- O senhor quer que eu termine com meu namorado?
Vadão ficou realmente surpreso, e achou que não tinha ouvido direito. Leia repetiu:
- Pro senhor, eu devo deixar de namorar o Gil?
Vadão já ia dizer que isso era com o viadinho, que ele é que tinha que resolver, mas pensou rápido e viu que se dissesse isso tava arriscado ter aquele menino no pé, ou melhor, no saco, todo dia. Com escola, aulas de viadagem com Paulete, e o namorado, o travequinho ia ficar mais tempo ocupado.
- Espia, Laila. É melhor você continuar namorando esse menino – a mão de Leia, que já começava a acariciar a coxa de Vadão, parou, refletindo a decepção. O macho sentiu que a precisava agradar
– Esse menino pode te dar uma atenção e carinho que o Tio Vadão não pode. Tenho minha família, mulher, filhos, tenho Paulete, e tenho que cuidar do meu trabalho.
Leia respondeu com um “sei”, visivelmente decepcionada. Vadão continuou, já querendo meio que apaziguar a fêmea, e que ela retomasse a carícia. Afinal, já estava de pau duro de novo. Aproveitou um sinal vermelho e, com gestos carinhosos, pegou a mãozinha de Leia e colocou sobre sua jeba tesa, por sobre a calça e a cueca, enquanto falava:
- Além do que, já tem as pessoas. Tua Mãe, por exemplo...
Leia ficou branca de susto! Vadão ia falar algo com a Mãe dela?
- Você já vai relar pra fazer ela te aceitar viada, travesti...
Sim. Leia teria que contar. Não podia mudar seu corpo e comportamento, sem falar tudo pra Mãe.
- Agora imagina se tu conta também que é amante de um homem casado, que tem idade pra ser teu pai? Eu vou é preso! Tu quer que Tio Vadão vá preso?
Leia se convenceu rápido sobre a utilidade de continuar com Gil. Além do que, a ideia de ter dois machos lhe excitava. Sentia-se ainda mais puta, e o melhor de tudo, na frase de Vadão, ela gravara bem: o macho a chamara de “amante”.
- Mas Tio Vadão vai estar aqui pra cuidar de tu... e te dar rola dura, do jeito que tu gosta!
Leia gemeu alto, e fechou os olhos de prazer, fazendo caras e bocas sensuais, enquanto apalpava a piroca que tinha transformado sua vida.
- Aiiihhh, Seu Vadão! Foi tão bom... foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida! Nunca pensei que pudesse ser tão bom!
Vadão gostou de ouvir aquilo. Era parte de sua tara de arregaçar novinhos.
- Gostou, foi? E o que mais?
- Aaaaiiihhhh, Seu Vadão. Esse seu pau... é tão bom pra mim!
Leia apertava a rola, sobre a roupa, e Vadão dirigia.
- Deixa eu botar ele pra fora, Seu Vadão? Deixa? Por favor...
- Aqui não, Piranha! Tenho um lugar.
Leia adorou! Nem lembrou das outras perguntas que tinha, nem da escola, nem de Gil ou Gilda, nem da Mãe. O universo inteiro era só aquela piroca de cabeça de tomate, que seria dela de novo!
O Volkswagen Santana de Vadão era um carro baixo, e ele não gostava de safadezas na rua. Sem perder muito tempo, rumou para o terreno baldio, com muro e portão de ferro gradeado, que alugava como garagem. Vadão tinha três Santanas, e os guardava lá. Sabia que os outros dois estavam com seus motoristas diaristas, e não teria ninguém no local dali até umas sete da noite. Era no Guamá mesmo, mas um pouco longe de sua casa, de um lado, e bem mais longe ainda da casa de Paulete.
Os muros do terreno eram altos, e deixando o carro colado no muro que dava pra rua, quem tentasse ver algo, pelas grades do portão, só veria pouco mais do que o para-choques. Haviam casas de dois pavimentos ao redor, e um prédio perto, e então não podiam fazer saliências fora do carro. Mas uma mangueira dava sombra e protegia de olheiros do lado do motorista. Vadão voltou pro seu lugar, depois de trancar o portão, e Leia encheu a mão na piroca de novo, e perguntou ansiosa:
- Agora posso botar ele pra fora, Seu Vadão? Posso? Por favor!
- Pode, Laila. Pode. Mas só se prometer que vai cuidar dele.
- Vô! Vô sim, Seu Vadão!
