O Corno da Feira – Início
Paixão e atração carnal e o cenário era um pequeno condomínio na periferia norte de São Paulo. De um lado o atraente Leonardo, mexicano, quase quarentão e de passado desconhecido. Do outro lado Liliane, uma jovem atraente, muito provocadora e com idade para ser filha de Leonardo. Entre eles o feirante Geraldo, um homem rude e imprevisível.
Inconsequência, irresponsabilidade e uma desgraça anunciada.
História em quatro Partes.
Minha Vizinha é um Anjo – Parte 1
Nota policial de um jornal local:
"Feirante traído tentou matar sua mulher grávida de oito meses."
O feirante Geraldo Firmino de 30 anos suspeitava que sua mulher Liliane Gomes de 20 anos e grávida estivesse se relacionando sexualmente com outro homem.
Na madrugada do último sábado ele retornou ao lar duas horas após ter saído para o trabalho. Segundo seu funcionário que o auxiliava na feira, ele foi com a intenção de pegar sua esposa adúltera em flagrante. Ao adentrar o quarto ele visualizou um homem e deduziu que seria o suposto amante dormindo em companhia de sua mulher. Intuiu que estava sendo traído em sua própria cama. Ele sacou e mirou sua arma em direção ao casal que repousava no leito conjugal…
Um ano antes
Meu nome é Leonardo, mas todos me chamam de Leon, sou natural do México. Ações cometidas por mim em meu país forçaram-me a imigrar para o Brasil evitando um ou outro problema com a justiça mexicana.
Tempos atrás morei em uma casa alugada na periferia de São Paulo, havia mais duas residências no mesmo terreno: uma mulher próxima dos 60 anos, pertencente ao grupo de senhoras de uma igreja católica, morava nos fundos. Como companhia ela tinha duas cadelas. Eu ocupei a casa do meio. O terceiro imóvel, que ficava na frente, ainda estava vazio, mas foi alugado dois meses depois por um casal de recém-casados. O cara, de uns 30 anos de idade, pele clara queimada de sol, trabalhava em feiras livres, era proprietário de uma barraca de frutas e saia com seu caminhão no início da madrugada, seis dias por semana. A garota, bem mais nova que ele, trabalhava em uma empresa nos dias úteis e chegava no início da noite. Aos sábados e domingos a gente se cruzava no quintal, ou na área dos varais de roupa. Era muito prazerosa a visão daquele anjo de cabelos longos e ruivos, pele clara bronzeada naturalmente que eu imaginava ser tão lisa e macia quanto a textura de uma pera de primeiríssima qualidade. O balançar dos seus quadris durante sua caminhada em direção aos varais da área comunitária despertava meus desejos mais sacanas. As flores da estampa do seu shortinho de algodão acompanhavam o ritmo e balançar do seu traseiro, eu queria correr e abraçar aquele corpinho por detrás e sentir toda a maciez e calor daquela bundinha carnuda se esfregando em minha região genital.
Era quase impossível controlar minha tara no momento em que ela se esticava nas pontas dos pés para alcançar a corda do varal. No movimento a sua blusa subia deixando à mostra sua região lombar. O tesão era de tirar o juízo.
O desejo começava a ficar incontrolável com o passar dos dias, ajustei meus horários para que tivesse contato com a garota a semana toda e não somente aos sábados e domingos. Contudo continuei tentando ser um cavalheiro e não avancei o sinal, não poderia correr o risco de ser acusado de assédio sexual e voltar a ter problemas com a lei.
Os dias passaram e a tática do bom moço deu resultado, nossas conversas não eram mais apenas bom dia e boa tarde, nós tínhamos muito mais assunto depois que descobrimos a nossa afinidade referente a gosto musical e filmes.
Quinta-feira era um dos dias em que passava o caminhão do lixo, eu deixava para pôr os bagulhos na calçada perto das 20h, era quando ela (Liliane) chegava do trabalho. O feirante geralmente tirava uma soneca até que ela chegasse. Estava ameaçando cair uma tempestade de verão, a noite ficou mais escura, ventava forte e logo viria muita água. No horário estimado caminhei calmamente com as sacolinhas plásticas cheias de resíduos, as coloquei do lado de fora as ajeitando sem pressa ao pé de um poste. Naquele mesmo instante ela desceu do ônibus, foi também quando começaram a cair os primeiros pingos. Liliane correu em direção ao portão que mantive aberto a esperando entrar. A chuva chegou de vez. Gentilmente agradeceu-me por tê-la esperado, caminhou apressada escada acima. Fechei o portão e sai correndo para não me molhar muito e se possível alcançá-la para ao menos desejar bom descanso.
A corrida não foi em vão, alcancei-a no momento em que o anjinho tropeçou no último degrau. Evitei sua queda segurando em sua cintura momentos antes que chegasse ao chão. Ela aprumou e virou o corpo, eu continuava com as mãos firmes naquele corpinho angelical. Sorriu envergonhada enquanto agradecia, sua expressão foi ficando séria e enigmática enquanto olhava fixamente em meus olhos. Não pensei duas vezes, abracei seu corpo molhado pela água que caía do céu sobre nós, fiquei encantado pela expressão de dúvida, medo e desejo que emanava do seu olhar. Aproximei lentamente a minha boca da sua, ela sustentou nosso olhar sem ao menos piscar, suas mãos deslizaram por meu peito, ombros e envolveu meu pescoço com seus braços ao mesmo tempo em que separava seus lábios oferecendo a sua boca. O beijo, a princípio, foi cheio de medo de sermos flagrados, porém, quando nossas línguas se tocaram e nossos lábios sugaram uns aos outros, praticamente esquecemos o mundo ao redor e corremos todos os riscos. Segurei seu bumbum por cima da saia molhada e com movimentos circulares esfreguei seu corpo ao meu. Ela se deixou levar movimentando os quadris no mesmo ritmo.
A Luz da área externa de sua casa acendeu, estávamos a menos de 10 metros da porta de entrada. Nosso momento de magia foi interrompido pelo perigo iminente. Eu a soltei sem dizer nada e ela correu em direção a casa. Eu saí rápido pelo corredor ao lado, o muro alto protegeu-me de ser visto pelo feirante. Entrei em casa em segundos e sem fazer o menor ruído.
Minutos depois, durante um banho morno, contentei-me em relembrar o beijo delicioso e a maciez do seu corpo colado ao meu. Esperaria pelo sábado, loucuras poderiam acontecer.
Continua…