson me segura pelo antebraço, tudo muito rápido, sussurra. – Conta logo pra ele... – Atila puxa minha mão e eu olho para Robson ali parado, encostado à porta, com ela entreaberta.

A nuca de Atila é toda peludinha e eu ainda não tinha reparado nisso até agora, descendo as escadas. Eu sorrio por perceber isso, ainda que só agora depois de tanto tempo. Ele abre o portão, e saímos. Eu paro por uns minutos, e ele sentindo isso, para também. Aquela onda sobe, ela sobe e sinto vontade de fugir, de correr mais uma vez como da última. Atila dá um sorrisinho de lado, como se estivesse percebendo isso sentindo escorrer de mim para ele.

Sei que se eu correr agora, se fugir para outro lado, voltar para dentro. Meu coração bate a mil por hora, olho para trás. Sinto seus dedos apertarem os meus, e a onda vai abaixando. Caminho para perto dele, estreitando o espaço entre nós ele sorri para mim.

- Aonde vamos? – digo sentindo meu coração bater muito forte.

- Espera, - ele diz – por um momento achei que você fosse de novo...

Agora sou eu quem puxa ele para o carro. Ele aciona a chave e as portas fazem aquele “CLAC”, seguro o puxador da porta e entro no veículo, mais seguro do que antes. Atila sorrindo entra também e muito animado se concerta na cadeira. O tablet do vídeo de antes ainda está ali, olho para ele e penso no que me disse Robson antes, me nego a pensar sobre isso e relaxo na cadeira. Se ele não tocar no assunto pelo menos por agora eu também não vou, decido comigo mesmo. Depois eu conto, só mais um pouco... Atila aciona o tablet, a tela se abre nas pastas de música.

Vejo o álbum do ‘Queen’ e eu mesmo de ousado vou lá de seleciono. A voz única de Freddie Mercury tremula em todos os espaços do carro.

- Podemos ir – digo olhando de esgueira para ele.

- Certo – ele liga o carro – podemos ir – diz e se vira concentrado pra frente. Os primeiros acordes de ‘Somebody to love’ me fizeram enrubescer um pouco, mas nada paga ouvir a voz desafinada de Atila cantando – encontrem-me alguém para amar!

Olho para ele sem coragem de continuar a canção, com uma das mãos Atila conduz o carro enquanto com a outra mão brinca segurando o peito. A voz dele não melhorou com o final da música e inicio da outra faixa, “Don’t stop me now” e essa sim cantei com animação um pouco do refrão “eu vou, vou, e nada vai me deter”. Atila também canta, e somos um desastre nisso, ele vai diminuindo a velocidade do carro. Estaciona ainda com o motor ligado

- Chegamos? – pergunto me desconectando da música e não vendo nada demais além das casas e carros, um bairro comum, um pouco mais requintado.

- Quero que feche os olhos, - ele diz e abre o porta luvas – olha, coloca isso aqui... – ele me entrega uns tampa olhos como aqueles de dormir. Olho para ele meio desconfiado. – Confie em mim... – pego a venda, e a coloco. Sinto ele se aproximar de mim e dizer. – Não precisa tremer o nariz. Não tem do que ter medo.

Seguro a sua mão livre e o carro continua a se mover. Sinto um friozinho na espinha, curioso para saber o que me aguarda. Ele manobra o carro algumas vezes, então sobe, sobe, já nem sei mais em que faixa está o play qual é a música? Só sinto o veiculo subir sem parar. Demora longos minutos até ele estacionar e soltar um suspiro, como se relaxasse os ombros.

Ele faz a música parar, beija a minha mão. Abre a sua porta do carro, e eu faço menção de tirar a venda. Mas ele impede, já ao meu lado abrindo a porta para mim e mais uma vez com a mão na minha.

- Pronto – diz satisfeito – agora já pode tirar. – Faço como ele me diz, puxo a venda. – Não é o lugar perfeito?

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Comentários

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Cara, esse Átila é um sonho, não é? Acho que ele já deve desconfiar de alguma coisa sobre o Marcos. Aquele vídeo da entrada do banheiro deve ter dado uma dica pra ele. Mas, independentemente disso, a grande curiosidade é saber onde estão os pombinhos agora, hehe.

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Será que vai rolar um capítulo "hotlover"??? Todos queremos detalhes picantes de tamanhos, cheiros, gostos, posições, gemidos, um pouco de palavras baixas, seguidas de um 'estou apaixonado por vc!'. #SóAcho

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