Leia respondeu já abrindo cinto e calça de Vadão. Experiente, o próprio Vadão passou calça e cueca pela bunda, arriando tudo até os joelhos, para não ficar com roupa babada. Leia não gostou, porque preferia ela mesma despir seu macho, mas imediatamente foi recompensada pela visão daquela piroca tesa, empinada. Agarrou-a como se fosse um passarinho que pudesse fugir, e sentiu um arrepio lhe atravessar as costas.
A bichinha olhava com ternura e reverência para a piroca. Sentia que toda a sua vida estaria voltada pra agradar aquele homem, e ter acesso à sua pica e seu leite de macho. Iniciou uma punheta lenta no macho.
- Seu Vadão... é tão bom... é quente... grossa... tão boa de pegar...
- E de agasalhar no seu rabo gostoso? Né boa não?
Leia olhou o taxista nos olhos, por um momento.
- É a melhor coisa do mundo! Eu agradeço muito ao Senhor... Teve hora que eu pensei que ia morrer. Eu só queria tirar... Se o Senhor não tivesse me segurado, eu não saberia o quanto é bom!
- Falei. Confia no Tio Vadão. Agora taí. O que tu vai fazer com minha pica?
Leia não esperou mais. Se contorceu no carro pra alcançar a glande vermelha com a boca, e começou a lamber, puxando a jeba pra longe da barriga de Vadão, pela base. O macho cheirava a sabonete, mas por baixo do perfume industrial Leia sentia, de leve, o cheiro típico de homem. Lambeu, cheirou, beijou, esfregou a pica no rosto com carinho, como gostava de fazer, e por fim abocanhou a cabeça da rola, mantendo a punheta na base.
Apesar de já chupar rola há anos, Leia estava um pouco nervosa. Sabia que Vadão estava acostumado com Paulete Boquete, e que ainda não podia concorrer com o garganta profunda que ela fazia. Tentou se concentrar em expressar pro macho o quanto amava chupar sua rola, através de gemidos e reviradas de olhos, mas Vadão pouco devolvia, em termos de reações. Leia parecia não entrar em sintonia com ele. Até que Vadão comandou.
- Péra um pouquinho!
Leia afastou-se meio sem jeito, e viu Vadão soltar o banco e empurrar o assento todo pra trás, no carro, aumentando o espaço entre ele e o volante. Depois Vadão reclinou o encosto, praticamente deitando. A piroca dura ficou ali tesa, exposta, apontando para o umbigo peludo. Com mais espaço para brincar, Leia esqueceu o constrangimento e se atirou à jeba com sua natural fome de rola. Mas Vadão, com poucas chupadas, pediu pra esperar mais um pouquinho, pegou um tubo de xylocaína no porta luvas, e mandou Leia tirar toda a roupa, menos o blusão da escola. Disse que comer um viadinho ainda com roupa de escola sempre lhe dava tesão. Leia não se alarmava mais com nada. Agora já confiava no macho totalmente, para fazer qualquer coisa com seu cu, e ficou pelada o mais rápido que pôde.
- Vem cá, Princesa. Me chupa e traz esse cu pra perto que vou te aliviar um pouco... assim... isso...
- Hummm.... hummm....
- Vou fazer tua cuceta doer menos, porque Tio Vadão vai comer esse teu rabo gordo mais uma vez.
- Hummm.... u-hummm... hummm...
- Tá gostando do dedinho do Tio Vadão, tá? Brincando no teu anelzinho arrombado?
- Hummm.... schlep... tá... tá gostoso... schlep... hummm
- Espia como meu dedo já entra e sai do teu cu, à vontade... tá bom, assim?
- Hummm... u-hummm-.... gulp.... hummm...
Depois de uns minutos de boquetes com dedadas no cu, Vadão mandou Leia sentar na sua pica, de costas. O passivinho foi se ajeitando como pode, de bunda pro macho e colocando as pernas em volta das de Vadão, bem arreganhada. Mas naquela posição apertada só tinha controle sobre o movimento de descer o rabo na jeba se segurasse com força o volante do carro. Vadão notou, e ele mesmo apontou a cabeça atomatada da pica na rosca faminta. Apontou e puxou o quadril.
