Aquele Segredinho 5 - primeira vez que ela me deixou ser homem

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Trans
Contém 3405 palavras
Data: 08/07/2019 16:31:16
Última revisão: 03/06/2025 22:28:01

Eu fui a putinha da Ju, uma travesti com um corpo de dar inveja em muita mina por aí. Ela tem pele clara, olhos azuis, seios do tamanho certo — nem muito pequenos, nem grandes — e uma bunda maravilhosa. Tem também um ótimo senso de humor e um tesão que parece querer comer o mundo inteiro. Não tem nada de masculino naquele corpo, exceto aquele pau maravilhoso que fode fundo e dá uma dorzinha lá atrás. Tem que ser macho pra aguentar! Hahaha! Com certeza, muitos homens teriam inveja daquele pau grande e reto.

Se você é daqueles(as) que só quer saber da sacanagem, eu sugiro que comece a ler a partir de A HORA DA VERDADE. Mas, se curte uma boa história, pode ficar à vontade. Agora, se você realmente quer entender como chegamos até aqui, vai ter que ler todos os segredinhos. Até agora, o pessoal gostou mais do primeiro — fica a dica.

Sabe quando tu ouve uma música que tu gosta, mas que não ouvia há muito tempo? Ou quando tu come a comida da tua terra depois de anos no exterior só comendo coisa estranha? Eu não sei se tu concordas, mas parece que a música fica ainda mais bonita, e a comida, muito mais gostosa. Pois é. Foi assim que eu me senti quando comi a Júlia pela primeira vez.

Meio ano. Esse era o tempo que eu estava namorando a Ju. E, desde que a conheci, ela nunca tinha me deixado comê-la. Durante esse tempo, morei no apê dela. Era muito mais prático, ficava perto da minha faculdade, e eu não precisava pegar ônibus nem nada. A gente passava tudo junto: íamos ao cinema, andávamos de mãos dadas no parque, comíamos em restaurantes e até íamos pra balada. Logo, todo mundo sabia que eu estava com ela. O que nem todo mundo sabia é que era ela quem me comia, e não eu. Só os mais íntimos sabiam disso. A maioria dos nossos amigos nem desconfiava que ela tinha um pênis.

O problema é que a Ju é, como posso dizer... tarada! Ela queria o tempo todo! E eu não aguentava mais — estava, literalmente, com a rosquinha queimando! Não adiantava dizer não. Ela vinha me provocar com beijos, passando a mão em mim e tal. Eu explicava minha situação, ela ouvia... mas não adiantava. Em pouco tempo, vinha de novo me provocar. Eu repetia o não, mas aí meu pau já estava me denunciando. Ela me agarrava, me beijava, me beliscava até minha libido vencer tudo — aí, ela me comia.

Ela sabia me seduzir direitinho, e eu sempre caía nos mesmos truques. Um beliscão na bunda, aquele vestido verde curtinho sem calcinha que ela usava como quem não quer nada, ou me agarrava por trás enquanto eu lavava a louça, e por aí vai. Eu estava pagando meu karma por todas as vezes que fiz o mesmo com as minhas ex-namoradas.

Depois de um tempo, consegui fazê-la parar de me encoxar à noite — assim, pelo menos, eu não acordava mais com aquela piroca entre as minhas pernas. Isso poupava uma transa matinal. Mas ainda restavam a transa do meio-dia... e uma ou mais à noite.

Eu queria parar. Mas também não queria... Como posso explicar? Bom, sempre depois de uma transa, eu queria parar. Meu rabo ficava todo assado e eu, esgotado. Mas antes, quando ela começava a me provocar, eu só queria dar. Era como se fossem dois Marcelos se revezando: um louco de tesão e outro fudido. Eu já estava ficando maluco! Uma vez, até pensei em fazer as malas e ir embora. Mas aí ela veio me mostrar a nova calcinha rosa que tinha comprado... Eu não sabia mais o que fazer!

Mas não era só o meu cu que estava com problemas. Bastava ela me ver estudando pra achar que era sexy. Minhas notas nunca estiveram piores. Então, um dia, tomei coragem e disse:

— Júlia, tenho que te pedir uma coisa.

— O quê, amor?

— É final de semestre e eu tenho muita coisa pra estudar. Tem como a gente não transar mais até terminar? São só duas semanas!