Mesmo com a massagem de xylocaína Leia morreu e ressuscitou de dor, quando aquela jeba lhe invadiu pela quarta vez no mesmo dia. Doeu e ardeu muito. Leia lembrou de fazer força pra fora e conseguiu não gritar muito. Soltou um “Uh!”, afeminidado, curto, alto e seco, e prendeu a respiração. Depois, sentindo que o resto da rola se enfiava em seu reto de uma só vez, com Vadão puxando seus quadris pra baixo, começou a chorar mansinho e gemer, e espontaneamente soltou a frase que pela manhã aprendera com Paulete:
- Ai, como viado sofre... aaahhhnnnn... uiiiiii... Nossa vida é sofrer... nessas pirocas!
Vadão achou um tesão seu novo viadinho falar daquele jeito, imitando Paulete. Sabia que ele agora aguentava tudo, e não tinha muito tempo, então não teve dó. Assim que a bunda gorda de Leia assentou no colo do macho, com o cu do viado engolindo o que conseguia da jeba, Vadão começou a socar, fazendo força com os quadris pra cima.
Leia não acreditava. Até ontem tudo o que imaginava era a pica de Gil e como dar mais prazer pro seu boyzinho. Agora, pela quarta vez no dia, era muito bem arrombada por aquele caralhão de homem feito, que a enfeitiçou no primeiro gozo.
- A-a-aaaaaiiii, Seu Vadão... a-a-a-aaaiii... dói... – falava e gemia no ritmo das metidas frenéticas do macho.
- Quer que tire, Viado?
- Na... não... aaaaaaiiihhhnnn... nã para... nã-não... dói... tira não...
- Dói?
- Dói... tira não... aaaaiiihhnnn... dói, mas tá.... tá gostoso....
Os dois suavam muito, dentro do carro. Mesmo de janelas abertas o suor descia pelas costas de Leia e se misturava ao de Vadão no encontro da bunda do viadinho com o quadril do macho. Vadão cansou um pouco, e passou a controlar a subida e descida com as mãos embaixo das popinhas do rabão de Leia. Fazia isso arreganhando ainda mais o rabo, pros lados, e fazendo a piroca entrar mais. Mandou Leia aprender o ritmo acelerado, e quando viu que ela conseguia, soltou o rabo e passou a ordenhar as tetinhas do boiolinha. Vadão tinha adorado aquelas tetinhas naturais, pontudas.
Abraçando o volante com os dois braços, Leia se concentrava em manter o ritmo que o macho tinha imposto. Tudo o que queria era agradar ao dono daquela piroca que sentia se movimentar imensa, dentro de seu reto.
- Aaaiiinnhhh... eu vou morrer!... é tão bom...
- Morre nada! Tu vai dar muito esse toba gostoso, ainda!
- Tá gostoso, Seu Vadão?
- Tá! Muito, piranha!
- E assim, Seu Vadão? – e leia rebolava prum lado e pro outro.
- Gostoso... mas quero leitar teu rabo logo!
Leia adorou ouvir aquilo! Era a realização! Aquele macho gozar em seu rabo!
- Goza, Seu Vadão! Enche meu rabo de leite... é todo seu mesmo!... sempre que o Senhor quiser.
- Faz curtinho agora. Assim. Isso. Entrando e saindo rápido. Curtinho. Isso. Continua, vagabunda!
Leia fez como Vadão queria, se concentrando nos movimentos curtos e rápidos. Gemia alto com a penetração e as mãos fortes de Vadão, que pareciam querer arrancar suas tetinhas.
- Agora!... Agora!... Quietinha!
O macho urrou, ao mesmo tempo em que largou as tetas e puxou com força o rabo de Leia pra baixo. Lavava Leia por dentro, com jatos fortes de porra quente.
Quietinha, como Vadão mandara, Leia sentiu o caralho ir mais fundo do que antes e parar. Feliz da vida, sorrindo, sentiu direitinho um, depois dois, depois três jatos de porra em suas entranhas, ouvindo o som maravilhoso do urro do macho, e sentido as mãos fortes dele esmagarem seu rabão contra o colo daquela piroca maravilhosa, atochada até o talo!
Leia estava feliz. Realizada. Era viado, e aprendera naquele dia a ter orgulho de poder encarar qualquer pica. E era objeto de desejo de um macho adulto, como Vadão. Era a amante dele! E mais! Bichinha de 15 aninhos, conseguira fazer Vadão gozar dentro dela! Sentia-se poderosa!