Ela olhou com um ar desapontado e, a muito custo, disse que sim. Eu sabia que ela não ia forçar nada, mas qualquer sinal de fraqueza da minha parte não seria perdoado. Se ela visse qualquer vontadezinha, ou tempo suficiente, ia me provocar até acontecer. Assim, eu estudei como um condenado. Com toda aquela rotina, meu rabo estava se recompondo. Era bem melhor assim... até pra fazer cocô, por exemplo.

Ela, por outro lado, foi uma excelente companheira. Cuidou de mim com todo amor e carinho. Sempre foi uma menina fantástica — tirando, é claro, os defeitos que todo mundo tem. E a tara. Mas naquela semana ela estava se superando. Lavava minha roupa, limpava o apê sozinha, fazia massagem nas minhas costas enquanto eu lia os livros, me servia café... Até cozinhou pra mim todos esses dias, sem reclamar. Era impressionante!

Só não lavava a louça depois porque eu insistia em fazer, pelo menos, isso. Ela sempre foi de estender a mão pra ajudar todo mundo, e sabia que eu precisava de tempo. Mas era bom demais pra ser verdade, mesmo pros padrões dela. Comecei a desconfiar. Talvez estivesse com a consciência pesada. Ou me traindo. Ou — mais provável — ia me cobrar tudo depois, em favores sexuais.

Um dia, vi que ela estava se masturbando no banheiro. Aquilo me deixou louco de tesão... mas também preocupado. Pensei: se ela já era tarada antes, imagina depois de todo esse tempo de abstinência? Ela ia queimar minha rosquinha bonito como nunca! E eu ia adorar no início... mas depois, ia sofrer.

Foi mais ou menos nesse período que conheci a Ângela. Eu já a via desde que entrei na faculdade, mas nunca tinha conversado com ela. De algum jeito, a gente percebeu que estava vivendo o mesmo drama. Vai entender... mas parece que sofredor reconhece sofredor.

Começamos a conversar na biblioteca enquanto estudávamos. Ela me contou que o namorado dela também era um tarado como a Júlia, e que agora estava super gentil porque ela tinha pedido um tempo pra estudar. Ela tava preocupada com a conta de toda aquela gentileza. No caso dela, era até pior — ela já estava nessa há um mês.

— Eu sei o que ele vai querer! — disse ela, com os olhos vidrados.

— O quê?

— O meu cu...

— Tu nunca deu pra ele?!

— Fala baixo! Estamos na biblioteca! Já dei, mas foi horrível. E ele sempre quer, mas eu não deixo.

No passado, eu ia rir e fazer alguma piada maldosa. Mas naquele instante, eu calei e fiquei com o olhar perdido num canto qualquer.

— Teu namorado também é assim abusado contigo?

— Meu namorado?

— Eu nunca imaginei que tu fosse gay. Tem vários caras que eu desconfio, mas tu nunca passou essa impressão.

— Eu não... é... é complicado...

Aí contei toda a história: como conheci a Ju, como ela me comeu pela primeira vez, como aquilo me deixou confuso sobre minha masculinidade. Contei como finalmente me rendi à libido e virei putinha dela. E que não sabia mais como sair daquilo.

Por fim, ela disse:

— É bom saber que não sou só eu com esse problema. Hehe.

Depois disso, ficamos super amigos. Éramos como carne e unha. Tomávamos café, estudávamos juntos e reclamávamos.

— Hoje ele me serviu café na cama. Dá pra acreditar?

Era incrível como essas coisas, que a princípio seriam maravilhosas, ganhavam outro aspecto ali. Na nossa cabeça, nada daquilo era de graça — e a gente não sabia em que estado ia ficar depois de pagar a conta.

Isso não quer dizer que a gente não gostasse do sexo, tá? Tanto eu quanto ela adorávamos dar. O problema era que a gente tinha chegado perto dos nossos limites. E estávamos preocupados com o que podia acontecer agora.

— Imagina... a Ju já é tarada pra caramba comigo dando todos os dias. Imagina agora, depois de todo esse tempo? A minha rosquinha nunca mais será a mesma! Se é que vai sobrar alguma rosquinha no final!

— Hahaha! Tô rindo de nervosa, tá? Eu tô com o mesmo problema. É engraçado, mas quando a gente ama muito alguém, a gente não sabe dizer não, né?

— É...

Várias vezes a gente lembrava com saudade de momentos de puro prazer. Ela sempre falava de como era bom quando ele a agarrava e a apertava contra a parede, e eu lembrava das transas que eu tinha com a Júlia de manhã.

— Sou eu que quero transar de manhã, geralmente. A Júlia sempre quer dormir até mais tarde. Só que, como a gente dorme de conchinha, eu acordo com o pau dela bem durinho entre as minhas pernas. Aí não tem jeito! Eu começo a provocar até ela montar em mim. Não acho graça ficar por cima enquanto dou. Tu já tá sendo fudido e ainda tem que passar trabalho? Levanta daí, pô! Ela sempre quer ficar lá deitada enquanto eu faço o serviço. Ai, que saudade daquele mastro durinho no meu rabo!

— Haha, é bom, né?!!

Nós falávamos tanto disso que, uma vez, até rolou um desejo entre nós. Ela já estava se esfregando em mim e meu cacete já estava cheio de esperança de voltar à ativa. Mas já tínhamos problemas demais pra isso.

Finalmente chegou o dia da última prova. Era uma prova de recuperação de uma cadeira que a gente fazia junto. Ela terminou primeiro e me esperou no corredor. Era o último dia de férias... dos nossos cus.

— E aí, como foi?

— Acho que vou passar...

— Meu namorado ligou, disse que tá ansioso pra me ver. A gente não vai viajar nessas férias. Ou seja: vai ser dureza o tempo todo. E tenho quase certeza que vou tomar no cu.

— Nem me fale. Eu tenho certeza que vou.

— Olha, Marcelo, tu não tá tão mal assim. Seja homem!

— Tu acha que porque eu sou homem dói menos?

— Não! Eu tô te dizendo que tu tem um pau. Tu pode comer ela em vez de dar pra ela. Já eu tô fudida de qualquer jeito!

— Ela não quer dar pra mim!

— Eu sei. Mas, olha, ela já deu pra alguém antes. Ela sabe como é. Não é difícil tu explicar pra ela que tu não tá aguentando. Já eu… haha. Meu namorado não entende. Ele nunca deu. É um covarde. Ele não dá não porque é macho e tal, mas porque tem medo. Tu é muito mais corajoso que ele. Ele nunca daria.

— Não sei se eu dou por ser corajoso…

— Claro que sim! Tu podia ter fugido quando descobriu que ela não era como as outras mulheres. O Douglas com certeza fugiria, naquelas condições. Tu mesmo me contou que só não fugiu quando foi surpreendido com o pau dela saindo do meio das pernas porque não era certo tratar aquela travesti como se fosse um monstro. Foi lindo o que tu fez. Tu não vê? Tu é muito mais homem que muitos aí! Tu enfrentou o medo, a dor, o preconceito... mas não traiu teus princípios. E ainda descobriu um prazer novo, e uma menina que dá pra ver que tu ama muito! E, com certeza, tu é muito mais corajoso que eu. Eu morro de medo só de pensar em dar o meu cu!

— É... Pensando assim, até que faz sentido. Mas então quer dizer que o teu namorado tem medo de dar o dele e doer, mas não entende o teu medo?

— Pois é! Bom... na verdade, ele não tem medo da dor. Ele diz que tem medo de gostar. Na real, o que ele tem medo é do que os amigos vão dizer se descobrirem. E, na cabeça dele, eu não tenho por que ter medo — até porque é “natural” a menina dar pro namorado.

— Faz sentido.

— Eu queria que ele já tivesse dado. Aí ele entenderia.

— Hahaha! Por que tu não compra aqueles caralhos pra mulher? Aqueles que vêm com uma cinta pra vestir. Aí tu diz pra ele que só dá o teu cu se ele der o dele primeiro.

— HAHAHAHA! Imagina a cara dele!

Outro dia eu conto o que aconteceu com a Ângela e o seu namorado Douglas. Mas aquela menina foi como um anjo enviado por Deus pra me salvar.