Vadão foi relaxando e soltando as ancas do viadinho, e Leia foi levantando o rabão de seu colo com cuidado. Diferente das três outras fodas do dia, não tinha gozado, mas isso não importava. Estava completa! Satisfeita! Tirou a rola de seu cu mordendo o pau com o anel arrombado, querendo reter a porra do macho dentro de si. Mas ainda assim muito esperma escorreu pelo seu períneo, saquinho e coxa. Curtiu sentir o leite quente escorrendo, enquanto se ajeitava de novo no banco do carona, agora ajoelhadinha sobre o assento, apertando bunda e coxonas grossas, pra não vazar mais. Rápida, pegou no caralho molhado de porra e sugou o que pode dos restos esbranquiçados.
- Obrigada, Seu Vadão... schlep... schlep... obrigada...
Vadão riu, e fez um afago nos cabelos encaracolados de Leia. Ia ser difícil se afastar daquele viadinho bonito.
Enquanto se vestia, e a porra de Vadão escorria por suas coxas, Leia pensou em perguntar como era essa coisa de ganhar dinheiro vendendo sexo, e se dava pra viver assim, se prostituindo. Mas Vadão parecia tão satisfeito com ela que não quis parecer puta demais.
Depois, no caminho, perguntou do hormônio, e Vadão disse que logo mandaria recado por Paulete, sobre isso, e que o médico a teria que examinar.
Vadão deixou Leia na porta de casa, e Dona Verônica viu da janela seu filhinho querido sair do carro com uma cara de felicidade ainda maior do que quando saía com Gil e Gilda. O que a mãe não viu foi seu filho-fêmea dar um aperto de despedida na piroca que o arrombara o dia todo, um segundo antes de abrir a porta.
Dona Verônica ia perguntar sobre o táxi, mas ficou sem palavras. Foi como se levasse um soco!
Seu filhinho saíra de casa forçando a voz pra engrossar e de camiseta apertada sob a blusa da escola, escondendo os peitinhos como fazia há uns dois anos. Agora entrava em casa feliz como nunca, saltitando e desmunhecando. Foi uma explosão de percepções. Os sentidos da Mãe de Leia captaram o cheiro forte de porra no rosto do filhinho, quando beijou, e a voz feminina, perfeita e alegre, quando cumprimentou. Mas o pior foi a visão. O corpo suado de Leia colava a blusa da escola nas tetinhas pontudas, que balançavam soltas à medida em que ela saltitava feliz, rodopiando pela sala e largando a mochila sobre o sofá com a sensualidade de uma passista de escola de samba.
Dona Verônica, apavorada e muda, viu o filho virar filha bem diante de seus olhos. Mas Leia nem percebia. Estava num mundo de sonhos. Foi direto para o banho, enquanto a Mãe chorava e rezava furiosamente, trancada em seu quarto. No coração dela, Gilberto era o objeto de seu ódio. Aquele rapaz sonso, filho de boa família marista, tinha se aproveitado de seu filhinho e o transformado num fresco.
Enquanto isso Leia se divertia no banheiro. Deixou a roupa no cesto, e entrou no box só de calcinha, sentindo a peça minúscula ensopada da porra de seu homem. Desmunhecava solta como nunca antes na vida, e ria de graça. Ao tirar a calcinha, cheirou os restos da porra de Vadão como o melhor perfume do mundo, e decidiu não lavar por um tempo. Pendurou no box. Ficou de quatro no chão do box, e fantasiou que dava para Vadão, depois que dava para Vadão enquanto chupava Gil, e depois que ela e Gilda davam o cu e a buceta para Vadão, e terminavam levando uma enorme leitada nas duas bocas, e se beijavam disputando a porra e o caralho de Vadão. Gozou violentamente, gemendo alto sem se importar com a Mãe.
Terminou o banho cansada, mas feliz. Ao sair, curtiu ver no espelho que tinha marcas de mordida no ombro e hematomas nos dois peitinhos e nos quadris. Enrolou-se na toalha e já ia saindo, quando lembrou da calcinha ensopada de porra. Fez dela uma bolinha e escondeu na mão.
O que Leia não lembrou foi de olhar a camisa escolar, muito suada e manchada das porras de Vadão e de Paulete, e nem de cuidar da calça social, também manchada pelo esperma que escorrera de seu rabo. Enquanto se trancava no quarto, e vestia shortinho e camiseta, dona Verônica recolheu a roupa, sentiu o cheiro forte de porra, examinou tudo e levou pra area de serviço chorando.