Já no caminho pra casa eu estava pensando no que diria, como faria e tal. Só a expectativa já deixou o meu pau animado — ele ficou durinho o caminho todo até o apê. Eu não acreditava que ia adiantar conversar, então decidi usar o próprio veneno dela contra ela mesma. Chegando no apê, já dava pra sentir o cheirinho da comida.

— Oi, amor! Já fiz o almoço pra tu me comer. Como foi a prova?

Comemos tudo bem rápido, e ela falou várias coisas com insinuações sexuais enquanto almoçávamos. Estava tentando me provocar, obviamente. Ela era como uma leoa. Se tu já viu aqueles documentários de vida selvagem, tu deve saber do que tô falando: a leoa só corre atrás da presa depois que ela se assusta e começa a correr. Mas, se a presa fica quieta, olhando pra ela, ela fica sem ação.

No meu caso, eu resisti e não entrei no jogo. Depois que ela viu que eu não ia ceder, ficou desapontada e brava — e não falou mais nada.

A HORA DA VERDADE

Então chegou a hora da verdade! A hora em que meu destino ia ser decidido. Por um lado, se eu tivesse sucesso, eu seria o macho novamente. Mas, se não conseguisse convencê-la, não ia demorar muito pra ela me mostrar como se faz.

Ela levantou da mesa e foi lavar a louça. Eu fui atrás e encostei aquela loirinha cheirosa com o meu pau já durinho. Ela se assustou um pouco, mas não fez nada pra me impedir. Continuou lavando a louça como se nada estivesse acontecendo.

Na real, isso era típico. Toda vez que ela ficava brava comigo, me ignorava. Mas eu apostava que ela não ia aguentar muito, depois de todo aquele tempo sem sexo.

Puxei o cabelo dela pro lado e dei uma mordidinha na orelha. Na hora, ela parou com o prato na mão e a esponja na outra, paralisada, enquanto a água corria da torneira. Sua respiração ficou mais acelerada. Passei a mão por baixo da blusa e agarrei um dos seios — ela não estava usando sutiã. Dava pra sentir o coração dela batendo forte, e o corpo ficando mais quentinho. Ela soltou o prato na pia, junto com a esponja, e deu seu primeiro gemido, levantando a cabeça pro teto e agarrando a pia com força. Beijei aquele pescoço e fechei a torneira.

Não imaginava que fosse ser tão fácil! Ela deu uma empinadinha na bunda pra sentir melhor o meu pau. A vitória dá um tesão, né? Minhas bolas já estavam meio inchadas com tudo aquilo. Levantei a saia e vi aquela bunda sensacional, que há tempos eu não dava muita atenção. Ela começou a rebolar na minha frente, esfregando aquela bunda em mim e suspirando.

— Ah, que delícia de cacete...

Ela se virou meio violentamente e agarrou meu pau por cima das calças. O dela ainda estava lá, preso dentro daquela calcinha apertada, e não mostrava nenhum volume. Não sei como ela aguentava ficar com ele assim o dia todo.

Me deu um beijo intenso e abriu meu zíper, tirando de lá aquela iguaria que há tempos ela não colocava na boca. Se agachou e me chupou ali mesmo, no cantinho entre os armários. Sempre gostei de deixar a menina nesses lugares — tipo o canto ou de quatro em cima de um banquinho — pra ela parecer mais vulnerável. Isso só me deixava com mais tesão.

Fazia tanto tempo que eu não recebia uma chupada que quase gozei na hora. Mas aí me dei conta de que, se isso acontecesse, a gente ia ter que ir pro plano B. Consegui me conter a tempo. Mas, cara... eu não sabia que ela sabia chupar assim! Ela não tinha dó da minha pica!!

Como a gente costumava transar na cozinha — e em todo canto daquele apartamento — já tínhamos deixado alguns lubrificantes escondidinhos no armário. Peguei um e mandei ela levantar. Virei ela de costas pra mim, puxei aquela calcinha branca e lubrifiquei aquele rabo, tudo sem ela protestar em nenhum momento.

Meti com ela ali mesmo, presa entre mim e os armários. No início, fui com cuidado, pra não machucar, mas ela queria tudo de uma vez — empurrou a bunda pra trás, fazendo entrar tudo de uma vez só. Cara, eu já tinha até esquecido como era a sensação. Aquele rabo era super apertadinho! Parecia que ela ia quebrar o meu pau de tão empolgada que estava.