A Mãe se controlava para não dar escândalo, nem brigar com o filho. Um instinto bem profundo lhe dizia que seria pior. Mas vendo o filho alegríssimo e desmunhecado, falando afetado e fino como uma moça, na mesa do jantar, não se conteve. Como expressar sua indignação e não passar vexame? Gilberto! A resposta era aquele rapaz pervertido e falso, que tinha que ser punido! Se aproveitara e desencaminhara seu menino. E ela tinha o sagrado dever de Mãe de separar seu filhinho daquele monstro! Chamou a atenção do filho em tom muito severo:
- Lelio!
Nada tiraria a felicidade de Leia. Já entrara em casa disposta a contar tudo para a Mãe, fortalecida pelos beijos, pelas palavras, e pela piroca de Vadão.
- Oi, Mamãe querida! – falou carinhosamente, com sincero amor.
- Não quero mais que tu veja esse rapaz... o Gilberto! Nu-nunca mais! Nun... – e começou a chorar à mesa.
Leia se enterneceu de verdade. Mas tinha certeza de que era melhor para ela, e pra Mãe, contar logo tudo. Afastou o prato, e com uma coragem e calma que nem sabia que tinha, segurou as duas mãos da Mãe. Por um momento pensou mais atentamente no que a Mãe falara. Horas antes teria concordado e ficado quieta, dentro do personagem que fazia pra Mãe. E abriria mão de Gil facilmente. Mas agora não. Sentia-se plena, feliz, pássaro solto que não queria voltar pra gaiola. E Gil... bem... era gostoso estar com ele, e Vadão queria que ela continuasse com ele.
Olhou a Mãe com muita ternura, e ainda segurando suas duas mãos por sobre a mesa, falou, concentrando-se nas lembranças dos momentos com Vadão e Gil para ter coragem:
- Mãe! Escuta bem! Eu te amo mais do que tudo no mundo! Mas Gil me faz bem, de um jeito que você jamais ia entender...
Chorando em silêncio, Dona Verônica recusou a verdade negando com a cabeça, e gaguejou:
- Ma-mas e-ele... ma-as e-ele...
Leia se irritou com a injustiça. Entendeu que a Mãe usava Gil como desculpa e bode expiatório.
- Ele não foi o primeiro, Mãe. Não é por causa dele que sou assim. Sou porque sou. E eu espero que você me aceite, com o amor de Mãe, de Jesus Cristo e de Maria!
Soltou as mãos da Mãe, levantou, e de pé a segurou amorosamente pelos ombros. Falou com orgulho:
- Eu gosto de ser assim, e gosto de meninos. E até meu corpo é assim naturalmente! Até hoje eu só sofri, fingindo e escondendo. Mas não posso esconder de você! Eu te amo!
A Mãe olhava de olhos arregalados, paralisada por aquela coragem terna.
- Sou bom aluno, vou passar no vestibular, faço tudo o que precisar... mas esse sou eu. Só te peço que me aceite como sou! E que me respeite!
Dona Verônica foi correndo se trancar no quarto. Leia deu um suspiro profundo, lamentando, e foi pro seu quarro. Estava leve e tranquila. Masturbou-se mais uma vez, cheirando a calcinha molhada com a porra de Vadão, e dormiu como uma pedra.
A Mãe de Leia tinha uma certeza: seu filho não era mau. Ia falar com o padre Estéfano e ele ia aconselhar a ela, e conversar com Lelio. Tudo ia dar certo. Lelio seria curado daquilo, ia se formar, ter um bom emprego, lhe dar netos... tudo ia dar certo!
No dia seguinte a Mãe o tratava com o mesmo carinho de sempre, mas só em gestos. Evitava qualquer conversa. Já Leia foi pra escola como a nova Leia! Assumidíssima! Em lugar de sapato, um tênis branco, 38. Em lugar da calça social larga, o jeans apertadíssimo que usara na tarde em que Gil a tinha comido pela primeira vez. Sem camiseta apertada, por baixo, suas tetinhas pontudas pareciam querer furar a blusa do uniforme. E em lugar dos gestos contidos e voz empostada, desmunhecava e soltava sua perfeita voz feminina.
Surgia para o mundo da escola, naquelas duas últimas semanas de aula de 1993, a Leia viada do 1° ano do ensino médio, 15 aninhos, um pouco gordinha, tetudinha, gostosinha e assumida, se feminilizando e despertando a gula de muitos machos!