Agarrei ela com força, tentando controlar, mas não adiantava. Ela rebolava loucamente. Dei uns tapas na bunda — foi como jogar água na fervura!

Fiz ela deitar na mesa da cozinha e voltei a meter. Ela estava com o rosto bem vermelhinho, a testa franzida e aquela boca aberta, gemendo sem parar. Os seios balançavam pra cima e pra baixo, e o pau dela estava durinho.

— Ah, delícia!! Mete, vai! Mete com força, seu safado! Pode me arrombar, gostoso!

Apesar de a gente sempre transar naquela mesa, eu não sabia se ela ia aguentar, porque nunca me mexi daquele jeito. Até o vizinho começou a bater na parede. Ela gemia muito alto! Mas aquilo era gostoso pra caralho. Ela sabe deixar o cara maluco.

Em pouco tempo, ela gozou, lambuzando todo o lustre em cima da mesa. Levei um susto quando aqueles jatos de porra passaram na frente do meu nariz, quase atingindo ele. Continuei metendo até gozar em seguida, dentro dela. Apesar de ter sido rapidinho, foi um dos sexos mais gostosos que eu já tive como ativo.

Mais tarde estavamos deitados no sofá. Júlia com as pernas sobre as minhas, comendo pipoca como se estivéssemos vendo uma comédia romântica, quando na verdade passava algum episódio aleatório de série policial — daqueles em que todos mentem pra todo mundo e ninguém confia em ninguém. Irônico.

— Posso te contar uma coisa? — perguntei, tentando parecer casual, como se eu fosse soltar uma curiosidade de bastidores ou algo do tipo.

— Lá vem merda — ela respondeu, sem tirar os olhos da tela, mas com um sorriso de canto de boca que me deixava completamente desarmado.

— Não é merda. Quer dizer… talvez seja. Não sei. Mas é sério.

Ela me olhou, finalmente, com aquela expressão entre o desafio e o carinho — como quem segura uma faca com uma fita rosa em volta do cabo.

— Tá bom, fala. Mas começa devagar, porque se for algo tipo “eu sou casado” ou “eu sou virgem”, eu preciso estar emocionalmente preparada.

Respirei fundo. Era agora ou nunca.

— Eu menti pra ti.

Ela arqueou uma sobrancelha. A pipoca parou a meio caminho da boca.

— Sobre o quê?

— Sobre o que eu senti aquela noite. A primeira. Quando a gente… — fiz um gesto indefinido com a mão, como se estivesse tentando desenhar no ar aquela madrugada entre gemidos, suor e insegurança.

Ela não disse nada. Só me olhava. Então continuei.

— Eu disse que tinha sido só tesão, que era curiosidade, impulso… que não tinha nada a ver com sentimento. E até tentei acreditar nisso. Fiquei repetindo pra mim mesmo que era coisa de momento. Que tu era só... diferente. Exótica. Sei lá. Mas a real é que… tu mexeu comigo de um jeito que nenhuma mulher tinha feito antes. E continua mexendo.

A pipoca caiu do colo dela. Literalmente. E ela ainda demorou uns dois segundos pra perceber. Depois riu. Riu de verdade. Não com escárnio, mas com uma mistura de surpresa, alívio e um certo prazer sádico.

— Então é isso? Tu ensaiou esse discurso por dias?

— Semanas, pra ser honesto.

Ela se aproximou e se sentou sobre mim, de frente, com aquele jeito de quem vai me dar um tapa ou um beijo, e eu não saberia dizer o que seria pior — ou melhor.

— Tu sabe o que isso significa, né? — sussurrou, enquanto passava a unha devagar pelo meu peito, como se escrevesse algo que só ela podia ler.

— Que eu sou um babaca? — arrisquei.

— Não, seu bobo! Significa que agora tu é meu. Mas eu já sabia. Desde o segundo dia. Só tava esperando tu admitir.

E foi nesse momento que eu percebi que ela tinha vencido o jogo desde o começo.

E, estranhamente, eu estava aliviado com isso.

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UAUUU. PENSEI QUE ELE FOSSE LARGAR DELA E IR EMBORA. MAS ELA FOI ESPERTA E DEIXOU ELE SER ATIVO. ACHO QUE NÃO SE LARGAM MAIS. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

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